Saúde mental de Niterói está em risco

A contratação temporária de profissionais para atuarem nas unidades da atenção à saúde mental no município de Niterói foi uma solução capenga que acabou gerando um problema. Aproximadamente 90 % destes trabalhadores foram contratados sem direito a férias, 13º salário e outros benefícios, mas seu empenho foi fundamental para a montagem da rede de atendimento. Hoje funcionam em Niterói dois Centros de Atenção Psicossocial – CAP para atendimento de psicóticos, um CAP Infantil e um CAP AD, para atender a usuários de álcool e drogas. Ao todo, cerca de 7,8 mil pessoas são atendidas nestes centros. Mas a Fundação Municipal de Saúde determinou que 25 % dos profissionais contratados sejam demitidos, mesmo sem a contratação dos aprovados no último concurso público. Esta redução drástica na equipe implicará na suspensão de serviços, prejudicando severamente o atendimento dos pacientes.


 


Para tentar evitar o caos, a Associação dos Usuários Familiares e Amigos da Saúde Mental – AUFA-SM está realizando protestos públicos e procurando ajuda de parlamentares. No último dia 29 foi feita uma manifestação em frente à Câmara Municipal de Niterói, seguindo depois até a sede da Prefeitura. Na passeata, além dos médicos, pacientes e seus familiares fizeram uso da palavra.


 


A repercussão foi rápida e uma comissão de usuários, familiares e técnicos foi montada para negociar com o Secretário de Saúde de Niterói. A preocupação é com a interrupção do atendimento e a AUFA-SM reivindica que as demissões sejam suspensas e que os trabalhadores sejam substituídos pelos aprovados no concurso. O certame previa a contratação por tempo determinado de dois anos e AUFA-SM também reivindica que, antes do final do contrato dos aprovados, seja realizado um novo concurso, para provimento definitivo.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

PAB do Santander na PUC em condições precárias

Já não é de hoje que os funcionários do PAB do Santander na PUC sofrem com as más condições de seu local de trabalho. Em outubro de 2010, ainda com a bandeira Real, diretores do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro fizeram várias denúncias sobre alagamentos na tesouraria, fiação exposta e mobiliário obsoleto. Até o atendimento é prejudicado, já que não há privacidade para os clientes discutirem sua vida financeira com os bancários – e nem os clientes do segmento Premium do banco, o Van Gogh, escapam da precariedade. Na época, a primeira leva de móveis nem supriu a necessidade, uma vez que a peça já estava danificada. Hoje, oito meses depois, os mesmos problemas permanecem.


Como se não bastasse, um PAB do Santander montado num contêiner que funcionava no campus da PUC foi desativado. Isso gerou aumento de trabalho para os funcionários do posto do antigo Real. Com a recente conquista de 241 novas contas, referentes à folha de pagamento de uma empresa, a sobrecarga de trabalho tende a aumentar ainda mais. Mesmo diante desta situação, a unidade perdeu uma funcionária de caixa, que foi transferida e não foi substituída definitivamente.


O diretor do Seeb Rio Adriano Garcia já fez diversas reclamações à direção do banco. Além das denúncias feitas no ano passado, o sindicalista vem tocando no assunto sempre que encontra um executivo do banco que atue na regional. Até que, desde abril, Adriano decidiu fazer as coisas por escrito e vem trocando e-mails com Renato Dórea Carnielli, Superintendente Regional Rio de PABs. As respostas do executivo, em várias mensagens, têm sido evasivas e nunca demonstram que uma solução concreta esteja a caminho. “Por enquanto, venho procurando resolver com as áreas responsáveis, sem apelar para o pessoal de Relações Sindicais, como qualquer outro funcionário faria. Mas vou ter que tomar outras medidas, já que nenhuma solução foi apresentada até agora, apesar da insistência”, adianta Adriano.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Mercantil do Brasil: ação do Seeb-ES garante desconto de vale-transporte apenas sobre salário-base

Em ação trabalhista movida pelo Sindicato dos Bancários/ES, o Banco Mercantil do Brasil está obrigado pela Justiça a aplicar o percentual de desconto do vale-transporte previsto na Convenção Coletiva apenas sobre o salário-base. Diante da decisão judicial, o banco acertou o desconto a partir do último mês de junho para os empregados de todo o Brasil. “Essa foi uma vitória dos bancários no Espírito Santo que se estendeu nacionalmente”, afirma a sindicalista Andréa Queiroz.


