Curso de oratória no NPC

Nos dias 23 e 24 de setembro, o NPC promoverá o curso de oratória A arte de falar em público, no centro do Rio. Nesses dois dias, os participantes tomam conhecimento de algumas técnicas para falar bem em público, como a organização do discurso; a importância do olhar, gestos e postura; e o cuidado com os vícios de linguagem. Aprendem também, na prática, a deixar de ter medo do microfone. Na sexta, dia 23, a aula será das 13h às 19h. No sábado, dia 24, será das 9h às 18h. O curso será ministrado por Vito Giannotti, coordenador do NPC. As inscrições já estão abertas. Informações pelos telefones (21) 2220-5618 // 2220-4895. Ou pelo e-mail [email protected].

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Claudio Barbosa faz balanço de gestão no Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense


Depois de dois mandatos – num total de oito anos – à frente do Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense, Claudio Barbosa cede a presidência a Péricles Lameira, atual vice-presidente. A eleição aconteceu nos dias 23, 24 e 25 e a posse será em janeiro próximo.


 


A chapa única foi confirmada por 98 % dos bancários que depositaram votos válidos nas urnas do sindicato. Dos 786 associados elegíveis, 692 compareceram às urnas. Destes, 679 votaram na chapa única, 11 votos foram depositados em branco e houve apenas 1 nulo. Onze votos foram colhidos em separado, mas foram invalidados em razão dos votantes não obedecerem às condições para participar das eleições – dois anos de atuação como bancário e seis meses de associação ao sindicato.


 


Transição: Cláudio Barbosa passa o comando do
Sindicato  a Péricles Lameira (Foto: Paulo d´Tarso)
Claudio está terminando sua gestão com o sentimento de dever cumprido. “Tudo o que projetamos para estas duas gestões foi realizado” relata o sindicalista. O esforço de toda a diretoria deixa o sindicato com sua estrutura toda revitalizada. Revitalizamos a sede, em Barra Mansa, e as sub-sedes de Volta Rodonda, Barra do Piraí e Rezende. Também fizemos reformas na sede campestre, com a construção de um salão de festas e melhorias na iluminação das quadras e campos esportivos. Com isso a sede campestre fica auto-sustentável, já que o salão e os campos são alugados”, informa o dirigente. As mudanças na sede campestre permitem que o sindicato não tenha mais gastos com a manutenção, ja que todas as despesas serão custeadas pelos aluguéis.


 


Além da parte estrutural, o sindicato também cresceu em sua atuação política. Há diretores com assento nos conselhos de Saúde de Barra Mansa e Volta Redonda, e nas comissões de emprego de Barra do Piraí, Volta Rodonda, Barra Mansa, Rezende, Itatiaia e Porto Real. “Só não temos maior participação nestas instancias, em todos os 16 municípios da base, porque não temos diretores em número suficiente”, ressalta Claudio Barbosa.


 


Outra realização importante foi a reforma estatutária do sindicato. Com a mudança, a antiga diretoria executiva foi transformada em coordenação. O presidente, agora, é coordenador-presidente. O antigo vice-presidente passa a ser coordenador administrativo. Há também o coordenador secretário-geral e os coordenadores do Jurídico, do Financeiro, de Comunicação e de Promoção Social.


 


Um momento importante da gestão de Claudio foi a comemoração dos 50 anos do sindicato. Fundada em 1959, a entidade comemorou seu cinqüentenário em 2009 com um jantar para 800 bancários, ao qual compareceram representantes de sindicatos da base da Federação e nomes importantes do movimento sindical bancário nacional. Na ocasião, foi exibido um vídeo com imagens de algumas das ações do sindicato ao longo dos anos.


