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Bancários de Campos abraçam asilo centenário


O prédio histórico onde funciona o Asilo Nossa Senhora do Carmo, em Campos, está caindo aos pedaços e pede socorro. Na última terça-feira a diretoria do Sindicato dos Bancários de Campos se uniu a diversas entidades e cidadãos num abraço simbólico ao edifício, que abriga 60 idosos e idosas.


O asilo funciona no prédio desde 1904, mas a construção é de 1846. O casarão é conhecido por diversos nomes – Casa do Engenho Santo Antônio e Casa da Fazenda Grande do Beco, entre outros – e pertenceu ao Barão de Carapebus, Joaquim Pinto Neto dos Reis, que foi o primeiro promotor do município. Foi tombado em 1946 pelo Iphan – Instituto do Patrimônio Histórico e Arquitetônico Nacional.


A combinação das limitações de obras em prédio tombado e das necessidades especificas de uma entidade de amparo a idosos gerou um impasse. O prédio está interditado há 20 anos e não se chegou a uma solução temporária de abrigo para os internos para que as reformas sejam iniciadas. Enquanto isso, o prédio se deteriora e os internos vivem em situação precária.


O abraço simbólico foi a forma da sociedade campista demonstrar sua indignação com a situação do prédio e dos idosos residentes. “Não se pode conceber que numa cidade como a nossa, cuja Prefeitura recebe mais de um bilhão de Reais por ano só com receitas de royalties do petróleo, um patrimônio de tal importância fique neste estado. Isto sem falar nas pessoas, todos idosos e idosas que são atendidas neste local e que correm o risco de não terem para onde ir,” criticou o sindicalista Paulo Robeson, diretor da Contraf-CUT, presente ao ato.  

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

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Executivo de relações sindicais do Santander se reúne com dirigentes da base

O novo executivo de relações sindicais do Santander, Luís Cláudio Xavier, visita a Fetraf-RJ/ES no próximo dia 24, às 14h. Ele vem se apresentar aos dirigentes e conhecer a situação dos funcionários Santander na base da entidade.


Estão convocados os presidentes dos sindicatos filiados e os integrantes da COE interestadual do Santander no Rio de Janeiro e Espírito Santo. O vice-presidente da Fetraf-RJ/ES, Nilton Damião Esperança, solicita que os dirigentes cheguem mais cedo, às 11h, para a realização de uma reunião preparatória.


Mais informações com Nilton ou com o diretor Paulo Garcez.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

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Sindicato de Campos reintegra gerente

O Sindicato dos Bancários de Campos obteve a reintegração do bancário Jaime Colares, garantida por liminar, e foi até a agência acompanhar seu retorno ao cargo na manhã desta quarta-feira. Na véspera, o oficial de justiça já havia comunicado ao banco a decisão judicial, mas o bancário não foi informado. Quando a notificação judicial chegou ao sindicato nesta quarta-feira, os diretores acompanharam o bancário em seu retorno ao trabalho.


Jaime Colares era gerente geral da maior agência do Bradesco no interior do estado, em Campos. Ele havia sido transferido de Minas Gerais, onde gerenciou agências em várias cidades do interior, a pedido do próprio banco. Quase dois anos depois, no dia 17 de maio, justamente no dia do aniversário de sua filha – e com a casa já cheia de hóspedes para a comemoração – foi demitido.


Mas a demissão foi irregular, já que o bancário é lesionado. Jaime procurou o sindicato, que ajuizou ação na justiça reivindicando a reintegração, concedida em caráter de urgência através de tutela antecipada. Mas o banco, mesmo diante do documento com a decisão judicial, não devolveu o emprego ao bancário.


O sindicato, então, fez sua parte. Além de contactar o oficial de justiça para fazer valer a decisão, os dirigentes montaram o aparato de manifestação na porta do banco. Por coincidência, o gerente regional do Bradesco, que havia entregado a demissão a Jaime, estava lá no dia da reintegração. A mesma mão que entregou a carta de dispensa recebeu a ordem judicial para reintegrar o bancário.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

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Posse da nova diretoria do Sindicato de Campos será dia 26

Acontece no dia 26, sexta-feira, a posse formal e festiva da nova diretoria que ficará encarregada de gerir o Sindicato dos Bancários de Campos pelos próximos quatro anos.


A programação começa pela manhã, às 08h, com uma missa em ação de graças na sede social do sindicato. Às 11h haverá ato público no centro financeiro da cidade. E à noite, a partir das 20h, será realizada a cerimônia de posse, também na sede da entidade. A ocasião marcará também a reinauguração do salão nobre após reformas recentes. Depois da posse formal, haverá coquetel com apresentação de música ao vivo.


A secretaria executiva do Sindicato dos Bancários de Campos passará a ter a seguinte composição:

























































HUGO ANDRÉ LOPES DINIZ


Presidente


Bradesco


EDER BATISTA DE ANDRADE REIS


Vice-Presidente


BB


RICARDO AZEREDO


Secretaria Geral


Itaú


FÁBIO ALMEIDA RANGEL


Secretário Geral – Adjunto


CEF


MÔNICA DA PENHA ALVARENGA


Secretaria de Finanças


Itaú


RAFAEL PEREIRA DE SIQUEIRA


Secretário de Finanças – Adjunto


Santander


REYNALDO TAVARES PESSANHA


Secretaria de Assuntos Jurídicos


Santander


CRISTINA BATISTA BARRETO


Sec. de Promoção Social e Cultural

Itaú

NILCE JÓIA FRANÇA


Sec. de Saúde e Promoção Assistencial


Bradesco


VITOR RENATO VIANA PACHECO


Secretário Coordenador de Base


Itaú


CLAUDIO JOSE DE SOUZA SILVA


Sec. Comunicação, Divulg. e Imprensa


HSBC


SÉRGIO EDUARDO GOMES MARINS


Secretaria P/ Questões Leg. e Inst.


Itaú


RAFANELE ALVES PEREIRA


Secretaria de Patrimônio


Itaú


 

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

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Protesto! E o que proponho?

Frei  Betto *


Que  conceito de desenvolvimento é esse que implica na destruição do meio ambiente  e na exclusão de bilhões de pessoas do direito a uma vida digna e  feliz?


No altar da  concepção capitalista de desenvolvimento, 25 milhões de pessoas, a maioria  jovens, são condenadas ao desemprego nos países da União  Europeia.


Em todo o mundo,  uma insatisfação paira no coração dos jovens. Ela não se reflete apenas na  irreverência do corte de cabelo, no jeans esfarrapado, nas tatuagens e nos  piercings. Emerge principalmente nas manifestações de rua que se propagam  mundo afora: Seattle 1999 (contra a Organização Mundial do Comércio); Davos  2000 (contra os donos do dinheiro); Inglaterra 2010 (contra os cortes no  orçamento da Educação); Tunísia 2010-2011 (derrubada do presidente); Egito  2011 (derrubada do presidente); Nova York 2011 (Occupy Wall Street);  Istambul 2013 (por mais democracia); Brasil 2013. 


Há um denominador comum  em todos esses movimentos: os jovens sabem o que não querem (ditadura,  neoliberalismo, desemprego, corte de direitos sociais, alta do custo de vida  etc.), mas não têm clareza do que  propor.


Devido ao alto  índice de corrupção nos partidos políticos, e a cooptação operada pelo poder  do capital, a ponto de a esquerda desaparecer na Europa, a juventude não  identifica nos partidos condutos capazes de representar os anseios populares e  criarem alternativas de poder. 


Como previu Robert  Michels em 1911, os partidos progressistas facilmente se deixam domesticar  pelas benesses burguesas quando se tornam governo. Trocam o projeto de país  pelo projeto de poder; afastam-se dos movimentos sociais e se aproximam de  seus antigos adversários; deixam de questionar o capitalismo para propor  medidas cosméticas de melhorias de vida dos mais  pobres.


A queda do Muro de  Berlim, o fracasso do socialismo no Leste europeu e o capitalismo de Estado na  China fazem o socialismo se apagar no horizonte utópico dos jovens. 


Na esperança de abrir  alternativas, o Fórum Social Mundial propõe Um Outro Mundo Possível, e  a Teologia da Libertação resgata o sumak kawsay (bem viver) dos  indígenas andinos e sugere Outros Mundos Possíveis, no plural, no qual  a igualdade de direitos não ameace a diversidade de  culturas.


O capitalismo em  crise tenta, de todas as maneiras, multiplicar os sete fôlegos do gato  neoliberal. Ignora as recomendações da ONU para a crise financeira (como  fechar os paraísos fiscais) e se recusa a regulamentar o capital especulativo. 


No esforço de se  perpetuar, o sistema da idolatria do capital propõe remendos novos em pano  velho: capitalismo verde; combate à pobreza através de programas sociais  compensatórios (e não emancipatórios); troca da liberdade individual por  segurança; desprestígio dos movimentos sociais; criminalização do  descontentamento popular.


O óbvio é que o capitalismo representa um êxito para apenas 1/3 da  humanidade. Segundo a ONU, 4 bilhões de pessoas vivem abaixo da linha da  pobreza. O sistema se mostra mais destrutivo que criativo. Até os partidos  progressistas, outrora considerados de esquerda, já não têm proposta  alternativa e, quando no poder, se restringem a ser meros gestores da crise  econômica.


Foi preciso o  Brasil ir às ruas para a presidente Dilma propor a reforma política, a  primeira medida estrutural em 10 anos de governo petista. Agora faltam as  demais: agrária, tributária  etc.


Não basta denunciar  as mazelas e os abusos do sistema, como costuma fazer a Igreja Católica. É  preciso apontar causas e alternativas. Caso contrário, a insatisfação dos  jovens se transformará em revolta, e esta em ninho aconchegante para o ovo da  serpente: o nazifascismo.


 


* Frei Betto é escritor, autor  de “O que a vida me ensinou” (Saraiva), entre outros livros. 
www.freibetto.org     twitter: @freibetto.


 





Copyright 2013 – FREI BETTO – Não é permitida a reprodução deste artigo em qualquer  meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização do autor. Se desejar, faça uma assinatura de todos os artigos do escritor. Contato – MHPAL – Agência Literária (
[email protected])

Fonte: Frei Betto

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Para economista da UFRJ, ideia de ‘governar para todos’ está esgotada

João Sicsú *


A sociedade brasileira entrou nos anos 2000 adormecida pelo neoliberalismo do salve-se quem puder e anestesiada pelas precárias condições econômicas. Grande parte da população tentava apenas sobreviver depois do desastre das administrações neoliberais (1990-2002) de Collor, Itamar e FHC. Faltavam empregos, renda, investimento, produção, crédito e consumo.


Os governos Lula e Dilma conseguiram reduzir a taxa de desemprego, elevar o salário mínimo, distribuir renda, ampliar o crédito e criaram um enorme mercado de consumo de massas. Um mercado onde mais de 120 milhões de brasileiros podem consumir de forma regular.


Muito foi feito nos últimos dez anos em quase todas as áreas, mas a única política que foi capaz de atingir seus objetivos de forma plena foi a política macroeconômica. A inflação foi mantida sob controle, as contas públicas estão organizadas e seus resultados sociais são extraordinários. O desalentado se motivou e encontrou emprego. O desempregado ganhou uma carteira de trabalho assinada. O trabalhador virou consumidor. O crédito chegou às mãos do consumidor e das empresas.


