Diretora da Fetraf-RJ/ES participa da Sipat-2017 da Caixa

A diretora de Políticas Sociais da Fetraf-RJ/ES, Adilma Nunes, participou como palestrante da Sipat 2017 da Caixa, a convite da Cipa da empresa. Psicóloga clínica, a diretora falou sobre a prática de assédio moral nos locais de trabalho.

Adilma destaca que o termo assédio moral não pode ser usado para designar qualquer tipo de conflito no ambiente profissional. “É importante caracterizar o assédio moral, que é muitas vezes confundido com outros tipos de agressão. Ao contrário de outras formas de conflito, ele é repetitivo, prolongado e com intenção de desqualificar, desequilibrar e humilhar o trabalhador”, esclarece a dirigente. A reestruturação produtiva também contribui para o adoecimento provocado pelo assédio moral. “As seguidas revoluções tecnológicas arrancam a singularidade do sujeito. O trabalhador se adapta à máquina e torna-se substituível, independente de sua competência, formação, experiência e talentos”, acrescenta Adilma.

A psicóloga apresentou aos presentes três classificações do assédio moral adotadas por algumas linhas teóricas de estudos sobre o assunto. “O primeiro tipo, conhecido como Perverso, é uma iniciativa individual. O assediador tem prazer em provocar sofrimento e escolhe a vítima. O assédio Estratégico é usado como prática de gestão, com a finalidade de provocar o pedido de demissão do trabalhador. É um tipo de assédio muito comum nas empresas privadas. Já o chamado assédio organizacional também é usado como pratica de gestão, mas sua finalidade é o atingimento de metas e a obtenção de lucro. Faz parte da cultura de gestão da empresa, que estimula os perversos a exercer este papel nos locais de trabalho, onde o campo é fértil para a prática”, esclareceu.

As Sipats são eventos anuais realizados pelas Cipas das empresas e que têm como finalidade discutir e estimular a adoção de práticas de atenção à saúde e segurança no trabalho.

 

Fonte: Fetraf-RJ/ES