Federação apoia Vagner Freitas para presidência da CUT

Reunidos no auditório da Federação no último dia 13, os dirigentes dos sindicatos filiados decidiram apoiar a candidatura do bancário Vagner Freitas para a presidência da CUT Nacional. O candidato visitou a sede da entidade e conversou com os sindicalistas, falando de sua experiência pessoal e sindical e expondo sua plataforma.

Filho de pai e mãe nascidos no interior paulista, Vagner faz parte da primeira geração de paulistanos da família. O pai, que estudou pouco, ainda trabalha como taxista e a mãe é dona de casa. Apesar das dificuldades, Vagner ressalta que seus pais sempre educaram os filhos para que fossem honestos e dignos. O sindicalista tem enorme orgulho da avó, que, numa época em que poucas mulheres trabalhavam fora, era operária, primeiro de uma cervejaria, depois de uma indústria têxtil.

Jovem bancário, Vagner entrou para a direção do Sindicato dos Bancários de São Paulo em 1989, aos 22 anos. Mais tarde, quando chegou à presidência da CNB – Confederação Nacional dos Bancários, passou a pensar nacionalmente, percebendo melhor a importância de conhecer a categoria bancária de todo o país, com as particularidades regionais. Quando a situação jurídica da entidade ficou complicada e foi preciso criar outra confederação, a Federação do RJ/ES foi aliada de primeira hora. “Vagner ligou para cá e pediu nossa colaboração, já que, para a fundação de uma confederação, é preciso que haja, no mínimo, três federações. Nós atendemos ao chamado e enviamos a maior delegação para o congresso de fundação da Contraf”, lembra Fabiano Júnior, presidente da Feeb.

A relação de Vagner com os dirigentes da Feeb RJ/ES sempre foi pautada pelo respeito. “Aqui nesta Federação eu aprendi a conviver com as diferenças, já que a entidade reúne sindicalistas de vários matizes. Vocês me ajudaram a aprender a não ser sectário. E isso é muito importante para mim, neste momento, porque entendo que não é possível presidir a CUT com um olhar sectário, de tendência”, ressaltou Vagner. O candidato destaca que, com o crescimento das outras centrais sindicais em razão da divisão do imposto sindical, a CUT precisa se fortalecer. “Temos que discutir nossa unidade interna, porque nossos inimigos estão fora, não dentro. Ou se faz uma direção de unidade, ou não vamos poder enfrentar a disputa com as outras centrais”, avalia.

Princípios cutistas

Mas a CUT continua fiel ao princípio de ser contrária à cobrança do imposto sindical. Para Vagner, o desconto obrigatório de um dia do salário de cada trabalhador brasileiro a título de imposto sindical configura uma forma de financiamento público do sindicalismo, o que compromete a independência das entidades. “Não estamos interessados em discutir a divisão do quinhão do imposto sindical. A CUT tem que olhar para frente”, entende o sindicalista.

Outra característica da CUT que Vagner ressalta é o compromisso com todos os trabalhadores. “O movimento sindical cutista se organiza a partir dos sindicatos de base e da organização nos locais de trabalho. A CUT tem que estar nas demandas do dia a dia, é uma central de massa e tem que estar presente em todas as atividades dos trabalhadores. É fundamental a presença da Central nas campanhas salariais, na condução das principais políticas, mas são os sindicatos que constroem a CUT, ela não é maior do que cada uma das entidades filiadas.”, ressalta o sindicalista.

Para Vagner, um dos principais desafios da CUT no momento é discutir a diversidade e a inclusão de todos os trabalhadores e trabalhadoras. “Temos que nos debruçar sobre a questão da desigualdade e do preconceito. Esta é a trincheira em que o Brasil ainda tem que lutar. O país continua muito conservador e a CUT tem que trabalhar nisso nos próximos anos”, avalia.

