Na primeira rodada de negociação, banqueiros negam garantia de emprego

No primeiro dia desta rodada inicial de negociações, o tema discutido foi emprego. E o resultado não podia ser pior: os banqueiros negaram as principais reivindicações dos trabalhadores e usaram as piores justificativas. No caso da garantia do emprego, uma demanda fundamental dos bancários, o negociador da Fenaban, Magnus Apostólico, alegou que só haverá contratações se houver demissões. “Magnus alegou que qualquer tipo de estabilidade que sirva para fechar a porta de saída também serve para fechar a porta de entrada. E alegou também que a rotatividade do setor bancário é menor que em outros setores”, relata Nilton Damião Esperança, representante da Federação no Comando Nacional.


 


A discussão sobre garantia no emprego ocupou quase 90 % do debate na parte da manhã, mas os banqueiros foram irredutíveis. Segundo Nilton, o negociador dos patrões citou uma pesquisa feita pelos departamentos de RH dos bancos que revelou que, para os trabalhadores, a garantia no emprego não é uma prioridade. “Nossas consultas e pesquisas indicam o contrário, que os bancários estão muito preocupados com o emprego, e deixamos claro que não será possível fechar acordo este ano sem resolver essa questão”, argumenta Carlos Cordeiro, presidente da ContrafCUT e coordenador do Comando Nacional. A Fenaban também alegou que a estabilidade não faria bem ao sistema financeiro. No entendimento dos patrões, garantir a estabilidade dos trabalhadores engessaria as empresas.


 


A argumentação dos bancários na defesa da garantia de emprego se baseou na Pesquisa do Emprego Bancário, realizada pela ContrafCUT em parceria com o Dieese, a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED. Segundo a pesquisa, no primeiro semestre deste ano foram contratados 30.537 bancários e demitidos 18.559. O saldo revela a criação de 11.978 novos postos de trabalho nos bancos. Mas a notícia não é boa, já que, apesar de ter contratado mais do que demitido, o sistema financeiro usa a rotatividade para rebaixar os salários, dispensando empregados com salários mais altos e admitindo outros com vencimentos em valores bem inferiores. A remuneração média dos admitidos é 38,38 % menor que a dos dispensados. Para Carlos Cordeiro, presidente da ContrafCUT, a estratégia não serve somente para cortar custos, mas também como mais uma forma de obter maior produtividade. “A ameaça de demissão paira sobre as cabeças dos bancários e serve como pressão para o cumprimento de metas abusivas e de combustível para o assédio moral”, entende o dirigente.


 


Correspondente


 


A parte da tarde foi marcada pela discussão dos correspondentes bancários e da terceirização. Os patrões insistem em defender o modelo de capilarização dos correspondentes, destacando suas vantagens. Mas os sindicalistas continuam firmes na reivindicação de que estes postos só sejam instalados em regiões remotas, onde não há agências bancárias para atender à população. Os sindicalistas entendem que a atuação de correspondentes tem servido para afastar das agências bancárias os clientes e usuários de renda menor e para precarizar o trabalho, usando não bancários para desempenhar tarefas tipicamente bancárias. O representante dos banqueiros afirmou que os trabalhadores que realizam operações de pagamentos de contas, depósitos e saques não necessitam de qualificação aprofundada e que as operações. Para a Fenaban, estas tarefas, consideradas menores, podem ser desempenhadas por qualquer trabalhador, não havendo necessidade de pagar um bancário, com piso, PLR e benefícios, para realizar este trabalho. “Magnus fez uma comparação entre os caixas de banco e os caixas de outros setores, dizendo que eles ganham 1/3 do salário dos bancários. Isso mostra claramente que os banqueiros pretendem insistir no modelo de correspondente bancário que existe hoje e na precarização do trabalho. Essa intransigência da Fenaban numa discussão tão relevante como esta, da garantia no emprego poderá atrapalhar a discussão de outros temas”, avalia Nilton Damião Esperança.


