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Contraf-CUT entrega pauta de reivindicações específicas ao Itaú


Foto: Seeb-SP


A Contraf-CUT, federações e sindicatos entregaram nesta quarta-feira, 15, a pauta de reivindicações específicas ao Itaú, em São Paulo. Seis itens compõem a minuta, construída no Encontro Nacional dos Funcionários do Itaú, realizado nos dias 2, 3 e 4 de abril deste ano: emprego, remuneração, saúde e condições de trabalho, previdência complementar, plano de saúde e relação com o movimento sindical.


Os dirigentes sindicais também cobraram dos representantes do banco a indicação de data para a realização de uma negociação internacional, envolvendo os sindicatos dos países onde o Itaú atua. O banco ficou de encaminhar sugestões de datas para a realização dessa reunião.


Os sindicalistas detalharam a pauta de reivindicações, dando ênfase à defesa do emprego. Cobraram o fim da eliminação de postos de trabalho, da rotatividade, dos processos de terceirização e do horário estendido nas agências, dentre outros pontos.


Sobre o tema “remuneração”, destacou-se a necessidade de ampliar e redimensionar as bolsas do auxílio-educação, bem como de estender esse auxílio para a pós-graduação. Foi cobrado o parcelamento do adiantamento de férias, a negociação imediata sobre a PCR (Participação Complementar nos Resultados) e também sobre a remuneração variável praticada pelo banco por intermédio do programa Agir.


‘Não dá mais para tolerar os adoecimentos’


A cobrança abusiva de metas retornou ao debate no tema “saúde e condições de trabalho”, visto o alto grau de adoecimento, físico e mental, que tem acometido os bancários e bancárias do Itaú. Assim como a necessidade de negociar o processo de reabilitação profissional, o PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional), as questões que envolvem as pessoas com deficiência (PCDs), bem como segurança bancária, compõem esse bloco temático.


“Denunciamos ao banco a perseguição sofrida pelos bancários que retornam de licença-médica e que não continuam lotados nas suas unidades de origem, sendo arbitrariamente transferidos para agências distantes, muitas vezes em outras cidades”, relata Wanderley Crivellari, integrante da coordenação nacional da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú Unibanco.


“Não dá mais para tolerar a forma como a saúde dos bancários e das bancárias do Itaú vem sendo afetada pelas condições de trabalho precárias e a cobrança constante de produtividade”, acrescenta Wanderley.


A previdência complementar para todos os trabalhadores e trabalhadoras do Itaú é a principal bandeira de luta desse tema. Sobre plano de saúde, o Comitê de Acompanhamento do Plano de Saúde (Caps) tem realizado reuniões, com o objetivo de melhorar a assistência médica e odontológica oferecida pelo banco. As reuniões sobre esse tema deverão ser retomadas assim que o banco fornecer as informações solicitadas pela Contraf-CUT.


‘Não basta conversar muito e resolver pouco’


Sobre a relação do banco com o movimento sindical, deverá ser iniciado um debate que evite as formas de discriminação sofridas pelos dirigentes sindicais.


“Com a entrega da pauta específica, resta ao Itaú negociar seriamente com o movimento sindical os temas que são prioritários para os trabalhadores do banco. Não basta conversar muito e resolver pouco. Questões como o fim das demissões e a preservação da saúde precisam de soluções urgentes”, ressalta Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e funcionário do banco.


As rodadas de negociação serão definidas entre o banco e a Contraf-CUT nos próximos dias.


Reunião da COE


Pela manhã desta quarta, a COE do Itaú Unibanco se reuniu na sede da Contraf-CUT e analisou a campanha de valorização dos funcionários e finalizou a pauta entregue ao banco.


“Representantes das dez federações, que integram o Comando Nacional dos Bancários estiveram presentes, avaliaram como positivas as atividades já realizadas junto ao banco desde o mês de abril”, relata Jair Alves, também integrante da coordenação nacional da COE do Itaú Unibanco.


A campanha, que tem como mote uma paródia da música “Esse cara sou eu”, também foi aprovada no Encontro Nacional e ganhou as ruas, denunciando a pressão pelo cumprimento de metas, o adoecimento dos funcionários e cobrando o fim das demissões.