 


Acompanhando de perto


 


A atuação estritamente sindical também é forte. Claudio tinha a missão difícil de suceder Miguel Pereira, que foi para a estrutura da Contraf, mas esteve à altura do desafio. A ação cotidiana junto aos bancários e a pressão constante sobre os bancos deram agilidade na solução de problemas enfrentados pelos trabalhadores no dia a dia das agências. “Ajuda o fato de termos superintendências de três grandes bancos – BB, Caixa e Santander – na nossa região. O que não podemos resolver diretamente na agência, resolvemos com o superintendente. Além disso, o contato com o bancário permite que tenhamos a confiança dos associados e isso nos permite um retorno mais rápido”, destaca Claudio. E o trabalho tende a aumentar, já que o crescimento econômico da região está fazendo aumentar o número de unidades bancárias, com previsão de abertura de agências do BB, Bradesco e Caixa.


 


Outra paixão


 


Deixar a presidência do sindicato não vai trazer uma diminuição significativa do ritmo de trabalho de Claudio Barbosa. “Tem contatos que não se esgotam com o fim do mandado. As demandas continuam”, prevê o dirigente. Mas não é só a atuação no sindicato que ocupa seu tempo. Ele coordena o Pré-Vestibular Cidadão, uma iniciativa voluntária que ajuda jovens carentes da região a realizarem o sonho de entrar para a universidade. E o resultado impressiona, com índice de aprovação em torno de 67 % nos últimos vestibulares.


 


Por ano, entre 35 e 40 alunos são atendidos. São pessoas de todas as faixas etárias – alguns já na terceira idade – que recebem não só as aulas dos conteúdos cobrados nas provas, mas também de uma matéria que é muito cara à organização do curso: Cultura e Cidadania. “O vestibular não é o nosso objetivo central. É a cidadania em geral, pregamos a cidadania plena. Esta é nossa tentativa de mudar a sociedade capitalista, machista, que discrimina. Muitas pessoas se identificam com esta matéria. Levamos, por exemplo, alunos para visitarem as Câmaras de Vereadores para acompanhar uma sessão. A maioria nem sabia que podia entrar nestes lugares e passa a entender como a política funciona”, esclarece Cláudio. E é justamente esta disciplina que vem fazendo a diferença. “Há alunos que nem têm o objetivo de cursar a faculdade, mas querem estudar. São pessoas às vezes com mais idade e percebemos que o curso mexe com suas vidas”, relata.


 


O sucesso do curso também pode ser medido pela repercussão entre os não alunos. “Tem até fila de voluntários querendo dar aula no nosso PVC”, destaca Claudio. Se, para quem ainda não participa, o projeto é estimulante, para quem atua desde o início é uma paixão para a vida toda.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Seminário discute assistência à saúde no Bradesco

Um seminário na Federação, com a participação de representantes da Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS vai discutir detalhes sobre o plano de saúde oferecido aos funcionários do Bradesco. O evento, chamado “A Assistência à Saúde dos Bancários do Bradesco e as Regras da ANS” é voltado para os dirigentes sindicais do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, numa associação entre a Feeb RJ/ES e a Fetraf MG. O seminário acontece na próxima quinta-feira, dia 1º de setembro, pontualmente a partir das 09h.


 


As inscrições podem ser feitas até o final do expediente desta terça-feira, dia 30, pelo endereço eletrônico [email protected].


 


A diretoria da Federação solicita que cada sindicato filiado envie o maior número possível de representantes. Em caso de dúvidas, contactar Nilton Damião Esperança pelo telefone (24) 8145-1117.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

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Corrupção: endemia política

 


Frei Betto 



A  política  brasileira sempre se alimentou do dinheiro  da corrupção. Não   todos os políticos. Muitos são íntegros, têm vergonha na  cara  e lisura  no bolso. Porém, as campanhas são caras, o candidato não  dispõe  de  recursos ou evita reduzir sua poupança, e os  interesses privados no   investimento público são  vorazes.
            
Arma-se, assim, a  maracutaia. O   candidato promete, por baixo dos panos, facilitar  negócios  privados junto à  administração pública. Como por encanto,   aparecem os recursos de campanha.  
            
Eleito, aprova   concorrências sem licitações, nomeia indicados  pelo  lobby da  iniciativa privada, dá sinal verde a projetos   superfaturados e embolsa  o seu quinhão, ou melhor, o milhão.   
            