Ela informa que o Sindicato já pleiteou o pagamento retroativo das diferenças descontadas a mais dos salários dos empregados lotados no Espírito Santo. Isso porque essa ação tem que ser movida em cada base sindical. Os sindicatos de outros estados que desejarem ingressar com a ação podem acessar os documentos no portal do TRT/ES (http://www.trt17.gov.br), digitando o número do processo (0130300-23.2006.5.17.0008).


Histórico


A ação coletiva do Sindicato foi movida em 2006. A sentença determinando que o banco corrigisse a forma de desconto, restituísse os valores descontados indevidamente e pagasse multa por descumprimento da Convenção Coletiva saiu em 2007. O banco recorreu, mas as decisões foram mantidas pelo Tribunal Regional do Trabalho em julho de 2008. O banco pagou as diferenças decorrentes do desconto indevido até outubro de 2008, mas continuou calculando o desconto do vale-transporte sobre a remuneração dos bancários.


Diante disso, o Sindicato, através do escritório Ferreira Borges Advogados Associados, pediu, em 2010, o desarquivamento dos autos do processo. A entidade também requereu que o BMB seja intimado a cumprir as decisões judiciais, garantindo o desconto apenas sobre o salário-base e o pagamento das diferenças devidas desde outubro de 2008.

Fonte: Seeb-ES

Categorias
Artigos

Os gays e a Bíblia

É no mínimo surpreendente constatar as pressões sobre o Senado para evitar a lei que criminaliza a homofobia. Sofrem de amnésia os que insistem em segregar, discriminar, satanizar e condenar os casais homoafetivos.


No tempo de Jesus, os segregados eram os pagãos, os doentes, os que exerciam determinadas atividades profissionais, como açougueiros e fiscais de renda. Com todos esses Jesus teve uma atitude inclusiva. Mais tarde, vitimizaram indígenas, negros, hereges e judeus. Hoje, homossexuais, muçulmanos e migrantes pobres (incluídas as “pessoas diferenciadas”…).


Relações entre pessoas do mesmo sexo ainda são ilegais em mais de 80 nações. Em alguns países islâmicos elas são punidas com castigos físicos ou pena de morte (Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Nigéria etc).


No 60º aniversário da Decclaração Universal dos Direitos Humanos, em 2008, 27 países membros da União Europeia assinaram resolução à ONU pela “despenalização universal da homossexualidade”.


A Igreja Católica deu um pequeno passo adiante ao incluir no seu Catecismo a exigência de se evitar qualquer discriminação a homossexuais. No entanto, silenciam as autoridades eclesiásticas quando se trata de se pronunciar contra a homofobia. E, no entanto, se escutou sua discordância à decisão do STF ao aprovar o direito de união civil dos homoafetivos.


Ninguém escolhe ser homo ou heterossexual. A pessoa nasce assim. E, à luz do Evangelho, a Igreja não tem o direito de encarar ninguém como homo ou hétero, e sim como filho de Deus, chamado à comunhão com Ele e com o próximo, destinatário da graça divina.


São alarmantes os índices de agressões e assassinatos de homossexuais no Brasil. A urgência de uma lei contra a homofobia não se justifica apenas pela violência física sofrida por travestis, transexuais, lésbicas etc. Mais grave é a violência simbólica, que instaura procedimento social e fomenta a cultura da satanização.


A Igreja Católica já não condena homossexuais, mas impede que eles manifestem o seu amor por pessoas do mesmo sexo. Ora, todo amor não decorre de Deus? Não diz a Carta de João (I,7) que “quem ama conhece a Deus” (observe que João não diz que quem conhece a Deus ama…).


