Sipat do BB convida diretora da Fetraf-RJ/ES para falar sobre assédio moral

A diretora da Fetraf-RJ/ES Adilma Nunes participou como palestrante da Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho – Sipat 2017 do BB. O evento começou no último dia 17 e vai até amanhã, abordando temas diversos que dizem respeito ao bem estar dos trabalhadores. A Sipat começou na última segunda-feira, 17, e vai até amanhã.

Adilma, que é psicóloga clínica, foi convidada para falar sobre “O assédio moral e o adoecimento mental dos trabalhadores” na atividade do dia 20. “Este é um tema importante e muito falado, porém as pessoas ainda tem dificuldade de abordá-lo e de compreendê-lo. É comum um trabalhador sequer saber que está sofrendo assédio moral”, destaca a diretora.

Ao contrário do que o senso comum compreende – e os bancos fazem questão de reforçar – o assédio moral não se caracteriza por desavenças e choques isolados. “O assédio moral tem características próprias e não pode ser confundido com os conflitos que acontecem nos locais de trabalho. Trata-se de um fenômeno que submete o trabalhador a situações humilhantes, constrangedoras de forma repetitiva e prolongada, levando ao adoecimento e até à morte”, esclarece Adilma.

Durante a palestra, a psicóloga destacou que os locais de trabalho estão se tornando cada vez mais hostis em função de mudanças que vêm ocorrendo. A reestruturação produtiva, com o uso de novas tecnologias digitais, as políticas neoliberais – como a privatização de estatais – e as transformações no mundo do trabalho como um todo precarizam o emprego. “Ao lado do individualismo, estas condições tornam as relações entre trabalhadores exageradamente competitivas e superficiais. Fica cada vez mais difícil fazer amigos e desenvolver laços sociais e afetivos no ambiente corporativo”, alertou.

Por sua experiência com atendimento em consultório, Adilma tem amplo conhecimento do estrago que o assédio moral provoca no ser humano. “O paciente que procura psicanálise para tratar de consequências do assédio moral costuma relatar muito sofrimento, medo e, às vezes, síndromes já estabelecidas, como a do pânico” relata.

Fonte: Fetraf-RJ/ES