Para uma empresa que  se propõe a fazer uma obra  no valor de R$  30 milhões – e na qual, de  fato, não gastará  mais de 20, sobretudo em tempos  de terceirização – é  excelente  negócio embolsar 10 e ainda repassar 3 ou 4 ao  político que   facilitou a negociata.
            
Conhecemos todos a qualidade   dos  serviços públicos. Basta recorrer ao SUS ou confiar os  filhos à escola   pública. (Todo político deveria ser obrigado,  por lei, a tratar-se  pelo SUS e  matricular, como propõe o  senador Cristovam Buarque, os  filhos em escolas  públicas).  Vejam ruas e estradas: o asfalto cede com  chuva um pouco mais   intensa, os buracos exibem enormes bocas, os  reparos são  frequentes. Obras  intermináveis…
            
Isso me  lembra  o conselho de um preso comum,  durante o regime militar, a meu   confrade Fernando de Brito, preso político:  “Padre, ao sair da  cadeia  trate de ficar rico. Comece a construir uma igreja.   Promova  quermesses, bingos, sorteios. Arrecade muito dinheiro  dos fiéis. Mas   não seja bobo de terminar a obra. Não termine  nunca. Assim o senhor  poderá  comprar fazendas e viver numa  boa.”
            
Com o perdão  da rima, a ideia  que se tem é  que o dinheiro público não é de ninguém.  É de quem meter a mão   primeiro. E como são raros os governantes que,  como a  presidente Dilma, vão  atrás dos ladrões, a turma do Ali Babá se   farta.
            
Meu pai contava  a história de um político  mineiro  que enriqueceu à base de propinas. Como  tinha apenas  dois filhos,  confiou boa parcela de seus recursos (ou melhor,   nossos) à conta de um  genro, meio pobretão. Um dia, o  beneficiário decidiu se  separar da  mulher. O ex-sogro foi  atrás: “Cadê meu dinheiro?” O ex-genro fez   aquela cara de  indignado: “Que dinheiro? Prova que há dinheiro seu  comigo.”    Ladrão que rouba ladrão… Hoje, o ex-genro mora com a   nova mulher num  condomínio de alto luxo.
            
Sou  cético  quanto à ética dos políticos  ou de qualquer outro grupo  social,  incluídos frades e padres. Acredito, sim,  na ética  da política,  e não na política. Ou seja, criar   instituições e mecanismos que  coíbam quem se sente tentado a  corromper ou ser  corrompido, A carne é  fraca, diz o Evangelho.  Mas as instituições devem ser  suficientemente  fortes, as  investigações rigorosas e as punições severas. A  impunidade   faz o bandido. E, no caso de políticos, ela se soma à imunidade.   Haja  ladroeira!
            
Daí a urgência da reforma  política – tema que   anda esquecido – e de profunda reforma do  nosso sistema judiciário.   Adianta  a Polícia Federal prender  se, no dia  seguinte,  todos voltam à rua ansiosos por destruir provas?  E ainda se gasta   saliva quanto ao uso de algemas, olvidando os milhões   surrupiados… e jamais  devolvidos aos cofres   públicos.
            
Ainda que o suspeito fique em   liberdade, por  que a Justiça não lhe congela os bens e o  impede de movimentar  contas  bancárias? A parte mais sensível  do corpo humano é o bolso. Os   corruptos sabem muito bem o  quanto ele pode ser agraciado ou   prejudicado.
            
As  escolas deveriam levar casos de corrupção  às  salas de aula.  Incutir nos alunos a suprema vergonha de fazer uso  privado dos   bens coletivos. Já que o conceito de pecado deixou de  pautar a  moral social,  urge cultivar a ética como normatizadora do   comportamento. Desenvolver em  crianças e jovens a autoestima  de ser  honesto e de preservar o patrimônio   publico.
            






* Frei  Betto é escritor, autor do  romance “Minas  do Ouro”, que a editora  Rocco faz chegar às  livrarias esta semana.     http://www.freibetto.org/    twitter:@freibetto.

