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Sindicato dos Bancários de Macaé faz ato contra demissões e fechamento de agências no Bradesco

Na última quarta-feira, 3 de abril, o Sindicato dos Bancários de Macaé e Região, filiado à Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), realizou protesto em agências do Banco Bradesco contra as demissões e fechamento de agências, quem vem acontecendo nos últimos meses.

O protesto ocorreu nas duas agências de Macaé, onde os dirigentes sindicais distribuíram panfletos informativos e conversaram com funcionários, clientes e usuários do banco, sobre a situação que vem ocorrendo.

Para o Sindicato, estas ações geram sobrecarga de trabalho e penalizam os clientes, que sofrem com um atendimento demorado e esperam horas em filas para serem atendidos.

“O Sindicato dos Bancários de Macaé cobra do Bradesco que o plano estratégico apresentado, não traga prejuízo aos trabalhadores bancários. Hoje, a realidade dentro da instituição é outra, com o banco fechando agências e realizando demissões imotivadas, acarretando medo, insegurança, estresse em todo o quadro de funcionários e, sobretudo, um aumento considerável da carga de trabalho. É de vital relevância que este plano estratégico não traga prejuízo a ninguém. Chega de demissões! Queremos mais contratações.”, declarou Paulo Alves, Presidente do SEEB Macaé.

Fonte: SEEB Macaé

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Caixa adia, mais uma vez, negociação com trabalhadores

A Caixa Econômica Federal cancelou a reunião de negociações com a representação sindical das empregadas e empregados que seria realizada nesta quinta-feira (4). A princípio, a reunião estava marcada para a semana passada (28/3), mas o banco também cancelou a reunião no dia em que a mesma seria realizada. Segundo o banco, adiamento visa a conclusão da proposta para pais de PcD.

“É muito ruim o cancelamento de reunião de mesa de negociação. Esses cancelamentos causam transtornos para os representantes dos empregados, que se preparam para participar da reunião e trazem as expectativas dos colegas em resolver problemas. Por sorte, esta reunião de hoje era totalmente online e acredito que não houve prejuízos financeiros, somente a perda de agenda de atividades, que poderiam ser realizadas, mas foram desmarcadas pois a prioridade é a reunião de negociação”, criticou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), Fabiana Uehara Proscholdt, a Fabi.

Para Fabi, trazer proposta para solucionar demandas é sempre um avanço. “Mas esperamos que o banco traga uma proposta robusta, que atenda nossas reivindicações e os anseios dos colegas que têm filhos com deficiência”, disse.

Outras demandas

“Além disso, existem outras tantas demandas que estão sem respostas que não precisam ficar congeladas para que se solucione a pauta das PcD, como o pagamento dos deltas referente a promoção por mérito de 2023”, disse. “Esperamos que na próxima reunião haja solução também para este ponto e, dado o tempo, que a Caixa traga proposta de um delta linear pra todos os colegas elegíveis”, completou.

A reunião foi reagendada para a próxima terça-feira (9), em formato remoto, com horário ainda indefinido.

Fonte: Contraf-CUT

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Bancários pedem suspensão e abertura de diálogo sobre a transferência das Loterias da Caixa para uma subsidiária

Representantes da categoria bancária e especificamente das empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal foram unânimes, nesta quarta-feira (3), em audiência pública realizada pela Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, no pedido de suspensão do processo e abertura de diálogo com a sociedade para se debater a necessidade, ou não, da transferência das Loterias da Caixa para uma empresa subsidiária.

“Diante da importância das loterias e dos recursos que elas destinam para diversas políticas sociais, pedimos que esta transferência seja suspensa e se abra um processo de diálogo com a sociedade, o movimento sindical e o parlamento, para que sejam colocadas sobre a mesa todas as questões sobre o tema”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

>>>>> Veja a íntegra da audiência

A falta de informações foi confirmada pela secretária adjunta de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, Simone Aparecida Vicentini, que disse que o ministério não tinha conhecimento sobre a proposta de transferência. “Solicitamos que a Caixa nos mandasse informações e esclarecimentos sobre a proposta, quando recebemos o convite para a participação na audiência pois não tínhamos recebido nenhuma informação até aquele momento”, disse a representante do Ministério da Fazenda.