Por que fingir ignorar que o amor exige união e querer que essa união permaneça à margem da lei? No matrimônio são os noivos os verdadeiros ministros. E não o padre, como muitos imaginam. Pode a teologia negar a essencial sacramentalidade da união de duas pessoas que se amam, ainda que do mesmo sexo?


Ora, direis ouvir a Bíblia! Sim, no contexto patriarcal em que foi escrita seria estranho aprovar o homossexualismo. Mas muitas passagens o subtendem, como o amor entre Davi por Jônatas (I Samuel 18), o centurião romano interessado na cura de seu servo (Lucas 7) e os “eunucos de nascença” (Mateus 19). E a tomar a Bíblia literalmente, teríamos que passar ao fio da espada todos que professam crenças diferentes da nossa e odiar pai e mãe para verdadeiramente seguir a Jesus.


Há que passar da hermenêutica singularizadora para a hermenêutica pluralizadora. Ontem, a Igreja Católica acusava os judeus de assassinos de Jesus; condenava ao limbo crianças mortas sem batismo; considerava legítima a escravidão e censurava o empréstimo a juros. Por que excluir casais homoafetivos de direitos civis e religiosos?


Pecado é aceitar os mecanismos de exclusão e selecionar seres humanos por fatores biológicos, raciais, étnicos ou sexuais. Todos são filhos amados por Deus. Todos têm como vocação essencial amar e ser amados. A lei é feita para a pessoa, insiste Jesus, e não a pessoa para a lei.


Frei Betto é escritor e assessor de movimentos sociais, autor de “Um homem chamado Jesus” (Rocco), entre outros livros.
www.freibetto.org – twitter:@freibetto



Copyright 2011 – FREI BETTO – Não é permitida a reprodução deste artigo em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização do autor. Assine todos os artigos do escritor e os receberá diretamente em seu e-mail. Contato – MHPAL – Agência Literária ([email protected])

Fonte: Frei Betto

Encontro da Caixa discute temas específicos do funcionalismo no estado

O Encontro Estadual dos Bancários da Caixa Caixa, realizado no último dia 18, foi uma oportunidade para o funcionalismo fluminense discutir a campanha salarial que já está começando. Um dos principais temas debatidos foi a Funcef, fundo de pensão do banco, com a presença do diretor de benefícios, José Carlos Alonso. O executivo, que é oriundo do movimento sindical, destacou a necessidade dos trabalhadores se engajarem nas discussões sobre previdência, tanto oficial (INSS), como complementar (fundos de pensão).


 


O supervisor técnico do Dieese-RJ, Cloviomar Cararine falou sobre conjuntura, abordando assuntos como o atual panorama da inflação e as perspectivas para setembro e as negociações coletivas do primeiro semestre deste ano. Segundo Cloviomar, os itens que mais pressionaram a inflação no período foram alimentação, transporte, educação e leitura e despesas pessoais. A projeção do Dieese é de que, na data-base dos bancários, em 1º de setembro, a inflação esteja em 7,56%.


 


O diretor para Bancos Federais da Federação, Ricardo Maggi, comemora a representatividade do evento. “Merece destaque a presença de um grande número de aposentados, representados pelas diversas associações, como a Apacef, Unei e Asas-BNH. Os bancários da ativa se fizeram representar ainda pelas suas associações: Fenag (gerentes), Anacef (avaliadores) e Apcef”, relata Maggi. O dirigente aproveita para agradecer o empenho dos funcionários da Federação para o sucesso do evento.


 


O encontro foi finalizado com a eleição dos delegados que vão representar o estado do Rio de Janeiro no 27º Conecef, que acontece em São Paulo em 09 e 10 de julho.