Copyright 2011 – FREI BETTO – Não é permitida a reprodução deste artigo em qualquer  meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização do autor. Assine todos os artigos do escritor e os receberá diretamente em seu e-mail. Contato – MHPAL – Agência Literária ([email protected])

Fonte: Frei Betto

A História e as histórias de Minas Gerais segundo Frei Betto


O novo romance de Frei Betto terá lançamento no Rio de Janeiro no próximo dia 06 no Esch Café do Leblon. “Minas do Ouro” conta a saga da família Arienim, tendo como pano de fundo cinco séculos da história de Minas Gerais. As entradas e bandeiras, a Guerra dos Emboabas e Triunfo Eucarístico, a exploração do ouro e dos diamantes, Tiradentes e Aleijadinho e muitas histórias familiares, temperadas com a volúpia e a beleza do barroco, na linguagem sempre sofisticada de Frei Betto.

As Minas do Ouro, de Frei Betto
06 de setembro, terça-feira, às 19h
Esch Café (R. Dias Ferreira, 78-A – Leblon
2512-5651

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

“100” Essa de Melhores Empresas para Trabalhar

 

Todos os anos, empresas de todos os segmentos respondem a uma pesquisa feita pela consultoria internacional Great Place to Work para verificar o nível de satisfação de seus funcionários. No final, é organizado o ranking das 100 Melhores Empresas para Trabalhar.


As empresas costumam divulgar seus resultados neste ranking com alarde. Este ano, o Grupo HSBC Brasil se empenhou em colaborar – a cerimônia de premiação até aconteceu no HSBC Brasil em São Paulo. O banco também se empenhou em divulgar os resultados, colocando na página principal do seu site a informação de que o HSBC entrou no ranking e que o resultado é “uma conquista de todos os nossos colaboradores, que fazem do HSBC um grande banco em todos os sentidos”.


Melhor mesmo?


Para os bancários do HSBC, o resultado divulgado surpreende. O banco é um dos campeões em ocorrência de LER/DORT e transtornos mentais, provocados por um ritmo de trabalho intenso e pela prática de assédio moral, causados pela cobrança de metas abusivas e inatingíveis. Numa empresa em que o número de funcionários é insuficiente e a rotatividade é muito alta, os afastamentos por doença são frequentes. Aliás, a rotatividade do HSBC no Brasil é mais alta do que em todos os outros países onde o banco atua. Como uma empresa pode ser boa para trabalhar se provoca o adoecimento de seus empregados e aposta na rotatividade para rebaixar salários e cortar custos?



Lucro x rotatividade


Foi anunciado esta semana que o lucro do HSBC no Brasil chegou a R$ 611,9 milhões, um resultado 44,25 % maior que o atingido no mesmo período do ano passado. Segundo o próprio banco, é o quarto melhor resultado do grupo no mundo. Este lucro é gerado pelos empregados que, mesmo com péssimas condições de trabalho, se esforçam para cumprir as metas estabelecidas, apesar da falta de reconhecimento e motivação.


Mas, mesmo com este empenho, ninguém tem garantia de emprego. O HSBC criou 605 novos postos de trabalho, mas este número é resultado da diferença entre as 1.957 contratações e as 1.352 demissões. A maioria das dispensas é de funcionários antigos, com salários mais altos. Os novos contratados são, na sua maioria, jovens, com vencimentos rebaixados, ou bancários oriundos de outros bancos com salários mais elevados que os empregados atuais de mesma função.


Valorização dos funcionários


Uma empresa está entre as 100 melhores para trabalhar não pode ter uma política de pessoal como a que o HSBC vem adotando no Brasil. Para se ter uma ideia, o programa próprio de remuneração variável do banco, o PSV, acaba de ser alterado. O banco mudou a regra de pagamento e suspendeu a parcela que seria paga agora em agosto. Para o Sindicato, a melhor forma do banco se tornar uma empresa boa para trabalhar seria adotando práticas de valorização de seus funcionários.


Melhor para quem?