O trabalhador brasileiro típico é aquele que ganha até três salários mínimos. Casado com uma trabalhadora, ganham juntos entre 1,5 mil e 3 mil por mês. Moram nas grandes regiões metropolitanas em bairros e localidades pobres e degradadas. Nas idas e vindas do trabalho, nos passeios de domingo, descobriram que existem regiões seguras, com iluminação, varrição, coleta de lixo, saneamento, transporte fácil, habitadas por gente com saúde e estudo. Existem, portanto, pessoas que vivem plenamente a cidade onde moram.


As famílias de trabalhadores passaram, então, a desejar viver. Pensaram que podem ser mais que rudes trabalhadores que têm direito ao consumo. Desejam alcançar o patamar de famílias com pleno direito à cidade. Afinal, já estavam sobrevivendo com segurança tendo emprego, salário e consumo.


Esta é a mudança de pauta, o desejo de viver, que já estava nítida antes das manifestações de junho. Mas, o governo continuava fazendo a velha economia política do governar “para todos” que objetivava crescimento econômico com distribuição de renda. Tentava fazer mais do mesmo.


A economia política do governar “para todos” é um conjunto de políticas que convergem classes sociais distintas para objetivos comuns: lucros, investimentos, produção, salários e consumo, tudo em ascensão, compuseram o ciclo econômico do período 2004-2010. Gerar empregos, distribuir renda com crescimento e ampliar o crédito e o consumo não ferem interesses.


Na nova situação econômica e social do país, a diferença é que a realização por parte do governo de uma pauta voltada para a satisfação da vida, uma pauta que vai além da sobrevivência, não é mais possível com uma economia política voltada “para todos”.


Para solucionar o problema crítico dos transportes urbanos, interesses das máfias empresariais necessariamente devem ser contrariados (e das montadoras multinacionais de veículos também). Para solucionar o problema da saúde pública, interesses corporativos e econômicos internacionais devem ser enfrentados. Para fazer uma reforma política que impeça o poder econômico de financiar partidos e campanhas, será necessário se opor a grandes empresas, bancos e seus representantes no parlamento. Para promover um financiamento justo dos serviços públicos, será necessária uma reforma tributária que enfrente os interesses dos detentores de grandes riquezas, fortunas, heranças e rendas.


Deram excelentes resultados a economia política do governar “para todos” do decênio 2003-2012. Mas os tempos mudaram – ou evoluíram. Os novos tempos exigem uma economia política que tenha lado. Uma economia política que esteja voltada para a nova pauta da classe trabalhadora será uma economia política que provocará enfrentamento de ideias, mudanças de alianças na sociedade e recomposição da base de apoio ao governo no Congresso, que necessariamente se estreitará.


Esse é o xadrez político atual. Há duas opções para o governo: tentar manter a economia política do governar “para todos” ou enfrentar o foco da questão social dirigindo as baterias políticas contra ideias, instituições, empresas e partidos que estão no campo adversário.


No momento, o governo está entre as duas opções: quer atender a nova pauta, mas quer reduzir o enfretamento se utilizando de desonerações tributárias e fazendo concessões políticas (por exemplo, os médicos cubanos foram esquecidos).


A conjuntura é histórica: é hora de escolher com quem governar e para quem governar. Não é possível mais governar “para todos”, ainda mais na era dos pibinhos. Também não será possível permanecer entre duas opções irreconciliáveis. Tal caminho será considerado muito limitado por uma classe trabalhadora que está exigente. É hora de o governo fazer escolhas. Os trabalhadores já fizeram as suas.



* João Sicsú é professor do Instituto de Economia da UFRJ e foi diretor de Políticas e Estudos Macroeconômicos do Ipea entre 2007 e 2011.

Fonte: Carta Capital

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“A manifestação do pessoal de sindicatos e partidos”

Bepe Damasco *


As aspas são para os profissionais de imprensa que vendem sua penas para o PIG e para o pelotão das trevas que invade as redes sociais. Definindo dessa forma pejorativa a manifestação das centrais sindicais do dia 11 de julho, buscavam diminuir a luta das representações de trabalhadores, sempre tentando compará-la, numérica e politicamente, à revolta dos bem-nascidos de junho. Da minha parte, aceito de bom grado o desafio da comparação e peço respeito.


