Seeb-Rio paralisa agências contra terror do Itaú

O Sindicato paralisou nesta quarta-feira (11/5) as agências Quitanda, Nova Leblon (na Barra) e Rio Méier contra o verdadeiro terror criado pelo Itaú, com demissões, muitas delas por justa causa, de bancários que chegam antes do início do expediente ou permanecem no local de trabalho mesmo que sejam minutos após completar a sua jornada. As três unidades foram escolhidas por terem ocorrido nelas dispensas de funcionários com anos de banco com o uso deste artifício.

A situação é novidade e foi imposta pelo setor de compliance do banco, que envia um funcionário para fiscalizar os locais de trabalho e, sempre que flagra alguém com ponto batido ainda na unidade, manda demitir. Os bancários estão atônitos. Proibidos de fazer horas extras, não podem sequer resolver problemas ocorridos durante a jornada. “Um bancário que está com diferença no caixa não pode nem procurar a diferença, porque não pode ficar depois do horário. O Itaú está provocando estas demissões”, avalia Jô Araújo, diretora do Seeb-Rio.

A presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso, avisou ao banco que a mobilização vai ser ampliada até que esta medida cruel e covarde seja cancelada. Denunciou na porta da agência Quitanda, uma das que participaram do protesto, que esta prática faz parte da radicalização do processo de demissões em massa que vem sendo imposto pelo Itaú. Somente no primeiro trimestre deste ano foram extintas 2.902 vagas no banco, mesmo com lucro de R$ 5,2 bilhões no mesmo período. Para Adriana, a redução de 9,9% no resultado, se comparado ao dos três primeiros meses de 2015, muito se deve à perda de clientes como consequência dos efeitos das demissões sobre a qualidade do serviço.

“O Itaú não tem limites na sua ganância por mais lucros, não se importando, para isto, em jogar no desemprego milhares de bancários e bancárias, pouco ligando se a consequência será a piora da qualidade de atendimento aos clientes”, argumentou o diretor do Sindicato Carlos Maurício, que participou da paralisação da agência Nova Leblon. Acrescentou que, além da ampliação das paralisações e manifestações, estão sendo estudadas medidas jurídicas, até porque chegar mais cedo ao trabalho ou permanecer na agência por mais tempo não podem ser usados como motivos para demissões, muito menos por justa causa. “Aqui foram duas demissões por justa causa. Não se pode nem ir ao banheiro, se despedir dos colegas ou retirar dinheiro no caixa eletrônico. Justa causa se aplica somente em casos graves. Esta medida do Itaú é absurda. Vamos acionar a Justiça contra ela”, criticou.

 

 

Fonte: da Redação, com Seeb-Rio