Federação dos Bancários do RJ/ES e Sindicatos filiados

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Debate jurídico sobre terceirizações

A assessoria jurídica da Federação recomenda a palestra com o Juiz do Trabalho Grijalbo Fernandes Coutinho, que vem ao Rio de Janeiro no próximo dia 08, às 17:30, para falar sobre terceirização bancária no plenário da CAARJ. Além de palestrar, Coutinho lança seus dois últimos livros: Terceirização Bancária no Brasil, de sua autoria, e “O que estão fazendo da Nova Competência da Justiça do Trabalho?”, do qual é organizador, em parceria com Marcos Neves Fava. No segundo, há um artigo escrito pela advogada Sayonara Grillo, assessora jurídica da Federação e de vários sindicatos filiados. O evento é promovido pela OAB/RJ, Sindicato dos Advogados do RJ, CAARJ e LTr Editora.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Dia do Bancário na base da Federação

O
Sindicato dos Bancários de Três Rios faz a II Feijoada dos
Bancários para comemorar a data dedicada à categoria. Vai ser no próximo sábado,
dia 27, a partir do meio-dia, no Clube Campestre de Três Rios. Haverá sorteio de
prêmios e a área de lazer vai estar liberada. Os bancários interessados devem
apresentar suas carteiras de associados ao sindicato para participar da
festa.


 


Em
Teresópolis a comemoração também é no dia 27, mas o cardápio é
diferente: churrasco. A festa vai ser no Teresópolis country Clube, a partir das
11:30. Os bancários que quiserem participar devem preencher uma ficha que está
sendo distribuída nas agências e entregá-la a um diretor do sindicato até o dia
25.


 


Em
Niterói a festa terá dois motivos: do Dia do Bancário,
comemorado em 28 de agosto, e do aniversário do sindicato, que completa 65 anos
em 05 de setembro. A festa vai ser no dia 02 de setembro, a partir das 21h, na
Associação Brasil, na Vila Progresso (Av. Thomas Edson de Andrade Vieira, 71 –
Pendotiba). É preciso comparecer pessoalmente à sede do sindicato para fazer a
inscrição. Cada bancário sindicalizado pode levar um dependente. Haverá coquetel
e música ao vivo, com a banda Pingos e Gotas.


 


No
Espírito Santo a festa vai ser no dia 28, no clube da APCEF, em
Serra, a partir das 10:30. Os sindicalizados têm direito a convite gratuito para
participar da confraternização, que também vai comemorar os 77 anos do
sindicato. Tudo com muita música ao vivo, a cargo de Rogerinho do Cavaco e
Grupo.


 


O
Sindicato dos Bancários de Petrópolis convida para a festa do
Dia do Bancário, que terá também a posse da nova diretoria da entidade. A
cerimônia comemorativa será no dia 03 de setembro no clube Petropolitano (Av.
Roberto Silveira, 82, Centro), a partir das 20h. Os interessados devem confirmar
presença até o dia 26 de agosto, para que a organização possa dimensionar
corretamente a festa.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Há 30 anos, Conclat foi matriz de unidades e desencontros sindicais no Brasil

 



“Participar ativamente…” em cartilha pró-CUT: divergências ideológicas ficaram
insustentáveis nos anos seguintes (Foto: Fundo Beatriz Bargieri/Acervo CSBH-FPA)


 


Autênticos, comunistas, moderados, pelegos, radicais, revolucionários conservadores e outros fizeram, 30 anos atrás, o que até hoje é considerado o maior encontro sindical contemporâneo no Brasil. A importância foi histórica, considerando-se que o período de reorganização de forças aconteceu ainda sob a ditadura. Mais de 5 mil delegados de mil entidades participaram em Praia Grande, litoral sul paulista, da 1ª Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat).


 


Foram três dias – de 21 a 23 de agosto de 1981 – de discussões que envolveram, pela primeira e única vez, todas as correntes de pensamento atuantes no sindicalismo. Ali foi aprovada a decisão de se criar uma central única, o que aconteceria apenas dois anos depois – com a formação da CUT -, quando as divergências impediram o discurso unitário.