 


“Este encontro discutiu questões importantes para o funcionalismo da Caixa e foi muito representativo, com funcionários da ativa e aposentados”, relata Fabiano Júnior, presidente da Federação. Estiveram presentes bancários da Caixa da base dos sindicatos de Angra dos Reis, Baixada Fluminense, Itaperuna, Niterói, Rio de Janeiro, Sul Fluminense, Teresópolis e Três Rios. “Para o próximo ano, esperamos mobilizar ainda mais bancários da Caixa para participarem do nosso encontro”, completa Fabiano.


 

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Encontro de blogueiros confirma força da internet como ferramenta política

O último fim de semana foi de muita discussão entre os 369 ativistas digitais de 21 estados que se reuniram no 2º Encontro Nacional de Blogueiros e Twitteiros Progressistas. O evento, realizado em Brasília, teve a ilustre presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo e de outros nomes de destaque do Executivo. Três ativistas digitais peruanos participaram do evento relatando sua atuação · fundamental · na campanha de eleição de Ollanta Humala, e o embaixador do Peru no Brasil, Hugo de Zela, fez questão de marcar presença. A câmara federal esteve representada por Luiza Erundina (PSB-SP), Brizola Neto (PDT-RJ), João Arruda (PMDB-PR) e Paulo Pimenta (PT-RS).


Na abertura, Lula agradeceu aos ativistas pela atuação na defesa da liberdade de expressão: ·Vocês evitaram que os chamados falsos formadores de opinião pública, que às vezes não convencem nem quem está em suas casas assistindo, ditassem as regras do que deveria acontecer neste país·, disse Lula. ·Eu sei o bem que vocês fizeram pela democracia e pelo povo deste país não deixando que eles acreditassem em todas as mentiras que se contaram·, acrescentou o ex-presidente. (veja neste link o vídeo com a fala de Lula, gravado pela TVT).


A primeira mesa de debates, na manhã de sábado, teve como tema ·A luta por um novo marco regulatório da comunicação· e contou com a participação do professor Venício Lima, do jurista Fábio Konder Comparato e da deputada Luiza Erundina. O marco regulatório é um conjunto de leis que regulamentam as comunicações e o atual é de 1962. Esta legislação está totalmente obsoleta, já que não contempla nenhuma nova tecnologia surgida nestes quase 50 anos e, portanto, não dá conta da realidade atual. Fabio Konder Comparato é o proponente de Ações Diretas de Inconstitucionalidade por Omissão junto ao Supremo Tribunal Federal baseadas na não regulamentação dos dispositivos constitucionais que tratam das comunicações. O jurista de 74 anos encantou a plenária com o vigor de suas ideias. ·Os órgãos oficiais do Estado exercem autoridade formal, mas não têm poder. O poder está com as oligarquias. (…) É preciso elaborar e distribuir cartilhas populares que expliquem de maneira simples a dominação que as oligarquias exercem sobre ele, o povo,· acredita Comparato. Luiza Erundina, que é coordenadora-geral da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular (Frentecom), falou que, oriunda do campo e ligada à luta pela reforma agrária, percebeu a importância da comunicação. ·No dia em que conseguirmos democratizar as comunicações, teremos condições políticas para fazer todas as outras reformas, inclusive a agrária,· avaliou a deputada.



Erundina e Venício Lima (de costas) ouvem Fábio Konder Comparato (Foto: Paulo de Tarso)


No sábado à tarde foi a vez das oficinas e na manhã de domingo, dos grupos de trabalho. O empenho coletivo definiu um plano de ação, com as iniciativas que devem ser fomentadas e implementadas por blogueiros de todo o país, a Carta de Brasília, documento-compromisso oficial do evento, e algumas moções relativas a temas específicos.


O sucesso do encontro pode ser medido não só pelo que aconteceu nos salões da CNTC, mas no ambiente de ativismo dos participantes, a internet. O ·2BlogProg· ficou dois dias nos Trending Topics (tópicos em destaque) do Twitter e a transmissão ao vivo do evento, feita pela TVT, alcançou um total de 30 mil acessos.


As expectativas pessimistas que apostavam na desarticulação dos blogueiros se mostraram equivocadas. Na plenária final, foi definido que o próximo encontro será em maio de 2012, na Bahia. O I Encontro Internacional de Blogueiros, marcado para setembro em Foz do Iguaçu, vai reunir a blogosfera de todo o mundo. Prova de que o movimento deslanchou e não há mais como impedir que continue crescendo e aparecendo.



 

Fonte:

Deputados se mobilizam para resolver crise dos bombeiros

As negociações entre os bombeiros e o governo do estado chegaram a um impasse: por um lado, o governador diz que não tem dinheiro para conceder o reajuste reivindicado, que teria que ser estendido também aos PMS. Por outro, os bombeiros se recusam a negociar enquanto os 439 que foram presos não sejam totalmente anistiados. Todos foram libertados no último dia 10 por força de habeas corpus, mas os processos – criminal e administrativo – não foram extintos e continuam correndo.

 

Mas os deputados estaduais e federais do estado estão se mobilizando para buscar solução para o problema. Em Brasília, Alessandro Molon (PT-RJ) propôs uma emenda à lei 12191/2010, que concedeu anistia aos PMs que fizeram movimentos reivindicatórios entre 1997 e 2010 para estender o perdão aos bombeiros do estado. Além de apresentar o projeto de emenda, Molon apresentou também um requerimento para que a votação se dê em regime de urgência. A receptividade do parlamento federal à proposta de anistia criminal foi favorável: “Ja recebemos apoio de 13 líderes partidários, que comandam 487 dos 513 deputados”, informa Molon. Segundo o parlamentar, a mobilização popular de todos os cariocas e fluminenses se espalhou pelo Brasil. “Tenho observado um apoio amplo aos bombeiros por parte dos deputados de todos os estados. Acredito que o requerimento receba aprovação e o projeto seja votado rapidamente”, avalia Molon.

 

Na Alerj, a discussão é mais complexa, já que envolve não só a anistia administrativa – já que a criminal é de âmbito estritamente federal – mas também a questão salarial. A líder da bancada petista, Inês Pandeló, destaca que os parlamentares de seu partido se mobilizaram desde o início da crise para abrir espaços de negociação. Além desta mediação, a bancada também apresentou propostas para o problema salarial, com três opções envolvendo antecipação dos reajustes, todas para 2012. “Uma proposta é de que o que seria em junho fosse em janeiro e o que fosse em julho fosse em junho. Outra proposta é de 10% de reajuste a cada semestre. E uma terceira é de que antecipe tudo do ano para uma única parcela. Todas estas propostas têm o objetivo de buscar avançar dentro dos limites orçamentários do governo”, esclarece Inês. A deputada esclarece, porem, que dificilmente a concessão do reajuste acontecerá este ano, em razão de limitações orçamentárias.  “Essa é uma discussão que temos que fazer no final do ano, na votação da lei orçamentária. Por isso a nossa proposta levou em conta o ano que vem, já que o orçamento deste ano já está aprovado”, esclarece. Inês aponta, ainda, que a questão do vale-transporte, que os bombeiros não recebem atualmente, é assunto de um projeto de emenda. “Já assinei esta proposta . Desde que entrei para esta casa, tenho apresentado emendas à lei orçamentária para pagar vale-transporte aos servidores, de todas as áreas”, informa Inês.

 

Mais punição?

 

A anistia administrativa pode ser a parte mais difícil de resolver. Independente do perdão aos presos, é preciso que o processo administrativo siga todos os trâmites. “Houve a prisão, mas não houve uma punição. “Somos favoráveis a que não haja punição, achamos que os bombeiros já foram punidos com a prisão. Mas não assinamos ainda a PEC porque estamos trabalhando em outra proposta, com o mesmo objetivo, que possa aglutinar as forças”, informa Inês. O problema é que isso depende da adesão dos outros parlamentares. “Para haver anistia é necessário que haja a união da Assembleia como um todo, porque, para aprovar, é preciso um alto quorum. Então, não adianta assinar um projeto, uma PEC, sem haver este acordo”, acrescenta a deputada.

