De olho nos lucros da filial brasileira, Santander ameaça cortar benefícios dos empregados

O presidente do Grupo Santander, Emílio Botín, veio ao Brasil para assistir ao Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1 e aproveitou para vistoriar as operações do banco e conversar com a Presidenta Dilma Roussef. A filial brasileira responde por 25 % dos resultados do banco, enquanto a matriz, na Espanha, contribui com apenas 10 % . Mesmo assim, a empresa cortou 1.636 postos de trabalho em 2011 e demorou a cumprir a promessa de abrir as negociações do Acordo Aditivo de Trabalho com os funcionários. Depois de passado mais de um mês do prazo prometido, a primeira reunião de negociação foi marcada para o próximo dia 1º.

Além de patrocinar o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, o Santander também patrocina a mais importante competição de futebol do continente, e uma das mais destacadas do mundo, a Copa Libertadores da América. A competição entre os clubes de futebol da América do Sul e México homenageia os vultos históricos que lutaram pela libertação do continente, colonizado e explorado por espanhóis e portugueses durante quase quatro séculos. Sendo o Santander um grupo espanhol é, no mínimo, uma ironia patrocinar este evento e ainda mudar-lhe o nome – agora é Copa Santander Libertadores da América.

Cavando dinheiro

A crise na Europa está levando o banco a procurar dinheiro em todos os lugares. Já foi divulgado que a empresa poderá vender parte das ações de sua operação brasileira, o que seria bom para a matriz, mas péssimo para o Santander Brasil. Poucos dias depois, o banco anunciou que tem intenção de negociar 7,8 % da filial do Chile. No mesmo dia o anúncio repercutiu mal nos mercados latinos e os papéis do Santander recuaram 8 % no pregão da Bovespa. O receio é que o banco se desfaça de ações em vários países para capitalizar a matriz e evitar as consequências da crise na Europa. A Espanha é um dos países que tiveram seu grau de investimento rebaixado em função dos problemas que a chamada Zona do Euro vem enfrentando.

Durante sua audiência com a presidente Dilma Roussef no Palácio do Planalto, Emílio Botín – chamado, dentro do banco, de D. Emílio – declarou que o mercado brasileiro é “muito interessante para a Espanha”. O presidente do grupo financeiro espanhol também declarou que o país tem “grandes empresas muito bem administradas e em processo de internacionalização”. Além dos resultados da operação brasileira, a boa vontade do empresário para com o Brasil tem outro motivo: o governo concedeu isenção fiscal de R$ 4 bilhões devidos sobre o ágio da operação de compra do Banespa, ocorrida em 2000.

Mesmo com todas estas facilidades, o Santander não respeita o Brasil e os brasileiros principalmente seus próprios funcionários. Além de adotar práticas antissindicais como a perseguição a dirigentes e o uso de interditos proibitórios para impedir as greves, o banco ameaçou não renovar o acordo aditivo que garantia benéficos extras aos empregados. A promessa feita em agosto foi de que as negociações seriam abertas assim que a Convenção Coletiva negociada com a Fenaban fosse assinada, o que aconteceu em 21 de outubro. Mas só depois de mais de um mês e muita pressão dos sindicatos de todo o país a direção do Santander marcou uma reunião para tratar do Aditivo.

Fraude e quebra de promessa

Os esforços desesperados para salvar o grupo Santander da crise já levaram o banco a fraudar documentos contábeis na Espanha. O rombo não relatado se refere à companhia de energia elétrica Iberdrola, que tem operações no Brasil. Segundo o jornal madrilenho El Pais, o banco teria registrado valores diferentes dos verdadeiros e justificado a diferença em razão da queda do valor dos papéis da empresa no mercado. A fraude é de aproximadamente R$ 720 milhões.

Mas o Santander não é o único banco espanhol em crise. Um programa semelhante ao Proer, adotado pelo governo Fernando Henrique Cardoso a partir de 1995, foi feito na Espanha e já injetou recursos em quatro bancos. Com o sistema financeiro da Espanha em colapso, a tendência é de que a crise se agrave e é possível que o Santander tome medidas ainda mais drásticas em suas operações estrangeiras para salvar o grupo. E isso vai ter impacto direto sobre os funcionários da empresa, inclusive no Brasil.