 


A ditadura terminaria apenas em 1985 – desde 1979, quem ocupava o Palácio do Planalto era João Figueiredo, o último dos generais-presidentes. Na época da Conclat, já havia sido aprovada a Lei da Anistia (1979), mas o país ainda convivia com ameaças de retrocesso feitas pela chamada linha dura do regime, explicitadas pelos atentados à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em 1980, e no Riocentro, em 1981. E, claro, a arapongagem ainda corria solta.


 


Um agente do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) de Santos (SP), vizinha à sede da conferência, por exemplo, classificou a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) de “um verdadeiro congresso de cúpula socialista-comunista”, onde “farto material de literatura de esquerda foi distribuído e vendido”. A menção é parte de relatório encontrado no Arquivo Público do Estado de São Paulo.


 


Naquele período, o movimento sindical se reorganizava e incomodava o poder de plantão. As greves de 1979 e 1980, particularmente na região do ABC, ganhavam o noticiário e se confundiam com os movimentos pela volta da democracia. Surgia uma geração que depois seria identificada com o “novo sindicalismo”, propondo mudanças estruturais e modernização nas relações do trabalho. Essa geração iria se chocar com dirigentes formados na estrutura oficial, getulista, e resistentes a mudanças.


 


Na política, com o fim do bipartidarismo imposto pelo regime, era tempo de recomposição. O PT havia sido criado em 1980. A sigla PTB era motivo de disputa entre Leonel Brizola e Ivete Vargas, que ganhou a parada – ao veterano político, coube o PDT. Os partidos comunistas se preparavam para sair da clandestinidade. Nas eleições que se realizariam em 1982 (para governos estaduais e municipais), o PMDB iria se afirmar como principal partido da oposição.


 


Empate técnico


 


Toda essa mobilização refletiu-se na Conclat, que reuniu todos os grupos políticos da época. Para Clara Ant, na época diretora do Sindicato dos Arquitetos de São Paulo, havia uma situação de “empate técnico” no encontro. “Era um equilíbrio delicadíssimo, a rigor, entre quem queria e não queria formar a CUT. A minha convicção é de que se a CUT não fosse criada, não ia ter nenhuma central”, afirma Clara, que hoje assessora o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Instituto Lula, antigo Instituto Cidadania.


 


Representante do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e um dos coordenadores da conferência, Edson Barbeiro Campos destaca a importância da Conclat, após um período intenso de greve e manifestações no país, para uma mudança de postura do governo. “A organização intercategoria era proibida. Não podia fazer reuniões. Nas reuniões que fazíamos, tinha sempre alguém infiltrado”, lembra.


 


“Foi uma inflexão fantástica (referindo-se à Conclat). Acho que a quantidade de pessoas, a mobilização, foi fundamental para que o governo repensasse o processo de intervenção generalizada nos sindicatos. Se o movimento sindical tivesse se dividido para fazer duas conferências, teria sido muito mais fácil para a ditadura tomar providências”, acrescenta Campos, atualmente assessor da presidência da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).


 


Foi uma enorme demonstração de força, define. “Ninguém esperava, a imprensa, os partidos. Acho que boa parte da esquerda, mesmo a mais otimista, se surpreendeu com a mobilização.” Campos lembra que a Conclat abriu caminho para a criação de centrais e para ter um outro grau de relacionamento com os empresários e com os governos estaduais, porque se cristalizaram as principais tendências existentes dentro do movimento sindical.


 


Unidade


 


Dirigente do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre – reconquistado após um processo de intervenção federal -, Olívio Dutra observa que a unidade prevalecia em torno de alguns temas. “Além da ditadura, havia a luta pela liberdade e autonomia sindical. Tínhamos unidade na luta contra a repressão, pela anistia. Mas na questão da pluralidade e da liberdade e autonomia sindical, nunca tivemos. Até no PT não existe um discurso muito articulado”, diz o ex-prefeito de Porto Alegre, ex-governador gaúcho e ex-ministro das Cidades.