O Itaú fechou 7.935 postos de trabalho somente no ano passado. Desde 2011, os cortes já chegam a 13.699 postos. Enquanto isso, o lucro líquido do Itaú em 2012 passou dos R$ 14 bilhões.


Em 2013, o banco lucrou R$ 3,5 bilhões no primeiro trimestre. Já o emprego foi reduzido ainda mais, com o corte de 708 postos de trabalho.


“Por isso, a importância de os sindicatos continuarem combatendo as demissões e implementando as atividades da campanha”, finaliza Jair.

Fonte: Contraf-CUT

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Contraf, Sindicato de Pernambuco e bancos criam projeto de segurança

 Carlos Cordeiro, Jaqueline Melo
e o governador Eduardo Campos
assinam o projeto-piloto na sede
do governo, em Recife
(Foto: Seec Pernambuco)


 


 


A Contraf-CUT e o Sindicato dos Bancários de Pernambuco assinaram nesta terça-feira 14 com o governo pernambucano, com a Febraban e com o Ministério Público protocolo de intenções visando a implementação de um projeto-piloto para melhorar a segurança bancária em 261 agências de Recife, Olinda e Jaboatão de Guararapes. O projeto foi um compromisso assumido pelos bancos durante as negociações da Campanha Nacional dos Bancários de 2012. O governador Eduardo Campos (PSB) e o prefeito de Recife, Geraldo Júlio, participaram da solenidade. Pela Febraban, assinou o presidente Murilo Portugal.


“No ano passado houve 2.530 ataques a bancos no país e 57 mortes de clientes, vigilantes, policiais e bancários em assaltos envolvendo bancos. Há muito tempo estamos exigindo dos bancos mais investimentos em segurança para poupar vidas humanas. O projeto-piloto é inédito e representa um avanço muito importante porque contempla antigas reivindicações dos bancários e é uma experiência que esperamos possa mudar o conceito de segurança praticado pelos bancos, que hoje só visa o patrimônio. Queremos mudar o foco para a proteção da vida das pessoas”, afirmou Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT, durante o evento de assinatura, realizado na sede do governo de Pernambuco.


Para a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, a implantação do projeto piloto de segurança nos bancos é uma grande vitória dos bancários. “Este é o resultado de anos de luta e muita pressão. Finalmente conseguimos dar um grande passo para que os bancos cumpram a sua responsabilidade. Agora, vamos acompanhar de perto todo o processo de implantação do programa aqui em Pernambuco para que, em breve, essas medidas sejam estendidas para todo o Brasil”, diz.


Como será o plano-piloto


O projeto-piloto prevê a instalação de portas de segurança com detectores de metais, câmeras internas e externas, biombos entre a bateria de caixas e as filas, guarda-volumes, vigilantes com coletes balísticos e armados de acordo com a Lei 7.102/83 e cofre com dispositivo de retardo.


Os bancos terão prazo de 90 dias para instalar os equipamentos das medidas previstas, que serão fiscalizadas pelas prefeituras dos três municípios. O projeto tem duração de 12 meses e prevê a criação de um grupo de trabalho de segurança bancária para acompanhamento das ocorrências, que será constituído por representantes da Contraf-CUT, do Sindicato de Pernambuco e dos seis maiores bancos.


O grupo de trabalho também vai acompanhar semanalmente as ocorrências, em conjunto com a Secretaria de Defesa Social de PE, Comando da Polícia Militar e o delegado-geral da Polícia Civil.


Acordo pioneiro


“O projeto é resultado de um largo entendimento que envolveu o governo, o Ministério Público, os trabalhadores e os bancos. Ele está assentado em valores que prezamos muito, de respeito aos direitos humanos e fortalecimento da democracia. Espero que tenha vida longa”, disse o governo pernambucano Eduardo Campos (PSB). A assinatura do projeto-piloto fez parte do lançamento de uma série de iniciativas do governo de Pernambuco dentro do projeto Pacto pela Vida.