Isto já pode ser sentido no tom das conversas entre o movimento sindical e a direção de RH do banco. A empresa faz ameaças veladas de não renovar o acordo aditivo específico, o que põe em risco vários benefícios dos empregados. A PCR, por exemplo, é um dos programas que está em risco. Como suprimir estes benefícios e programas implicaria em redução de gastos com pessoal, o lucro da operação brasileira seria maior. Com melhores resultados, sobraria mais dinheiro para enviar à matriz e ajudar a tapar o buraco provocado pela crise europeia.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

AGENDA NPC 2012: a importância da comunicação na disputa de hegemonia




O tema da Agenda do NPC de 2012 é a Comunicação dia a dia. Este é um dos assuntos fundamentais trabalhados pelo Núcleo Piratininga de Comunicação, entidade que há 17 anos vem defendendo a centralidade da mídia na disputa diária de hegemonia e na construção de uma sociedade outra: igualitária,  socialista, de e para todos. Além desse tema, a publicação já tratou de outros assuntos, como as lutas das mulheres e a história da luta dos trabalhadores do Brasil.


 


Já faz muito tempo que as agendas do NPC têm sido procuradas por estudantes, professores e militantes de lutas sociais do Brasil inteiro. Mais do que organizar as tarefas em dias, semanas e meses, o livro-agenda tem servido como um importante instrumento político de formação e de conscientização. Todos os dias são apresentadas duas ou mais notícias relacionadas ao tema principal. Há, por exemplo, registro de lançamentos de jornais, livros, cartilhas, revistas e programas de rádio ou TV que tenham contribuído para uma maior circulação das ideias da esquerda em todo o Brasil. Também são noticiados comícios, manifestações e protestos organizados para defender a democratização do acesso e da produção de informações.


 


Na abertura de cada mês, a agenda traz textos sobre diversas áreas da comunicação contra-hegemônica, como as imprensas sindical, anarquista, comunista e alternativa; as rádios e jornais comunitários; e materiais do movimento negro e das mulheres. Também são apresentadas publicações da esquerda brasileira, como o Jornal Sem Terra, do MST; a revista Caros Amigos; e as charges do ilustrador Carlos Latuff, conhecido por dedicar sua arte às lutas sociais e sindicais do mundo inteiro. A publicação destaca, ainda, importantes mudanças na área da comunicação em curso na América Latina. Enquanto no Brasil muito pouco tem sido feito para combater a concentração dos meios, países vizinhos como a Venezuela, Bolívia, Equador e Argentina vêm combatendo frontalmente o monopólio privado da mídia, fortalecendo a comunicação estatal. A criação do canal Telesul é um importante exemplo neste sentido, como reforça um dos textos da agenda.


 


A apresentação esclarece que “esta agenda quer ser um instrumento para os que disputam hegemonia na sociedade, a serviço da classe trabalhadora. De todos os trabalhadores: do bancário ao metalúrgico, do engenheiro ao ambulante, do funcionário público ao camponês”. Agindo em conjunto com jornais, cartilhas, programas de rádio e páginas na Internet, a Agenda NPC 2012 é mais um instrumento para a construção da Comunicação, dia a dia, dos trabalhadores.


 


A Agenda NPC de 2012 custa R$ 20,00. Informações pelo e-mail [email protected] ou pelos telefones (21)2220-5618 e 2220-4895.

Fonte: NPC

Troca de cadeiras

A Secretaria de Imprensa e a Secretaria de Formação da Federação trocaram de titulares. Luiza Mendes assume interinamente a Imprensa e Paulo de Tarso, a Formação.


 


A troca de cadeiras foi aprovada e anunciada no dia 31 de outubro, em reunião da Secretaria Executiva da Federação.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Sindicato de Niterói faz operação Fecha-Banco no Itaú

O horário do fechamento das agências do Itaú está sendo fiscalizado pelo Sindicato devido à ameaça do banco de manter as portas abertas até as 19 horas, em decisão arbitrária e unilateral, para renegociar dívidas dos clientes. O banco nem ao menos comunicou oficialmente essa decisão ao Sindicato, que não vai deixar que a extrapole a jornada de trabalho dos bancários sem pagamento de hora extra.

