Homofobia, não


A Universidade Veiga de Almeida lança uma Campanha Contra a Homofobia em evento no próximo dia 16, às 18:30, no auditório do Campus Tijuca. O lançamento será realizado pela Faculdade de Serviço Social, dentro da programação da Semana do Assistente Social. A campanha é uma iniciativa do curso de Serviço Social em parceria com a Superintendência Estadual de Direitos Coletivos, Individuais e Difusos da Secretaria Estadual de Direitos Humanos do Rio de Janeiro. Os primeiros 200 alunos que chegarem para o evento recebem um kit da campanha.


 


Fonte:

Ato dos Servidores

A Condsef e o Sintrasef convocam todos os servidores federais do Estado do Rio de Janeiro para o ato em defesa dos serviços e dos servidores públicos federais na quarta-feira, 11 de maio, à partir das 16h na Cinelândia. A presença de todas e todos é fundamental, pois apesar das grandes manifestações dos servidores em Brasília terem obrigado o governo a reabrir as negociações, nem os acordos já assinados por Lula estão garantidos. O Secretário de RH do Ministério do Planejamento, Duvanier Ferreira, declarou ao jornal O Dia de 30 de abril que não haveria reajuste em 2011, ou seja, que os servidores terão de “pagar o pato” dos cortes no orçamento. É por isso que os trabalhadores do serviço público de todo o país vão às ruas neste 11 de maio conforme orientação das entidades nacionais que estão à frente da Campanha Salarial Unificada dos Servidores Federais 2011. Então vamos à luta!



1) Contra qualquer reforma que retire direitos dos trabalhadores;


2) Regulamentação/institucionalização da negociação coletiva no setor público e direito de greve irrestrito;


3) Retirada dos PL’s, MP’s, decretos contrários aos interesses dos servidores públicos (PL 549/09, PL 248/98, PL 92/07, MP 520/09 e demais proposições);


4) Cumprimento por parte do governo dos acordos firmados e não cumpridos;


5) Paridade entre ativos, aposentados e pensionistas;


6) Definição de data-base;


7) Política salarial permanente com reposição inflacionária, valorização do salário base e incorporação das gratificações;



ATO EM DEFESA DOS SERVIÇOS E DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS


QUARTA-FEIRA – 11 DE MAIO – 16H – CINELÂNDIA

Fonte: Sintrasef

Presidente do Equador tem vitória apertada


DA BBC BRASIL, na Folha.com


O governo do presidente do Equador, Rafael Correa, venceu o referendo deste sábado, segundo resultados preliminares, porém sem a ampla vantagem antecipada pelas pesquisas de boca de urna.


O referendo abre caminho para a reestruturação do sistema de Justiça e para a regulamentação da atividade dos meios de comunicação no país, entre outras mudanças.


Segundo os resultados preliminares divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), o apoio às 10 perguntas do referendo varia entre 44,9% e 50,7%, contrariando pesquisas de boca-de-urna que apontavam uma vitória folgada do governo com pelo menos 57% a favor do “Sim”.


A reforma do sistema judiciário – um dos pontos polêmicos do referendo venceu por 46,1% a 43,1%. O restante votou branco ou nulo.


De acordo com o CNE, a margem de erro dos resultados preliminares ou contagem rápida dos votos é de 0,5%. Os resultados finais do referendo deverão ser divulgados em duas semanas.


A oposição reconheceu a derrota.

JUSTIÇA E MÍDIA


A reestruturação da Justiça prevê a substituição temporária do atual conselho reitor do organismo por uma comissão tripartite, com um representante indicado pelo presidente, para reformar o sistema qualificado por Correa como “ineficiente” e “corrupto”.


“Temos que fazer grandes mudanças em 18 meses”, afirmou Rafael Correa, em referência ao tempo previsto para a atuação da comissão tripartite.


Outra controvertida proposta – que deve proibir proprietários de meios de comunicação e banqueiros de ter ações em negócios que não estejam vinculados diretamente com seus setores- também ficou com uma estreita vantagem de apenas cinco pontos entre o “Sim” e o “Não”. De acordo com o CNE 47,3% dos eleitores apoiam esta proibição e 42,3% disseram ser contrários à medida.


Na pergunta sobre a criação de um “conselho regulador” dos conteúdos difundidos pelos meios de comunicação, a margem de apoio é ainda mais estreita, com 44,9% a favor e 42,7% em contra.


A crise entre governo e meios de comunicação se arrasta desde a chegada de Correa à Presidência, há quatro anos.


A maioria dos equatorianos também aprovou no referendo a proibição das touradas, à presença de cassinos e bingos no país e à caracterização do “enriquecimento privado não justificado” como crime.


OPOSIÇÃO


Opositores do referendo reconheceram a derrota, porém, ressaltaram que a margem de vitória do “sim” ficou atrás das expectativas do próprio governo.


“Teremos que cumprir o mandato popular, mas os resultados em si não dão esta goleada anunciada pelo governo”, afirmou Alberto Acosta, ex-ministro do atual governo e um dos representantes da campanha pelo “não”.


Antes do anúncio dos resultados oficiais, Correa disse que durante a campanha do referendo, seus “principais adversários” foram os meios de comunicação, banqueiros e setores da Igreja Católica.


“Contra toda essa falta de ética, falta de escrúpulos, tivemos que enfrentar todos os opositores juntos contra a revolução cidadã e vencemos todos juntos”, afirmou Correa logo após o anúncio dos resultados de boca de urna.


Mas analistas dizem que o referendo também consolidou uma nova oposição, à esquerda, do governo de Correa, que reúne movimentos sociais e intelectuais, que participaram da campanha pelo “não”.


O presidente equatoriano disse que começará imediatamente a reestruturação do sistema de Justiça. Ainda não está definido quem fará parte do Conselho que deverá regulamentar as atividades dos meios de comunicação.

Fonte: Viomundo

CUT-RJ convida para a 2ª Caminhada Noturna do 13 de Maio

A CUT-RJ está promovendo pelo segundo ano consecutivo a Caminha Noturna do dia 13 de Maio, na zona portuária do Rio. Neste dia, no ano de 1888, foi assinada a Lei Áurea pela princesa Isabel, pondo fim, pelo menos oficialmente, à escravidão. A caminhada começará no Cais do Valongo (Praça Barão de Tefé), às 17h, e segue até o Instituto Pretos Novos (IPN), onde será servido um saboroso caldinho de feijão.


A zona portuária e o povo negro


A Zona Portuária (Gamboa, Saúde, Harmonia, Cia Docas – Av. Rodrigues Alves) basicamente foi uma região que recebeu grande contingente de africanas(os) que foram trazidos para o Brasil para serem escravizados. Após a abolição da escravatura, os escravos e escravas subiram o morro, entre eles o da Providência, tornando-se as “favelas” verdadeiros quilombos modernos.


Esta região receberá muitos investimentos por causa dos grandes eventos internacionais que passarão pelo Rio de Janeiro (Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016). Uma das preocupações da CUT-RJ gira em torno do retrato do Brasil que será revelado internacionalmente. Esta região foi inicialmente e historicamente povoada por negros.  Lembramos a recente descoberta do Cais do Valongo, o Instituto Pretos Novos (IPN), o Centro Cultural José Bonifácio, a existência e permanência do Quilombo Pedra Do Sal e de vários trapiches e depósitos de negras(os) que registram e marcam a forte presença de africana em nosso país.


Considerando estes fatos, a CUT-RJ realizará a 2ª Caminhada Noturna do 13 de Maio para chamar atenção para a presença dos africanos e afrodescendentes na construção desta nação, constituindo-se como o maior contingente de trabalhadoras e trabalhadores que fizeram o Brasil. Assim buscamos garantir que esta presença seja respeitada e consolidada, hoje no século XXI.


Queremos neste ato comprometer os governos municipal, estadual e federal e as empresas envolvidas nos grandes eventos internacionais a observar e garantir de forma igualitária que trabalhadoras negras e trabalhadores negros também sejam beneficiados com a geração de emprego e renda e acesso a habitação, além da garantia de que a memória da presença negra no Rio seja preservada com a restauração dos monumentos que marcam esta história.


Anote na agenda:
2ª Caminhada Noturna do 13 de Maio
Horário: 17h
Local: do Cais do Valongo (Praça Barão de Tefé) até o Instituto Pretos Novos (IPN)
Realização: Secretaria de Combate ao Racismo da CUT-RJ


Fonte: Imprensa CUT-RJ, com informações da Secretaria de Combate ao Racismo da CUT-RJ.