 


Nesse movimento de rearticulação política entre os final dos anos 1970 e início dos 1980, foi realizado o Encontro Nacional dos Trabalhadores em Oposição à Estrutura Sindical (Entoes). No mesmo ano, surgiu a Articulação Nacional dos Movimentos Populares e Sindical (Anampos), juntando setores da igreja, meio acadêmico, trabalhadores e intelectuais, sob influência do PT. Em outro polo, atuava a Unidade Sindical, juntando dirigentes sindicais tradicionais e, principalmente, o PCB.


 


“O Brasil estava todo em uma efervescência, em consequência dos movimentos sociais e organizativos”, lembra Avelino Ganzer, então dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santarém (PA). “A Igreja, principalmente a católica, fazia esse debate, com a Teologia da Libertação, a criação das pastorais.” Ganzer seria, em 1983, o primeiro vice-presidente da CUT.


 


Nesse caldo em ebulição, vinha todo um debate sobre a importância da reorganização da sociedade, o combate à desigualdade, miséria, violência, acrescenta o dirigente. “E o novo sindicalismo trazia princípios de base, classistas, de autonomia, liberdade e independência perante os partidos e ao Estado, uma questão que deve ser muito avaliada hoje.”


 


O senador Paulo Paim (PT-RS), ex-dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas, considera a Conclat uma “revolução pela via democrática” no país. “Foi praticamente o grito de liberdade dado no Brasil. Todos estávamos juntos, por um sindicalismo autêntico, rebelde, combativo, corajoso.”


 


Pró-CUT


 


Entre as principais resoluções do encontro, algumas são conhecidas até hoje, como a redução da jornada máxima de trabalho para 40 horas semanais. Em 1988, a Constituinte aprovaria jornada de 44 horas, ante as 48 horas vigentes até então. Também foi aprovado um dia nacional de luta, para entrega de pauta de reivindicações ao governo. Mas a principal decisão foi mesmo a eleição de uma comissão nacional pró-CUT – responsável por organizar um congresso para, conforme se previa, aprovar a fundação da central em 1982, o que de fato só ocorreria um ano depois do prazo determinado.


 


A comissão eleita tinha 56 integrantes, 32 de sindicatos urbanos e 24 de rurais. Mas chegar a essa composição exigiu horas de reuniões, depois que o plenário se dividiu entre as duas chapas apresentadas. “A votação foi extremamente apertada. Não era possível dizer quem tinha ganhado”, lembra Edson Campos.


 


Havia receio de briga, que poderia ter consequências mais sérias considerando que eram milhares de delegados em um prédio em construção. Os líderes do encontro partiram, então, para uma reunião em um vestiário, segundo Edson, ou um banheiro, de acordo com Hugo Perez. E quebraram cabeça para formar chapa única. “Nós apresentamos o nome do Waldemar Rossi (da oposição metalúrgica em São Paulo), e eles vetaram”, conta Edson. “Aí, quando eles apresentaram o nome do Joaquinzão, ele também ficou de fora.”


 


Joaquim dos Santos Andrade, o Joaquinzão, comandou por mais de 20 anos o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo. A oposição tentou derrotá-lo várias vezes, e foi justamente em 1981, pouco antes da Conclat, que isso esteve mais perto de acontecer. Com três chapas no primeiro turno, a votação teve segundo escrutínio, com vitória apertada de Joaquinzão (22,7 mil votos) sobre Waldemar Rossi (20,2 mil), militante da Pastoral Operária – sua chapa levava o nome de Santo Dias, metalúrgico da oposição assassinado por um policial em 1979, durante uma greve.


 


Morto em 1997, Joaquinzão era visto para grande parte dos sindicalistas presentes como ao grande símbolo do sindicalismo conservador. O fato de, no início do golpe de 1964, ter sido nomeado interventor no Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos, ajudou a formar a alcunha de “pelego” que doravante o acompanharia.


 


Para Hugo Perez, o ex-líder metalúrgico pode ter sido um bode expiatório. Ele acredita que o papel histórico de Joaquinzão deve ser revisto. “Já se procurava um pé de frango para fazer banquete. O que se procurava era marcar posição e delimitar terreno”, comentou.


 


Em entrevista dada em 1991, dez anos após a Conclat, Joaquinzão definiu o evento como uma “esgrima” entre aqueles que fundariam a CUT dois anos depois e o outro bloco do movimento sindical. “Eles achavam que unidade era dizer ‘amém’ à CUT”, afirmou.


 


“O que eles não queriam admitir era a possibilidade de o Lula obter a hegemonia do movimento sindical”, reage Jair Meneguelli, o primeiro presidente da CUT e hoje à frente do Conselho Nacional do Serviço Social da Indústria (Sesi). Também em 1981, Meneguelli sucedeu Luiz Inácio Lula da Silva no comando do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema (atual sindicato do ABC). Na posse, ganhou um abacaxi, para simbolizar a difícil missão que teria pela frente, em tempos de crise.


 


Entre debates e enfrentamentos políticos, sobrou um momento para o devaneio. Clara Ant ainda se emociona ao lembrar que, durante o encontro, chegou a notícia da morte do cineasta Glauber Rocha. Os delegados faziam um minuto de silêncio quando alguém gritou: “Os artistas precisam de aplauso!” Os murmúrios deram vez às palmas.

Fonte: Rede Brasil Atual

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As explicações são lógicas


Por Vito Giannotti*



O ano começou com as revoltas árabes em Tunis e Cairo. Depois, o centro das manifestações passou para Atenas, Madrid, Barcelona, Paris. Agora, continuam as lutas nos países árabes, mas não só. As praças de Santiago do Chile, Londres e Espanha encheram-se de milhares de manifestantes “indignados”. Até em Tel Aviv 300 mil pessoas gritaram contra o desemprego e o fim de antigos benefícios. Em Santiago, o mesmo número de jovens protesta contra a privatização do ensino.


 


O que levou essas massas enfurecidas a se juntar, incendiar carros e lojas, fazer barricadas sem temer a repressão, que é igual em todos os países? Contra o que protestam nos países árabes? Ditaduras e governos de sultões medievais já os têm há tempo! Na Europa havia muitas ilusões no  continente unido ao euro. O que aconteceu nos últimos anos, sobretudo após a crise de 2008 na Irlanda, Grécia, Portugal, Espanha e agora na Inglaterra? O que está acontecendo na adormecida Itália e na sempre agitada França? Se esta pergunta fosse feita há 50 anos seria logo respondida pela maioria da mídia ocidental, manobrada pela CIA: é o comunismo internacional insuflando a revolta. Na década passada, após o 11 de setembro de 2001, o Pentágono iria culpar o terrorismo árabe da Al Qaeda. Hoje, em quem o sistema vai jogar a culpa?


 


É só ver o que aconteceu em Londres. Desempregados, adultos que perderam o mínimo de proteção social e muitos jovens se rebelaram e queimaram carros, lojas e símbolos do sistema que os oprime.  Jovens de várias origens, moradores de bairro cada vez mais iguais às nossas favelas. Jovens que não encontram emprego e viram seus clubes juvenis fechados pelo governo. A escola, cada vez mais privatizada ficou longe deles. Os adultos viram seus direitos previdenciários serem derrubados dia-após dia. Então explode a raiva e o ódio contra a sociedade que condena milhões à miséria enquanto gasta fortunas num casamento de dois bonecos da família real.


 


Em Atenas, o que leva multidões às ruas? A mesma realidade: o FMI impondo corte da assistência social, piorando as aposentadorias, privatizando todos os serviços e impondo uma política de desemprego generalizada.


 


Na Espanha, Portugal, Irlanda é a mesma coisa. Na França, o que levou um milhão às ruas? A Reforma da Previdência. É o desemprego e a retirada de direitos que enchem ruas e praças. O nome do grande inimigo que orquestra as rebeliões de hoje é neoliberalismo, que há 30 anos reina absoluto. O resultado: barbárie para milhões e milhões. Precisa-se de muitas Cairo, muitas Londres muitas Santiago. Ou barbárie neoliberal vai continuar. 


 







* Vito Giannotti é escritor, especialista em comunicação sindical e popular e coordenador do Núcleo Piratininga de Comunicação



Fonte: Vito Giannotti