O prefeito de Recife, Geraldo Júlio (PSB), também destacou “a construção coletiva do projeto-piloto, com participação dos trabalhadores, dos bancos e do poder público estadual e municipal”.


“A todo momento tivemos que superar dificuldades. Foi uma luta, um avanço, uma conquista”, comemora o promotor do Ministério Público de Pernambuco, Ricardo Coelho, que participou da construção do projeto piloto.


“Pela primeira vez a Fenaban assina um documento se comprometendo a instalar portas de segurança, câmeras internas e externas e biombos, antigas reivindicações dos bancários e vigilantes, para a melhoria da segurança e a proteção da vida de trabalhadores e clientes. Esperamos que essas medidas sejam estendidas para todo o Brasil”, afirma Ademir Wiederkehr, secretário de Imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo de Segurança Bancária.

Fonte: Contraf-CUT com Seec Pernambuco

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Congresso Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão começa amanhã

Será realizada também a eleição para a nova diretoria da Anapar


Começa nesta quinta-feira, 16, em Vitória-ES o XIV Congresso Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão, realizado pela Anapar. A entidade aproveita a ocasião para realizar também sua Assembleia Geral Anual de Associados e a eleição para a nova diretoria que assumirá o comando da Anapar no triênio 2013-2016.


Qualquer pessoa que seja participante de fundo de pensão pode ir ao congresso, mesmo não sendo sócio da Anapar. A programação do evento prevê quatro painéis: Conjuntura econômica, política e social; panorama da previdência pública no Brasil e no mundo; panorama da previdência complementar e fomento do sistema; e aspectos jurídicos da previdência complementar. Também faz parte da programação o lançamento da cartilha “Boas Práticas de Atuária”, elaborada pela Previc, agência reguladora da previdência complementar. O congresso acontece nos dias 16 e 17.


Já a Assembleia é restrita aos associados, desde que estejam quites com suas anuidades e que tenham sido eleitos delegados nas plenárias regionais. Serão submetidos aos sócios o balanço de 2012, o orçamento de 2013, o relatório de atividades da diretoria e o plano de ação para 2013. A plenária será nos dias 17 e 18 de maio.


A Federação será representada nos dois evento pelos diretores Leonice Pereira e Sérgio Farias.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

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CUT pressiona e governo decide parar tramitação do PL 4330, que regulamenta a terceirização

Propostas de regulamentação que garantam direitos dos trabalhadores começam
a ser discutidas entre dirigentes sindicais e governo a partir do próximo dia 11


O governo se comprometeu a paralisar a tramitação do Projeto de Regulamentação da Terceirização (PL 4330) e discutir com o movimento sindical propostas alternativas que garantam os direitos dos/as trabalhadores/as.


A promessa foi feita nesta terça-feira (14), pelo ministro Gilberto Carvalho, durante reunião da Mesa Permanente de Negociação que vai discutir a pauta dos trabalhadores entregue no dia 6 de março à presidenta Dilma Rousseff, após a Marcha da Classe Trabalhadora que reuniu mais de 50 mil pessoas em Brasília.


A terceirização foi o principal item debatido nesta reunião que definiu o calendário inicial de negociação entre centrais sindicais e governo. Isto porque, o PL 4330, de autoria do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), relatado pelo deputado Artur Maia (PMDB-BA), está tramitando rapidamente no Congresso Nacional. 


 “É fundamental parar a tramitação. Do jeito que está o PL modifica o direito do trabalho no Brasil e precariza ainda mais as relações de trabalho no País”, alerta a Secretária Nacional de Relações do Trabalho da CUT, Maria das Graças Costa. Segundo ela, “o projeto atende apenas os interesses dos empresários”.


O ministro Gilberto Carvalho garantiu que o governo vai conversar com a base aliada para segurar a tramitação do PL 4330 até que a proposta dos/as dirigentes sindicais para contratação de mão de obra terceirizada seja negociada e aprovada na Mesa de Negociação implementada pelo governo ontem.


A primeira reunião entre representantes das centrais sindicais e do governo, que deve iniciar a elaboração de propostas de regulamentação da terceirização, será realizada no próximo dia 11 de junho, às 10h00, na sede do Ministério do Trabalho e Emprego, em Brasília. 


Nesta reunião, tanto o governo quanto o movimento sindical deverão apresentar propostas alternativas ao PL 4330.


A Secretária de Relações do Trabalho da CUT lembra que já tem uma proposta construída com as centrais sindicais e o Ministério do Trabalho durante o governo do ex-presidente Lula. “A proposta foi entregue ao governo em 2009”, disse Graça Costa.


 Participarão da reunião no dia 11 os presidentes da CUT, CTB, UGT, NCST e Força Sindical, os ministros do Trabalho e Emprego, Manoel Dias e Gilberto Carvalho, técnicos do ministério. Gilberto pediu que os/as dirigentes “apontem qual o caminho que as centrais querem para resolver a questão”.


Na próxima reunião serão definidas datas para negociação dos outros itens da pauta que o governo aceitou negociar. O governo não quer debater redução de jornada para 40 horas e fim do Fator Previdenciário. Mas, os dirigentes garantem que vão pressionar para que esses itens sejam discutidos e aprovados.


Veja todos os itens da pauta que será negociada nesta primeira etapa:


1 – Terceirização – a ideia é construir uma proposta alternativa ao PL da terceirização (11 de junho);


2 – Rotatividade –  construção de alternativa para combater a alta rotatividade que precariza o trabalho e é usada pelos empresários para reduzir salários – o trabalhador recém contratado ganha sempre menos do que o antigo que foi demitido.


3 – Informalidade – as centrais e o governo vão discutir uma proposta para aumentar os índices de formalização dos trabalhadores.


4 – Fortalecimento do Sistema Nacional de Intermediação de Mão de Obra (SINE) é outro item que a mesa de negociação vai discutir e buscar solução (11 de junho).


5 – Política de apoio a aposentados – benefícios na área de medicamentos, cultura, lazer etc.


6 – Regulamentação do trabalho doméstico. O Congresso Nacional promulgou a Emenda Constitucional 72/2013, uma garantia de que os trabalhadores domésticos terão direitos como pagamento de horas extras, adicional noturno e FGTS como todas as outras categorias profissionais, mas falta regulamentar. O governo garantiu que as centrais sindicais vão participar de toda a discussão de cada um dos itens da regulamentação.  (11 de junho)


7 – Participação das centrais sindicais nos conselhos do Pronatec (11 de junho) e Pronacampo. Os sindicalistas querem discutir a implementação das políticas.


8 – Regulamentação do direito de negociação do serviço público (Convenção 151 da OIT).

Fonte: CUT Nacional

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Federação realiza encontro interestadual do Santander

Será realizado no próximo dia 21, terça-feira, às 10h, na sede do Seeb-Rio, o Encontro Interestadual dos Funcionários do Santander. O evento é preparatório para o encontro nacional, que acontece em São Paulo nos dias 4 e 5 de junho.


A pauta trata dos principais assuntos discutidos pelos sindicalistas do banco: emprego e remuneração; saúde e condições de trabalho; previdência complementar; plano de saúde; ações e mobilizações contra as práticas anti-sindicais do banco; e indicação de representantes para o evento nacional.


Diante da situação recente do banco, o foco do encontro deve ser a onda de demissões. “O número está acima do normal. Primeiro, tivemos as demissões em dezembro. Depois, com o fim da validade do acordo feito com o movimento sindical, o banco voltou a demitir em janeiro, desrespeitando, inclusive, as estabilidades provisórias conquistadas em negociação. E o perfil é sempre o mesmo: funcionários com muito tempo de casa e salários mais elevados, que são oriundos dos bancos incorporados, já que o Santander tem pouco mais de dez anos de atuação no Brasil”, lembra Paulo Garcez, diretor da Federação. A última do Santander é a extinção não só de postos de trabalho, mas também de cargos, como é o caso dos coordenadores e dos G+, e as mudanças de nomenclatura. “Com a chegada das agências Select e o fechamento das unidades sobrepostas, não sabemos como vai ficar a situação dos bancários”, preocupa-se Garcez.