Fonte: Imprensa CUT-RJ, com informações da Secretaria de Combate ao Racismo da CUT-RJ

Assalto em Cordeiro comprova insegurança das agências do Itaú

A agência do Itaú no município de Cordeiro, base do Sindicato dos Bancários de Nova Friburgo, não tem porta giratória, nem câmeras de segurança. A unidade tem planta em L, mas dispõe somente de um vigilante. Na última quinta-feira, por volta do meio-dia, um dos guardas foi almoçar, deixando o outro sozinho para cuidar de todo o espaço. Uma quadrilha de bandidos aproveitou mais esta vulnerabilidade para assaltar a agência.


 


Os ladrões chegaram bem vestidos, usando óculos de sol de armação grande. Todos tinham barba, bigode, cavanhaque, que algumas testemunhas disseram que pareciam postiços, já que não tinham aparência natural. Usando ternos ou blazers, para esconder as armas, os assaltantes entraram na agência anunciando que estavam fazendo uma fiscalização e impediram a entrada e saída de pessoas.


 


A ação foi rápida, durou menos de dez minutos. Um assaltante ficou na porta, o segundo rendeu o vigilante, que estava atrás do escudo de proteção, e pegou sua arma. Um terceiro rendeu uma bancária que estava no guichê, apontando a arma para sua cabeça. O quarto ladrão foi até o setor de tesouraria, rendendo os bancários, e recolheu o dinheiro. O montante roubado pelos assaltantes não foi divulgado.


 


Após a fuga do bando, o dirigente sindical Gustavo Caldeira, que é funcionário da agência, retornou de uma visita a um cliente. Quando ele voltou, os assaltantes tinham acabado de sair. Imediatamente o dirigente ligou para a sede do sindicato, para avisar os outros dirigentes, que se dirigiram ao local na mesma hora.


 


A unidade é uma antiga agência do extinto Banerj. “Depois da incorporação do banco estadual pelo Itaú, houve modificação superficial do layout na área de atendimento, com troca dos equipamentos, mas toda a área interna, de acesso proibido ao público, ficou sem nenhuma reforma. A porta de entrada também não foi modificada e nenhum equipamento de filmagem ou monitoramento por câmeras foi instalado”, relata Max Bezerra, presidente do Sindicato dos Bancários. O Seeb Nova Friburgo já havia feito diversas reclamações ao banco sobre as condições de segurança e ergonomia da unidade e a incluiu no relatório entregue ao executivo de relações sindicais do Itaú, Bruno Aguiar, em reunião realizada na Federação no último dia 28.


 


Os dirigentes do Sindicato dos Bancários cobraram do banco a emissão de CAT para todos os funcionários da agência – entre bancários e estagiários, são dez trabalhadores. “Os vigilantes e o funcionário de limpeza foram orientados a procurar seus sindicatos e solicitar que seja emitida a Comunicação de Acidente de Trabalho”, informou Max Bezerra. Os bancários foram alertados sobre o risco de desenvolverem Estresse Pós-Traumático, um tipo de transtorno mental que pode levar muito tempo para manifestar os primeiros sintomas.


 


Os sindicalistas também informaram que o departamento jurídico está à disposição dos bancários. O dirigente que trabalha na agência assaltada, Gustavo Caldeira, ficará atento ao prazo para emissão de CAT e comunicará imediatamente ao departamento jurídico do sindicato caso o banco se recuse a emitir o documento.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Vigilantes cutistas temem represália a companheiros que fizeram greve

O julgamento desfavorável do dissídio coletivo da categoria deixa os vigilantes da capital e de vários municípios do estado do Rio de Janeiro em situação difícil. A greve foi considerada abusiva em razão do não cumprimento de algumas exigências legais para realização do movimento e o reajuste salarial não foi arbitrado pelo TRT. Os Sindicato dos Vigilantes de Niterói e região, que é filiado à CUT, mais outros cinco sindicatos no estado – Sindicatos de Vigilantes dos Municípios de Angra dos Reis e regiões, Petrópolis e região, Itaguaí e Seropédica, Mesquita e Nilópolis e do Sindicato do Estado do Rio de Janeiro (Sindverj) – já assinaram a convenção de 2011. Para estas bases, o reajuste total foi de 14,62% e não houve necessidade de se apelar para a greve. Mas, mesmo estando numa situação tranqüila, os dirigentes destas entidades estão preocupados com a situação dos colegas.