Quem esteve nas ruas, na última quinta-feira,foi uma parcela importante dos que conquistaram o direito para que todos pudessem se manifestar.Os que estiveram nas ruas, na última quinta-feira, em boa medida, foram os herdeiros de gerações generosas de brasileiros e brasileiras que deram a vida por liberdade, justiça  e democracia. Quem esteve nas ruas, na última quinta-feira, tem pauta de reivindicações, responsabilidade política, estratégia e sabe o que quer.


A propósito, por mais que os reacionários de sempre da mídia queiram, as manifestações de rua nunca foram, não são e jamais serão monopólio de ninguém. O problema é que comemoraram antes do tempo. Acharam que a babel despolitizada, elitista, errante e violenta de junho tinha o condão de varrer das ruas os velhos lutadores. Justamente os que se graduaram e pós-graduaram no enfrentamento às forças de segurança da ditadura, na luta pela anistia, pela Assembleia Nacional Constituinte, contra a Lei de Segurança Nacional, pelas Diretas Já e pelo impeachmment de Collor.


No Brasil, vai se cristalizando da classe média para cima, depois de anos a fio de serviço sujo feito pela mídia, um sentimento de menosprezo pelos que têm escolhas ideológicas, políticas e partidárias. Além de solapar a consolidação de democracias incipientes como a nossa, esse preconceito antirrepublicano e antidemocrático costuma adubar o terreno para saídas autoritárias, a cargo do salvador da pátria de plantão. Essa onda contra a política dever ser combatida não só pelo PT e partidos de esquerda, como também por todos que têm apreço pelo sistema democrático.


Isso não significa de forma alguma varrer para debaixo do tapete a grave crise de credibilidade que afeta os partidos políticos no Brasil. Os que me dão o prazer de ler os meus posts nesse blog são testemunhas das críticas ácidas que faço à burocratização do PT, à sua institucionalização exagerada, ao seu excesso de moderação política e ao seu afastamento dos  movimentos sociais. Esse debate, esse acerto de contas do PT consigo mesmo, é urgente para a salvação de uma das maiores e mais bem sucedidas experiências da esquerda em todo o mundo e ao longo da história : o Partido dos Trabalhadores.


 


* Bepe Damasco é jornalista. É assessor de comunicação da CUT-RJ.


 


Originalmente publicado no blog do autor, Outro Olhar.

Fonte: Bepe Damasco

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CUT adere ao Fórum Nacional em Defesa da Democracia e do Plebiscito

O presidente da CUT, Vagner Freitas, se reuniu na sexta-feira (12), com os presidentes do PT, Rui Falcão, do PDT, Carlos Luppi, e do PC do B, Renato Rebelo, além de dirigentes das demais centrais sindicais para discutir a realização do Plebiscito sobre Reforma Política.


Os três partidos criaram o Fórum em Defesa da Democracia e do Plebiscito – consultivo e aberto a novas adesões – com o objetivo de viabilizar a realização do plebiscito ainda este ano. Eles estão se reunindo com os movimentos sindical e social, CNBB, OAB e UNE para consultá-los sobre as suas convicções em relação à realização do plebiscito ainda e também convidá-los se unir ao grupo.


Vagner disse que, ao contrário do que diz parte da mídia, não foi a presidenta Dilma Rousseff nem o PT que convenceram a CUT a aderir ao plebiscito. “A proposta de consulta popular vem sendo discutida já há alguns anos na central”, afirmou.


“Na verdade, nós influenciamos a presidenta. Em 2011, fizemos um seminário nacional e tiramos as propostas de reforma política. Temos, inclusive, resolução da CUT propondo a realização do plebiscito para consultar a população sobre a reforma”.