Fonte: Da Redação – FEEB RJ/ES

Encontro regional do BB foi o pontapé inicial da campanha salarial


  Foto: Paulo de Tarso



Por Sérgio Farias *


 


No nosso Encontro Estadual dos Funcionários do BB, que aconteceu no último dia 04, toda a pluralidade de ideias foi debatida democraticamente. No entanto, alguns pontos principais foram levantados por unanimidade. Considero que, de todas as questões levantadas, a principal seja a do assédio moral. Nos últimos dois anos o assédio se difundiu no banco, gerando um paradoxo com o investimento do BB em responsabilidade social, inclusive, divulgando amplamente estas ações. Mesmo concordando em instituir Comitê de Ética a postura do banco permaneceu a mesma, até porque os comitês não funcionam. A ouvidoria do BB, que deveria ser o canal para resolver os problemas com empregados, funciona precariamente, pois o banco não dá ao órgão as condições adequadas para trabalho: faltam recursos humanos e materiais. Isto tudo cria um terreno fértil para a proliferação do assédio moral.


 


Esta situação cria um círculo vicioso cruel: o assediado acaba desenvolvendo transtornos psicológicos e psiquiátricos e, muitas vezes, precisa se licenciar. Quando retorna, muitas vezes perde sua comissão e sofre ainda mais assédio. Além de estar doente, tem dificuldade de obter atendimento, porque o credenciamento da Cassi está cada vez mais restrito, principalmente no interior.


 


Aqui no Rio de Janeiro temos uma questão específica que é o enxugamento das estruturas administrativas, que é parte do plano de reestruturação do banco, lançado em 2007 e chamado pelo movimento sindical de “pacote de maldades”. Esta medida vai acirrar ainda mais o assédio moral nas agências, porque as possibilidades de ascensão profissional dentro do BB ficarão mais restritas no nosso estado. Aproveito para convocar todos os sindicalistas e funcionários do banco para participarem da audiência pública na Comissão de Trabalho da Alerj, que acontece no próximo dia 21. Levar este problema ao parlamento estadual é também uma forma de fortalecer a nossa luta para manter centros de decisão importantes do banco funcionando no nosso estado.


 


A nossa campanha salarial está começando e vamos enfrentar as tradicionais dificuldades de mobilização da base, já que muitos colegas se sentem intimidados pelas chefias e têm receio de participar das atividades. Não podemos deixar que o assédio moral nos deixe imóveis, é preciso combatê-lo no dia a dia e também nas mobilizações da campanha salarial. Devemos reivindicar não só as questões econômicas, mas todas as mudanças que podem deixar nosso ambiente de trabalho mais justo e mais saudável. Tivemos um exemplo recente de que só a mobilização arranca resultados: os bombeiros do nosso estado se uniram para reivindicar melhores salários, apesar de restrições regimentais à organização e aos movimentos reivindicatórios. A exemplo dos bombeiros, temos que resistir até conquistar os avanços necessários.


 



 


 


* Sérgio Farias é representante titular da Federação na Comissão de Empresa do BB


 

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Angra dos Reis: de saída, Jorge Valverde avalia gestão!

O Sindicato de Angra dos Reis terá eleições para nova diretoria nos próximos dias 21 e 22. Jorge Valverde, que ocupou a presidência por dois mandatos consecutivos, vai agora ficar responsável pela Secretaria de Imprensa e Comunicação. Em seu período à frente da entidade, o dirigente deu destaque a eventos de formação e à divulgação das atividades do sindicato, sem descuidar da luta e da atuação junto à base.


 


A gestão também foi marcada pela volta dos eventos desportivos e pela informatização, com instalação de computadores na sub-sede de Itaguaí e a contratação de profissionais para elaboração de um site, que será lançado em breve. “Também fortalecemos o departamento jurídico, com a contratação de um escritório de advocacia especializado em Danos Morais, Acidente de Trabalho e Direito Previdenciário”, relata Valverde.


 


Para o próximo período, fica o caixa recheado pelo dinheiro da venda dos terrenos doados pela Associação dos Bancários de Angra dos Reis, que está inativa. Respeitando a decisão tomada pela base em assembleia, os recursos serão empregados na aquisição da sede própria, velho sonho dos bancários da região.


 


O aumento da participação feminina nas atividades sindicais, estimulado na gestão de Valverde, já mostra seus frutos: na diretoria que sai, são duas mulheres – Elizete e Telma, ambas do HSBC. “Na chapa que pleiteia a eleição, há mais três bancárias: Ângela (CEF), Olívia (Itaú) e Rita (Itaú)”, informa o presidente.


 


O intenso trabalho de base também mostra resultados: o sindicato atingiu a marca de 72 % de sindicalização dos trabalhadores bancários. “Procuramos fazer sempre um bom trabalho ao longo desta gestão e sabemos que, para os próximos quatro anos, com o companheiro Clóvis à frente do sindicato, não será diferente. Mas quem tem que fazer avaliação da gestão é a base. É nas próximas eleições que desempenho da diretoria será avaliado pelos bancários de Angra, Itaguaí, Mangaratiba, Paraty e Seropédica”, conclui Valverde.


 

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Fenaban anuncia mais câmeras para monitoramento contra “saidinha de banco”

Foto: Jailton Garcia – Contraf/CUT



 


A pressão dos bancários para combater o crime da “saidinha de banco” começa a surtir efeito sobre os bancos. Na terceira rodada da Mesa Temática de Segurança Bancária em 2011 com a Contraf-CUT, federações e sindicatos, ocorrida nesta quinta-feira, dia 2, em São Paulo, a Fenaban anunciou a ampliação das câmeras de vídeo para reforçar o monitoramento das agências.


 


Segundo Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, “a medida atende uma das reivindicações dos bancários, porém outras iniciativas são necessárias para impedir a visualização dos saques por olheiros e evitar que clientes continuem sendo vítimas”. A Fenaban disse que as demais demandas dos bancários ainda não são consensuais entre os bancos e permanecem em estudo.


 


Propostas dos bancários


 


“Defendemos a instalação de biombos ou tapumes entre a fila de espera e a bateria de caixas, bem como de divisórias entre os caixas, inclusive os eletrônicos, visando impedir o acesso visual e garantir o sigilo e a privacidade das operações”, frisou o diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Daniel Reis. Os bancários também reiteraram a importância da colocação de portas giratórias antes do autoatendimento, com armários para guardar objetos e volumes.


 


A proposta de isenção das tarifas de transferência de recursos (DOC, TED, ordens de pagamento, etc), como forma de desestimular os saques que muitos clientes efetuam para não pagarem tarifas, foi reforçada pelos bancários, a fim de reduzir a circulação de dinheiro na praça e evitar que clientes sejam alvos de assaltantes.


 


“Propomos aos bancos para que não esperem chegar ao consenso, mas já implantem as medidas defendidas pelos bancários, pois o número de mortes e ocorrências é assustador”, frisou Ademir.


 


15 mortes em assaltos envolvendo bancos em 2011


 


Segundo levantamento da Contraf-CUT, com base em notícias da imprensa, houve 15 mortes em assaltos envolvendo bancos nos primeiros cinco meses de 2011, uma média de três por mês, dos quais 7 são casos de “saidinha de banco”.


 


Leonardo Fonseca, diretor do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e da Fetraf-MG, alertou para a responsabilidade dos bancos e lembrou que “a última vítima foi um policial militar, morto na terça-feira, dia 31 de maio, na capital mineira”.


 


Operação Saque Seguro


 


O presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, e a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, que coordenam a mesa de negociações do Comando Nacional com os bancos, participaram da reunião e criticaram duramente a parceria entre a Febraban e a Polícia Militar de São Paulo.