O presidente do Sindicato dos Vigilantes de Niterói, Cláudio José, esperava que o TST definisse o índice de reajuste dos grevistas e manifestou sua apreensão assim que o julgamento foi concluído. “Não podemos ter dois pisos salariais diferentes no mesmo estado. Estamos solicitando uma reunião ao sindicato patronal e vamos propor que o mesmo reajuste que obtivemos seja estendido aos vigilantes que ainda não fecharam sua negociação, para que todos os trabalhadores da categoria recebam o mesmo salário”, adiantou Cláudio. O sindicalista manifestou ainda sua preocupação com a possibilidade de muitos trabalhadores que aderiram à greve sofram punições e represálias. “Nesta reunião, vamos reivindicar também que não haja demissões nos municípios onde houve greve. Nesse momento a categoria deve ser colocada por estas entidades, como sempre, em primeiro lugar”, completa o dirigente.


As irregularidades que levaram o TRT a decidir – por unanimidade – pela ilegalidade da greve são formalidades exigidas pela legislação específica. O TRT considerou erros em algumas bases, onde não houve realização de assembleia para deflagração do movimento paredista, e também os casos de sindicatos que não comunicaram as entidades patronais sobre a paralisação dentro do prazo legal. O dissídio, que foi ajuizado pelo sindicato patronal, o Sindesp-RJ, foi de natureza jurídica e não houve nenhuma apreciação, pelos desembargadores, das questões econômicas. Para o TRT, o reajuste da categoria deverá ser definido através de negociação coletiva ou de outro dissídio, de natureza econômica.


Os sindicatos que já assinaram a convenção garantiram aos vigilantes de suas bases um reajuste total de 14,62%, sendo a inflação do período, de 6,5%, mais aumentos de 8% para os salários, o tíquete-refeição e o adicional de risco de vida, gerando um ganho real total de 8,12%.


 

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

: : A R T I G O : : Fez-se vingança, não justiça


 




por Leonardo Boff


Alguém precisa ser inimigo de si mesmo e contrário aos valores humanitários mínimos se aprovasse o nefasto crime do terrorismo da Al Qaeda do 11 de setembro de 2001 em Nova Iorque. Mas é por todos os títulos inaceitável que um Estado, militarmente o mais poderoso do mundo, para responder ao terrorismo se tenha transformado ele mesmo num Estado terrorista. Foi o que fez Bush, limitando a democracia e suspendendo a vigência incondicional de alguns direitos, que eram apanágio do pais. Fez mais, conduziu duas guerras, contra o Afeganistão e contra o Iraque, onde devastou uma das culturas mais antigas da humanidade nas qual foram mortos mais de cem mil pessoas e mais de um milhão de deslocados.


Cabe renovar a pergunta que quase a ninguém interessa colocar: por que se produziram tais atos terroristas? O bispo Robert Bowman de Melbourne Beach da Flórida que fora anteriormente piloto de caças militares durante a guerra do Vietnã respondeu, claramente, no National Catholic Reporter, numa carta aberta ao Presidente:”Somos alvo de terroristas porque, em boa parte no mundo, nosso Governo defende a ditadura, a escravidão e a exploração humana. Somos alvos de terroristas porque nos odeiam. E nos odeiam porque nosso Governo faz coisas odiosas”.


Não disse outra coisa Richard Clarke, responsável contra o terrorismo da Casa Branca numa entrevista a Jorge Pontual emitida pela Globonews de 28/02/2010 e repetida no dia 03/05/2011. Havia advertido à CIA e ao Presidente Bush que um ataque da Al Qaeda era iminente em Nova York. Não lhe deram ouvidos. Logo em seguida ocorreu, o que o encheu de raiva. Essa raiva aumentou contra o Governo quando viu que com mentiras e falsidades Bush, por pura vontade imperial de manter a hegemonia mundial, decretou uma guerra contra o Iraque que não tinha conexão nenhuma com o 11 de setembro. A raiva chegou a um ponto que por saúde e decência se demitiu do cargo.


