Representação dos empregados rejeita propostas da Caixa

Foto: Jailton Garcia / Contraf-CUT

Nos dias 08 e 09 de novembro a Comissão de Empresa da Caixa voltou a se reunir com a representação da direção do banco para dar prosseguimento às discussões da mesa permanente de negociação. A discussão principal deveria ter sido sobre mudanças que a empresa pretende fazer no Saúde Caixa e que trariam ônus para os trabalhadores. Mas, diante da entrada em vigência da reforma trabalhista, os empregados reivindicaram garantia de emprego e de incorporação de função e também a assinatura de um Termo de Compromisso que assegura os direitos já conquistados.

No dia 08 a Caixa apresentou nova proposta para o Saúde Caixa. O banco concordou em manter os valores do plano, sem aumentos abusivos, e o modelo de custeio até 31/12/2019. A transformação do conselho de Usuários em deliberativo, que foi reivindicada pelos trabalhadores, foi aprovada, mas com o estabelecimento de voto de Minerva para o banco, o que limita seu poder de decisão. A empresa também garantiu a criação de um GT bipartite para discutir o contencioso da Funcef.

No dia seguinte, a Caixa respondeu que não poderia garantir empregos, nem a incorporação de função. Quanto à assinatura do Termo de Compromisso, os representantes do banco informaram que o tema seria debatido na mesa única da Fenaban, ainda sem data definida. Na verdade, a Caixa só concordou com dois dos 19 itens: homologação das demissões no sindicato e a responsabilidade pelas condições de segurança nos ambientes externo e interno de trabalho.

Sem acordo nos itens fundamentais da garantia de emprego e incorporação de função, a proposta foi rejeitada integralmente em mesa. “Não tem como aprovarmos uma proposta por somente alguns itens positivos. Que, na verdade, é somente um: o congelamento dos valores e manutenção do modelo de custeio do Saúde Caixa. Nem mesmo o GT do contencioso nos contempla, já que a Funcef não participaria do grupo”, resume Luiz Ricardo Maggi, representante da Fetraf-RJ/ES na CEE/Caixa.

Além de rejeitar as garantias mínimas, o banco tentou intimidar os representantes dos trabalhadores. “A direção da Caixa pressionou a CEE a aceitar o conjunto das propostas informando que vai alterar o estatuto para estabelecer teto para as despesas com o Saúde Caixa. Mas o acordo coletivo, que vale até agosto de 2018, garante que a forma de custeio seja mantida até esta data”, tranquiliza Maggi. A postura dos sindicalistas é de não assinar nada a menos que a Caixa garanta que vai manter as conquistas dos bancários. “A CEE sempre se mostrou disposta a negociar, mas não vai abrir mão de direitos básicos”, conclui o dirigente.

 

Fonte: Fetraf-RJ/ES