Nesta terça-feira, 22 de novembro, a diretoria está impondo o fechamento normal, às 16 horas, nas agências de São Gonçalo, porque é feriado municipal em Niterói. Na segunda-feira, dia 21, a fiscalização do Sindicato foi feita em Icaraí e no Centro de Niterói. Inicialmente o Itaú chegou a anunciar que abriria as agências aos sábados, intenção que foi imediatamente repelida pelo Sindicato. O prolongamento do expediente não pode ser uma decisão isolada da empresa, sem acordo com o Sindicato, conforme determina norma do Ministério do Trabalho.

A intenção do banco é um feirão de renegociação para todos os clientes inadimplentes do banco com dívida superior a R$ 500 e com atraso entre 30 dias e 5 anos. O Itaú pretende fazer esse atendimento especial, até as 19h, em duas parte: de 21 a 26 de novembro e de 12 a 17 de dezembro. As horas extras serão devidamente computadas e pagas. Os valores recuperados serão contabilizados na remuneração do funcionário.

Qualquer irregularidade no horário de funcionamento das agências do Itaú deve ser denunciada ao Sindicato pelo telefone (21) 2717-2157.

Fonte: Seeb-Niterói

Seeb Macaé esclarece bancários sobre Projeto Recuperação de Crédito no Itaú

O Sindicato dos Bancários de Macaé e Região visitou na manhã do dia 22 as agências do Itaú Unibanco em sua base — Macaé, Conceição de Macabu e Quissamã — para distribuir informativos e prestar esclarecimentos aos seus funcionários à respeito Projeto de Recuperação de Crédito. A direção do banco determinou que várias agências no estado do Rio de Janeiro ampliassem o horário de atendimento na área comercial para até às 19 horas para renegociação de dívidas.


Na ocasião, o SEEB Macaé e Região, fez questão de deixar claro que em momento algum o banco procurou o movimento sindical ou a Superintendência Regional do Trabalho negociar o horário estendido. Ou seja, não existe nenhum respaldo legal para este procedimento. Portanto, as irregularidades devem ser denunciadas pelos funcionários ao sindicato.


 


Com informações do Seeb-Macaé e Região

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Escravos de ganho: o trabalho precário nas cidades






Os escravos de ganho eram os trabalhadores mais numerosos nos centros urbanos do Brasil, principalmente no período do Império, quando houve grande crescimento das cidades. Na capital, o Rio de Janeiro, eles vendiam toda sorte de mercadorias e prestavam inúmeros serviços.

“Minha Mãe era boa criatura. Quando lhe morreu o marido, Pedro de Albuquerque Santiago, contava trinta e um anos de idade, e podia voltar para Itaguaí. Não quis; preferiu ficar perto da igreja em que meu pai fora sepultado. Vendeu a fazendola e os escravos, comprou alguns que pôs ao ganho ou alugou, uma dúzia de prédios, certo número de apólices, e deixou-se estar na casa de Matacavalos, onde vivera os dous últimos anos de casada. Era filha de uma senhora mineira, descendente de outra paulista, a família Fernandes.”

 


 


O trecho acima, retirado do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis, demonstra o quanto era comum a exploração do trabalho escravo fora do domicílio familiar pelos senhores de escravos que viviam nas cidades. Ambientada no Rio de Janeiro do século XIX – as descrições acima são de meados do século – a obra não dá destaque ao trabalho dos negros cativos. Mas Machado de Assis, observador atento e cronista preciso, dá algumas pistas em descrições como a citada acima.