Mais contundente foi Chalmers Johnson, um dos principais analistas da CIA também numa entrevista ao mesmo jornalista no dia 2 de maio do corrente ano na Globonews. Conheceu por dentro os malefícios que as mais de 800 bases militares norte-americanas produzem, espalhadas pelo mundo todo, pois evocam raiva e revolta nas populações, caldo para o terrorismo. Cita o livro de Eduardo Galeano “As veias abertas da A.Latina” para ilustrar as barbaridades que os órgãos de Inteligência norte-americanos por aqui fizeram. Denuncia o caráter imperial dos Governos, fundado no uso da inteligiência que recomenda golpes de Estado, organiza assassinato de líderes e ensina a torturar. Em protesto, se demitiu e foi ser professor de história na Universidade da Califórnia. Escreveu três tomos “Blowback”(retaliação) onde previa, por poucos meses de antecedência, as retaliações contra a prepotência norte-americana no mundo. Foi tido como o profeta de 11 de setembro. Este é o pano de fundo para entendermos a atual situação que culminou com a execução criminosa de Osama Bin Laden.


Os órgãos de inteligência norte-americanos são uns fracassados. Por dez anos vasculharam o mundo para caçar Bin Laden. Nada conseguiram. Só usando um método imoral, a tortura de um mensageiro de Bin Laden, conseguiram chegar ao su esconderijo. Portanto, não tiveram mérito próprio nenhum.


Tudo nessa caçada está sob o signo da imoralidade, da vergonha e do crime. Primeiramente, o Presidente Barak Obama, como se fosse um “deus” determinou a execução/matança de Bin Laden. Isso vai contra o princípio ético universal de “não matar” e dos acordos internacionais que prescrevem a prisão, o julgamento e a punição do acusado. Assim se fez com Hussein do Iraque,com os criminosos nazistas em Nürenberg, com Eichmann em Israel e com outros acusados. Com Bin Laden se preferiu a execução intencionada, crime pelo qual Barak Obama deverá um dia responder. Depois se invadiu território do Paquistão, sem qualquer aviso prévio da operação. Em seguida, se sequestrou o cadáver e o lançaram ao mar, crime contra a piedade familiar, direito que cada família tem de enterrar seus mortos, criminosos ou não, pois por piores que sejam, nunca deixam de ser humanos.


Não se fez justiça. Praticou-se a vingança, sempre condenável.”Minha é a vingança” diz o Deus das escrituras das três religiões abraâmicas. Agora estaremos sob o poder de um Imperador sobre quem pesa a acusação de assassinato. E a necrofilia das multidões nos diminui e nos envergonha a todos.


Leonardo Boff é autor de Fundamentalismo,terrorismo , religião e paz, Vozes 2009.


Fonte:

Santander não dá solução para problemas apontados por sindicalistas

Em reunião com dirigentes sindicais cariocas na manhã desta terça-feira, dia 03, os representantes do Santander se limitaram a apresentar desculpas para as demissões em massa e o caos da integração. Mas os dirigentes sindicais saíram da mesa sem uma solução, nem uma resposta convincente. O único avanço, muito tímido, foi a proposta de criação de uma rotina de reuniões para discutir os problemas.


 


As demissões no município do Rio de Janeiro desde janeiro deste ano já são 260, sendo somente 77, ou 30%, a pedido. A maioria é de funcionários do antigo Banco Real. O banco considera isso turnover, que é a substituição de funcionários, um movimento natural dentro de qualquer empresa. Quando os sindicalistas observaram que  muitos demitidos são funcionários antigos, com salários mais altos, os representantes do Santander disseram que, em contrapartida, fazem promoções em sequencia. “Mas não há nada de natural no turnover. Eles estão demitindo os antigos e contratando novos para fazer economia. Mas, para justificar, dizem que os bancários estão sendo dispensados por não terem o perfil desejado ou porque a auditoria interna verificou que cometeram alguma irregularidade”, esclarece Luiza Mendes, funcionária do Real e diretora da Federação.


 


Quanto ao número de demissões a pedido, os dirigentes sindicais têm observado que o movimento tem relação com a integração caótica. “Alguns dos que pedem demissão estão indo para outros bancos, mas é uma minoria. O que está claro para nós que os bancários não estão suportando a pressão e estão adoecendo. E isso se deve ao caos que tem sido o processo de integração tecnológica e a conclusão da fusão entre o Santander e o Real”, analisa Almir Aguiar, presidente do Seeb-Rio.


 


Com a fusão concluída, o banco reabriu o Centro de Realocação, para buscar colocação para os bancários cujos postos de trabalho forem extintos. Mas esta medida não está surtindo efeito no Rio de Janeiro. “A realocação funciona quando há redundância nos departamentos administrativos, que é quando há fusão de setores e sobram empregados naquela função. Mas aqui no Rio de Janeiro isso não acontece, porque não temos mais um grande centro administrativo. Aqui, as demissões estão acontecendo na rede de agências”, esclarece Luíza Mendes. Para a dirigente, este movimento tende a gerar uma piora do atendimento. “Se já temos dificuldades em função da falta de pessoal nas unidades, se as demissões continuarem, em pouco tempo não vai haver bancários suficientes para fazer o serviço”, prevê a sindicalista.


 


Problema no sistema


 


Quanto às falhas no sistema unificado, o banco alega que, aos poucos, estão sendo sanadas. Mas a raiz do problema não é somente tecnológica, mas humana. Isso não significa que os bancários do Real sejam incapazes – embora os executivos aleguem que o sistema do banco incorporado era mais frágil. O que aconteceu foi que o treinamento prestado aos funcionários do Real foi insuficiente. “O banco alega que houve treinamento, sim, mas o que aconteceu foi o envio dos “padrinhos” e “madrinhas” para ajudarem no início. Mas isso não pode ser considerado treinamento. Além do mais, estes padrinhos e madrinhas não tinham condições de trabalhar direito. Por exemplo, na agência Rio Branco, que fica no térreo do prédio do Realzão, no Centro, só havia uma madrinha para dar conta de uma unidade com três andares”, pondera Luíza.


 


O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro constatou o caos na integração durante manifestações que foram realizadas nas agências e também nas visitas feitas pelos dirigentes. Os bancários oriundos do Real estão completamente perdidos desde fevereiro, quando houve a unificação dos sistemas. Com a redução do número de funcionários, os problemas só aumentam. “Vamos nos manter mobilizados e atentos ao ritmo das demissões e ao andamento da integração. Se os problemas permanecerem, o sindicato não descarta a realização de manifestações”, adianta Almir Aguiar.


 


Além de Luiza Mendes, a Federação foi representada na reunião por Paulo Garcez. Pelo Seeb Rio estiveram presentes o presidente, Almir Aguiar, e os diretores Cleide Magno, Maria de Fátima Guimarães, Marcos Antônio Vicente e Carlos Maurício. O banco foi representado por seus executivos de Relações Sindicais, Jerônimo dos Anjos e Fabiana Ribeiro, e por dois superintendentes regionais.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Rádio Santa Marta é fechada e comunicadores populares são detidos

Na manhã desta terça-feira (3/5), a rádio comunitária Santa Marta, localizada na comunidade de mesmo nome, em Botafogo, zona Sul do Rio, foi fechada em uma ação da Polícia Federal e da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL).  Os agentes lacraram todos os equipamentos e levaram o transmissor. Rapper Fiell (Emerson Claudio Nascimento) e Antonio Carlos Peixe, os diretores da emissora, foram levados pelos agentes para as dependências da Polícia Federal, na Praça Mauá, Rio. Parece ironia, mas a ação repressora que fechou a rádio comunitária do morro carioca ocorreu no Dia Mundial de Liberdade de Imprensa, decretado pela ONU em 1993.


 


A rádio comunitária Santa Marta foi construída de forma coletiva por moradores de diversas comunidades. Por ser uma conquista dos trabalhadores, recebeu as doações de equipamentos para o seu funcionamento: computadores, móveis e cursos de capacitação para os locutores e colaboradores da rádio – todos moradores da favela Santa Marta. (Leia aqui http://migre.me/4qzzu). Os participantes da emissora estavam preparando toda a documentação para entrar com o pedido de autorização de funcionamento ao Ministério das Comunicações.


 


Rapper Fiell, um dos detidos na operação, é um atuante ativista do movimento social. Já lançou dois CDs e produziu um curta-metragem sobre o morro carioca: o 788. Este último foi ganhador de dois prêmios, um nacional e outro na Holanda. Faz rádio livre e comunicação popular há pouco mais de um ano. Ele é conhecido dos movimentos sociais por sua militância em defesa dos direitos dos trabalhadores e dos moradores de favelas. Em reconhecimento a seu trabalho, no dia 19 de abril ministrou aula para alunos do curso de Ciências Sociais da UFRJ, a convite do sociólogo Luiz Antonio Machado da Silva. Cultura da favela, hip hop e comunicação comunitária foram os temas da aula.