 


Os banqueiros também negaram a extensão de abono-assiduidade a todos os bancários e se recusaram a assinar a Carta de Vendas Responsáveis apresentada pelo Comando Nacional. “A Fenaban disse que não assina carta nenhuma que discuta assessoramento financeiro, pois, na visão deles, os bancos já praticam vendas responsáveis”, relata o dirigente.


 


A negociação a respeito Emprego e sobre as cláusulas sociais continua neste dia 31.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Banqueiros se recusam a discutir melhoria das condições de atendimento

Na reunião do dia 31, ainda sobre o tema Emprego, a discussão não evoluiu como os bancários desejavam. As discussões trataram de questões que afetam diretamente o dia a dia da categoria, mas, mais uma vez, a Fenaban se manteve irredutível, não permitindo que o debate levasse a avanços importantes. Foram levantados os temas das contratações, fim das terceirizações e igualdade de oportunidades. Os sindicalistas só ouviram negativas.


 


O Comando Nacional ressaltou a relação direta que existe entre a qualidade do atendimento e o conceito de trabalho decente, que vem dando a tônica das reivindicações relativas a emprego. Os sindicalistas reivindicam a extensão do horário de atendimento, que passaria a ser feito das 09h às 17h, com adoção de dois turnos de trabalho; instalação de, no mínimo, cinco guichês de caixa por agência; a adequação do número de bancários por unidade ao de clientes e serviços prestados. Todas estas medidas forçariam os bancos a contratar mais bancários, o que permitiria o respeito à lei de permanência nas filas e a diminuição da sobrecarga de trabalho. “Isso acarretaria em uma melhora na saúde do trabalhador, porque, além do grande volume e ritmo acelerado de trabalho, o bancário que lida diretamente com o público também sofre com as reclamações dos clientes e usuários, que ficam irritados por terem que esperar tanto pelo atendimento”, argumenta Nilton Damião. O Comando também apontou que há desvio de função tanto de menores aprendizes, quanto de gestores, que trabalham constantemente no caixa. No que diz respeito aos aprendizes, o desvio de função fere o acordo sobre Primeiro Emprego firmado com o Ministério do Trabalho.


 


Em resposta, os patrões alegaram que cabe ao Banco Central regular sobre o atendimento prestado pelos bancos e que o movimento sindical não tem nada a ver com esta questão. Portanto, no entender dos banqueiros, não há motivos para incluir estas cláusulas na CCT, documento que trata estritamente de questões trabalhistas. Magnus Apostólico argumentou que nem mesmo a Fenaban tem autonomia para tomar esta decisão e que esta mudança engessaria os bancos. “Propusemos, então, a realização de um seminário sobre o sistema financeiro, ouvindo bancos, bancários e clientes, mas a Fenaban respondeu que esta iniciativa caberia à Febraban. Na minha avaliação o que ocorre é que os banqueiros estão se recusando a discutir a melhoria no atendimento prestado”, analisa Nilton. “Uma boa forma de pressionar seria levar este assunto a uma edição especial do Jornal do Cliente, mostrando à população o descaso dos bancos”, propõe o dirigente.


 


Igualdade de oportunidades


 


O Comando cobrou dos patrões a continuidade da mesa de Igualdade de Oportunidades para incluir na Convenção Coletiva as cláusulas já acumuladas. O negociador da Fenaban, Magnus Apostólico, refutou a proposta, alegando que não há ainda nada de concreto para ser apresentado e que os bancos que não participam da mesa seriam obrigados a cumprir as cláusulas, se entrassem na CCT. O Comando também propôs que fosse realizado um novo censo para avaliar a igualdade de oportunidades dentro dos bancos, alegando que a única pesquisa com este objetivo, o Mapa da Diversidade, foi realizado há três anos, em 2008. Mas o negociador da Fenaban não deu nenhuma resposta objetiva, limitando-se a informar que levaria a reivindicação aos bancos.


 


“Os banqueiros estão querendo ganhar a sociedade dizendo que estão discutindo o assunto, que é de grande apelo. Mas não aceitam incluir nenhuma cláusula relativa à igualdade de oportunidades na convenção coletiva. Acreditamos também que os bancos se recusam a realizar novo censo porque as atitudes tomadas desde a última pesquisa são tímidas e não apresentaram resultados significativos. Numa nova consulta, esta situação ficaria evidente”, avalia Nilton Damião.