Outra questão fundamental é a mudança do modelo sindical brasileiro, que o sindicalista considera mal discutido. Vagner cita a impossibilidade de associação livre e as constantes perseguições e até assassinatos de dirigentes como exemplos dos problemas do modelo. “A estrutura sindical brasileira atravanca o desenvolvimento do sindicalismo. Temos muitos sindicatos, mas talvez sem a representatividade que deveriam ter. Queremos sindicatos com representatividade, com trabalhadores sindicalizados e organizados”, defende. Vagner destaca que é imprescindível para esta mudança a ratificação da convenção 87 da OIT, que trata de liberdade de autonomia sindical. “Um movimento sindical forte ajuda a fortalecer a democracia”, conclui.

Mas, para Vagner, a atuação da central não deve se restringir às questões estritamente corporativas. “A CUT tem que mostrar quais as suas propostas para o Brasil. Sobre os principais problemas, como a reforma política, reforma tributária, organização sindical, da política agrária. Na nossa trajetória, sempre discutimos não só a questão da contratação de mão de obra, mas a transformação da sociedade, debatendo os assuntos que interessam ao país. Porque estes assuntos interessam aos trabalhadores que constroem o Brasil”, justifica o candidato.

Exemplo bancário

Como trabalhador do sistema financeiro, Vagner acredita que uma das contribuições que pode oferecer à CUT é a experiência de organização nacional. “Quando eu era presidente da CNB, tinha orgulho dos bancários serem a única categoria a ter um contrato coletivo nacional. Hoje isso me entristece, porque continuamos sendo os únicos”, revela. O candidato pretende se empenhar, caso escolhido para presidir a Central, para que a CUT continue perseguindo o objetivo de conquistar a contratação coletiva nacional para mais categorias.

Mas, para Vagner, apesar desta grande conquista e de tantos outros benefícios, os bancários não melhores ou piores que os trabalhadores de outros ramos. “A soma das experiências é que torna a CUT forte. A característica e a concepção de cada categoria fortalecem a central. Temos uma atuação importante em vários ramos e destacamos a nossa presença forte nos sindicatos de servidores públicos, que, aqui no Brasil, não têm direito garantido à organização. E temos também a organização dos metalúrgicos, que eu não posso deixar de citar, já que dela veio um presidente da república.

Vagner também destaca que a Central se faz na base, com suas entidades filiadas, e sua plataforma é de manter e ampliar esta atuação. “Entendo que a minha candidatura não é de corporação, mas de classe, da classe trabalhadora”, define. O sindicalista também anuncia que, na presidência da Central, pretende estar próximo aos trabalhadores, onde quer que estejam, e mostrar à sociedade a proposta cutista para o Brasil. “Temos que colocar a cara na rua e deixar bem claro quem é a CUT”, resume.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

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Espiritualidade e Religião

por: Frei Betto

Espiritualidade e religião se  complementam mas não se confundem. A espiritualidade existe desde que o ser  humano irrompeu na natureza, há mais de 200 mil anos. As religiões são  recentes, não ultrapassam 8 mil anos de existência.


 


A religião  é a institucionalização da espiritualidade, assim como a família é do amor. Há  relações amorosas sem constituir família. Do mesmo modo, há quem cultive sua  espiritualidade sem se identificar com uma religião. Há inclusive  espiritualidade institucionalizada sem ser religião, como é o caso do budismo,  uma filosofia de vida.


 


As religiões, em princípio, deveriam ser  fontes e expressões de espiritualidades. Nem sempre isso ocorre. Em geral, a  religião se apresenta como um catálogo de regras, crenças e proibições,  enquanto a espiritualidade é livre e criativa. Na religião, predomina a voz  exterior, da autoridade religiosa. Na espiritualidade, a voz interior, o  “toque” divino.


 


A religião é uma instituição; a espiritualidade,  uma vivência. Na religião há disputa de poder, hierarquia, excomunhões e  acusações de heresia. Na espiritualidade predominam a disposição de serviço, a  tolerância para com a crença (ou a descrença) alheia, a sabedoria de não  transformar o diferente em divergente.