Juvandia apresentou dados que mostram que a arrecadação das Loterias Caixa chegou a R$ 23,4 bilhões em 2023, e que 39,2% deste total (R$ 9,2 bilhões) foram destinados a programas sociais do Governo Federal. “Entre eles o Fies, que permite que filhos de brasileiros consigam fazer um curso universitário graças aos recursos das loterias destinados à educação”, ressaltou a presidenta da Contraf-CUT.

Ela lembrou ainda que o presidente Lula retirou todas as privatizações da pauta do governo, mas, na hipótese de um governo liberal, pode haver o risco de perda destes recursos caso haja a transferência das Loterias da Caixa para uma subsidiária, pois a privatização de empresas subsidiárias pode ser feita sem a necessidade de aprovação pelo Congresso Nacional.

Os dados apresentados pela presidenta da Contraf-CUT também mostram que a importância das loterias também se deve à capilaridade da rede de lotéricas. “Por meio das mais de 13 mil lotéricas, a Caixa oferece serviços bancários e promove a bancarização dos brasileiros de quase todo o país”, observou Juvandia.

Para a deputada federal Erika Kokay (PT-DF), uma das autoras do requerimento da audiência, nada justifica a falta de transparência. “E, se queremos que a Caixa tenha condições de concorrência com as empresas de apostas, as chamadas bets, temos que investir e dar condições para que ela possa concorrer com estas empresas”, ressaltou a deputada, antes de lembrar que, no passado, as loterias no Brasil eram geridas por uma empresa dos Estados Unidos. “A Caixa internalizou esse processo e deu conta. Se existem problemas, basta a gente listar quais são que a Caixa encontra a solução”, completou.

O deputado federal Tadeu Veneri (PT-PR), que coordenou os trabalhos, listou as tarefas que precisam ser encaminhadas a partir desta audiência. “Precisamos convidar o presidente da Caixa para que ele esclareça este processo”, disse. “Além disso, duas situações precisam ser ressaltadas. A primeira é que não há transparência na arrecadação das bets. A outra é que a informação da possível transferência da Caixa não veio por nenhum meio oficial, mas pela imprensa. E se um veículo de comunicação tem a informação, muito bem detalhada, como o Ministério da Fazenda não tinha essa informação? Por isso, temos que fazer essa resistência e exigir que haja transparência nesta proposta de transação”, completou.

Agilidade operacional e defasagem tecnológica

Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados

Diante do argumento de que a transferência é necessária para que haja maior agilidade operacional e melhoria na área de tecnologia, o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Sergio Takemoto, lembrou que a defasagem tecnológica da Caixa causa problemas não apenas na área de loterias, mas em todas as demais áreas. “O programa Pé-de-Meia, por exemplo, que acabou ser lançado pelo Governo Federal, tem causado filas enormes nas imediações do banco, e uma das causas é justamente o problema nos sistemas do banco. Então, é preciso sim se investir em tecnologia, pois nos últimos anos houve um sucateamento do banco, mas este investimento precisa resolver problemas em todas as áreas, não apenas os que estão relacionados às loterias”, disse.

Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados

A coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), Fabiana Uehara Proscholdt, ressaltou que os empregados e seus representantes sindicais são talvez o segmento que mais cobra investimentos em tecnologia. “Mas, para além dos investimentos, é preciso que haja um debate sobre a gestão da Caixa”, pontuou.

“Além disso, justificar que colocar as loterias da Caixa em uma subsidiária vai melhorar e agilizar os processos não é uma verdade. Um exemplo disso é a Caixa Seguridade, que agora é administrada por uma subsidiária, tem problemas de sistema que acabam gerando retrabalho para os empregados do banco”, afirmou.

Fonte: Contraf-CUT

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Pé-de-Meia foi pauta de reunião com a Caixa

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) se reuniu, nesta terça-feira (2), com o vice-presidente de Pessoas da Caixa Econômica Federal, Francisco Egidio Pelúcio Martins. A reunião foi solicitada pela presidência da Contraf-CUT para explicar como funciona o Comando Nacional dos Bancários, reforçar a importância do diálogo, discutir sobre o calendário de negociações e cobrar soluções para reivindicações pendentes.

“Esse é um ano de negociações para a renovação da nossa Convenção Coletiva de Trabalho e do acordo específico da Caixa. É muito importante que o novo vice-presidente tome pé de como funcionam as negociações e das demandas dos trabalhadores, para que o andamento das negociações flua mais tranquilamente e a gente possa chegar ao melhor acordo para a categoria e para os empregados da Caixa”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira, ao ressaltar que a reunião foi muito positiva.

Pé-de-Meia

Presente na reunião, a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, recém-eleita representante dos trabalhadores no Conselho de Administração do banco, Fabiana Uehara Proscholdt, aproveitou a ocasião para pautar os problemas que são enfrentados pelas empregadas e empregados para o atendimento dos beneficiários do Programa Pé-de-Meia, do Governo Federal.

“A sobrecarga de trabalho, os constantes problemas nos sistemas do banco e a falta de condições de trabalho, que afetam o cotidiano de trabalho das empregadas e empregados estão escancarados para todo mundo ver”, afirmou Fabi, como é chamada a coordenadora da CEE pelos seus colegas de banco, ao se referir às enormes filas que estão se formando nas imediações das agências da Caixa em todo o país, devido a mais uma demanda para atendimento a beneficiários de programas sociais do Governo Federal, o Pé-de-Meia. “A população e os empregados não podem sofrer toda a vez que uma nova demanda social é criada”, completou.

Fabi também ressaltou os problemas que são criados para o cumprimento das metas estipuladas pela Caixa. “Por isso, pedimos que não haja cobrança de cumprimento de metas comerciais dessas agências, para permitir que os empregados atendam esse público de forma adequada, sem que tenham que se preocupar em vender os produtos estipulados pelo banco”, completou.

O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Sergio Takemoto, também presente na reunião, ressaltou a importância do Pé-de-Meia e de outras políticas públicas do Governo Federal que têm a Caixa como principal executora. “O programa é extremamente positivo! Garante uma renda mínima para evitar que haja evasão escolar de jovens do ensino médio. Mas a Caixa precisa ter condições de prestar um bom atendimento à população, sem adoecer seus empregados e nem expor a população a situações degradantes”, disse. “Por isso, insistimos na necessidade de investimentos em tecnologia e reforçamos o pedido para que se aumente o número de contratações previstas no concurso público”, completou.

A previsão é que a Caixa contrate mais 4 mil novos empregados entre os que forem aprovados na prova que será realizada em maio. A Contraf-CUT, a Fenae e o Sindicato de Bancários de Brasília oferecem um cursinho gratuito para ajudar bancários sindicalizados, ou não, seus dependentes e indicados a serem aprovados no concurso (leia mais sobre o cursinho).

Fonte: Contraf-CUT

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Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense percorre agências de Vilar dos Teles (RJ)

Nesta quarta-feira, 3 de abril, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, filiado à Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), percorreu agências bancárias de Vilar dos Teles, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense (RJ), dando continuidade à campanha de sindicalização e recadastramento de trabalhadores e trabalhadoras bancárias de sua base de atuação, que se iniciou ano passado (2023).

Além disso, as diretoras e diretores do Sindicato aproveitaram para falar da Campanha Nacional dos Bancários do ano de 2024.

Os dirigentes sindicais conversaram com os trabalhadores sobre a importância de ser sindicalizado, sobre seus direitos, descontos, convênios de cultura e lazer, vantagens, cursos, entre outras coisas, das quais os sindicalizados tem direito.

Além de contribuir para garantir direitos, manter a estrutura e serviços do Sindicato, quem se associa à entidade, também dispõe de atendimento jurídico, tratamento dentário para os bancários e seus dependentes, são auxiliados na emissão de CAT e recursos junto ao INSS (B91, B94, reconhecimento de incapacidade, contestações, entre outros).

SINDICALIZE-SE!

Só tem direitos quem se organiza, participa e fortalece seu sindicato.

Fonte: SEEB Baixada Fluminense (RJ)

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Loterias: Empregados são contra retirada da operação da Caixa

A Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados vai realizar na quarta-feira (3), a partir das 14h, uma audiência pública para debater a proposta de transferência das operações das loterias federais para uma empresa subsidiária da Caixa Econômica Federal. A audiência foi solicitada pela deputada Erika Kokay (PT-DF) e pelo deputado Tadeu Veneri (PT-PR) a pedido da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT) e da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae).

Leia também:
>>>>> Deputada fala sobre a transferência das Loterias para subsidiárias

“Cerca de 40% do lucro da Caixa com as Loterias são destinados para o investimento em educação, saúde e outros diversos projetos sociais. Transferir a operação para uma subsidiária facilita a privatização, o que levará a perda de investimentos nestas áreas”, observou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira, que será uma das debatedoras da audiência.

Em 2023, dos 23,4 bilhões arrecadados em Loterias, 9,2 bilhões foram para destinação social.

Para a empregada da Caixa e diretora executiva da Contraf-CUT, Eliana Brasil, a transferência das operações das Loterias para uma subsidiária pode interferir, inclusive, no poder de decisão dos deputados e senadores sobre estas operações.

“Os brasileiros precisam estar cientes que pode haver perda de investimentos e precisam ser chamados a decidir se querem esta transferência. Mas, caso ela ocorra, nem os deputados e senadores poderão mais opinar, pois o STF (Supremo Tribunal Federal) já autorizou a privatização de subsidiária sem a necessidade de autorização do Congresso Nacional, o que não acontece no caso de manutenção das operações pela Caixa”, explicou Eliana, ao lembrar que, após ação da Contraf-CUT e da Fenae, o Supremo proibiu a privatização de empresas públicas sem autorização do Congresso, mas liberou a privatização de subsidiárias.

A Contraf-CUT já enviou um ofício ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manifestando sua preocupação com a possibilidade de transferência das Loterias da Caixa Econômica Federal para uma subsidiária e solicitando o auxílio do ministro para suspensão da pauta, pois a medida pode comprometer o papel social do banco.

“Essa transferência é desnecessária, a própria Caixa pode entregar o que está sendo projetado para a Caixa Loterias, se a área tiver mais investimento de estrutura e tecnologia. Nosso foco é sempre fortalecer a Caixa e valorizar os empregados”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e representante recém-eleita pelos trabalhadores para representá-los no Conselho de Administração da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, que também participará do debate.

Fonte: Contraf-CUT

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Bradesco atende Movimento Sindical e lança vacinação para funcionários e dependentes

O Banco Bradesco atendeu uma reivindicação do Movimento Sindical Bancário e está lançando uma campanha de vacinação contra a gripe para seus funcionários, dependentes cadastrados no plano de saúde, estagiários e aprendizes.

A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), no dia 6 de março, solicitou que a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) antecipasse a vacinação da gripe para funcionárias e funcionários do Bradesco, além da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil. O Santander já havia anunciado que faria campanha de vacinação contra a gripe.

O cronograma de vacinação, incluindo agências e prédios administrativos, estará disponível para consulta no Portal Corporativo a partir de 15 de abril de 2024. O atendimento em clínicas credenciadas será iniciado em 22 de abril de 2024. A campanha começa em 13 de abril e vai até 29 de junho.

Para os dependentes, o valor da vacina será de R$ 75,20. Em localidades onde não houver clínicas credenciadas próximas da região de trabalho do funcionário, ele poderá tomar a vacina em clínica particular e solicitar o reembolso, que pode chegar a até R$ 150,00.

A vacina oferecida nesta campanha é a Quadrivalente Contra a Gripe/2024, que protege contra quatro subtipos do vírus da gripe: H1N1, H3N2 e dois tipos de influenza B.

*com informações da Contraf-CUT

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Depois de cobrança do movimento sindical, Mercantil aumenta limite para saque diário

Em janeiro de 2024, entidades sindicais de bancários de todo o Brasil receberam denúncias de que a instituição financeira havia reduzido, para R$1.000,00, o limite de saque dos aposentados que recebem o pagamento do INSS em suas unidades. A medida obrigava os beneficiários a terem que ir mais vezes na unidade bancária, o que gerava revolta e indignação.

Para Marco Aurélio Alves, funcionário do Mercantil e coordenador Nacional da Comissão dos Empregados, valeu toda a pressão dos sindicatos sobre o banco. “Denunciamos e cobramos uma providência urgente a favor dos aposentados e funcionários, que eram muito questionados pelos clientes. Mesmo que não exista uma resolução do Banco Central que proíba o limite de saque diário, como o foi imposto pelo Mercantil, o que permite que cada banco estabeleça suas regras, a antiga limitação de R$ 1.000,00 prejudicava ainda mais os beneficiários que recebem apenas um salário-mínimo e que teriam de gastar mais com transporte e locomoção para sacar o resíduo salarial. Um verdadeiro absurdo”, observou.

“A decisão pelo saque parcelado deveria ser de cada um, não uma coisa forçada pelo banco. O aumento do limite para R$ 1.450,00 irá amenizar a situação dos aposentados que recebem apenas o salário e que poderão sacar todo o benefício de uma só vez”, afirmou Vanderci Antônio da Silva, funcionário do Mercantil e dirigente sindical.

Fonte: Contraf-CUT

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Projeto de lei sobre trabalho por aplicativos estabelece direitos aos trabalhadores da modalidade

O Projeto de Lei Complementar (PLC) 12/2024, que regula o trabalho de motoristas por aplicativos, garante direitos, como criação de uma nova categoria (“trabalhador autônomo por plataforma”), inclusão previdenciária e regras de remuneração mínima e carga horária. São todas medidas importantes, mas ainda não se trata de uma situação ideal, pois há muita luta pela frente, como a inclusão de outros segmentos, como os de delivery, entre outros pontos.

Em linhas gerais, é assim, como importante primeiro passo, que o movimento sindical ligado ao setor avalia a matéria, que está tramitando na Câmara dos Deputados, depois de a proposta ter sido apresentada pelo Governo Federal no dia 5 de março. Esse foi o contexto apresentado por Carina Trindade, presidenta do Sindicato dos Motoristas de Transporte Individual por Aplicativo do Rio Grande do Sul (Simtrapli-RS), ao Coletivo de Formação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que se reuniu no dia 26, de modo remoto.

Carina, que é motorista de aplicativo desde 2016, concorda que o PLC é um avanço. “Hoje não temos nenhuma proteção legal, somos uma categoria sem previdência ou qualquer direito; quando um trabalhador sofre acidente, depende de vaquinha para se tratar e se manter; apenas um em três é MEI, com uma formalização mínima”, resume.

Obstáculos

A dirigente trouxe detalhes das dificuldades que os trabalhadores por aplicativos enfrentam para organizar sua luta. Ela contou que o Simtrapli-RS foi fundado há sete anos, mas passou por um longo período de estagnação, até que foi “reativado” com a aproximação à CUT, três anos atrás, quando o movimento passou a ganhar corpo. “A CUT montou um grupo nacional, e buscamos mapear os sindicatos relacionados à categoria, para uma mobilização nacional”, conta.

Porém, muita resistência surge dos próprios trabalhadores. “Na categoria, 70% são conservadores, de direita, e apenas 20% de esquerda”, afirma. “Isso traz um grande problema para a organização; o motorista não se sente representado, porque comprou o discurso empresarial de que ele é um empreendedor”, disse. Esse diagnóstico se reflete, por exemplo, na enquete aberta pelo portal na internet da Câmara dos Deputados, sobre o PLC 12/2024: enquanto quase 60 mil, ou 95%, manifestaram plena discordância, apenas cerca de 600, ou 2%, disseram concordar totalmente com a proposta (dados de 28 de março).

“Essas plataformas são big techs, com um poderoso lobby no Congresso”, continua Carina. “Assim, nós, trabalhadores, sofremos muita represália, com ameaças de quebrar o veículo e até de morte”, completa. Carina conta que as ameaças estão sendo levadas à Justiça, mas, no momento está tomando cuidados para se proteger, “usando o carro do pai e tirando os adesivos das plataformas, para fugir dos riscos”.

Contra fake news

Diante da grande oposição ao PLC, a CUT está fazendo uma campanha para rebater a sistemática difusão de fake news pelas redes sociais a respeito do tema. A Central orienta as entidades filiadas que divulguem os 10 principais pontos positivos que a proposta trará aos motoristas por aplicativos. São os seguintes: 1) relações de trabalho; 2) princípios que devem reger a relação entre trabalhadores(as) e empresas de aplicativos (trabalho decente); 3) piso salarial de R$ 8,03/hora; 4) cobertura dos custos no valor de R$ 24,07/hora; 5) jornada de trabalho efetivamente trabalhada e tempo de conexão máximo; 6) previdência social; 7) direitos dos(as) trabalhadores(as) em situações de subcontratação; 8) regras para a exclusão do(a) trabalhador(a) da plataforma; 9) representação sindical e negociação coletiva; e 10) penalização pelo descumprimento das regras previstas no PLC.

Detalhes do PLC

O PLC 12/2024 foi apresentado pelo governo e tramita em regime de urgência. Assim, deve ser votado pela Câmara em 45 dias (está mais ou menos na metade desse prazo), quando segue para o Senado Federal, que tem outros 45 dias para a apreciação. Em seguida, vai ao presidente da República, para sanção.

Segundo Carina, “os trabalhadores fizeram um pedido de remuneração de R$ 70 por hora trabalhada, e as empresas apresentaram a contraproposta de R$ 15”. No momento da negociação, “a categoria exige R$ 2 reais por quilômetro rodado e o valor mínimo de R$ 10 por corrida; hoje estudamos como isso seria garantido no texto do PLC”, relatou.

A carga de trabalho está prevista para ser de oito horas diárias, podendo ser estendida para até 12 horas. A contribuição para a previdência social está sendo estabelecida em 20% para o empregador (as plataformas) e 7,5% para o trabalhador. “Como vemos, nós, do campo progressista, temos muita luta pela frente, e estamos trabalhando para que o PLC seja aprovado com as melhores soluções possíveis aos trabalhadores”, concluiu Carina.

Hora de união

Para o secretário de Formação da Contraf-CUT, Rafael Zanon, “o caso dos trabalhadores por plataformas digitais mostra que temos que atuar para unir a classe trabalhadora na luta, pois as grandes causas de uma categoria ou de um ramo interessam a toda a sociedade”.

Zanon observa que “o testemunho da Carina para o Coletivo de Formação foi fundamental para conhecermos a situação estrutural desse setor e estudarmos os caminhos para um trabalho em colaboração por uma causa urgente, que deve ser enfrentada com a força de todos nós, sempre com o objetivo de contribuirmos para a construção de um país mais inclusivo e justo, o que interessa aos trabalhadores como um todo”.

Fonte: Contraf-CUT

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BB atende movimento sindical e contrata 88 para preencher vagas em CRBBs

Trabalhadoras e trabalhadores do Banco do Brasil e que prestam atendimento na Central de Relacionamento do Banco do Brasil (CRBB) de São Paulo, no Complexo Verbo Divino, e São José dos Pinhais, no Paraná, conquistaram a contratação de mais 52 e 36 colegas, respectivamente. O anúncio foi realizado cerca de seis meses após a criação de um Grupo de Trabalho Específico para resolver o problema de falta de trabalhadores nas centrais.

“O fim da alta quantidade de claros [vagas não ocupadas] nos prefixos é uma exigência antiga do movimento sindical bancário, porque além de sobrecarregar os funcionários atuantes, esse cenário tem impedido que os mesmos, altamente capacitados, ascendam na carreira dentro do banco, porque acabam condicionados a se manterem como atendentes nas CRBBs por um longo período”, pontua a coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes.

“Essas contratações anunciadas agora, para São Paulo e Paraná, são motivo de comemoração, mas precisamos de mais contratações, para solucionar os claros não apenas nas centrais de atendimento, mas em todas as áreas do banco, sobretudo na rede de atendimento varejo”, completa a coordenadora da CEBB.

O funcionário do BB e representante da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT-PR) na CEBB, Alessandro Greco Garcia, conhecido como Vovô, explica que a criação do GT Específico, com participação de representantes do movimento sindical e do banco, foi fundamental para o avançar na resolução dos problemas de claros nas CRBBs. “Nós apresentamos nesse grupo pesquisas feitas com funcionários das CRBBs de Recife (PE), São José dos Pinhais (PR) e São José (SC) e que revelaram um clima de trabalho preocupante, devido à sobrecarga e dificuldade de ascensão, como desmotivação para ir ao trabalho e estresse. Por isso, a contratação de mais pessoas, além de necessária para melhorar os atendimentos, é fundamental à saúde das trabalhadoras e trabalhadores”, destaca.

Além das 88 contratações para a CRBB de São Paulo e São José dos Pinhais, o movimento sindical continuará pleiteando mais contratações em outras áreas.

“Seguiremos firmes na luta. Ainda temos muito o que conquistar em termos de valorização e melhores condições de trabalho nas CRBBs e no BB como um todo”, destaca o dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e representante da entidade no GT sobre CRBBs, Antonio Netto. “Se lá atrás a direção do banco não tinha a sensibilidade de discutir com o movimento sindical os principais problemas da categoria, agora o primeiro grande avanço no GT sobre CRBBs se coloca com o anúncio destas contratações”, conclui.

Fonte: Contraf-CUT