 


Essa não é a primeira vez que o militante é vítima da criminalização por parte do Estado. Em maio do ano passado, ele foi preso e espancado por policiais que invadiram o bar de seu sogro no morro Santa Marta e obrigaram os presentes a encerrar o tradicional pagode que ocorre no local. Na ocasião, Fiell pegou o microfone e começou a ler a lei do silêncio. Ao invés de pedirem para abaixar o som, os policiais saíram desligando tudo. “Depois disso, me deram voz de prisão, me arrastaram de cima do palco e começaram a me espancar”, contou na época.


 


 Foi para evitar esse e outros abusos de poder dos agentes das chamadas Unidades de Polícia “Pacificadora” (UPPs) que Fiell elaborou uma cartilha sobre abordagem policial. À época, o rapper e outros moradores já denunciavam a truculência da polícia no trato cotidiano com os moradores. Entidades de defesa dos direitos humanos e organizações populares se manifestam nesse momento contra a ação repressora da Polícia Federal e da Anatel, que vem se repetindo pelo Brasil inteiro e agora chega até o morro carioca, calando o espaço que ajudaram a construir para erguer sua voz.


 


 


EM TEMPO: Rapper Fiell e Antonio Carlos Peixe foram liberados pela PF após prestarem depoimento.


 


 


 


Para baixar a cartilha: http://www.4shared.com/file/246779657/283a0d20/Cartilha_Popular__do_Santa_Mar.html


 


Para conhecer a história da rádio Santa Marta: http://migre.me/4qzQb 


 

Fonte: Rede Nacional de Joralistas Populares

NOTA TÉCNICA DO DIEESE: O Desempenho dos Bancos em 2010

 


 


Nesta nota técnica serão apresentados os destaques da evolução do quadro de pessoal, da distribuição do valor adicionado e das demonstrações financeiras dos seis maiores bancos em atividade no Brasil face aos elementos de conjuntura econômica, além de perspectivas de cenário para 2011. Os dados levantados são dos conglomerados financeiros para o exercício de 2010, a partir das contas e dos indicadores selecionados dos relatórios da administração e das demonstrações financeiras.


 


Evolução do Quadro de Pessoal


O quadro de pessoal dos seis maiores bancos estava representado por 454 mil empregados em 2010, sendo os mais representativos no BB (109 mil) e no Itaú Unibanco (108 mil). Em termos relativos, a evolução do emprego nesses bancos foi de 8% frente a 2009 e de 39% frente a 2006. No entanto, boa parte desse crescimento foi devido às fusões e incorporações que ocorreram no sistema financeiro brasileiro nos últimos anos, destacadamente nos casos do Itaú com Unibanco, do Banco do Brasil com a Nossa Caixa e do Santander com o Real. Dessa forma, pode-se observar uma concentração do emprego nessas instituições.


 


No entanto, por meio dos dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) é possível separar as informações exclusivas da categoria bancária. Dessa forma, além da concentração do emprego nas holdings, observada anteriormente, pode-se constatar que o emprego nos bancos tem crescido nos últimos anos. No período de 2006 a 2010, a evolução foi de 15%, totalizando no ano passado mais de 486 mil trabalhadores.


 


O Desempenho dos Seis Maiores Bancos em 2010


O setor bancário brasileiro continua, na perspectiva das seis maiores instituições financeiras, apresentando resultados bastante expressivos. Ao final do exercício de 2010, o lucro líquido dessas instituições correspondeu a mais de R$ 43 bilhões (crescimento de 30% em relação ao mesmo período de 2009). Por instituições, o ano de 2010 foi liderado pelo Itaú Unibanco Holding, que apresentou lucro líquido de R$ 13,3 bilhões (32%), seguido pelo Banco do Brasil (BB), com R$ 11,7 bilhões (15%), e pelo Bradesco, R$ 10 bilhões (25%), todos do resultado consolidado.


 


Veja a íntegra do trabalho no site do DIEESE: www.dieese.org.br


 

Fonte: Dieese