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AOL E YAHOO TESTAM E-MAILS PAGOS

A America Online e o Yahoo vão testar nos EUA um serviço de e-mail cobrando uma “pequena” taxa para combater os spams, bem como oferecer melhor proteção dos clientes contra fraudes, spam e ataques de phishing.

O serviço deve entrar em operação nas próximas semanas e será opcional para os clientes das duas empresas. Os e-mails da AOL devem custar por volta de um quarto de centavo por cada mensagem certificada.

 


(Fonte: It Web – em 7/fev)

 

 

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PERNAMBUCO LUTA CONTRA RECORDE DE ASSASSINATOS DE MULHERES

RECIFE – Conhecido nacional e internacionalmente por suas praias e pelo Carnaval, Pernambuco é, desde 2002, líder de um ranking assustador. O estado é recordista nacional no número de mulheres assassinadas. Até hoje, 38º dia do ano, 44 mulheres foram mortas de forma violenta. Diante da gravidade do quadro – denunciado por organizações não governamentais ligadas ao movimento feminista de Pernambuco – a ministra da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres do Governo Federal, Nilcéia Freire, esteve hoje em Recife para anunciar a decisão do governo federal de priorizar o fortalecimento de uma rede local de atendimento à mulher.

Entre as ações anunciadas estão a criação de centros de referências para atendimento psicológico e jurídico às vítimas de agressão e a ampliação do número de delegacias especializadas. “Para isso, o governo federal irá firmar parcerias com o governo estadual e prefeituras da Região Metropolitana do Recife”, explicou a ministra.

De acordo com dados coletados por entidades ligadas ao movimento feminista e da secretaria de Defesa Social, a maior parte dos crimes ainda é cometida por namorados, maridos e outros familiares, dentro do ambiente doméstico. Mas o percentual de homicídios que ocorrem à luz do dia e em espaços públicos – até mesmo em ruas de grande movimento, praças e em frente a hospitais – já representa cerca de 40% dos casos. O secretário de Defesa Social, João Braga, reconheceu o problema mas não detalhou as ações que serão adotadas pelo Estado. “Estamos prontos para auxiliar na transformação dessa realidade”, limitou-se a comentar.

Dispostas a chamar a atenção da opinião pública nacional para a questão, o Fórum de Mulheres de Pernambuco (FMPE) – que reúne 67 entidades feministas – realizou, na semana passada, uma vigília no centro de Recife, com cerca de mil pessoas, para exigir a adoção imediata de políticas públicas de prevenção e enfrentamento da violência contra a mulher e de proteção às vítimas. Graças ao resultado obtido, as organizadoras do evento decidiram adotar um calendário fixo de manifestações desse tipo, que passarão a acontecer na primeira semana de cada mês.

Insatisfeitas com o tratamento dado ao assunto por parte do governo estadual as feministas alertam para um quadro ainda mais grave. “Infelizmente sabemos que os números oficiais são sub-notificados e isso significa que o problema é, certamente, muito mais grave”, sentenciou Ana Veloso, coordenadora do FMPE.

“Não temos apoio do poder público estadual. Já enviamos relatórios, denúncias e elaboramos diversas propostas. Participamos de inúmeras audiências com representantes do Legislativo, Executivo e Ministério Público. Todos nos recebem, prometem, mas não fazem nada”, reclamou Ana Paula Portella, da coordenação de pesquisa da Organização Não-Governamental SOS Corpo. Apontada pelas feministas como um exemplo de coragem, a professora Margarida Silva enfrentou o ex-marido – que durante anos cometeu agressões verbais, humilhando-a e ameaçando-a fisicamente – e buscou no movimento feminista uma outra forma de encarar a vida.

“Ele me xingava e dizia que eu estava saindo com outros homens. Isso tudo porque eu passei a trabalhar fora de cada e ganhar mais que ele. Sofri muito, mas depois que conheci o trabalho das entidades que defendem os direitos das mulheres tomei coragem e saí daquela vida. Hoje, eu ajudo outras mulheres a deixar para trás dias de sofrimento e dor”, contou Margarida.

 

 

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PSDB QUER PRIVATIZAÇÃO DA CAIXA ECONÔMICA

As privatizações voltaram à tona em 2006. E o Programa Nacional de Desestatização (PND), desencadeado nos governos Collor e FHC, passará pela investigação de um Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Nesse tempo a possível privatização da Caixa Econômica Federal (CEF) atiça os ânimos dos tucanos. A economista Eliana Cardoso, ex-assessora de Pedro Malan durante o governo FHC, defendeu, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, no 25 de novembro, a privatização da Caixa e do Banco do Brasil.

