GT da Realocação e Requalificação reúne-se em São Paulo

Representantes do Comando Nacional dos Bancários e da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) fizeram, nesta quarta-feira (18/1), em São Paulo, a primeira reunião do Grupo de Trabalho de Realocação e Requalificação Profissional. A instalação do GT foi conquistada durante a Campanha Nacional 2016, que tinha como uma das suas principais bandeiras, a defesa do emprego. O grupo vai discutir critérios para a criação de centros de requalificação e realocação, conforme cláusula 62 da Convenção Coletiva de Trabalho 2016/2018.

A Fenaban não apresentou, como deveria, um quadro geral dos impactos tecnológicos sobre o emprego em cada banco e o que estão fazendo para requalificar os bancários neste novo ambiente. Mas se comprometeu a enviar estes dados ao Comando e à Contraf-CUT no próximo dia 1º. Uma nova negociação foi marcada para o dia 8 de fevereiro.

A presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso, explicou que o objetivo dos centros a serem criados é o de preservar os empregos. “É preciso garantir oportunidades de realocação dando aos bancários, quando necessário, qualificação para outras funções”, afirmou.

Licença paternidade

O Comando Nacional do Bancários aproveitou a reunião para cobrar da Fenaban o cumprimento da ampliação da licença paternidade de 5 para 20 dias e o pagamento do Vale-Cultura. Conquista da Campanha Nacional 2016, a ampliação da licença-paternidade está prevista na cláusula 26 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.

Ela está atrelada à renovação pelo governo federal do programa Empresa Cidadã. Porém, os sindicatos têm recebido denúncias de que esse direito não estaria sendo respeitado sob a alegação de que o goerno federal não teria estabelecido a renúncia fiscal. O que não é verdade, já que a isenção para efeito de extensão da licença-paternidade de cinco para 20 dias, e da licença-maternidade de 120 para 180 dias, consta do Orçamento da União.

Vale-cultura

O programa Vale-Cultura também está com problemas, apesar de com a aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA), no dia 14 de dezembro pelo Congresso Nacional, os recursos necessários à renúncia de receita decorrente da prorrogação do benefício, que destina R$ 50 mensais a trabalhadores para a aquisição de bens e produtos culturais, foram previstos.

 

Fonte: Contraf-CUT