 


A religião culpabiliza; a  espiritualidade induz a aprender com o erro. A religião ameaça; a  espiritualidade encoraja. A religião reforça o medo; a espiritualidade, a  confiança. A religião traz respostas; a espiritualidade suscita perguntas. As  religiões são causas de divisões e guerras; as espiritualidades, de  aproximação e respeito.


 


Na religião se crê; na espiritualidade se  vivencia. A religião nutre o ego, pois uma se considera melhor que a outra. A  espiritualidade transcende o ego e valoriza todas as religiões que promovem a  vida e o bem.



A religião provoca devoção; a espiritualidade,  meditação. A religião promete a vida eterna; a espiritualidade a antecipa. Na  religião, Deus, por vezes, é apenas um conceito; na espiritualidade, uma  experiência inefável.


 


Há fiéis que fazem de sua religião um fim e se  dedicam de corpo e alma a ela. Ora, toda religião, como sugere a etimologia da  palavra (religar), é um meio para amar o próximo, a natureza e a Deus. Uma  religião que não suscita amorosidade, compaixão, cuidado do meio ambiente e  alegria, serve para ser lançada ao fogo. É como flor de plástico, linda, mas  sem vida.


 


Há que tomar cuidado para não jogar fora a criança com a água  da bacia. O desafio é reduzir a distância entre religião e espiritualidade, e  precaver-se para não abraçar uma religião vazia de espiritualidade nem uma  espiritualidade solipsista, indiferente às religiões.


 


Há que fazer das  religiões fontes de espiritualidade, de prática do amor e da justiça, de  compaixão e serviço. Jesus é o exemplo de quem rompe com a religião  esclerosada de seu tempo, e vivencia e anuncia uma nova espiritualidade,  alimentada na vida comunitária, centrada na atitude amorosa, na intimidade com  Deus, na justiça aos pobres, no perdão. Dessa espiritualidade resultou o  cristianismo.


 


Há teólogos que defendem que o cristianismo deveria ser  um movimento de seguidores de Jesus, e não uma religião tão hierarquizada e  cuja estrutura de poder suga parte considerável de sua energia  espiritual.


 


O fiel que pratica todos os ritos de sua religião, acata os  mandamentos e paga o dízimo e, no entanto, é intolerante com quem não pensa ou  crê como ele, pode ser um ótimo religioso, mas carece de espiritualidade. É  como uma família desprovida de amor.


 


O apóstolo Paulo descreve  magistralmente o que é espiritualidade no capítulo 13 da Primeira Carta aos  Coríntios. E Jesus a exemplifica na parábola do Bom Samaritano  (Lucas 10, 25-37) e faz uma crítica mordaz à religião em Mateus  23.


 


A espiritualidade deveria ser a porta de entrada das religiões.  Antes de pertencer a uma Igreja ou a uma determinada confissão religiosa,  melhor propiciar ao interessado a experiência de Deus, que consiste em se  abrir ao Mistério, aprender a orar e meditar, penetrar o sentido dos textos  sagrados.


 


Frei Betto é escritor, autor de Um homem chamado  Jesus (Rocco), entre outros livros. 



Copyright 2011 – FREI BETTO – Não é permitida a reprodução deste artigo em qualquer  meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização do autor. Se desejar, faça uma assinatura de todos os artigos do escritor. Contato – MHPAL – Agência Literária ([email protected])

Fonte: Frei Betto

:: AGENDA :: Reunião dos Representantes

O Conselho de Representantes da Federação se reúne no próximo dia 14, às 13:30, no auditório da entidade. Os sindicalistas discutem a previsão orçamentária para 2010.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

:: AGENDA :: Reunião dos diretores do Itaú

Os dirigentes do Itaú se reúnem no próximo dia 14, às 11h, com o diretor de Relações Sindicais do banco no Rio de Janeiro, Bruno Cavalcante. O encontro será no auditório da Federação. Em pauta, o sistema de ponto eletrônico da empresa.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

HSBC é multado por vender produtos ‘impróprios’ para idosos

Por Álvaro Campos, da Agência Estado

LONDRES – O banco HSBC foi multado em 10,5 milhões de libras esterlinas (US$ 16,4 milhões) pela Autoridade de Serviços Financeiros (FSA, na sigla em inglês) do Reino Unido, após a reguladora descobrir que a instituição vendeu produtos impróprios para clientes idosos. Além da multa o banco terá de destinar 29,3 milhões de libras para compensar os clientes lesados. A multa e a indenização somam 39,8 milhões de libras (US$ 62,27 milhões).

Segundo o governo britânico, a NHFA, subsidiária do HSBC, orientava idosos a comprar bônus que geralmente tinham um vencimento posterior à expectativa de vida desses clientes. Até 2.485 clientes podem ter sido lesados entre 2005 e 2010. O banco identificou o problema pela primeira vez em 2009 e levou o caso à FSA. Sem a colaboração, a multa do HSBC seria 30 % maior.

Brian Robertson, executivo-chefe do HSBC, disse que o incidente “vai contra tudo o que nós defendemos”. “Nós estamos realizando uma revisão integral das orientações dadas aos clientes afetados e eu posso garantir que cada cliente que não foi tratado de maneira justa não ficará com o prejuízo”.


 


 


As informações são da Dow Jones.

Fonte: Agência Estado

Conheça os vencedores do 1º Prêmio CUT Democracia e Liberdade Sempre

Escrito por: Marize Muniz



A 1ª edição do Prêmio CUT Democracia e Liberdade Sempre já tem os vencedores. Os mais votados pelo público nas cinco primeiras categorias do prêmio foram: Maria da Penha, Rosalina Santa Cruz, Frei Beto, D. Pedro Casaldáliga e o MST.



O ex-presidente Lula foi o escolhido para ser homenageado na 6ª categoria – “Personalidade de Destaque na Luta por Democracia e Liberdade”. A escolha foi pela Executiva da CUT com a colaboração de um grupo de parceiros, que também indicou os candidatos que concorreram nas outras categorias.



A cerimônia de entrega do prêmio será realizada no dia 13 de dezembro, às 19h30, no TUCA (Teatro da Universidade Católica), em São Paulo. Os premiados receberão o troféu símbolo do prêmio, criado pelo artista plástico Elifas Andreato.



Na ocasião, também serão homenageados os blogueiros progressitas e as quatro pessoas que colaboraram com a CUT na definição dos candidatos:  Denise Fon (jornalista, anistiada política e membro do Grupo Tortura Nunca Mais), Emir Sader (sociólogo), José Dirceu (advogado, ex-deputado federal, ex-ministro da Casa Civil e ex-presidente da União Estadual dos Estudantes), e Rildo Marques (diretor do Movimento Nacional de Direitos Humanos e membro do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana/SP).



Os mestres de cerimônia serão os atores Paulo Betti e Ester Goes. O músico Wagner Tiso fará o show de abertura do evento, que terá também a participação do Teatro Popular União e Olho Vivo.



Saiba mais sobre os vencedores do 1º Prêmio CUT Democracia e Liberdade Sempre



Categoria 1 – Personalidade de destaque na luta pela Redemocratização do Brasil:



ROSALINA DE SANTA CRUZ



Rosalina é Assistente Social e professora doutora da Faculdade de Serviço Social da PUC/SP. Feminista, atuou desde a década de 1970 no Movimento de Mulheres. Foi uma das editoras do Jornal Brasil Mulher. Foi presa política no período da ditadura militar e seu irmão, Fernando, é um dos desaparecidos políticos daquela época. Ela integrou a Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos. Depois, engajou-se na luta pela Anistia, sendo uma das ativistas do Comitê Brasileiro pela Anistia. Participou das lutas em defesa da LOAS (Lei da Assistência Social) e do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).



Categoria 2 – Personalidade de destaque na luta por Democracia, Cidadania e Direitos Humanos:



FREI BETTO



Frei dominicano e autor de 54 livros editados no Brasil e no exterior, Frei Betto é militante de movimentos sociais pelos direitos humanos na América Latina. Foi preso político da ditadura militar. Foi assessor especial do presidente Lula e coordenador da Mobilização Social do Programa Fome Zero.  Foi coordenador da Anampos (Articulação Nacional dos Movimentos Populares e Sindicais) e participou da fundação da CUT e da Central de Movimentos Populares. Assessorou o MST, Comunidades Eclesiais de Base e Pastoral Operária do ABC, entre outras organizações.  É membro do conselho consultivo da Comissão Justiça e Paz de São Paulo.Nos últimos anos, recebeu 15 prêmios no Brasil e no exterior por sua luta incansável em prol dos Direitos Humanos.



Categoria 3 – Personalidade de destaque na luta por Democracia e Direitos dos Trabalhadores



MARIA DA PENHA



A cearense Maria da Penha é Farmacêutica e símbolo do combate à violência doméstica no Brasil. Em 1983, foi vítima de violência doméstica por parte de seu marido, que lhe desferiu um tiro nas costas enquanto dormia, deixando-a paraplégica. Lutou por justiça por quase 20 anos e, não obtendo resposta, denunciou o Brasil na Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA). Isso resultou na condenação internacional do nosso país.  Como decorrência de sua luta, foi criada a lei 11.340/06 – Lei Maria da Penha – de punição à violência contra a mulher, em vigor desde 2006.



Categoria 4 – Personalidade de destaque na luta por Democracia e Justiça no Campo



DOM PEDRO CASALDÁLIGA



Espanhol radicado no Brasil desde 1968, Dom Pedro Casaldáliga é bispo emérito de São Félix do Araguaia (Mato Grosso). Por sua postura em defesa dos direitos humanos, foi alvo de perseguição pela ditadura militar e recebeu inúmeras ameaças de morte, por apoiar trabalhadores rurais e a luta pela reforma agrária. O bispo também é um dos fundadores da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e do Conselho Indigenista Missionário (CIMI).



Categoria 5 – Instituição de destaque na luta por Democracia e Liberdade



MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA (MST)



O Movimento dos Sem Terra foi criado em 1984, com o objetivo de intensificar a luta pela reforma agrária no Brasil e buscar a justiça no campo. O Movimento pretende que o país adote medidas contra a concentração fundiária, garantindo a inclusão social dos trabalhadores no campo.



Categoria 6 – Personalidade de destaque na luta por Democracia e Liberdade (escolhida pela CUT com colaboradores do Prêmio)



LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA



Referência para os movimentos sindical e social, Lula é uma das mais importantes referências para a história recente do Brasil. Líder metalúrgico, na década de 1970 esteve à frente das greves que desafiaram o regime militar no ABC paulista e que mudaram o sindicalismo no país. Fundou o Partido dos Trabalhadores e foi um dos principais articuladores para a fundação da Central Única dos Trabalhadores. Foi eleito deputado Constituinte em 1986. Elegeu-se presidente da República em 2002, cargo para o qual foi reeleito em 2006. Em seus oito anos de mandato, promoveu profundas mudanças no Brasil, conciliando o desenvolvimento econômico com o social, que tirou milhões de cidadãos da condição da miséria. Hoje Lula é referência mundial em programas sociais, como o de combate à fome e à miséria, e carrega a marca de ter sido o presidente com maior aprovação da história do país.



O Prêmio



O objetivo do Prêmio CUT é homenagear personalidades e entidades que lutaram pela redemocratização do Brasil durante a ditadura militar de 64-85 e também as que lutam para aperfeiçoar o regime democrático brasileiro, defendendo o exercício da liberdade.



A história do Prêmio



No dia 13 de dezembro do ano passado, após o retrocesso nos debates políticos da última campanha eleitoral, com ataques aos direitos individuais dos brasileiros: discriminação contra união de pessoas do mesmo sexo e aborto, só para ficar em dois temas polêmicos -, a CUT realizou o ato Democracia e Liberdade Sempre, no Rio de Janeiro.