A participação de representantes de todos os sindicatos filiados é fundamental. “A presença dos companheiros é importante para que possamos discutir as questões e fazer um raio-x dos problemas do banco em nossa base”, destaca o dirigente.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

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No Brasil, 75 % dos quilombolas vivem na extrema pobreza

Apenas 207 de 2.197 comunidades reconhecidas detêm a posse da terra,
o que dificulta o acesso a políticas públicas de incentivo à agricultura familiar


por Sarah Fernandes


São Paulo – Relatório divulgado pelo governo federal reforça a visão de que faltam muitos passos para consolidar os direitos básicos das comunidades quilombolas. Das 80 mil famílias quilombolas do Cadastro Único, a base de dados para programas sociais, 74,73 % ainda viviam em situação de extrema pobreza em janeiro desde ano, segundo o estudo do programa Brasil Quilombola, lançado ontem (6) pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir). Entre cadastrados ou não, eles somam 1,17 milhões de pessoas e 214 mil famílias.


Um dos principais motivos para a manutenção dos quilombolas na pobreza é a dificuldade de acesso a programas de incentivo à agricultura familiar, devido à falta do título da terra, que garante a posse das famílias. Segundo o relatório, das 2.197 comunidades reconhecidas oficialmente, apenas 207 são tituladas. Apesar das dificuldades, 82,2 % viviam da agricultura familiar no começo deste ano.


“O perfil dos quilombolas é de agricultores, extrativistas ou pescadores artesanais, mas eles têm uma limitação de acesso à terra e não conseguem ser inscritos na Declaração de Aptidão do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que dá acesso a políticas públicas”, explica a coordenadora de Políticas para Comunidades Tradicionais da Seppir, Barbara Oliveira.


A estratégia para reverter o quadro será, segundo a coordenadora, transferir a responsabilidade de incluir os quilombolas na Declaração de Aptidão do Pronaf para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) até o final desse ano. O órgão também deverá ajudar a acelerar a titulação das terras, feitas em geral pelo próprio órgão ou por governos municipais e estaduais. “A partir daí eles receberão assistência técnica rural e sua produção será certificada com o selo Quilombolas do Brasil, que agrega valor ao produto”, conta Barbara. “O objetivo é fortalecer a produção”.
Serviços


Os quilombolas têm menos acesso aos serviços básicos, como saneamento e energia elétrica, que o restante da população, segundo o relatório: 48,7 % deles vivem em casas com piso de terra batida, 55,21 % não têm água encanada, 33,06 % não têm banheiro e 15,07 % possui esgoto a céu aberto. Ao todo, 79,29 % têm energia elétrica.


Um dos dados que mais chama a atenção, de acordo com Barbara, é a o alto índice de analfabetos: 24,81 % deles não sabem ler. A taxa de analfabetismo no país é de 9,1 % , segundo a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (PNAD). “Apesar de termos conquistado uma série de programas para educação quilombola, que garantem orçamento, capacitação de professores, material didático equipamentos, há ainda um desafio muito grande para oferecer Educação de Jovens e Adultos e para ultrapassar a educação além do ensino fundamental, garantindo inclusive acesso ao ensino médio e à universidade.”

Fonte: Rede Brasil Atual

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CONVOCATÓRIA: Coletivo de mulheres do RJ e ES se reúne dia 21

Cumprindo agenda definida durante o Encontro Interestadual de Mulheres Bancárias do RJ e ES, será realizada no próximo dia 21 a primeira reunião do Coletivo de Mulheres da base da Federação. O evento acontece no auditório da entidade a partir das 10h para discutir a seguinte pauta:


– Informes da reunião de planejamento da CGROS;
– Eleição da Coordenação do Coletivo Interestadual de Mulheres Bancárias da FEEB RJ/ES;
– Discussão da minuta preparatória à 15ª Conferência Interestadual dos Bancários do RJ/ES;
– Informes Gerais.


Estão convocadas as representantes dos sindicatos filiados, definidas no Encontro Interestadual. Mas a participação é livrre para qualquer militante que se interesse por discutir a questão da mulher dentro dos bancos.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

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Para Contraf-CUT, é preciso abolir a discriminação racial nos bancos

Bancários lembram 13 de maio e reforçam luta por igualdade de oportunidades


Em pleno século 21, os bancários ainda sofrem no cotidiano diversas formas de discriminação no Brasil. Entre elas se encontram aquelas institucionalizados nos bancos, que perpetuam modelos de desigualdades e exclusão. São as discriminações indiretas observadas na contratação de pessoas negras, com menor remuneração e ascensão profissional diferenciada se comparadas com os brancos.


“Os bancos, que se dizem modernos e comprometidos com a responsabilidade social, deveriam enfrentar essa realidade vergonhosa, adotando medidas específicas e eficazes de inclusão e integração racial e social”, denuncia Andrea Vasconcellos, secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT.


Para ela, as políticas de ações afirmativas são instrumentos essenciais para resolver problemas históricos de distorções salariais, desigualdades, exclusão e segregação no sistema financeiro.


13 de maio


A Contraf-CUT orienta a realização de atividades de luta contra o racismo, aproveitando a passagem do dia 13 de maio, data da abolição da escravatura, sob o mote “Vamos abolir a discriminação e promover a inclusão: Por mais contratações de negros e negras”.


Um novo material específico alusivo ao 13 de maio foi disponibilizado pela Contraf-CUT aos sindicatos e federações, na seção de download na área restrita deste site, visando a distribuição aos bancários.


Clique aqui para ler o material da Contraf-CUT.


As atividades dão continuidade ao processo de mobilização definido durante o 1º Fórum sobre Invisibilidade Negra no Sistema Financeiro, realizado pela Contraf-CUT em novembro de 2011, em Salvador. As entidades presentes ao evento firmaram uma carta compromisso para reforçar o combate à discriminação racial.


“É necessário que o movimento sindical continue engajado, principalmente fazendo atividades e reflexões em datas como esta, pois ainda falta muito para abolir de vez a exclusão em que vive essa parcela importante da população brasileira”, afirma Deise Recoaro, secretária de Mulheres da Contraf-CUT.


Abolição da escravatura sem inclusão social dos negros


A data lembra a assinatura da Lei Áurea em 1888 (125 anos atrás), que aboliu formalmente a escravidão de negros e negras no Brasil. Porém, não eliminou os preconceitos e as discriminações entre homens e mulheres, entre brancos e não brancos.


“Por essa razão, o dia 13 de maio se configura como um momento importante para reflexão, denúncia, mobilização e luta contra todas as formas de manifestações de racismo”, salienta Andrea.


Discriminação nos bancos


A discriminação é bastante visível quando se observa a composição dos altos cargos nos bancos, como diretorias, conselhos de administração e superintendências, bem como nos demais níveis hierárquicos e de composição do quadro de funcionários, como operacional, técnico gerencial e administrativo.


Um exemplo é o conselho do Banco do Brasil, que tem 35 homens e nenhuma mulher. Destes, 31 são brancos, um amarelo, um pardo e duas pessoas não informaram sua raça, conforme relatório de sustentabilidade do banco.


Há 2.623 pessoas negras no BB, apenas 2,3 % dos funcionários. Quando somamos negros, pardos e índios, o número é de 22.862 trabalhadores, significando 20,08 % do quadro, o que expressa uma baixa participação ao considerarmos o total de 113.810 trabalhadores da instituição.


Se nos bancos públicos, onde a contratação acontece via concurso público, a presença de negros e de negras é tímida, nos bancos privados a realidade é bem pior. “É necessário revelar a cor da exclusão no sistema financeiro e dar um basta à desigualdade racial ainda presente nos bancos públicos e privados com a implantação de ações afirmativas de inclusão”, ressalta Andrea.


Outra face da moeda: preconceito e racismo


No Brasil, banqueiros são como castas “intocáveis” e “superiores”. Eles são, na sua ampla maioria, homens e brancos e mantêm uma estrutura de poder social e racial utilizada para definir lugares de poder e privilégios.