Na visão da economista a privatização da CEF e do Banco do Brasil (BB) seria indispensável à transparência dos orçamentos do governo e à estabilidade financeira, pois os bancos estatais representam empecilhos ao crescimento sustentado. Para Eliana, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deveria seguir o modelo de um banco comercial, pensamento neoliberal e que faz parte do programa presidencial do PSDB às eleições de 2006.

Pela experiência brasileira, o objetivo principal para se privatizar uma estatal é, a princípio, reformar o que já existe e que atua de forma ineficiente. No segundo passo, consequentemente, gerar novas oportunidades aos diferentes negociantes do mercado. A área social hoje, prioridade da Caixa Econômica, seria excluída dos investimentos financeiros com a privatização proposta pelo PSDB.

Os bancos estatais têm sido fortes concorrentes dos bancos privados. Em 2003, a Caixa obteve um lucro de R$ 1,616 bilhão. Em 2004, atingiu o lucro de R$1,419 bilhão. Levando-se em conta os lucros dos bancos brasileiros, a CEF e o BB firmaram-se entre os 6 primeiros bancos nesses últimos 4 anos (confira a relação no gráfico abaixo).

 


Não é primeira vez que tentam privatizar a CEF e certamente não será a última

Em 2000, o então governo do presidente sociólogo FHC relatou que a CEF estaria fadada a “quebrar”. Um provável “rombo” de R$ 7 a R$ 10 bilhões seria a causa que levaria a Caixa à falência, por isso deveria ser privatizada. Diante disso, a opinião pública foi acionada para a então privatização da Agência Bancária, assim também para com o BB, o Banco do Nordeste e o Banco da Amazônia.

O descumprimento de uma regra do Banco Central por parte do Banco do Brasil forjou um “calote” para justificar o rombo. De acordo com as regras do Bacen, na época, os bancos deveriam fazer reservas como precaução caso o cliente atrasasse as prestações do empréstimo por mais de 30 dias. Entretanto, foi ordenado ao Banco que alocasse dinheiro para toda prestação atrasada. Tal fato justificaria o calote, que justificaria o rombo. Tal procedimento usado no Banco do Brasil em meados de 1996 também seria aplicado na Caixa na virada do século 20.

 


Enquete

A Minas De Fato realizou, entre os dias 25 e 26 de janeiro, uma enquete com especialistas do mercado financeiro e político a respeito de uma provável privatização da CEF. A pergunta foi: “A Caixa Econômica Federal deve ser privatizada? Em seguida deveria vir uma justificativa. Acompanhe os resultados:

 

Cláudio Schiavon Filgueiras, presidente da Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal de Minas Gerais (APCEF – MG) e diretor do Sindicato dos Bancários de BH E Região.

Não. Primeiro, porque o Governo necessita de instituições fortes para atuar no mercado financeiro, uma vez que ele não deve ficar apenas a mercê do mercado. Segundo, porque a CEF e também o Banco do Brasil são “bancos sociais”, têm papel relevante para o Brasil. Eles atuam como política social e ainda conseguem gerar lucros. Eles têm função social e possibilita ainda a oportunidade de levar dinheiro para o Tesouro. A possibilidade de uma privatização parte basicamente do lobby dos bancos privados, já que a CEF e o BB são fortes concorrentes.

 

Nilmário Miranda, presidente do Partido dos Trabalhadores.

Não. Não deve ser privatizada. À Caixa cabe a nobre tarefa do cadastro único. É a primeira vez que o Brasil tem o nome e o endereço de cada família pobre deste país. A CEF recuperou o papel de banco social, de instrumento do povo brasileiro na luta por justiça social. Jamais se liberou recurso financeiro para infra-estrutura, saneamento e habitação.

 

Fernando Neiva, economista e presidente do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região.

Não. A Caixa Econômica Federal, assim como o Banco do Brasil, não devem ser privatizados sob hipótese alguma. Porque esses bancos desempenham papel fundamental dentro Brasil nas questões de habitação, seguro desemprego, FGTS, política agrícola, entre outros contribuições. Com a privatização, a CEF perderia a função social.

 

Maria do Carmo Lara, deputada federal (PT-MG).

Não. A Caixa Economia Federal tem um papel social, papel este importantíssimo para o país. No governo anterior, ela quase foi privatizada, sofreu com algumas ações, recuperou-se. E é um braço direito do governo em políticas sociais.

 

Dimas Lamounier, Superintendente da Caixa Econômica Federal no Estado de Minas Gerais

Não. Porque ela é para o Brasil principal fator para o governo executar políticas públicas como habitação, saneamento, distribuição de renda. Fomenta o crédito para pequenas empresas. A caixa está em todos os municípios brasileiros, ela faz parte da cultura do Brasil. E ela leva também dividendos para o Tesouro.

 

Adriano Miglio, economista, conselheiro do Conselho Regional de Economia de Minas Gerais e diretor do Sindicato dos Economistas.

Não. A Caixa tem um função de banco de varejo. Ela possibilita que as classes com menor poder aquisitivo, têm acesso ao mercado financeiro. Ela executa políticas públicas à essa população. Bem gerida e administrada ela não dá prejuízo. E, hoje, não há outros bancos que fazem o que a CEF faz na política pública voltada para a habitação. Isso porque ela é voltada para a qualidade do serviço do que meramente para o de lucrar, que é a lei de mercado. A Caixa trabalha pelo caráter cidadão e não pelo mercadológico.

 


(Fonte: APCEF/MG Informa – em 6/fev)

 

 

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ALCKMIN AUMENTA O PRÓPRIO SALÁRIO EM 16,75%

Por trás da propaganda oficial que tenta vender “austeridade, responsabilidade e trabalho”, o governador de São Paulo e presidenciável declarado Geraldo Alckmin já entrou no clima de fim de governo com um aumento de 16,75% no próprio salário, que passa de R$ 12.720 para R$ 14.800 a partir deste mês de janeiro.


Mas, de olho no apoio de correligionários para a disputa interna dos tucanos, o governador pretende deixar ainda mais satisfeitos também os diretores e conselheiros das empresas estatais: os do chamado Grupo 1, com teto salarial limitado ao do governador, receberão os mesmos 16,75% de aumento real nos salários (de R$ 12,720 para R$ 14.800); os do Grupo 2 terão 23,10% a mais para gastar, passando de R$ 9.667 para R$ 11.900; enquanto salários do Grupo 3 aumentam 32,85%, saltando de R$ 5.510 para R$ 7.320.


Os aumentos concedidos ao “subsídio” do governador e aos “honorários” dos diretores estão propostos e justificados em parecer do Codec (Conselho de Defesa dos Capitais do Estado), que leva o n° 150 e data de 14 de dezembro de 2005.


Dentre as justificativas apresentadas estão a “defasagem de valores” não ajustados desde abril de 2003, a “valorização profissional” e a “adoção de adequada política motivacional” diante de “conhecidos desafios” para conciliar “as exigências de eficácia e eficiência no atendimento dos objetivos sociais”.


 


Conselheiros ganham bônus anual


Não bastassem os aumentos excessivos aos diretores, o Codec considerou também “oportuna a extensão aos membros de Conselho de Administração” do bônus anual, passando a usufruir “do mesmo tipo de incentivo concedido à diretoria” e abocanhando sua parte nos 10% dos dividendos ou juros sobre capital próprio distribuídos ao acionistas, com limite de seis remunerações.


Para a direção do Sinergia CUT, “Alckmin está querendo deixar diretores e conselheiros muito satisfeitos com esse aumentaço para que possam fazer sua campanha dentro da máquina pública. Óbvio que é uma grande farra eleitoreira”. Acionista minoritário das estatais, o Sindicato orientou seus representantes nas AGEs a votarem contra o aumento tucano. Aguarde novas informações.

 


(Por Liliam Parise – CUT/CE – em 7/fev)

 

 

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NOSSA CAIXA: UMA VENDA SOB SUSPEITA

São Paulo – A privatização da subsidiária Previdência e Seguros da Nossa Caixa, no ano passado, para a espanhola Mapfre é alvo de intensa contestação na Justiça por parte dos trabalhadores. Antes do leilão, em maio, a Superintendência de Seguros Privados (que controla e fiscaliza os mercados de seguro, previdência privada etc.) informou que a Mapfre não tinha condições de participar do leilão e que sequer era autorizada a funcionar.

Mais grave é que um dos membros do Programa Estadual de Privatização, que autorizou a venda da subsidiária, Rui Martins Altenfelder (nomeado por Geraldo Alckmin), também é conselheiro da Mapfre.

“Na prática, o leilão simplesmente entregou a Nossa Caixa para a empresa espanhola (apesar das irregularidades que o governador conhecia). A Mapfre está liberada para usar toda a estrutura do banco para suas operações no País: o nome, as agências, os equipamentos, os clientes e os funcionários. Trata-se de falta grave e estamos contestando a venda na Justiça”, explica o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino.

Favor aos amigos

A Folha de S.Paulo, em edição de 24 de janeiro, afirma que Quest, corretora de valores do ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros, foi escolhida – sem licitação – para dirigir um novo fundo de investimentos da Nossa Caixa.


Por “coincidência”, Luiz Carlos é o principal assessor econômico para a pré-campanha eleitoral de Geraldo Alckmin. Foi também presidente do BNDES e ministro das Comunicações de Fernando Henrique Cardoso. Por ter comandado a venda de dezenas de estatais, ficou conhecido como o ‘Senhor Privatização’. Seus planos incluíam a venda de empresas como a Petrobras e o Banco do Brasil.

 


(Por Fábio Michel – Sindicato de São Paulo – em 6/fev)

 

 

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VEREADOR EM CAMPINAS (SP) COLOCA SEU MANDATO A SERVIÇO DA PROTEÇÃO AOS ANIMAIS

A política pode estar diretamente a serviço dos anseios do terceiro setor? A resposta é “sim” quando se observa, como exemplo, o trabalho do vereador Feliciano Nahimy Filho, da cidade paulistana de Campinas. O parlamentar é presidente da ONG União Protetora dos Animais – UPA -, entidade fundada por ele há quase cinco anos, e admite ter feito de seu mandato um instrumento para concretizar metas benéficas a seus protegidos.

Os projetos elaborados por Feliciano contemplam inúmeras espécies, desde bois até cães e gatos. Entretanto, os animais domésticos são os maiores beneficiários. No ano passado, o chamado “protetor dos animais” deu início a uma campanha de castração gratuita de cães e gatos nas favelas da cidade de Campinas, contando com o apoio de médicos veterinários voluntários.

“Com a ajuda de uma unidade móvel, equipada com vídeos explicativos sobre a importância da castração, percorremos a periferia da cidade realizando as cirurgias”, conta o vereador. “Agora será inaugurado um centro cirúrgico para esta atividade”, antecipa. A iniciativa pode parecer cruel a alguns olhos, mas evita uma reprodução desordenada que, depois, resulta quase sempre em abandono e maus tratos aos filhotes.

O vereador também protocolou um projeto de lei que obrigaria os veterinários a identificarem os animais recém-castrados, a fim de evitar que estes sejam submetidos a outra cirurgia deste tipo erroneamente. De acordo com Feliciano, isso evitaria o sofrimento e o risco de vida, além do desperdício de recursos. A iniciativa foi vetada pelo prefeito, porém, estima-se que o projeto será reapresentado neste ano.

Um projeto de lei proposto pelo vereador já foi sancionado pela Prefeitura de Campinas. A iniciativa denomina-se Cadastro Geral Animal – CGA. Segundo a lei, que está em processo de regulamentação, os donos de cães e gatos são obrigados a cadastrá-los junto à Prefeitura Municipal. No procedimento, os animais recebem uma plaqueta de identificação e tiram uma foto digitalizada para o banco de dados do Município. Segundo Feliciano, a idéia é ajudar os proprietários que perdem seus bichos de estimação. “Em Campinas, existem de 15 a 20 mil animais abandonados, aproximadamente. 70% deles foram perdidos por seus donos”, afirma Filho. O vereador completa: “A medida vai reduzir custos operacionais e eutanásias”.

Outro projeto parecido foi proposto por Feliciano Filho: a implantação de identificação eletrônica nos animais após a aplicação da vacina anti-rábica. “Isso vai facilitar o trabalho do Centro de Controle de Zoonozes – CCZ -, que pode descobrir com facilidade os donos dos animais abandonados”, comenta o vereador.

Os touros também entraram para a lista de defesa de Filho. Considerada a primeira vitória de seu mandato, a derrubada do projeto de lei que permitiria a realização de rodeios em Campinas foi resultado de uma campanha vereador a vereador feita por Feliciano sobre o sofrimento imposto aos animais nos eventos. De acordo com ele, a atividade trata-se de tortura disfarçada e exploração dos animais.

Outra proposta do vereador foi a de proibir a retirada das capivaras dos parques públicos e conseqüente doação a criadores particulares. “Este ato é moralmente indefensável, já que esses estabelecimentos pertencem à iniciativa privada e auferem lucros, aumentando sua renda”. Como alternativa para o problema, o vereador sugeriu que as capivaras fossem recolocadas em seu habitat natural. A proposta foi vetada pela prefeitura, e será reapresentada neste ano.

 


(Redação AmbienteBrasil – em 2/fev)


 


 

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BRASIL TELECOM ANUNCIA REDUÇÃO DE 12% NO QUADRO DE FUNCIONÁRIOS

A Brasil Telecom demitirá 12% de seu quadro de funcionários. Segundo comunicado distribuído hoje pela operadora, a medida prevê a “unificação do marketing e da força de vendas das áreas de telefonia fixa, móvel e banda larga”, com o objetivo de eliminar “sobreposições de atividades e processos em diversas áreas”.

Ainda segundo a empresa, o corte é uma das ações a serem tomadas para o aumento de sua eficiência operacional, conforme anunciado em 19 de dezembro de 2005.

 


(Fonte: It Web)

 

 

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PROJETO DE LEI PRETENDE CRIAR DIA NACIONAL DE LUTA DOS POVOS INDÍGENAS

Brasília – O projeto de lei que institui o dia 7 de fevereiro como Dia Nacional de Luta
dos Povos Indígenas pode ser aprovado em março pelo
Senado. A expectativa é do autor da proposta, senador Paulo
Paim (PT–RS). A data marca a morte do líder indígena Sepé
Tiaraju, que lutou contra a dominação espanhola e portuguesa
no Rio Grande do Sul.
 
Cerca de mil lideranças indígenas do povo guarani – vindas de
oito estados, da Argentina, do Uruguai e do Paraguai – estão
reunidas até terça-feira (7) no município de São Gabriel (RS),
localizado a 320 quilômetros de Porto Alegre. Desde ontem (3)
participam da Assembléia Continental do Povo Guarani,
organizada para lembrar os 250 anos da morte do líder
indígena Sepé Tiaraju.
 
Em homenagem ao índio guarani, o Senado aprovou em
janeiro voto de louvor, também iniciativa do senador Paim.
O voto será apresentado na Assembléia Continental do Povo
Guarani, que reúne cerca de mil lideranças indígenas de oito
estados, da Argentina, do Uruguai e do Paraguai até terça-feira
(7) no município de São Gabriel (RS), localizado a 320
quilômetros de Porto Alegre.
 
“Sepé enfrentou os invasores, coordenou as lideranças
indígenas e se tornou mais do que uma lenda, um herói
nacional. Entendemos que a história de Sepé Tiaraju deve ser
contada e recontada para brancos, negros e índios”, disse
Paim à Agência Brasil.
 
O senador informou ainda sobre outro projeto de lei que prevê
a inclusão do líder na lista dos heróis da pátria. “Sepé Tiaraju
está para os povos indígenas, mais ou menos, como Zumbi
para os negros”.
 
Sepé (José) Tiaraju (facho de luz) nasceu na comunidade
jesuíta de São Luiz Gonzaga, localizada no Rio Grande do
Sul, por volta de 1723. Essa missão com mais outras seis
formavam os Sete Povos das Missões, que viviam sob
domínio espanhol.
 
Em 1750, a Espanha assinou o Tratado de Madri em que
trocou as sete missões pela Colônia do Sacramento dos
portugueses. O tratado obrigou os guaranis e missionários
das missões a viver na outra margem do rio Uruguai. Sepé
Tiajaru liderou a resistência de seis anos ao acordo dos
espanhóis e portugueses. Ele contou com o apoio do
corregedor da missão de Santa Maria, Nicolau Nenguiru.
 
O líder indígena foi morto no dia 7 de fevereiro de 1756, na
região chamada de Batovi, atual município de São Gabriel. De
acordo com relatos históricos, ele teria sido morto por um
golpe de lança de um português e um tiro de um espanhol.
Nos três dias seguintes, 1,5 mil índios guarani foram
massacrados por soldados dos dois países.

 

(Por Carolina Pimentel – da Agência Brasil – Com informações do Conselho Indigenista Missionário – Cimi)

 

 

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O CARTÃO VERMELHO QUE DESPERTOU O JUIZ NEGRO

SÃO PAULO. Manhã de domingo, penúltima rodada do campeonato de futebol soçaite no clube dos Oficiais da PM de São Paulo. O jogo é tinhoso, a torcida animada, a arbitragem severa. Em determinado momento, um dos zagueiros, o camisa 4, leva cartão amarelo. Sua reação é brutal: “Você tinha de ser dessa cor de merda para fazer isso!”, grita, passando os dedos pela pele do braço. “Preto! Macaco! Olha a sua pele, cor de merda!”. É expulso de campo. O juiz apita a partida até o final.


O camisa 4 é coronel reformado da PM, ex-comandante da Rota e diretor de Sede do clube. José de Andrade Neto é o árbitro. Negro, como o atacante Grafite. É árbitro credenciado pela Federação Paulista de Futebol e contratado do clube para dar aulas de futebol na escola de esportes.


A partida ocorreu no dia 4 de dezembro de 2005. Passam-se 45 longos dias. Até que numa noite de janeiro, José sai de casa, anda meia hora até o 20º Distrito Policial na Zona Norte da capital, e registra o boletim de ocorrência.


Essa é a história do processo que levou um homem que sempre se sentiu indeciso na vida a buscar seus direitos no Estado brasileiro. Quanto ao coronel Antonio Chiari, citado no B.O. número 396/2006 como autor dos crimes de difamação (art. 139) e injúria (art. 140), ele prefere não se pronunciar por enquanto. Procurado pelo GLOBO, considerou o episódio insignificante mas se dispôs a consultar advogado sobre a conveniência de dar sua visão do ocorrido. A resposta veio na manhã seguinte:


-— Vou ficar quieto. Meu advogado pediu que me manifestasse somente na Justiça ou na delegacia. Temos nossas defesas, que usaremos na ocasião.


— Na hora me deu um apagão, relembra José, não sei explicar. Parou tudo dentro de mim. Também não sei como continuei apitando o jogo até o final.


 


Festa já estava em preparação


Era o terceiro jogo que apitava naquele domingo. As 89 partidas anteriores do torneio iniciado em setembro haviam transcorrido sem incidentes e o clube já se preparava para a festa de encerramento, com churrasco de boi inteiro na brasa. O Ferroviário, time do coronel Chiari, liderava e, se vencesse aquela partida, sequer precisaria jogar a última rodada. Entre os 2 mil sócios que chegam a freqüentar o clube nos fins de semana, centenas foram acompanhar as partidas decisivas daquele dia.


Para José de Andrade, o Zé, o campeonato é um bico-bênção: R$ 1.800 para apitar 96 partidas, e ainda por cima perto de onde mora. Gasta menos de meia hora a pé do clube até a casa de barro que divide com a mãe, duas irmãs, sobrinhos e parte de seus oito filhos.


— Sou registrado, tenho benefícios e o clube me dá respaldo bom — plano médico, odonto e farmácia — orgulha-se. Além disso, o novo presidente aumentou a remuneração/hora dos professores de esporte de R$ 8,97 para R$ 10,83. Como também apito jogos da federação, às vezes três a cinco por dia, ganhando R$ 35 por partida, vou me desdobrando.


Segundo ele, a partida que terminou em B.O. policial já começara tensa. O capitão e melhor jogador do Ferroviário estava de cama com caxumba, o time perdia de 3 x 1 e o camisa 10 deles sofria trombadas, se sentia visado e respondia exaltado. Acabou levando cartão amarelo e advertência. No segundo tempo, foi o mesmo camisa 10 que cometeu falta mas antes que o árbitro o expulsasse o coronel Chiari se interpôs, com força.


— Lembro que fiquei transtornado pois o coronel nunca havia gritado antes, só jogava bola, e jogava bem. Achei estranho ele me dar um beliscão e gritar. Dei dois passos para trás, fiquei na minha, parado, e tentei retomar a expulsão do outro jogador. A partir daí foi tudo muito chocante: o coronel me deu um empurrão, eu levantei o cartão amarelo, ele me confronta:


— Ah é, você vai querer me dar cartão, é? Vou ter de sair de campo?


— Por favor, coronel, retire-se, respondi.


—Tinha de ser essa cor de merda, mesmo. Preto. Macaco. Tinha de ter essa pele cor de merda…


José não nota mas sua voz treme. Desvia o olhar ao prosseguir o relato. A família, reunida em volta na mesa da cozinha, ouve em silêncio. Dois de seus oito filhos, de 5 e 9 anos, estão como que grudados ao chão. Sequer piscam. As duas irmãs (de 34 e 37 anos, ambas profissionais e aguerridas) borbulham de indignação muda. A mãe viúva, dona Ana, tem medo da humilhação do filho.


— Durante uns cinco segundos me deu um apagão. Fiquei pensando qual atitude tomar. Dei alguns passos para trás, enfiei a mão no bolso, afastei os atletas do deixa-disso e puxei o cartão vermelho — retoma José. — mas continuei ouvindo a voz do coronel, já fora do campo e com o jogo reiniciado: “Não sei o que esse preto está fazendo aqui. Vou pedir para o coronel Cacau (coronel Luís Carlos dos Santos, presidente do clube) mandar esse preto embora”. Lembro que percebi que a partir dali o coronel já estava se referindo ao meu trabalho, não mais à minha atuação como juiz.


José sempre sonhou ser jogador. Passou no teste do Palmeiras aos 12 anos, passou para a categoria sub-17, subiu para os juniores, foi emprestado para o Santo André, depois para o São José e relembra “os dez minutinhos em que me puseram no gramado do Morumbi, numa partida contra o São Paulo, quando chutei uma bola na trave…”. Paralelamente, dava aulas na primeira escola de futebol da Zona Norte de São Paulo.


Foi então que o pai morreu e ele murchou. Passou um tempão e desistiu da carreira de jogador. Aos 27 anos de idade, já tendo trabalhando há mais de uma década como professor de futebol, resolveu investir na sua formação. Apesar de só ter o segundo grau completo, comprou livros de técnica em português, ganhou manuais de exercícios em italiano e aprendeu a consultar dois volumes em holandês.


— É claro que eu não entendia a escrita, mas pelas figuras eu deduzia o que precisava ser feito. Minha vivência em campo me dava uma vantagem considerável. Além do mais, como não sou bobo, compro jornal e recorto todos os movimentos de domínio de bola, de passe, alongamento e faço um mural para os alunos”, explica. Além disso, fez curso na Federação Paulista e obteve certificados de árbitro nas três modalidades: futebol de campo, futebol soçaite e futebol de salão. No quarto que divide com a mãe, dois filhos e uma irmã, reinam seus troféus como treinador: seis vezes campeão paulista, três vezes da Taça São Paulo, duas vezes campeão categoria sub-15.


José lembra que ainda apitou uma quarta partida depois do fatídico Ferroviário x América, sem incidentes. Exceto por uma voz infantil vinda da lateral do alambrado às suas costas: macaco filho da puta.


— Preferiria não ter olhado mas depois de uns segundos acabei me virando. Era o filho do coronel, ao lado da mãe. Aquilo doeu feio porque eu tinha dado aula para o menino.


Ao final da rodada, o coronel veio em minha direção. Ainda pensei que ele viesse desculpas pelo ato e comecei a pensar no que fazer. Mas ele veio me falar de patentes.


— Você deve ter algo contra oficiais. O Roberval (camisa 10) é tenente e eu sou coronel.


— Não, coronel, isso aqui é um jogo de futebol, nada a ver.


— Você foi parcial, só prejudicou minha equipe.


— Olhe, coronel, a partida já acabou e não vamos mais falar sobre ela.


Fui desviando e ele falando. Passou novamente a mão na pele do braço e repetiu:


— É, tinha que ser, para ter essa atitude…


A esta altura, o episódio do confronto já tinha eco no clube. José lembra de uma associada que a tudo assistiu, casada com um jogador do campeonato.


— Ela bateu na cerca, deu um puxãozinho na minha camisa e falou: “Olha, Zé, você tem de tomar uma atitude. Se você não fizer nada eu vou abrir um boletim de ocorrência”. Fiquei olhando para ela meio assustado e não respondi nada. Nunca tínhamos conversado antes.


Depois passou o Carlinhos, que falou:


— Você tem sangue de barata, cara, ele te chamou de preto imundo, sangue de merda. Se fosse eu, teria quebrado ele na porrada.


— Está certo, falou bem, “se fosse você”. Só que não é. Eu batalhei para fazer esse curso de arbitragem, batalho para dar aula, não tem como tomar uma atitude numa hora dessas. Me botei no meu lugar — sou árbitro, estou apitando. Se dou porrada, a coisa vira pessoal e como ele é diretor pode até me mandar embora por justa causa.


José conta que tomou banho e foi para casa. Ainda cruzou com outros sócios que lhe disseram ter feito a coisa certa.


— Mas no caminho, a pé, fui pensando: “Meu, não sou tão calmo assim, como é que eu não dei um murro no coronel?”.


O terreno em que o bisavô Antonio trabalhou como escravo e que mais tarde foi retalhado pela família Zumkeller, ainda hoje abriga a casinha de dois cômodos dos Andrade. Foi ali que a mãe e as irmãs de José ouviram o seu relato. Foi ali que a irmã Estefânia relembrou que quando ele era menino e a garotada vinha chamar “Zé Negão” para jogar bola, a avó respondia que ali só morava um menino de nome José de Andrade. Passaram a chamá-lo de Andrade.


A partir desse dia o ambiente no clube mudou para José.


— Ficou esquisito. Clima mais pesado. Bato cartão, assino caderno, dou poucas aulas por ser verão. Já no dia seguinte fui chamado pelo presidente, que me perguntou o que havia ocorrido. Contei. Ele me orientou para relatar o episódio ao clube e perguntou se eu tinha tomado alguma atitude externa. Respondi que tinha feito um B.O.


— Você está louco? O que você foi fazer? Fez de racismo?