A data é simbólica. No dia 13 de dezembro de 1968 os brasileiros foram surpreendidos com um dos maiores atentos à liberdade individual e coletiva de toda a história do País.



A junta militar que governava o país com mãos de ferro desde o golpe de 1964, suspendendo as eleições direitas para o cargo máximo da nação – a presidência da república – instituiu neste dia o Ato Institucional 5. O AI-5 deu ao general presidente da República poderes para cassar mandatos eletivos, suspender direitos políticos, demitir ou aposentar juízes e outros funcionários públicos, suspender os habeas corpus em crimes contra a segurança nacional e legislar por decreto, ampliando os instrumentos de repressão da ditadura militar. 



A mobilização popular trouxe de volta ao Brasil o espírito da liberdade, contribuindo decisivamente para a redemocratização do País. A democracia é uma ferramenta que facilita a preservação do estado de liberdade, mas a sociedade civil organizada precisa se manter alerta na defesa permanente desse direito. 



Foi com esse espírito que a CUT realizou, no ano passado, o Ato Democracia e Liberdade Sempre, e é com este espírito que a CUT decidiu realizar a cada dois anos um evento de premiação em homenagem aos brasileiros e às brasileiras que lutaram e continuam lutando em defesa da democracia.



Com este prêmio, a CUT reafirma o princípio que rege a central desde a sua criação: a luta pela democracia e liberdade sempre.
 


 

Fonte: CUT Nacional

Bradesco descumpre legislação de segurança bancária em Três Rios

O Sindicato dos Bancários de Três Rios encaminhou denúncia à Polícia Federal sobre a abertura de agências do Bradesco sem os dispositivos mínimos de segurança bancária determinados pela legislação. As unidades não têm portas giratórias e as câmeras de vigilância das unidades inauguradas – em Areal, Pati do Alferes e Sapucaia – não estão funcionando. “Encaminhamos uma reclamação à direção do banco no último dia 24 e não tivemos ainda nenhum resultado”, informa o presidente do sindicato, Nilton Damião Esperança.

Segundo o sindicato, ainda há uma agência a ser inaugurada na base nos próximos dias, em Três Rios. Embora o acesso ao público ainda não seja permitido, já que a unidade ainda não está funcionando, é possível ver, por fora, que o estabelecimento também não tem porta giratória, um dos itens obrigatórios por lei. “Só o que ouvimos do banco é que este seria o novo padrão adotado para as agências que estão sendo inauguradas. O Bradesco vem ampliando sua rede de agências e postos de atendimento pelo país, mas não tem mostrado preocupação com a segurança de seus estabelecimentos. A garantia de vida das pessoas precisa ser colocada em primeiro lugar”, ressalta Nilton Esperança.

A denúncia foi encaminhada à Delegacia da Polícia Federal de Nova Iguaçu, que abrange a base do Seeb-Três Rios no último dia 05. O Sindicato solicitou à PF que faça fiscalizações nas agências recém-inauguradas para que os agentes autuem o banco pela infração. A entidade também solicitou que dirigentes sindicais tenham permissão para acompanhar a diligência.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

:: AGENDA :: Reunião do Sistema Diretivo

O Sistema Diretivo da Federação se reúne no próximo dia 13, terça-feira, às 14h,  no auditório da entidade, para discutir a seguinte pauta: Funcionários; Assinatura de Acordo Coletivo com o Bradesco sobre Sistema Alternativo Eletrônico de Controle de Jornada de Trabalho; Inauguração de novas agências do Bradesco sem condições de plena segurança para os/as trabalhadores/as e clientes; Esclarecimentos sobre CCV da Caixa (Maggi); e informes gerais.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Rio realiza Conferência do Trabalho Decente em dezembro

Depois de adiamentos e indefinições, a Conferência Estadual do Trabalho Decente do Rio de Janeiro finalmente foi marcada para os dias 14 e 15 de dezembro. As inscrições vão até o próximo dia 12 e podem ser feitas através do envio da ficha de inscrição preenchida para um endereço de e-mail criado especialmente para este fim (veja os links para download e demais informações de serviço ao fim da matéria).