A realidade permite observar que não há igualdade de oportunidades, de tratamento e de direitos entre brancos e negros no sistema financeiro.


“Os altos lucros comprovam que os bancos têm condições financeiras para implantar programas de inclusão e demonstrar na prática a responsabilidade social que tanto apregoam nos seus relatórios”, enfatiza Andrea. “Mas o que os banqueiros fazem é manter as desigualdades, além de praticar a rotatividade e demitir milhares de trabalhadores, agindo na contramão do crescimento com desenvolvimento econômico e social do país”, aponta.


Injustiças


O sistema financeiro fere o princípio da igualdade diariamente. Executivo de bancos recebem milhões de reais em bônus e participação nos lucros, enquanto um funcionário de atendimento ganha uma PLR em torno de R$ 6 mil.


“Esse abismo que separa a remuneração do alto escalão e dos trabalhadores da rede de agências é apenas um exemplo da absurda concentração de renda, que é totalmente injusta, descabida e intolerável”, protesta a diretora da Contraf-CUT.


2º Censo da Diversidade


Na última reunião da Mesa Temática de Igualdade de Oportunidades com a Fenaban, ocorrida no dia 27 de março, em São Paulo, ficou definido o planejamento do 2º Censo da Diversidade, que deverá ser executado em 2014, conforme foi conquistado na Campanha Nacional dos Bancários de 2012.


“Conseguimos garantir a participação do movimento sindical em todo o processo de construção do 2º Censo, desde a elaboração dos questionários, acompanhamento e divulgação dos resultados. Essa era uma reivindicação antiga para garantir transparência em todo processo”, destaca Andrea.


Para ela, “o levantamento será um importante diagnóstico sobre a cara da desigualdade no sistema financeiro, estimulando novas ações de inclusão contra todas as formas de discriminação, racismo e preconceito que contrastam com a alta rentabilidade e os lucros abundantes do sistema financeiro no Brasil”, conclui a dirigente da Contraf-CUT.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

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Comando aprova consulta aos bancários e encaminha Campanha Nacional

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, reuniu-se nesta quinta-feira 9, em São Paulo, para discutir os próximos passos da Campanha 2013, incluindo a consulta que será feita à categoria e os preparativos da 15ª Conferência Nacional. Dentre outros temas, debateu também a mobilização no Banco do Brasil contra as práticas antissindicais do BB.


O Comando, que na reunião do dia 26 de abril havia decidido fazer uma consulta nacional em todas as bases sindicais, aprovou o questionário unificado que será submetido aos bancários para conhecer suas reivindicações e preocupações.


“Queremos ouvir novamente a opinião de cada bancário e bancária no seu local de trabalho, reafirmando o processo democrático e participativo, a fim de subsidiar os debates nas conferências estaduais e regionais e a própria 15ª Conferência Nacional, que está marcada para os dias 19, 20 e 21 de julho, em São Paulo”, destaca Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.


O resultado da consulta servirá de subsídio para as conferências regionais e para a Conferência Nacional.


Cinco grandes temas prioritários foram definidos pelo Comando para a Campanha 2013:
1) emprego;
2) reestruturação produtiva dos bancos;
3) remuneração
4) condições de trabalho e
5) estratégia de campanha, de negociação e de mobilização.


Banco do Brasil


O Comando Nacional fez ainda uma avaliação do dia nacional de luta no BB no dia 30 de abril, com paralisações em todo o país, contra a implementação unilateral do plano de funções comissionadas e a política antissindical da direção do Banco do Brasil.


“O BB é hoje o banco que tem a mais clara estratégia antissindical de todo o sistema financeiro nacional. Precisamos intensificar a mobilização para defender os direitos do funcionalismo”, afirma William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.


O Comando orientou os sindicatos a aprofundarem a discussão sobre a mobilização no Banco do Brasil e levarem propostas para o 14º Congresso Nacional dos Funcionários do BB, que será realizado de 17 a 19 de maio, em São Paulo.


Caixa Econômica Federal


O Comando Nacional decidiu orientar os sindicatos a convocarem assembleias em todas as bases e defenderem a aprovação da proposta apresentada pela Caixa Econômica Federal para a carreira de seus profissionais advogados, engenheiros, arquitetos e médicos.


“A proposta apresentada para carreira profissional contempla diversos itens pendentes desde 2006 e ajuda na unificação a partir de agora, além de incorporar em sua tabela item importante de Adicional por Tempo de Serviço”, afirma Jair Pedro Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa.


Mídia da campanha


A Contraf-CUT já agendou a reunião para a construção da mídia nacional da Campanha 2013 para o próximo dia 21, às 14h, na sede da Confederação, em São Paulo.


O encontro, a exemplo dos últimos anos, será aberto à participação do Comando, sindicatos e federações, especialmente diretores de comunicação e profissionais de imprensa das entidades. Quem já tiver sugestões pode trazê-las para apresentar na reunião.

Fonte: Contraf-CUT

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Com crescimento de 43 % , Caixa passa Itaú na carteira de crédito

A Caixa Econômica Federal já tem a segunda maior carteira de crédito do país, posto ocupado até o ano passado pelo Itaú, ficando atrás apenas do também estatal Banco do Brasil.


Pressionado pela presidente Dilma Rousseff a cortar juros e tarifas, o banco estatal segue com ritmo de crescimento anual forte, de 43 % no volume de financiamentos, As demais instituições privadas crescem perto de 10 % .


Em março, o volume total de financiamentos da Caixa atingiu R$ 390,6 bilhões –maior do que os R$ 371,4 bilhões do Itaú e os R$ R$ 298 bilhões do Bradesco, mas ainda atrás dos R$ 490 bilhões do Banco do Brasil em dezembro (o BB divulga seu balanço na semana que vem).


O banco estatal teve lucro líquido de R$ 1,3 bilhão no primeiro trimestre, resultado 12,5 % acima do mesmo período de 2012.


Para quem esperava alta da inadimplência, o banco entregou um balanço com os calotes praticamente estáveis –saltou de 2,1 % para 2,3 % de março de 2012 para o março de 2013. O índice médio do mercado é de 3,6 % .


E isso apesar da concentração menor de crédito imobiliário, que desceu de 60 % do total de empréstimos para 56 % no período. Historicamente, a inadimplência é menor no crédito imobiliário.


As despesas com provisões para calotes cresceu 23,7 % em relação a 2012, mesmo patamar dos bancos privados, mas bastante abaixo da expansão de 43 % do crédito.


Expansão acelerada


Sozinha, a Caixa emprestou R$ 88 bilhões no primeiro trimestre, o equivalente a 31 % dos financiamentos feitos por todo o sistema financeiro nacional.


Segundo Márcio Percival, vice-presidente da Caixa, o banco concede cerca de R$ 1 bilhão de empréstimos por dia –há um ano, a média era de R$ 550 milhões.


“Estamos comemorando um ano do nosso programa Melhor Crédito’. Mudamos de patamar de concessão de crédito. O resultado mostra que a estratégia de reduzir as taxas de juros e crescer o volume de negócios deu certo”, disse Percival.


Neste primeiro ano do programa, a Caixa “captou” cerca de 6 milhões de novos clientes –1,3 milhão no primeiro trimestre deste ano. O banco tem 66 milhões de clientes.


O investimento na expansão da rede somou R$ 688 milhões, sendo R$ 522 milhões em infraestrutura de tecnologia e back-office.


Em 2013, a Caixa abriu 108 agências e postos e somou mais 200 lotéricas em sua rede de atendimento.


Habitação


O carro-chefe do banco continua sendo os empréstimos para habitação, que somaram R$ 220,2 bilhões _33,8 % maior do que em março de 2012. A Caixa tem 70 % do crédito imobiliário do país.


As receitas totais da Caixa atingiram R$ 21,5 bilhões no primeiro trimestre, com evolução de 13,6 % na comparação anual, enquanto as receitas com operações de crédito alcançaram R$ 9,9 bilhões, crescimento de 21,1 % .


O total de recursos administrados em março era de R$ 1,3 trilhão, 30,9 % maior que um ano antes.

Fonte: Folha de São Paulo