Segundo o dirigente CUTista, a democracia brasileira precisa se transformar em uma democracia participativa e o plebiscito como instrumento de reforma política é fundamental para o congresso legislar a partir da vontade do povo. “Isso é democracia”, pontuou Vagner.


Além de confirmar a adesão ao Fórum, o dirigente informou os parlamentares que os dirigentes da CUT vão as ruas para discutir a realização do plebiscito com a militância, com a base social da central – os/as trabalhadores/as – em seus locais de trabalho.


“No limite, o plebiscito é educativo, estimula a participação da sociedade, é uma espécie de formação política que contribui para aprofundar a democracia”, concluiu Vagner.


Decreto legislativo pode viabilizar plebiscito este ano


Rui Falcão informou que o PT, o PDT e o PC do B mobilizaram suas bancadas no Congresso Nacional para apresentar um decreto legislativo que viabilize a realização de um plebiscito válido já para as eleições de 2014. São necessárias 171 assinaturas para que os três partidos, que juntos têm 138 assinaturas, apresentem o projeto no Congresso. A coleta já foi iniciada.


Segundo Rui Falcão, o líder do PT na Câmara, José Guimarães (PT-CE), se comprometeu a levar a proposta aos deputados petistas em Brasília.


O presidente do PT acredita que está faltando “vontade política”. O argumento técnico de que não há tempo – para realizar o plebiscito este ano válido para as eleições do ano que vem – é para afastar os leigos, argumentou.


Isto porque, o prazo de 70 dias, estimado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para realização da consulta popular sobre a reforma política inclui a inclui a própria consulta.


Renato Rebelo, presidente do PC do B, lembrou que os brasileiros querem que a consulta seja feita e rebateu os argumentos de parte da mídia de que o plebiscito é complexo porque o povo não vai entender exatamente o que deve responder.


“Podemos simplificar o plebiscito. As perguntas devem ser centradas nas questões importantes que o Congresso Nacional não consegue resolver. Duas questões básicas: financiamento público e exclusivo e sistema eleitoral”.


Para Rui Falcão, é fundamental afastar o poder econômico e acabar com a corrupção nas eleições e a consulta popular é um instrumento para isso. A primeira questão, para ele, é saber o que os brasileiros acham do financiamento público das campanhas eleitorais; financiamento empresarial só de pessoas física, com limite.


A segunda questão que o PT gostaria de ver submetida à consulta da população são as listas partidárias, caminho para fortalecer os partidos os programas, acabar com a picaretagem, disse ele. E, a terceira é sobre a paridade. Essas listas, segundo o petista, deveriam refletir a paridade que existe hoje na sociedade. A população feminina é maior, mas as mulheres participam menos da política.


O presidente do PDT, Carlos Luppi, disse que seu partido defende a realização do plebiscito desde 2006. “A proposta não é exclusiva do PT nem da Dilma (Rousseff, presidenta da República)”.


Na opinião de Luppi, “só teremos reforma política se ouvirmos o povo”. Não importa se é via plebiscito ou referendo. O que importa é a consulta popular, disse o pedetista. “E nós, do PDT, concordamos que a melhor tese do momento é defender o plebiscito”.


O decreto legislativo só precisa de maioria simples para ser aprovado, segundo Luppi. Por isso, complementou, tem chance de fazer o plebiscito este ano para valer em 2014.


Nesta terça-feira, 16, os presidentes dos três partidos se reúnem com o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Furtado Coêlho, para discutir a participação da entidade no Fórum em Defesa da Democracia e do Plebiscito.

Fonte: CUT

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CUT e centrais marcam dia de luta contra PL 4330 para dia 6 de agosto

A CUT e outras sete centrais sindicais se reuniram nesta sexta-feira (12), em São Paulo, para avaliar o Dia Nacional de Lutas e definir os próximos passos.


Foi consenso entre todos os sindicalistas que as manifestações de quinta-feira (11) foram um sucesso, com mobilizações nos 27 estados do País e em centenas de cidades do interior, o que contribuiu para reafirmar e dar mais visibilidade à pauta da classe trabalhadora.