A CUT elaborou uma cartilha, intitulada “O Trabalho Decente na Estratégia da CUT” (acesse aqui) e vem orientando as estaduais a realizarem eventos para sensibilizar os sindicalistas e prepará-los para os debates nos municípios e estados. A CUT-RJ e a Federação atenderam a esta orientação e realizaram conjuntamente um seminário para capacitar os dirigentes e esclarecer detalhes sobre a estratégia cutista e a realização da conferência. O Secretário de Relações do Trabalho da CUT Nacional, Manoel Messias Melo, e a diretora da Contraf-CUT Jô Portilho fizeram as exposições.

A velha correlação de forças

O Rio de Janeiro já está em desvantagem em relação a outros estados, por não terem sido realizadas as conferências municipais, o que tornaria a estadual mais rica. A ideia era que os debates fossem nas três esferas e que, na Conferência Nacional, fossem reunidos os tópicos comuns a todo o país e as especificidades de cada estado. Mas o governo do Estado não definiu o calendário a tempo, impossibilitando a convocação das conferências pelas prefeituras e todos os debates terão apenas dois dias para acontecer – e ainda há a todo o processo para a eleição de delegados. “O esforço agora é para que possamos construir, durante o evento estadual, uma Agenda que contenha as especificidades do Rio de Janeiro”, ressalta Manoel Messias Melo.

A disputa política nas conferências vai refletir o quadro atual das relações patrão-empregado no mundo todo. “A Agenda do Trabalho Decente é baseada na Declaração dos Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho, adotada em 1998 pela Organização Internacional do Trabalho. Esta Declaração reúne as principais convenções da OIT que garantem dignidade ao trabalhador. O objetivo da Agenda é fazer frente à ameaça neoliberal de flexibilizar as leis trabalhistas”, esclarece Messias. O dirigente ressalta que a elaboração de uma Agenda que reúna compromissos definidos sob o regime tripartite – com representação equitativa do governo, trabalhadores e empresários – pode ajudar no combate às tentativas de precarização que estão em curso no Brasil. “O Congresso Nacional é hoje uma fábrica de maldades. Toda semana há votações ou para aprovar projetos nocivos aos trabalhadores, ou para derrubar aqueles que são favoráveis”, resume Messias. O movimento cutista entende que, se os compromissos da Agenda forem assumidos pelos três entes, os trabalhadores terão mais poder de cobrança sobre os outros dois, já que todos concordaram com o texto. Os sindicalistas têm expectativa de que, com as conferências, vai ser possível construir um documento que proteja os direitos já conquistados e ainda possa avançar em alguns pontos.

A Agenda, as Conferências e a CUT

A escolha do termo “decente” para tratar de garantias trabalhistas não é a mais acertada para a língua portuguesa. Embora o sentido da palavra em Inglês seja bem compreendido, em Português a noção de decência costuma ser associada à de pudor. Na língua inglesa, a idéia de trabalho decente tem relação com o trabalho digno. “A vantagem é que o termo ajuda a constranger os opositores. É difícil assumir publicamente uma posição contrária a algo que é definido como decente”, avalia Jô Portilho. A definição adotada pela CUT, com base nas convenções, na Declaração dos Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho e na Agenda da OIT é de que se considera decente todo trabalho “que é adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, equidade e segurança, capaz de garantir uma vida digna a quem o exerce”. O conceito parece óbvio para quem lida com a questão do trabalho, mas é necessário para explicitar o que é inegociável, aquilo de que a classe trabalhadora não pode abrir mão na negociação com os patrões.

A Cartilha elaborada pela Central tem origem na Plataforma da CUT para as Eleições 2010, que foi entregue à então candidata Dilma Roussef e a candidatos ao governo de vários estados. Sérgio Cabral, governador reeleito do RJ, recebeu a publicação das mãos de Artur Henrique, presidente da CUT, em cerimônia realizada no auditório do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro (saiba mais). A CUT elegeu como pontos fundamentais do tema o combate à precarização, com resgate do valor social do trabalho, e a democratização das relações de trabalho. “As políticas de emprego têm que estar no cerne da política de governo e é isso que a CUT pretendia com a Plataforma”, esclarece Messias. A realização da Conferência Nacional e das estaduais, regionais e municipais que a precedem faz parte do esforço para se construir uma política de emprego. “A construção da Agenda através das conferências fortalece os trabalhadores na correlação de forças em razão do tripartismo”, conclui o dirigente.

Briga dura

Mas a decisão conjunta não é somente positiva. “A OIT tem fomentado o tripartismo e a negociação coletiva, mas isso não é suficiente. É preciso que haja leis para garantir direitos trabalhistas. Mesmo que o organismo internacional coloque o emprego no cerne da discussão para a superação da crise para evitar retrocessos maiores, já vemos tentativas de flexibilização”, destaca o Secretário de Relações do Trabalho da CUT. Messias cita o caso da Europa onde, apesar de muitos países terem ratificado a maioria das convenções da OIT, já se fala em rever alguns pontos. Segundo o dirigente, mesmo entre as nações que assinaram a convenção que limita a jornada semanal em 40 horas, a maioria já tem previsão de jornada flexível. Além disso, a maioria dos países europeus está mudando seus padrões de securidade social, o que vai causar impacto nas aposentadorias. Messias ressalta, ainda, que, no Brasil, apostar somente na negociação coletiva sem um esforço por ampliação dos direitos pela via legislativa é arriscado justamente em razão da correlação de forças. “Nós sabemos que o governo e o parlamento têm lado. Por isso precisamos atuar para garantir uma legislação favorável aos trabalhadores”, conclui o sindicalista.

A Conferência Nacional acontece em maio de 2012 e será a primeira, podendo haver muitas outras e é possível que, ao final, já se defina a realização das seguintes. Isso significa que, por mais difícil que seja garantir avanços para os trabalhadores, ainda haverá espaço para avançar mais nas edições seguintes. “A Agenda pode ser uma barreira aos retrocessos obtidos no Congresso pelo lobby dos empresários”, destaca Manoel Messias. Por isso é importante que, nesta primeira e nas conferências seguintes, os dirigentes estejam preparados para os debates, que prometem ser duros. “A CUT elaborou material para subsidiar a atuação dos sindicalistas. Mas “do lado de lá” eles também estão se preparando. Agora é preciso que façamos nosso “dever de casa” para que possamos defender os interesses da classe trabalhadora”, conclui Jô Portilho.

Veja aqui a programação da Conferência do Trabalho Decente do Rio de Janeiro

Acesse aqui a ficha de inscrição


 


O e-mail para envio ficha de inscrição preenchida é: [email protected].

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Chefes abusivos prejudicam a vida familiar de seus subordinados

Ana Cláudia Xavier

Chefes abusivos complicam não apenas a vida profissional, mas também a vida pessoal de empregados. Uma nova pesquisa aponta que trabalhar com uma pessoa que apresenta esse comportamento pode causar tanto estresse a ponto de prejudicar o relacionamento familiar dos colegas.

Supervisores que são rudes, publicamente críticos e que frequentemente ignoram o bem estar de seus subordinados fazem com que seja mais difícil para esses empregados terem interações positivas com colegas de trabalho ou membros da família.

A pesquisadora Dawn Carlson, da Universidade Baylor (EUA), explica que “essas descobertas têm implicações importantes para organizações e seus gerentes. A evidência realça a necessidade de que organizações mandem uma mensagem clara para aqueles em posições de supervisão (alertando que) esses comportamentos hostis e danosos não serão tolerados”.

Fonte: Blog de Boa Saúde – boasaude.uol.com.br