ERRO DE INFORMÁTICA PREJUDICA ABERTURA DO MAIOR BANCO DO MUNDO

Tóquio, 4 jan (EFE).- O banco Tokyo-Mitsubishi UFJ, resultado de uma fusão que o tornou a maior entidade do mundo em ativos, sofreu hoje em sua abertura uma dezena de erros nos sistemas de informática, apesar dos três meses adicionais solicitados pela entidade para unificar os programas computacionais.

Atribuídos a um defeito nos programas, os casos de mau funcionamento afetaram os depósitos de dinheiro realizados por contas corporativas, de acordo com a agência de notícias japonesa Kyodo.

A fusão do grupo Mitsubishi Tokyo Financial e da sociedade UFJ Holdings se concretizou no último domingo, embora a união oficial tenha ocorrido em 1º de outubro de 2005.

Na cerimônia de abertura, o presidente do BTMU, Nobuo Kuroyanagi, falou da “grande responsabilidade de comandar um banco de grande escala”, em referência a seus ativos sem precedentes nos bancos mundiais, de cerca de US$ 1,35 trilhão.

O início das operações da nova entidade acontece em meio à incerteza no mundo financeiro japonês por causa das repetidas falhas de informática. Com a fusão, os sistemas computacionais dos dois bancos rivais até agora passam a totalizar 40 milhões de depósitos.

Em 1º de abril de 2002, mesmo dia em que o banco Mizuho abriu suas portas ao público, os caixas automáticos entraram em colapso e causaram atrasos em milhares de transações, obrigando a entidade a indenizar os prejudicados.

O mais recente contratempo no mundo financeiro japonês ocorreu no mês passado, quando a Bolsa de Tóquio efetuou a venda equivocada dos títulos da empresa J:Com devido a um erro ao introduzir uma ordem de venda que não pôde ser corrigida a tempo nos computadores.

A oferta de venda descrevia 610 mil ações da J:Com com um valor unitário de um iene, em vez de um título da empresa por 610 mil ienes.

O indicador Nikkei caiu quase 2% em conseqüência do erro. Já para o intermediário da negociação, a corretora Mizuho Securities, o erro significou um prejuízo de 27 bilhões de ienes (US$ 225 milhões).


(Fonte: EFE chg tm/ca)

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