Além disso, os atos deram ao movimento sindical mais condições de negociar com o governo e o Congresso Nacional, onde todos os projetos de interesse dos trabalhadores são engavetados.


A entrada da classe trabalhadora, de forma organizada, na luta por melhores condições de vida, deu ao movimento sindical mais condições de pressionar o parlamento e o governo e conquistar itens da pauta de reivindicações entregue em março.


“Ficou claro para o Congresso Nacional e para o governo que é preciso atender à nossa pauta”, disse o presidente da CUT, Vagner Freitas, que falou sobre o poder que a unidade das centrais representa e sobre o calendário de mobilizações definido e aprovado na reunião dos sindicalistas.


“As centrais sindicais têm unidade na defesa da classe trabalhadora. E pela conquista dos itens da pauta de reivindicações que entregamos para o governo e para o Congresso, vamos até o fim”, concluiu o dirigente.


Os principais itens da pauta são o fim da terceirização, redução de jornada para 40 horas semanais sem redução de salário, 10 % do PIB para educação, 10 % do orçamento para a saúde e o fim do fator previdenciário, fórmula matemática criada pela equipe econômica do ex-presidente FHC que reduz o valor das aposentadorias. O fator é calculado levando-se em consideração a idade, a expectativa de sobrevida (que vem aumentando nos últimos anos) e o tempo de contribuição do segurado.


Calendário de Luta


No dia 6 de agosto serão realizados atos contra a terceirização nas portas das federações patronais (Febraban, etc) em todas as capitais do Brasil e também nas confederações de empresários (CNI, CNC, etc) em Brasília.


O objetivo é pressionar os empresários a retirar da pauta da Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 4330, que amplia a terceirização da mão de obra, precarizando ainda mais as relações e as condições de trabalho.


Os atos foram marcados para este dia porque, no dia 5, terminam as negociações da Mesa Quadripartite, que reúne trabalhadores, empresários, governo e deputados federais, que está discutindo alterações no texto do PL da terceirização. Na mesa, a bancada dos trabalhadores está tentando alterar o texto para proteger os direitos dos trabalhadores, mas há muita resistência da bancada patronal.


Na reunião desta sexta também foi acordado entre todos os dirigentes sindicais dar um prazo ao governo e ao Congresso para atender as reivindicações ou abrir um processo de negociação. Caso isso não aconteça, decidiram marcar uma paralisação nacional no dia 30 de agosto.

Fonte: CUT

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Atos marcam 20 anos da chacina da Candelária

 


A execução de oito adolescentes por policiais militares, nos arredores da Igreja da Candelária, na noite de 23 de julho de 1993 será lembrada em vários atos político-religiosos nos próximos dias.


A Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência promove a Caminhada Candelária Nunca Mais, que terá várias atividades. No dia 18 haverá uma vigília de mães e familiares das vítimas a partir das 18h ao pé da cruz fincada em frente à Igreja da Candelária para lembrar a chacina. No dia seguinte, 19, haverá missa e culto ecumênico às 10h. Em seguida, a partir do  meio-dia, será feita uma caminhada em direção à Cinelândia. A diretora da Fetraf-RJ/ES, Luiza Mendes, representa a entidade no evento.


No dia 23 haverá um ato em Botafogo, em frente à igreja de Santa Teresinha do Menino Jesus. Este ato é promovido pela artista plástica Yvonne Bezerra de Mello, que fazia trabalho social com os meninos e foi a primeira pessoa a chegar ao local da chacina, pela advogada Cristina Leonardo e pelo desembargador José Muiños Piñero Filho, que foi o promotor que atuou no julgamento dos PMs assassinos.