 


Terceirização


 


Após quatro reuniões sobre o tema em 2010, e apenas duas este ano, o Comando propôs manter a mesa, temática, já que manter o debate aceso é uma vitória, ainda que tímida. O objetivo da mesa é buscar a reversão das terceirizações que, além de promoverem precarização do trabalho, também diminuem a qualificação do trabalhador terceirizado, já que a rotatividade é muito alta. “Também mencionamos que, quando o trabalho é feito por terceirizados, os clientes e usuários ficam vulneráveis, já que não há garantia de sigilo dos dados. Mas a discussão só será aprofundada na mesa temática”, relata Nilton.


 


Próximas


 


A próxima rodada de negociações está marcada para os dias 05 e 06 de setembro e vai tratar de Saúde e Condições de Trabalho. Na semana seguinte, no dia 13, haverá a discussão sobre Remuneração.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

:: DIEESE ::__ Nota técnica__ A crise econômica mundial e as turbulências recentes

Há quatro anos – desde agosto de 2007, quando o DIEESE divulgou a Nota Técnica 48, “A turbulência financeira mundial e a conjuntura dos próximos meses”, os problemas econômicos internacionais têm sido observados pela equipe do Departamento. Esta nota técnica tem como objetivo analisar brevemente a situação da economia mundial no período recente e fazer algumas considerações sobre como o novo aguçamento dessa crise pode afetar a trajetória da economia brasileira no próximo período.


 


Este texto retoma a linha de análise de duas notas técnicas anteriores – 48, de agosto de 2007 e a de número 78, de novembro de 2008, intitulada “A crise financeira recente: fim de um padrão de funcionamento da economia mundial?”, que trouxe considerações sobre a crise financeira no segundo semestre de 2008, evidenciada a partir da quebra do banco de investimentos norte americano Lehman Brothers.  Seguindo essa linha de análise, a crise atual não é uma novidade, mas a continuação de uma situação explicitada a partir de 2007, e que teve o seu momento mais agudo, até aqui, ao longo do segundo semestre de 2008.


 


Acesse a íntegra do trabalho aqui ou direto no site do DIEESE: www.dieese.org.br.

Fonte: Dieese

Campanha Salarial dos bancários é lançada no Espírito Santo


Foto: Sérgio Cardoso


 


Só a união de todos os trabalhadores conseguirá reverter o quadro de exploração e de desigualdade social imposto pelo capital financeiro. Essa foi a tônica do ato de lançamento da Campanha Salarial 2011 dos bancários, que aconteceu na manhã desta sexta-feira, 26, e percorreu às ruas do Centro de Vitória. A atividade, que também integra a Jornada Nacional de Lutas no Espírito Santo, contou com a presença dos trabalhadores do campo e da cidade, que se utilizaram de alegorias circenses e do teatro para evidenciar os problemas e os desafios enfrentados pela classe trabalhadora.

O agente financeiro, Marcos Salazar, 51 anos, era um dos que passava na rua durante a manifestação e se mostrou favorável ao ato. “Lá no Chile, as pessoas estão indo às ruas e as coisas estão acontecendo. Aqui no Brasil parece que a maioria se acomodou. Esses atos são importantes porque fazem a gente parar um pouco para refletir”, declarou. Altas taxas de juros, filas nos bancos, baixos salários, educação e saúde de má qualidade, corrupção, falta de segurança, morosidade na política de reforma agrária e avanço dos agrotóxicos e do agronegócio foram alguns temas abordados durante a manifestação.

“Enquanto quase 45 % do Orçamento Geral da União é utilizado para pagar a dívida pública do país e garantir o lucro dos banqueiros, o resto da população fica abandonada à própria sorte. E mais, ainda é forçada a pagar altos juros e ser mal atendida nos bancos. Essa lógica do parasitismo e da agiotagem legalizada tem que acabar. O capital financeiro não pode continuar sugando o nosso sangue”, defendeu Carlos Pereira de Araújo, secretário geral do Sindicato dos Bancários/ES.

“Só com a união do campo e da cidade conseguiremos construir uma sociedade mais justa e igualitária. Nós, da Via Campesina, declaramos aqui nossa condição e disposição de continuar a construir essa aliança com os bancários e com todos os outros trabalhadores urbanos presentes. E que todos os capitalistas nos ouçam, sejam eles do setor financeiro ou do agronegócio, porque a gente está nas ruas para lutar”, afirmou Dione Albani da Silva, da direção do MPA.

Arthur Moreira, representante do Conselho de Diretos Humanos do ES, também participou da atividade e parabenizou os presentes. “É com o trabalhador na rua que a gente consegue resistir às investidas do grande capital. A luta pelo crédito, pela terra, pelo salário digno, pelo acesso à saúde e à educação de qualidade é uma luta pela garantia dos direitos humanos. Esse é um momento fundamental para a democracia capixaba”, disse.

Comissão entrega minuta específica do Banestes


 


Reunidos na Praça Oito, os manifestantes percorreram a Avenida Princesa Isabel rumo ao edifício Pallas Center, onde uma comissão formada pelos diretores do Sindicato dos Bancários e por representantes dos movimentos sociais se reuniram com o diretor administrativo do Banestes, Bruno Curty Vivas, para entregar a minuta específica dos banestianos.

“Em 2009, estávamos todos juntos na luta vitoriosa contra a venda do Banestes. Só que essa luta não termina aqui. Não basta o banco ser estadual, ele tem que ter um caráter público, ampliando os recursos e o crédito subsidiado para os pequenos agricultores, ao invés de gastar fortunas financiando as grandes empresas que já têm isenção fiscal do governo. Por isso, nada mais justo que os movimentos sociais entregarem com a gente a minuta, reforçando nossa pauta social”, declarou Jessé Alvarenga, coordenador geral do Sindicato.

Curty Vivas se comprometeu a entregar a minuta ainda hoje ao presidente do Banestes, Bruno Negris, – que estava em outra reunião – e marcar uma a primeira reunião de negociação com o Sindicato no início de setembro. “O Banestes é o único banco público que não tem acordo específico no Brasil. Apostamos na seriedade e no compromisso dessa nova direção do banco para conseguirmos avançar nas negociações”, ressaltou Idelmar Casagrande, representante do Espírito Santo no Comando Nacional dos Bancários. 


 


A minuta do Banestes incluiu cláusulas como a reposição das perdas ocorridas no período de setembro de 1994 a agosto de 2011; revisão e reformulação da Estrutura de Cargos e Remuneração (ERC), visando à correção de distorções existentes e o pagamento retroativo de todas as verbas devidas; suspensão da implantação de qualquer processo de terceirização; garantia da eleição de um diretor representante (DIREP) dos empregados com assento na Diretoria Executiva; seleção interna; aumento da contribuição do banco para a Fundação Baneses (15 % ); o retorno da contribuição patronal para os aposentados na Banescaixa, entre outras.

Bandes



A minuta dos bancários do Bandes também seria entregue durante o lançamento da Campanha Salarial 2011. No entanto, devido ao falecimento de João Vitor Oliveira Balestrassi, filho do presidente do banco, Guerino Balestrassi, ocorrido nesta semana, o ato de entrega foi adiado.

Pauta Nacional


 


A pauta nacional de reivindicações da categoria foi entregue à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) no dia 12 de agosto, em Brasília. Os bancários reivindicam reajuste salarial de 12,8 % , PLR de três salários mais R$ 4.500, piso do Dieese, aumentos nos vales refeição e alimentação e no auxílio-creche/babá para R$ 545 cada, cesta-alimentação de um salário mínimo, Plano de Cargos e Salários para todos, preservação do emprego, respeito à jornada de seis horas, mais segurança nas agências e regulamentação do Sistema Financeiro Nacional.

Além do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e do Conselho Estadual dos Direitos Humanos (CDDH-ES), também participaram do ato o Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos do ES (Sindipúblicos) e o Comando de Greve do Ifes (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo).

Fonte: Seeb-ES

Curso de oratória no NPC

Nos dias 23 e 24 de setembro, o NPC promoverá o curso de oratória A arte de falar em público, no centro do Rio. Nesses dois dias, os participantes tomam conhecimento de algumas técnicas para falar bem em público, como a organização do discurso; a importância do olhar, gestos e postura; e o cuidado com os vícios de linguagem. Aprendem também, na prática, a deixar de ter medo do microfone. Na sexta, dia 23, a aula será das 13h às 19h. No sábado, dia 24, será das 9h às 18h. O curso será ministrado por Vito Giannotti, coordenador do NPC. As inscrições já estão abertas. Informações pelos telefones (21) 2220-5618 // 2220-4895. Ou pelo e-mail [email protected].

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Claudio Barbosa faz balanço de gestão no Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense


Depois de dois mandatos – num total de oito anos – à frente do Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense, Claudio Barbosa cede a presidência a Péricles Lameira, atual vice-presidente. A eleição aconteceu nos dias 23, 24 e 25 e a posse será em janeiro próximo.


 


A chapa única foi confirmada por 98 % dos bancários que depositaram votos válidos nas urnas do sindicato. Dos 786 associados elegíveis, 692 compareceram às urnas. Destes, 679 votaram na chapa única, 11 votos foram depositados em branco e houve apenas 1 nulo. Onze votos foram colhidos em separado, mas foram invalidados em razão dos votantes não obedecerem às condições para participar das eleições – dois anos de atuação como bancário e seis meses de associação ao sindicato.


 


Transição: Cláudio Barbosa passa o comando do
Sindicato  a Péricles Lameira (Foto: Paulo d´Tarso)
Claudio está terminando sua gestão com o sentimento de dever cumprido. “Tudo o que projetamos para estas duas gestões foi realizado” relata o sindicalista. O esforço de toda a diretoria deixa o sindicato com sua estrutura toda revitalizada. Revitalizamos a sede, em Barra Mansa, e as sub-sedes de Volta Rodonda, Barra do Piraí e Rezende. Também fizemos reformas na sede campestre, com a construção de um salão de festas e melhorias na iluminação das quadras e campos esportivos. Com isso a sede campestre fica auto-sustentável, já que o salão e os campos são alugados”, informa o dirigente. As mudanças na sede campestre permitem que o sindicato não tenha mais gastos com a manutenção, ja que todas as despesas serão custeadas pelos aluguéis.


 


Além da parte estrutural, o sindicato também cresceu em sua atuação política. Há diretores com assento nos conselhos de Saúde de Barra Mansa e Volta Redonda, e nas comissões de emprego de Barra do Piraí, Volta Rodonda, Barra Mansa, Rezende, Itatiaia e Porto Real. “Só não temos maior participação nestas instancias, em todos os 16 municípios da base, porque não temos diretores em número suficiente”, ressalta Claudio Barbosa.


 


Outra realização importante foi a reforma estatutária do sindicato. Com a mudança, a antiga diretoria executiva foi transformada em coordenação. O presidente, agora, é coordenador-presidente. O antigo vice-presidente passa a ser coordenador administrativo. Há também o coordenador secretário-geral e os coordenadores do Jurídico, do Financeiro, de Comunicação e de Promoção Social.


 


Um momento importante da gestão de Claudio foi a comemoração dos 50 anos do sindicato. Fundada em 1959, a entidade comemorou seu cinqüentenário em 2009 com um jantar para 800 bancários, ao qual compareceram representantes de sindicatos da base da Federação e nomes importantes do movimento sindical bancário nacional. Na ocasião, foi exibido um vídeo com imagens de algumas das ações do sindicato ao longo dos anos.