 


Esta figura pouco conhecida atualmente, a do escravo de ganho, era muito comum no Rio de Janeiro. Como os negros e negras africanos eram considerados bens, valia a pena, para seus senhores, explorar seu trabalho das mais variadas formas. Se, nas fazendas, além do serviço doméstico, cabia-lhes o trabalho na produção e beneficiamento da cana de açúcar ou do café, nas cidades a lida era outra. Os escravos produziam dentro das casas dos senhores as mais variadas mercadorias e eram mandados à rua para vendê-las: frutas, hortaliças, doces, bolos, peixes e alimentos em geral, prontos para consumo ou não; peças de mobiliário; objetos e utensílios como potes, panelas, vassouras, esteiras e cestos; tecidos, peças de vestuário e bordados. Outros tantos escravos urbanos prestavam diversos serviços, como de barbeiro, carregador de mercadorias variadas, faxineiro, carregador de liteira e até em funções mais especializadas, como ferreiro e até ourives. Era comum também serem empregados nas obras como pedreiros, marceneiros e carpinteiros, e ainda em serviços públicos, em funções típicas da época, como a de acendedor de postes. Apregoando suas mercadorias com voz forte e, muitas vezes, cantando e tocando violão ou tambores, estes homens e mulheres cativos estavam integrados de tal forma à vida da cidade que poucas imagens que reproduzem o ambiente urbano do Rio de Janeiro daquela época excluem os escravos de ganho.


 


Mas a vida destes homens e mulheres não era fácil. Apesar de gozarem do privilégio de trabalhar na rua, muitas vezes longe das vistas de seus senhores, o trabalho era duro, a jornada, longa e, ao final do dia, entregavam grande parcela da féria ao seu dono. Boa parte dos produtos vendidos era produzida na casa dos senhores, o que obrigava os escravos a uma jornada dupla – uma de produção, outra de venda – quase sempre sem excluir o serviço doméstico. E ainda havia a própria situação da escravidão: a falta de liberdade para viver e decidir seu destino, de comer o que lhe fosse dado, viver onde o proprietário designasse. O alento era a remuneração que, mesmo baixa, era poupada para comprar a alforria. Para os escravos urbanos, ao contrário dos rurais, cada dia trabalhado era um passo em direção à liberdade.


 


Pouca mudança


 


Hoje, nos grandes centros urbanos, a figura do vendedor ambulante é presença constante. Nas mesmas ruelas do centro antigo do Rio de Janeiro por onde circulavam os escravos de ganho, os camelôs continuam apregoando suas mercadorias. As comidas são outras, os produtos artesanais foram substituídos pelos industrializados, mas a precariedade do trabalho permanece. Muitos camelôs são autônomos, mas há também os que são empregados de algum “empresário” que tem dinheiro para adquirir as mercadorias e paga pessoas para revendê-las nas ruas. Os ambulantes são uma categoria profissional pouco estudada, maciçamente informal, sem garantias trabalhistas ou sociais e, não por acaso, é composta majoritariamente por negros e pardos.


 


Num momento em que se discute a Agenda do Trabalho Decente, eleita pela CUT como tema prioritário, olhar o passado suscita questionamentos importantes. Pela definição da OIT, trabalho decente é todo aquele que é “adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, equidade e segurança, capaz de garantir uma vida digna a quem o exerce”. Num contexto escravista, onde era uma questão de status possuir escravos – chamados de “peças” – a ideia de dignidade, saúde e condições de trabalho dos cativos sequer existia. Como, na época, as poucas empresas se utilizavam de mão de obra escrava, não havia muitos trabalhadores livres e a maior parte do trabalho era feito por homens e mulheres escravizados. Esta característica do trabalhador da incipiente indústria brasileira é, inclusive, atípica em relação a outros países, onde os operários eram livres, embora miseráveis. Mas, mesmo com a mudança do tipo de trabalho, as condições dos escravos não eram boas e a expectativa de vida dos negros continuou bem menor que a dos brancos.


 


Sem condições


 


Com o fim do tráfico de africanos com a Lei Eusébio de Queirós, em 1850, os proprietários de escravos tiveram que mudar um pouco a forma de tratar os cativos. O preço dos escravos aumentou muito e a morte de um deles passou a significar um prejuízo ainda maior, já que, além de perder patrimônio, o proprietário certamente teria que adquirir outro escravo para dar conta do trabalho. Esta mudança, se, por um lado, tornava mais cara e difícil a compra da alforria, por outro, melhorou um pouco as condições de vida. Os senhores passaram a não separar as famílias, como acontecia no início do tráfico negreiro, e às vezes até permitiam que tivessem uma casa – muito simples, pequena e precária – nos limites de sua propriedade. Mas o que estava por trás desta “boa vontade” era o medo de que os escravos se revoltasse em se insurgissem contra seus proprietários. Este temor também provocou outra situação prejudicial à autonomia dos africanos: pouquíssimos eram alfabetizados, já que os portugueses temiam que, dominando a leitura e a escrita, os negros e negras pudessem se informar e se organizar.


 


Com a abolição da escravidão, em 1888, os negros e negras ficaram desamparados. O historiador Pedro Calmon foi um dos primeiros a ressaltar que o texto da Lei Áurea enviado ao Parlamento do Império tinha um artigo, excluído durante as discussões para sua aprovação, que poderia ter suavizado esta transição. O artigo suprimido determinava que os escravos libertos trabalhassem por dois anos no mesmo local onde se encontravam no momento da abolição, mas recebendo salários. Mas a Lei Áurea foi publicada com somente dois artigos: um que decretava o fim da abolição e outro que determinava que a revogação de todas as disposições em contrário. Talvez, se o tal artigo não tivesse sido suprimido, a situação atual dos afrodescendentes brasileiros pudesse ser menos injusta.


 


Analfabetos, sem trabalho, sem moradia adequada, sem nenhuma forma de proteção social, os libertos não tinham oportunidades. Os antigos escravos de ganho que tinham uma “profissão” – como os barbeiros, as quituteiras renomadas, alguns artesãos mais qualificados, os que trabalhavam como ferreiros e até ourives, por exemplo – puderam, com muita dificuldade, continuar prestando seus serviços. Mas a maioria ficou presa aos biscates, ao serviço doméstico mais simples, uns poucos continuaram como vendedores – desde que tivessem o que vender. Se, antes, integravam a categoria dos escravos, agora eram homens e mulheres livres e, na maioria, miseráveis.


 


A exploração do trabalho pouco qualificado e uma abolição feita sem inclusão social empurraram os ex-escravos para o trabalho precário. Como precária ainda é a situação profissional, o acesso aos direitos sociais e garantias trabalhistas, à capacitação, à moradia, à saúde e à educação de uma imensa parcela da população afrodescendente brasileira.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Contraf-CUT assina convenção coletiva dos financiários com aumento real


A Contraf-CUT assinou na manhã do último dia 11, em São Paulo, com a Fenacrefi, entidade patronal das financeiras, a convenção coletiva dos financiários. O acordo prevê reajuste de 11 % no piso, com ganho real de 4,28 % , e de 8 % nas demais verbas (ganho real de 1,47 % ), acompanhando os aumentos salariais conquistados pelos bancários.

A inflação acumulada até 1º de junho, data-base dos financiários, foi de 6,44 % segundo o INPC, enquanto o índice na data-base dos bancários foi de 7,40 % .

Os trabalhadores também acordaram com a entidade patronal a retomada das negociações na segunda quinzena de março de 2012 para a construção de uma nova proposta aos financiários.

Os salários e benefícios são retroativos a junho, inclusive a nova regulamentação para pagamento do aviso prévio. Os trabalhadores recebem as diferenças na folha do mês de novembro.

Conforme avaliação da Contraf-CUT, o acordo representa avanços para os financiários. A proposta acompanha as conquistas dos bancários ao garantir aumento real de 1,47 % nos salários e a valorização de 4,29 % no piso da categoria.

O acordo inclui ainda a incorporação à convenção dos financiários da cláusula relativa à prevenção de conflitos no ambiente de trabalho, conquistada pelos bancários em 2010, que visa combater o assédio moral.

“É fundamental que os sindicatos e federações estejam atentos para acompanhar todos os direitos que abrangem os novos valores e as diferenças que retroagem a data-base da categoria, 1º de junho, assim como incluir também nos boletins e periódicos o acordo assinado”, afirma Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT.

Abrangência

A Fenacrefi representa os estados do Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Paraná. Mas como existem hoje financiários em todo o país, particularmente de funcionários da BV Financeira, Aymoré e Santander Financeira, a convenção coletiva acaba sendo aplicada em todo o país.


“Como há financiários em todo o país, é importante salientar que os sindicatos e federações incluam e disponibilizem em seus informativos o acordo assinado com a Fenacrefi”, diz Miguel.

PLR

Quanto à Participação nos Lucros e Resultados (PLR), foi aplicado o percentual de 14,5 % sobre a parcela fixa, que passou a R$ 1.600. Além disso, o adiantamento passou de 50 % para 60 % desse valor.

A exceção é a regra da PLR, que mantém seu formato, apesar da reivindicação dos trabalhadores de alterar substancialmente sua formulação. A Fenacrefi alegou falta de dados dos balanços das financeiras para não realizar o debate, mas concordou com a retomada das negociações na segunda quinzena de março de 2012 para a construção de um novo modelo de PLR para os financiários.

Veja alguns dos itens da convenção coletiva dos financiários:







































Cláusulas econômicas Valor
Atual
Valor após
a proposta
Piso Portaria
854,88 948,92
Piso Escritório
1.234,43 1.370,22
Piso Tesoureiros, caixas e outros
empregados de tesouraria
1.303,61 1.447,01
Auxílio Refeição 18,87 20,37
Auxílio Cesta Alimentação 297,65 321,46
13ª Cesta Alimentação 297,65 321,46
Auxílio Creche/Babá 220,54 232,18
Adicional por Tempo de Serviço 18,23 19,68

Fonte: Contraf-CUT

:: CONVOCAÇÃO :: Assembleia Regional Ordinária do Dieese-RJ

Pela presente, os associados do DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – no estado do Rio de Janeiro, ficam convocados para a Assembleia Regional Ordinária a ser realizada no dia 30 de novembro de 2011, no auditório do Sindicato dos Jornalistas, à Rua Evaristo da Veiga, nº 16 – 17º andar, às 18h00 em primeira convocação, às 18h30 em segunda convocação, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia:

a) Balanço das Atividades do ER-RJ em 2011;


b) Eleição para renovação de 1/3 da Diretoria Regional para o exercício de 2012;


c) Outros assuntos de interesse dos associados.

Solicitamos confirmação de presença através do e-mail [email protected] ou roxana@dieese. org.br ou pelos telefones 21-2518-4332 e 21 2518-4381.

Fonte: Dieese-RJ

:: AGENDA :: COE interestadual do HSBC se reúne dia 23

Com o intuito de construirmos uma pauta coletiva, com os sindicatos da nossa base, para a reunião nacional da COE HSBC, que será  marcada em breve, convocamos todos/as os/as dirigentes sindicais do HSBC de nossa base para reunião que acontecerá no dia 23 de novembro, próxima quarta-feira, às 13 horas, no auditório da Federação.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Advogado trabalhista Mário Sérgio Pinheiro toma posse como Desembargador do TRT/RJ


 


 


 


 


O Órgão Especial do TRT/RJ deu posse ao advogado Mário Sérgio Medeiros Pinheiro como novo desembargador do Tribunal, nesta quinta-feira (10/11), em solenidade que lotou o Plenário Délio Maranhão, no prédio-sede. O novo magistrado foi nomeado em 13 de outubro pela Presidente da República, para preencher vaga reservada ao quinto constitucional, decorrente da aposentadoria do desembargador Edilson Gonçalves.


 


A sessão foi aberta pela desembargadora Maria de Lourdes Sallaberry, presidente do Tribunal, que convidou os desembargadores Ana Maria Soares de Moraes e Damir Vrcibradic para conduzirem o advogado à bancada. Depois de prestar compromisso e assinar o termo de posse, Mário Sérgio Medeiros Pinheiro foi declarado empossado pela presidente, que condecorou o agora desembargador com a medalha Grã-Cruz da Ordem do Mérito Judiciário.


 


Boas-vindas


 


Iniciando a sequência de saudações, a desembargadora Rosana Salim Villela Travesedo falou em nome dos desembargadores e deu boas-vindas ao novo magistrado, desejando sucesso e conclamando-o a lutar para recuperar o prestígio e o respeito públicos a que fazem jus os magistrados e o Poder Judiciário. “O juramento do juiz, de cumprir a Constituição e as leis, não constitui mera liturgia do cargo, mas promessa dirigida ao povo. Vossa Excelência é chamado a servir ao seu país”, afirmou a desembargadora.


 


Em seguida, a saudação veio da procuradora-chefe da Procuradoria Regional do Trabalho da 1ª Região, Teresa Cristina d’Almeida Basteiro, que ressaltou a relevante atuação do então advogado Mário Sérgio na defesa dos direitos e interesses individuais e coletivos dos trabalhadores, enquanto integrante de sindicatos, papel que muito se assemelha ao desempenhado pelo Ministério Público do Trabalho. “O MPT almeja que tal identidade na defesa de direitos dos trabalhadores possa redundar em acolhimento, por parte de sua Excelência, das teses manejadas em prol da defesa da ordem jurídica e dos interesses sociais”, declarou a procuradora-chefe.


 


Wadih Nemer Damous Filho, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Rio de Janeiro – representando o presidente do Conselho Federal da OAB, Ophir Filgueiras Cavalcante Junior – também saudou o amigo. Ele enfatizou que a entrada de Mário Sérgio na magistratura trabalhista representa um ganho para o Judiciário. Ressaltou, ainda, que o ingresso de advogados no Judiciário através do quinto constitucional significa, mais do que uma oxigenação dos seus quadros, a representação da cidadania.


 


Representando os agora colegas de classe, a juíza do Trabalho Márcia Cristina Teixeira Cardoso – secretária-geral da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 1ª Região – afirmou que o novo desembargador muito contribuirá para o novo perfil do Poder Judiciário trabalhista, onde o magistrado, além de juiz, é também gestor e, além de gerir prazos e processos, tem que controlar produtividade, números, índices. Tudo, entretanto, sem perder a sensibilidade no trato com os jurisdicionados, servidores e advogados.


 


Emoção e agradecimentos


 


Em seu discurso, o desembargador agradeceu à família e amigos, a quem deu créditos pela vitória alcançada. Também compartilhou momentos marcantes de sua vida, como a infância pobre, mas de muito estudo, bem como eventos importantes de sua trajetória profissional, ligados à atuação como advogado e sindicalista e sempre relacionados à defesa dos direitos dos trabalhadores.


 


Emocionada, a família de Mário Sérgio acompanhou a solenidade na primeira fila. Uma das mais entusiasmadas era sua mãe. “De onde nós saímos e onde nós chegamos, é uma vitória. É um filho maravilhoso! Estou muito orgulhosa desta conquista”, afirmou dona Zenith.


 


Encerrando a solenidade, a desembargadora Maria de Lourdes Sallaberry deu as boas-vindas ao novo colega. “Nós, do Tribunal, contamos com seu vigor físico e energia para dar conta do volume de trabalho que temos. E já a partir de amanhã poderemos trabalhar juntos para a conquista do nosso sonho, de ter uma sede própria”, concluiu a desembargadora.


 


Também prestigiaram a solenidade de posse o desembargador Aloysio Santos, presidente do TRT/RJ da 1ª Região no período de 2009/2011; Robson Leite, deputado estadual; Angela Cristina Fernandes Barbosa, presidente da Associação dos Trabalhadores e Aposentados da AMPLA; Valdeney Ricardo da Silva, presidente do SINPROCAMPOS; José Luís Campos Xavier, presidente da ACAT; Antonio Henrique Albuquerque Filho, superintendente regional do Trabalho do Rio de Janeiro; Felipe Santa Cruz, presidente da CAARJ; Wilson Santarosa, Gerente Executivo de Comunicação da Petrobras; Wagner Pinheiro, presidente dos Correios; Jorge Bittar, secretário municipal de Habitação; além de advogados, juízes, desembargadores, sindicalistas e outras autoridades.


 


Clique aqui e leia a íntegra do discurso do desembargador Mário Sérgio Medeiros Pinheiro.


 


Clique aqui e conheça um pouco da trajetória do desembargador Mário Sérgio Medeiros Pinheiro.


 

Fonte: TRT/RJ – Assessoria de Imprensa