Tentei enrolar porque na verdade eu não tinha feito nada, não conseguia decidir nada. O coronel Chiari também me fez saber que queria dar uma palavrinha comigo mas eu estava tenso. Consultei duas pessoas de lá que sempre me apoiaram e elas me disseram para não ter medo, afinal eu não devia nada.


A conversa durou uns 20 minutos, ele falou de religião, disse que lidava com preto velho e argumentou que sempre perdia a cabeça quando entrava em campo de futebol. Respondi que eu tinha sido jogador profissional sem nunca ter presenciado uma atitude como a dele. O coronel também falou que a partir da nossa conversa ele voltaria a dormir bem e perguntou se podia fazer alguma coisa por mim. Não, não podia. Achei estranho ele perguntar se eu sabia que ele tinha sido comandante da Rota.


Não, José não sabia. Tampouco deve saber que Antonio Chiari foi um dos 43 oficiais denunciados no inquérito do massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos. Tenente-coronel à época (1992), sua tropa foi acusada de ser responsável pelo maior número de mortes no Pavilhão 9. Os seis comandantes que participaram da ação foram afastados, entre eles Chiari. José também deve desconhecer outros marcos da carreira do coronel, que em nada alterariam a sua convicção de que aquela conversa não fora um pedido de desculpas. Continuou esperando.


Várias semanas mais tarde, cruzou na rua com o mesário do jogo da encrenca:


— Pô, Zé, você nunca teve nada, está é querendo dinheiro. Se o problema é a desculpa, ele pede. O coronel falou que você está querendo levar uma grana. E desculpa aí, Zé, porque ainda não decidi a favor de quem vou testemunhar.


As irmãs contam que José chegava em casa, sentava no chão e ficava calado.


— Não pensei que ia ser tão pesado — admite ele.


 


No Fórum, mais advertências


Avisos não lhe faltaram. Numa manhã , criou coragem, foi até o Fórum da Barra Funda e contou seu caso a dois promotores. Ambos o aconselharam a se certificar solidamente da determinação de suas testemunhas, pois as surpresas costumam ser desagradáveis. Recomendaram que fizesse bem as contas para ver se agüentaria uma eventual perda de emprego.


O próprio delegado que tomou seu depoimento para o B.O. desaconselhou que arrolasse testemunhas militares. E uma das advogadas que contatou inicialmente o alertou para a possibilidade de um revertério, com o coronel lhe movendo um processo por danos morais.


De cada conversa, José voltava para casa abatido.


— Cheguei a falar para minha mãe que talvez fosse melhor fazer acordo com o coronel, deixar ele se retratar em público. Só decidi ir em frente quando me dei conta de que eu iria ficar abaixando a cabeça para ele toda vez que o encontrasse. Sou uma pessoa que demora para tomar decisões, tenho essa personalidade. Mas desde o dia 19 de janeiro me sinto mais inteiro. Já reuni todos os meus filhos de três casamentos — alguns não se conheciam — coloquei no quarto da minha mãe e expliquei que o pai deles estava nascendo ali. Choramos e brincamos juntos. Não sei no que vai dar. Mas sei que o ato que o coronel teve comigo ele não vai ter com mais ninguém.

 


(Por: Dorrit Harazim – Jornal O Globo – em 5/fev)

 

 

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COLÉGIO BÚLGARO INSTALA SACOS DE BOXE COM FOTOS DE PROFESSORES

SÓFIA – Professores de um colégio búlgaro não gostaram nada da idéia do diretor da instituição, que resolveu instalar sacos de boxe com fotografias dos docentes, dele próprio e de seus assessores, informou a imprensa de Sófia, capital da Bulgária. Um desrespeito à categoria ou uma forma criativa de livrar o estresse de alunos? A medida provoca polêmica, reconhece o diretor Samuil Sheinin, mas ele se mostrou orgulhoso ao dizer que foi o primeiro a inserir numa escola búlgara o método japonês para combater o estresse.


– As crianças poderão se desprender das emoções negativas e sairão da sala de musculação prontas para novas tarefas nas aulas – defende o diretor, cujo instituto fica na cidade de Pernik, próxima à capital búlgara.


As sessões de boxe terão horários diferentes para alunos, funcionários e professores interessados. Segundo Sheinin, a divisão impede que se saiba o alvo preferido de cada um.


– Já compramos os primeiros quatro sacos – conta o diretor, adiantando que serão instalados pelo menos dez deles porque se espera “uma grande participação”.


A sala também terá um sistema especial para registrar o número de golpes, com o objetivo de “conhecer a atitude em relação aos diretores e ao corpo docente” e “tomar medidas”, caso surja algum problema, diz Sheinin.

 


(Fonte: Globo Online – em 3/fev)

 

 

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