 


Acompanhando de perto


 


A atuação estritamente sindical também é forte. Claudio tinha a missão difícil de suceder Miguel Pereira, que foi para a estrutura da Contraf, mas esteve à altura do desafio. A ação cotidiana junto aos bancários e a pressão constante sobre os bancos deram agilidade na solução de problemas enfrentados pelos trabalhadores no dia a dia das agências. “Ajuda o fato de termos superintendências de três grandes bancos – BB, Caixa e Santander – na nossa região. O que não podemos resolver diretamente na agência, resolvemos com o superintendente. Além disso, o contato com o bancário permite que tenhamos a confiança dos associados e isso nos permite um retorno mais rápido”, destaca Claudio. E o trabalho tende a aumentar, já que o crescimento econômico da região está fazendo aumentar o número de unidades bancárias, com previsão de abertura de agências do BB, Bradesco e Caixa.


 


Outra paixão


 


Deixar a presidência do sindicato não vai trazer uma diminuição significativa do ritmo de trabalho de Claudio Barbosa. “Tem contatos que não se esgotam com o fim do mandado. As demandas continuam”, prevê o dirigente. Mas não é só a atuação no sindicato que ocupa seu tempo. Ele coordena o Pré-Vestibular Cidadão, uma iniciativa voluntária que ajuda jovens carentes da região a realizarem o sonho de entrar para a universidade. E o resultado impressiona, com índice de aprovação em torno de 67 % nos últimos vestibulares.


 


Por ano, entre 35 e 40 alunos são atendidos. São pessoas de todas as faixas etárias – alguns já na terceira idade – que recebem não só as aulas dos conteúdos cobrados nas provas, mas também de uma matéria que é muito cara à organização do curso: Cultura e Cidadania. “O vestibular não é o nosso objetivo central. É a cidadania em geral, pregamos a cidadania plena. Esta é nossa tentativa de mudar a sociedade capitalista, machista, que discrimina. Muitas pessoas se identificam com esta matéria. Levamos, por exemplo, alunos para visitarem as Câmaras de Vereadores para acompanhar uma sessão. A maioria nem sabia que podia entrar nestes lugares e passa a entender como a política funciona”, esclarece Cláudio. E é justamente esta disciplina que vem fazendo a diferença. “Há alunos que nem têm o objetivo de cursar a faculdade, mas querem estudar. São pessoas às vezes com mais idade e percebemos que o curso mexe com suas vidas”, relata.


 


O sucesso do curso também pode ser medido pela repercussão entre os não alunos. “Tem até fila de voluntários querendo dar aula no nosso PVC”, destaca Claudio. Se, para quem ainda não participa, o projeto é estimulante, para quem atua desde o início é uma paixão para a vida toda.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Seminário discute assistência à saúde no Bradesco

Um seminário na Federação, com a participação de representantes da Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS vai discutir detalhes sobre o plano de saúde oferecido aos funcionários do Bradesco. O evento, chamado “A Assistência à Saúde dos Bancários do Bradesco e as Regras da ANS” é voltado para os dirigentes sindicais do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, numa associação entre a Feeb RJ/ES e a Fetraf MG. O seminário acontece na próxima quinta-feira, dia 1º de setembro, pontualmente a partir das 09h.


 


As inscrições podem ser feitas até o final do expediente desta terça-feira, dia 30, pelo endereço eletrônico [email protected].


 


A diretoria da Federação solicita que cada sindicato filiado envie o maior número possível de representantes. Em caso de dúvidas, contactar Nilton Damião Esperança pelo telefone (24) 8145-1117.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

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Corrupção: endemia política

 


Frei Betto 



A  política  brasileira sempre se alimentou do dinheiro  da corrupção. Não   todos os políticos. Muitos são íntegros, têm vergonha na  cara  e lisura  no bolso. Porém, as campanhas são caras, o candidato não  dispõe  de  recursos ou evita reduzir sua poupança, e os  interesses privados no   investimento público são  vorazes.
            
Arma-se, assim, a  maracutaia. O   candidato promete, por baixo dos panos, facilitar  negócios  privados junto à  administração pública. Como por encanto,   aparecem os recursos de campanha.  
            
Eleito, aprova   concorrências sem licitações, nomeia indicados  pelo  lobby da  iniciativa privada, dá sinal verde a projetos   superfaturados e embolsa  o seu quinhão, ou melhor, o milhão.   
            
Para uma empresa que  se propõe a fazer uma obra  no valor de R$  30 milhões – e na qual, de  fato, não gastará  mais de 20, sobretudo em tempos  de terceirização – é  excelente  negócio embolsar 10 e ainda repassar 3 ou 4 ao  político que   facilitou a negociata.
            
Conhecemos todos a qualidade   dos  serviços públicos. Basta recorrer ao SUS ou confiar os  filhos à escola   pública. (Todo político deveria ser obrigado,  por lei, a tratar-se  pelo SUS e  matricular, como propõe o  senador Cristovam Buarque, os  filhos em escolas  públicas).  Vejam ruas e estradas: o asfalto cede com  chuva um pouco mais   intensa, os buracos exibem enormes bocas, os  reparos são  frequentes. Obras  intermináveis…
            
Isso me  lembra  o conselho de um preso comum,  durante o regime militar, a meu   confrade Fernando de Brito, preso político:  “Padre, ao sair da  cadeia  trate de ficar rico. Comece a construir uma igreja.   Promova  quermesses, bingos, sorteios. Arrecade muito dinheiro  dos fiéis. Mas   não seja bobo de terminar a obra. Não termine  nunca. Assim o senhor  poderá  comprar fazendas e viver numa  boa.”
            
Com o perdão  da rima, a ideia  que se tem é  que o dinheiro público não é de ninguém.  É de quem meter a mão   primeiro. E como são raros os governantes que,  como a  presidente Dilma, vão  atrás dos ladrões, a turma do Ali Babá se   farta.
            
Meu pai contava  a história de um político  mineiro  que enriqueceu à base de propinas. Como  tinha apenas  dois filhos,  confiou boa parcela de seus recursos (ou melhor,   nossos) à conta de um  genro, meio pobretão. Um dia, o  beneficiário decidiu se  separar da  mulher. O ex-sogro foi  atrás: “Cadê meu dinheiro?” O ex-genro fez   aquela cara de  indignado: “Que dinheiro? Prova que há dinheiro seu  comigo.”    Ladrão que rouba ladrão… Hoje, o ex-genro mora com a   nova mulher num  condomínio de alto luxo.
            
Sou  cético  quanto à ética dos políticos  ou de qualquer outro grupo  social,  incluídos frades e padres. Acredito, sim,  na ética  da política,  e não na política. Ou seja, criar   instituições e mecanismos que  coíbam quem se sente tentado a  corromper ou ser  corrompido, A carne é  fraca, diz o Evangelho.  Mas as instituições devem ser  suficientemente  fortes, as  investigações rigorosas e as punições severas. A  impunidade   faz o bandido. E, no caso de políticos, ela se soma à imunidade.   Haja  ladroeira!
            
Daí a urgência da reforma  política – tema que   anda esquecido – e de profunda reforma do  nosso sistema judiciário.   Adianta  a Polícia Federal prender  se, no dia  seguinte,  todos voltam à rua ansiosos por destruir provas?  E ainda se gasta   saliva quanto ao uso de algemas, olvidando os milhões   surrupiados… e jamais  devolvidos aos cofres   públicos.
            
Ainda que o suspeito fique em   liberdade, por  que a Justiça não lhe congela os bens e o  impede de movimentar  contas  bancárias? A parte mais sensível  do corpo humano é o bolso. Os   corruptos sabem muito bem o  quanto ele pode ser agraciado ou   prejudicado.
            
As  escolas deveriam levar casos de corrupção  às  salas de aula.  Incutir nos alunos a suprema vergonha de fazer uso  privado dos   bens coletivos. Já que o conceito de pecado deixou de  pautar a  moral social,  urge cultivar a ética como normatizadora do   comportamento. Desenvolver em  crianças e jovens a autoestima  de ser  honesto e de preservar o patrimônio   publico.
            






* Frei  Betto é escritor, autor do  romance “Minas  do Ouro”, que a editora  Rocco faz chegar às  livrarias esta semana.     http://www.freibetto.org/    twitter:@freibetto.