Lembre


Chacina da Candelária *


No dia 23 de julho de 1993 mais de 70 crianças e adolescentes dormiam nas proximidades da Igreja da Candelária, no Rio de Janeiro, quando foram surpreendidas por uma ação de extermínio da polícia carioca (militar e civil). O resultado desse episódio ficou conhecido, internacionalmente, como a Chacina da Candelária e entrou, em definitivo, para o calendário como um dos piores crimes cometidos contra os Direitos Humanos e o Estatuto da Criança e do Adolescente.


Oito crianças morreram fuziladas, sem ter a menor chance de defesa, e outras dezenas saíram feridas. O motivo certo não se sabe, mas existem sérias indicações de acerto de contas, de eliminação pura e simples, ou uma represália após assalto que teria sofrido a mãe de um policial.


Os nomes dos oito adolescentes mortos encontram-se inscritos em uma cruz de madeira, erguida no jardim fronteiro à Igreja:


• Anderson de Oliveira Pereira;
• “Gambazinho”;
• Leandro Santos da Conceição;
• Marcelo Candido de Jesus;
• Marcos Antonio Alves Silva;
• Paulo José da Silva;
• Paulo Roberto de Oliveira;
• Valdevino Miguel de Almeida.


Um dos adolescentes feridos, Wagner dos Santos, sofreu um segundo atentado em 12/09/1994 na Central do Brasil, e atualmente está sob proteção do Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas (Provita). Seu testemunho e as investigações possibilitaram o indiciamento de cinco Policiais Militares e de um Policial Civil como autores do massacre.


Inicialmente foram indiciados 4 pessoas pela chacina: o ex-PM Marcus Vinícios Emmanuel, os PMs Cláudio dos Santos e Marcelo Cortes e o serralheiro Jurandir Gomes França.


Em abril de 1996, Nelson Oliveira dos Santos provocou uma reviravolta na apuração do caso ao confessar sua participação no crime e apontar como outros responsáveis Marcos Emmanuel (já preso), Marco Aurélio Dias de Alcântara, Arlindo Afonso Lisboa Júnior e o policial já falecido, Maurício da Conceição, conhecido como Sexta-Feira 13 e que seria o líder do grupo.


O depoimento de Nelson foi confirmado pelos outros envolvidos, o que inocentou Cláudio dos Santos, Marcelo Cortes e o serralheiro Jurandir Gomes França.


Marcos Vinícius Emmanuel foi, em seu primeiro julgamento, condenado a 309 anos de prisão. Ele recorreu da sentença e em seu segundo julgamento foi condenado a 89 anos. Insatisfeito com o resultado, o Ministério Público pediu um novo julgamento e em fevereiro de 2003, Emmanuel foi condenado a 300 anos de prisão.


Nelson Oliveira dos Santos foi inicialmente condenado a 243 anos de prisão pela morte de 8 adolescentes e 18 anos pela tentativa de assassinato de um sobrevivente. Ele recorreu, sendo absolvido pelas mortes em um segundo julgamento, mesmo após ter confessado o crime. O Ministério Público recorreu e, no ano de 2000, Nelson foi condenando a 27 anos de prisão pela morte dos meninos e foi mantida a condenação por tentativa de assassinato, somando uma pena de 45 anos, mas foi solto em 2005, em livramento condicional.


Marco Aurélio Dias de Alcântara foi condenado a 204 anos de prisão.


O quarto acusado, Arlindo Afonso Lisboa Júnior, vinte anos após o crime ainda não foi julgado pelo Júri Popular pela chacina. Ele foi condenando a 2 anos por ter em seu poder uma das armas usadas no crime.


Existiria ainda um 5º acusado, o Policial Militar Carlos Jorge Liaffa, que não foi indiciado, mesmo tendo sido reconhecido por um dos sobreviventes da chacina e apesar da comprovação da perícia de que uma das cápsulas que atingiu uma das vítimas foi disparada pela arma de seu padrasto.


Marcus Vinicius Emanuel, Nelson Oliveira dos Santos, Marco Aurélio Dias de Alcântara e Arlindo Afonso Lisboa Júnior estão atualmente em liberdade.


* Texto retirado do site da Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência

Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES