Banqueiros não apresentam proposta e oitava rodada acontece dia 21

Foto: Jailton Garcia

A sétima rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban aconteceu nesta sexta-feira, dia 17. Os banqueiros fizeram sindicalistas de todo o país se deslocarem para São Paulo para nada, já que sequer apresentaram proposta. Mesmo depois das assembleias do dia 08 terem rejeitado a proposta anterior, de aumento real zero, a federação patronal não levou nenhuma novidade para a mesa.

O Comando Nacional aceitou marcar uma nova reunião para terça-feira, dia 21, às 14h, mas protestou contra a reunião sem proposta e a demora nas negociações. A minuta de reivindicações dos bancários foi entregue à Fenaban em 13 de junho e a atual Convenção Coletiva Nacional só vale até 31 de agosto.

Diante da possibilidade de perda dos direitos, caso a Fanaban não apresente proposta decente, o Comando Nacional orienta os bancários de todo o país a realizarem atividades na próxima semana. “Quem faz greve são os banqueiros e não os bancários, pois eles têm todas as condições de atender às reivindicações dos trabalhadores. Mas preferem provocar a greve, que sempre é prejudicial para população e para os funcionários”, critica Nilton Damião Esperança, presidente da Fetraf-RJ/ES.

A reunião de terça-feira será a oitava rodada deste processo, que tem sido marcado por uma postura negativa da Fenaban. “Os representantes dos bancos sempre disseram que respeitam e valorizam o processo negocial, mas só o que vimos foi desrespeito e falta de responsabilidade social. A negociação de terça-feira começa às 14h e só termina quando os bancos apresentarem uma proposta aceitável. Se isso não acontecer, teremos um impasse”, adianta Nilton. “Faremos assembleias em todos os sindicatos para definir os próximos passos da Campanha Nacional dos Bancários. Se a Fenaban não mudar sua atitude, teremos que partir para a greve”, anuncia o sindicalista.

A proposta

Na reunião do dia 07 a Fenaban apresentou uma proposta econômica insuficiente, com reposição da inflação e aumento real zero para todas as verbas. Os bancos se recusaram a incluir na convenção garantias de emprego e veto às formas precárias de contratação. Não houve discussão de nenhuma cláusula sobre saúde e condições de trabalho. E, ainda por cima, a federação patronal propôs que a próxima Convenção Coletiva tenha validade de quatro anos, para todas as cláusulas.

O Comando Nacional rejeitou a proposta na mesa, mas a levou às bases, em assembleias que aconteceram em todo o país na dia 08. Em todos os sindicatos, houve rejeição integral. Na sexta-feira, dia 10, bancários fizeram manifestações, atos e paralisações parciais para pressionar os banqueiros a apresentarem nova proposta. A expectativa de toda a categoria era de que na reunião desta sexta-feira houvesse pelo menos alguma mudança, mas nada foi apresentado.

Os bancários já disseram não à proposta apresentada e só voltarão a realizar assembleias se a Fenaban avançar nas negociações.

 

Fonte: Fetraf-RJ/ES