Centrais tomam Central por manutenção de direitos

A Central do Brasil foi tomada por sindicalistas e ativistas na tarde desta quarta-feira, dia 28, que protestaram contra mudanças nos direitos dos trabalhadores. A atividade, organizada pelas centrais sindicais CUT-RJ, CTB, Nova Central, Força Sindical, UGT e CSB, reuniu centenas de pessoas. Atos semelhantes foram realizados em vários estados do Brasil na mesma data, definida pelas centrais como o Dia Nacional de Lutas por Emprego e Direitos.

A variedade de categorias representadas refletiu a indignação do movimento sindical com as mudanças pretendidas pelo governo. Depois da presidenta Dilma Rousseff garantir, durante a campanha pela reeleição, que não haveria alterações nos direitos trabalhistas e previdenciários que pudessem prejudicar os trabalhadores, o anúncio surpreendeu e causou indignação. Medidas como o aumento do prazo mínimo de trabalho para recebimento do seguro-desemprego e a limitação do prazo de pagamento de pensão por morte foram mal vistas pelos sindicalistas. “Da mesma forma que fomos para a rua e garantimos a reeleição da presidenta, não vamos aceitar a mudança no curso da política econômica, nem que o neoliberal ministro Joaquim Levy acabe com direitos da classe trabalhadora. Com a nossa mobilização, temos certeza de que o seguro-desemprego não vai cair”, discursou o presidente da CUT-Rio, Darby Igayara, durante o ato.

Além do repúdio às mudanças anunciadas, outras demandas da classe trabalhadora e da sociedade como um todo foram apresentadas durante o ato. Os problemas nos transportes públicos e o fator previdenciário foram alguns dos temas abordados pelos dirigentes e ativistas que falaram ao microfone. A campanha de desmoralização da estatal petroleira foi uma das questões que mobilizaram os manifestantes. “Também lutamos em defesa da Petrobras. Claro que corruptos devem ser punidos, mas não podemos aceitar que se destrua nem que se privatize a empresa, grande patrimônio do povo brasileiro, como desejam a oposição e a mídia golpista”,  defendeu Darby.

Participaram do ato representantes da centrais CSB, CSP-Conlutas, CTB, Força Sindical, Nova Central Sindical e UGT, além de dirigentes da CUT-Rio e da CUT Nacional. Tambem enviaram dirigentes os sindicatos dos bancários do Rio de Janeiro, Petrópolis e Niterói, os sindicatos dos Agentes de Saúde, Enfermeiros, Trabalhadores da Construção Civil de São Gonçalo e Itaboraí, Sintrasef, Sintuff, Sintufrj, Metalúrgicos do Rio de Janeiro, Metalúrgicos de Niterói, Trabalhadores da Construção de Caxias, Securitários do Rio de Janeiro, Vigilantes de Niterói, Vigilantes de Petrópolis, Trabalhadores da Indústria Têxtil de Petrópolis, Trabalhadores da Alimentação do Rio de Janeiro, Vidreiros de Petrópolis, Administradores, Enfermeiros do Rio, Sinttel, Trabalhadores da Indústrias Quimicas e Farmaceuticas do Rio de Janeiro, Federação dos Trabalhadores dos Correios, Sindipetro-Rio, Sindipetro-NF, Trabalhadores da Informática do Estado do RJ, além de representantes da Famerj, UBES, Associação dos Anistiados Políticos, Central dos Movimentos Populares, entre outros. A Fetraf-RJ/ES foi representada pelos diretores Paulo de Tarso, Leonice Pereira e Edilson Cerqueira.

Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES