Vigilantes protestam contra fim da rendição e anunciam paralisações

Vigilantes e bancários no piquete no prédio do Realzão, no centro do Rio

 

Na manhã desta terça, 13, dirigentes do Sindicato dos Vigilantes do Rio de Janeiro tentaram, mais uma vez, entregar um ofício à diretoria regional do Santander a respeito do fim da rendição para almoço dos trabalhadores. Já havia acontecido uma tentativa na véspera, também frustrada. Em função da greve dos bancários, não havia nenhum executivo no edifício conhecido como Realzão, onde funciona a administração do banco na capital fluminense. Mas os vigilantes não perderam a viagem e fizeram uma manifestação, seguindo, depois, para outro prédio administrativo, na Praça Pio X, onde se encontraram com o responsável pelo departamento de segurança do banco.

 

O fim da rendição para almoço foi implementado este mês e está causando muitos problemas, já que os vigilantes são obrigados a almoçar antes da abertura da agência ou somente depois de encerrado o atendimento ao público. Além de não haver pausa para alimentação, os trabalhadores também não podem ir ao banheiro durante todo o período de funcionamento das unidades. Leandro Siqueira, diretor de Imprensa do Sindicato dos Vigilantes do Rio de Janeiro, informou que o presidente da entidade, Antônio Carlos Oliveira, já esteve em São Paulo conversando com executivos do Santander a respeito do problema. Oliveira contou ter ouvido da boca de um executivo que o banco decidiu cortar a rendição para reduzir o número de profissionais de segurança, com objetivo de “economizar alguns milhões”.

 

Leandro Siqueira relatou ainda que, durante o encontro com o departamento de segurança no Rio de Janeiro, diretores do sindicato entregaram um ofício ao banco. Ficou combinado que o responsável pelo setor entraria em contato com a entidade nesta quarta-feira para marcar uma reunião com os representantes dos trabalhadores a ser realizada até o final desta semana. “Se eles não entrarem em contato conforme disseram, vamos paralisar o serviço de vigilância, mesmo durante a greve dos bancários”, anuncia o sindicalista.