 


“A ronda de policiais dentro das agências e nos estacionamentos é uma medida inaceitável, pois não são áreas de segurança pública e isso contraria a lei federal nº 7.102/83, que prevê segurança privada nos estabelecimentos bancários”, disse Carlos Cordeiro.


 


“Os bancos podem pagar pela própria segurança. Quando retiram efetivos das ruas para cuidar das agências, eles acabam prejudicando os cidadãos que tanto precisam de segurança”, apontou Juvandia.


 


A Fenaban disse que aderiu à Operação Saque Seguro, dizendo que se trata de um projeto da PM para enfrentar a “saidinha de banco”, através de visitas de policiais aos bancos e distribuição de folders aos clientes.


 


A Contraf-CUT e o Sindicato informaram que enviaram na terça-feira, dia 31 de maio, uma carta à Polícia Federal, solicitando um posicionamento sobre a legalidade dessa operação, uma vez que está transferindo parte da segurança das instituições financeiras para a segurança pública.


 


Proibir uso do celular não resolve


 


Os bancos também anunciaram a decisão de proibir o uso do celular nas agências, através da afixação de cartazes e orientações aos clientes. Os bancários frisaram que essa iniciativa não integra a pauta de reivindicações da categoria e que não resolve.


 


“Essa medida não impede a visualização dos saques por olheiros e agride o direito do cidadão de utilizar o seu celular, que hoje virou um bem essencial para a vida das pessoas”, alertou o diretor do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e da Fetrafi-RS, Lúcio Paz.


 


Além disso, a fiscalização é impraticável. “Zelar pela segurança não é atribuição dos bancários, mas sim dos vigilantes que, no entanto, não podem descuidar de suas tarefas cotidianas sob pena de fragilizarem a segurança de bancários e clientes”, observou.


 


Para o representante da Federação na mesa temática, Pedro Batista, o encontro do último dia 02 foi produtivo. “Foi a reunião mais positiva que já fizemos sobre segurança. Esperamos que haja outra reunião em breve”, declarou Pedro. Para o dirigente, o único senão foi a postura reticente da Fenaban quanto a algumas questões. “A Contraf insistiu no corte do contato visual entre os clientes, com o uso dos biombos, mas isso não é ponto pacífico para os banqueiros”, relata. E, quanto às câmeras, apesar da ampliação do uso, o dirigente ressalta que esta medida ainda não atinge todas as unidades. “É inadmissível que haja alguma agência sem monitoramento. Nas últimas ocorrências de assalto no estado do Rio de Janeiro, o ponto em comum era a ausência de câmeras”, lembra Pedro.


 


Acesso às estatísticas semestrais da Febraban


 


Em resposta à reivindicação dos bancários de acesso às estatísticas semestrais de assaltos, consumados ou não, conforme prevê a convenção coletiva, a Fenaban propôs abrir os números até o final dos meses de janeiro e julho, a partir de 2012.


 


Quanto ao primeiro semestre deste ano, por se tratar da primeira vez, ficou definido que o levantamento nacional dos bancos será apresentado para as entidades sindicais no próximo mês de agosto.


 


Os bancários reivindicaram também o acesso ao número dos casos de arrombamento, que atualmente é o principal ataque feito contra os bancos, sobretudo com uso de explosivos. A Fenaban, porém, não aceitou.


 


Solicitação de nova rodada


 


Ao final, as entidades sindicais reivindicaram o agendamento de uma nova reunião da Mesa Temática de Segurança Bancária, para o início de julho.


 


“Queremos realizar mais uma rodada antes das negociações da campanha nacional deste ano, a fim de discutir também propostas para melhorar a assistência às vítimas de assaltos e sequestros e as medidas indenizatórias e preventivas, a exemplo do ano passado, buscando novos avanços para inclusão na convenção coletiva e trazer mais segurança e proteção à vida das pessoas”, justificou Ademir.


 


A Fenaban ficou de responder à solicitação em até 10 dias.


 

Fonte: Contraf/CUT, com Feeb RJ/ES