Copyright 2011 – FREI BETTO – Não é permitida a reprodução deste artigo em qualquer  meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização do autor. Assine todos os artigos do escritor e os receberá diretamente em seu e-mail. Contato – MHPAL – Agência Literária ([email protected])

Fonte: Frei Betto

A História e as histórias de Minas Gerais segundo Frei Betto


O novo romance de Frei Betto terá lançamento no Rio de Janeiro no próximo dia 06 no Esch Café do Leblon. “Minas do Ouro” conta a saga da família Arienim, tendo como pano de fundo cinco séculos da história de Minas Gerais. As entradas e bandeiras, a Guerra dos Emboabas e Triunfo Eucarístico, a exploração do ouro e dos diamantes, Tiradentes e Aleijadinho e muitas histórias familiares, temperadas com a volúpia e a beleza do barroco, na linguagem sempre sofisticada de Frei Betto.

As Minas do Ouro, de Frei Betto
06 de setembro, terça-feira, às 19h
Esch Café (R. Dias Ferreira, 78-A – Leblon
2512-5651

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

“100” Essa de Melhores Empresas para Trabalhar

 

Todos os anos, empresas de todos os segmentos respondem a uma pesquisa feita pela consultoria internacional Great Place to Work para verificar o nível de satisfação de seus funcionários. No final, é organizado o ranking das 100 Melhores Empresas para Trabalhar.


As empresas costumam divulgar seus resultados neste ranking com alarde. Este ano, o Grupo HSBC Brasil se empenhou em colaborar – a cerimônia de premiação até aconteceu no HSBC Brasil em São Paulo. O banco também se empenhou em divulgar os resultados, colocando na página principal do seu site a informação de que o HSBC entrou no ranking e que o resultado é “uma conquista de todos os nossos colaboradores, que fazem do HSBC um grande banco em todos os sentidos”.


Melhor mesmo?


Para os bancários do HSBC, o resultado divulgado surpreende. O banco é um dos campeões em ocorrência de LER/DORT e transtornos mentais, provocados por um ritmo de trabalho intenso e pela prática de assédio moral, causados pela cobrança de metas abusivas e inatingíveis. Numa empresa em que o número de funcionários é insuficiente e a rotatividade é muito alta, os afastamentos por doença são frequentes. Aliás, a rotatividade do HSBC no Brasil é mais alta do que em todos os outros países onde o banco atua. Como uma empresa pode ser boa para trabalhar se provoca o adoecimento de seus empregados e aposta na rotatividade para rebaixar salários e cortar custos?



Lucro x rotatividade


Foi anunciado esta semana que o lucro do HSBC no Brasil chegou a R$ 611,9 milhões, um resultado 44,25 % maior que o atingido no mesmo período do ano passado. Segundo o próprio banco, é o quarto melhor resultado do grupo no mundo. Este lucro é gerado pelos empregados que, mesmo com péssimas condições de trabalho, se esforçam para cumprir as metas estabelecidas, apesar da falta de reconhecimento e motivação.


Mas, mesmo com este empenho, ninguém tem garantia de emprego. O HSBC criou 605 novos postos de trabalho, mas este número é resultado da diferença entre as 1.957 contratações e as 1.352 demissões. A maioria das dispensas é de funcionários antigos, com salários mais altos. Os novos contratados são, na sua maioria, jovens, com vencimentos rebaixados, ou bancários oriundos de outros bancos com salários mais elevados que os empregados atuais de mesma função.


Valorização dos funcionários


Uma empresa está entre as 100 melhores para trabalhar não pode ter uma política de pessoal como a que o HSBC vem adotando no Brasil. Para se ter uma ideia, o programa próprio de remuneração variável do banco, o PSV, acaba de ser alterado. O banco mudou a regra de pagamento e suspendeu a parcela que seria paga agora em agosto. Para o Sindicato, a melhor forma do banco se tornar uma empresa boa para trabalhar seria adotando práticas de valorização de seus funcionários.


Melhor para quem?

Federação dos Bancários do RJ/ES e Sindicatos filiados

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES