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A jornada do papa Francisco e uma reflexão sobre o sindicalismo

Almir Aguiar *


A primeira viagem do novo Papa Francisco ao exterior, para presidir no Rio de Janeiro a Jornada Mundial da Juventude, reveste-se de uma série de significados, discutidos nas redes sociais, mas salta aos nossos olhos a necessidade do surgimento de novas lideranças cristãs em todo o mundo, para o Catolicismo.


A Folha de São Paulo mostrou-nos há dias uma pesquisa do Data Folha, segundo a qual o Brasil, que já foi o maior país católico do mundo, com 95 % de adeptos nos anos 50/60, hoje, meio século depois, detém a menor marca dos últimas décadas: 57 % , fruto da acomodação de uma maioria que permaneceu inerte, ou fruto da antiga divisão interna entre progressistas e conservadores, quem sabe comprometimentos políticos conservadores, distanciados dos interesses do povo, etc. Não seria errado supor que muitas outras organizações estão a precisar, também, de reencontrar seu fóco.


O surgimento do Cristianismo há 2000 anos foi a primeira grande revolução que mudou o Ocidente para sempre, com sua filosofia humanista e solidária a empregar o método da não violência. Segundo ele todos os homens são iguais em dignidade, são irmãos. O pensamento cristão está presente hoje na luta dos trabalhadores em diferentes ideologias por um mundo melhor, na defesa do estado democrático de direito, na construção das liberdades públicas, na solidariedade, nos direitos sociais e em todos os pleitos por justiça. Sabemos que ocorreram desvios ao longo da história da vida cristã, mas a chama do idealismo e da fraternidade nunca se apagou.


Neste momento em que o Brasil recebe o Papa Francisco, apresenta-se a oportunidade de meditarmos que até o Cristianismo quer ouvir seus fiéis, para que eles prossigam na religião e estejam preparados para enfrentar as questões do mundo atual. E Francisco se tornou pobre e simples pelo espírito para marcar seu pontificado, ao assumir o nome do santo de Assis, quem melhor compreendeu o legado de Cristo e quem mais se aproxima hoje dos que lutam por um mundo de conteúdo humanista, com menos consumismo, que recusa a ostentação da riqueza, a vaidade e o poder pelo poder. É o santo dos que não se vendem por nenhum preço e nenhum favor. E este é o Papa que tenta dar nova vida aos valores cristãos e pretende corrigir os desvios dos rumos incertos dos homens em suas aventuras pela vida.


Para mim, a atividade sindical nos ensina, no dia-a-dia, uma lição de vida parecida com a do Cristianismo: lutas e superações para conquistar o bem comum. Mas sabemos também ser preciso falar duro com os poderosos, com os insensíveis que não respeitam os direitos dos trabalhadores. E vemos neste momento o laço comum da necessidade de nos atualizarmos permanentemente, como também as nossas práticas de luta. É preciso refletir sobre o futuro e investir na formação de novos quadros para a militância democrática, porque não somos eternos. E assim como a Igreja quer ouvir e conhecer melhor seu povo, renovar-se e enfrentar as questões que o mundo atual, nós, sindicalistas, comprometidos com o aperfeiçoamento do regime democrático, também devemos procurar ouvir os novos sindicalistas: saber o que pensam da vida, quais suas metas e objetivos, o que querem os jovens trabalhadores, qual discurso devemos utilizar para caminharmos juntos, sem corrermos o risco de estarmos a viver a irrepresentatividade, há pouco revelada nas manifestações das ruas, nem estarmos dissociados daqueles a quem pensamos representar.


Está mais do que na hora de ajustarmos a prática ao discurso e avaliarmos os critérios das alianças que temos ajudado a defender no cenário político nacional, em nome da governabilidade, quando na verdade estas alianças podem estar nos afastando da pureza dos nossos ideais e nos mantendo ligados aos que reprimem e exploram os irmãos.


São pensamentos que me ocorrem e que nos devem levar a fazer uma reflexão sincera, quando ouvimos o Papa Francisco, aqui no Rio de Janeiro, a dizer palavras simples e belas voltadas para a construção de um mundo melhor. Que sejamos capazes de refletir, imbuídos do amor ao outro, do respeito ao companheiro, defendendo os direitos da coletividade e tudo aquilo que possa tornar a vida, melhor para todos os seres que nos acompanham nesta jornada sagrada que é a vida.


* Almir Aguiar é presidente reeleito do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, e coordenador do Site Observatório do Trabalho e da Cidadania

Fonte: Por Almir Aguiar

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Mídia da Campanha Nacional aposta no humor para mobilizar bancários

   Foto: Jailton Garcia – Contraf-CUT



Por Lucimar Cruz Beraldo e Renata Silver


A proposta de mídia para a Campanha Nacional dos Bancários 2013 foi apresentada na manhã de domingo (21), último dia da 15ª Conferência, realizada no final de semana, em São Paulo. O material é fruto de cinco reuniões específicas com a participação de diretores de imprensa e jornalistas de vários sindicatos e federações de todo o país. O material usa o mote “vem pra luta” e está em sintonia com as manifestações de rua que vêm acontecendo desde junho.


O conceito foi construído coletivamente e as peças escolhidas foram criadas pela equipe de comunicação do Sindicato dos Bancários de Pernambuco. O material é colorido e traz muita irreverência e bom humor. A arte final foi feito pela Fermento Design.


A apresentação foi feita pelo secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr. O material foi recebido com muitos aplausos do plenário.


“Acreditamos que essa proposta tem tudo para ajudar a mobilizar a categoria, dialogar com os clientes e a sociedade e potencializar a campanha em todo país, buscando o atendimento da pauta de reivindicações junto aos bancos”, destaca Ademir.


Nova concepção de mídia


“Nas últimas campanhas, o material de mídia procurou atingir a imagem dos banqueiros. Nós apresentamos a ideia de mudar o foco para dialogar com os bancários e as bancárias e fazer com que se sintam parte da mobilização”, afirma a secretária de Comunicação do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Anabele Silva.


“Optamos pelo tom mais leve porque, apesar da seriedade das reivindicações, o brasileiro sempre tem humor. E também porque as condições de trabalho são tão ruins que pensamos em fazer uma campanha para cima”, explica Anabele.


“Escolhemos fazer um desenho moderno, para que tanto a ideia quanto a forma fossem lúdicas. O objetivo foi envolver cada bancário e cada bancária na campanha”, acrescenta a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello.


Uso das mídias sociais


Além de apresentar a proposta de mídia, Ademir anunciou que haverá a realização de uma oficina em agosto sobre a utilização das mídias sociais. O objetivo é capacitar dirigentes sindicais e profissionais de comunicação para multiplicarem o conhecimento e montarem equipes em todas as entidades para divulgar a Campanha Nacional nas redes sociais.


Lançamento da mídia


As peças serão disponibilizadas para as entidades nesta terça-feira (23), através da seção de download na área restrita do site da Contraf-CUT, mas somente começarão a ser divulgadas em todo país a partir do dia 30, quando acontece a entrega da pauta nacional de reivindicações para a Fenaban.


Democratização da mídia


Outra proposta apresentada pelo diretor da Contraf-CUT foi a de realizar um Seminário Nacional de Comunicação depois da Campanha 2013. “Precisamos aprofundar os debates sobre a luta pela democratização da mídia e contribuir para fortalecer a batalha por um marco regulatório das comunicações no Brasil”, ressalta Ademir.

Fonte: Rede de Comunicação dos Bancários

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Candidatos apoiados pelo movimento sindical vencem eleições na Fundação Itaú Unibanco

As chapas apoiadas pelo movimento sindical para conselheiros, gestores de planos e representantes dos assistidos pelos planos da Fundação Itaú Unibanco venceram as eleições. Carlos Maurício e Adriano Campos são da base da Fetraf-RJ/ES e vão representar os funcionários ativos, autopatrocinados e optantes pelo Benefício Proporcional Diferido nos fundos de pensão da fundação, e fiscalizar o seu funcionamento. A posse dos eleitos será em 1º de agosto, em São Paulo. O mandado é de quatro anos. A eleição foi nacional. “É uma conquista importante termos representantes na gestão dos planos de previdência. Precisanos valorizar este espaço. A participação dos bancários é fundamental para ampliar os benefícios”, afirmou o vice-presidente do Sindicato, Adriana Nalesso.


Maurício e Adriano integram a Chapa 1 – Convicção e Experiência, cujos candidatos, passaram a representar os funcionários participantes, no Conselho Deliberativo e Fiscal, e nos Comitês de Planos da Fundação Itaú Unibanco. Estas instâncias têm o mesmo número de funcionários indicados pelo banco. Os trabalhadores não possuem, no entanto, representantes na direção administrativa da fundação, cujos integrantes são apontados pelo banco. Mas, o importante é que esta direção deve acatar o que for definido nos conselhos e comitês. “Mesmo assim, as nossas principais reivindicações continuam sendo termos representantes na direção e estender os planos do fundo para todos.


Números


A eleição foi de chapa única. Votaram, em todo o país, 2.719 participantes. A Chapa 1, que representava os ativos, teve 2.256 votos. Foram 422 votos em branco e 41 nulos. O diretor do Sindicato, Adriano Campos, criticou o fato da Fundação Itaú Unibanco não ter agilizado o envio da senha à residência de todos os participantes, como se comprometeu a fazer, o que impediu vários deles de votarem. “Apesar de não ter comprometido a votação, deixou muitos eleitores de fora. Esperamos que na próxima eleição este fato não se repita”, afirmou o dirigente.


A Chapa 1 – União e Determinação, dos aposentados e pensionistas, foi eleita com 2.396 votos e também fará parte dos Conselhos Deliberativos e Fiscal e dos Comitês de planos. A Chapa 2 obteve 1.892 votos.

Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES

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Bancários definem minuta e temas urgentes para a categoria


Nos três dias da 15ª Conferência Nacional dos Bancários, as discussões foram intensas. O evento é parte da Campanha Nacional e tem como objetivo construir a minuta de reivindicações que será entregue aos patrões, representados pela Fenaban. É com base neste documento que acontecem as negociações.


A conferência tem uma programação extensa que inclui painéis sobre os temas mais importantes, inclusive análises de conjuntura, que servem de embasamento às discussões. Já a construção das cláusulas se dá nos grupos de trabalho, que são divididos em quatro eixos: Remuneração, Emprego, Condições de Trabalho e Reestruturação Produtiva. No último dia as propostas são votadas na plenária final e o que for aprovado entra na minuta.


Depois de construída pelos delegados dos diversos sindicatos e federações durante a conferência, a minuta tem que ser aprovada em assembleias. Todos os sindicatos têm que reunir os bancários de sua base para aprovarem ou não o documento que será a base das negociações. Depois, a comissão de negociação dos bancários, chamada de Comando Nacional, apresenta a minuta e negocia com os patrões. O resultado destas negociações é a Convenção Coletiva Nacional dos Bancários, que tem validade de um ano. A data-base é 1º de setembro.


Assuntos urgentes


Um dos destaques desta 15ª Conferência foi a luta pela derrubada do PL 4330, da terceirização. A mobilização de sindicalistas bancários tem sido fundamental para atrasar a votação, mas é preciso que o projeto seja rejeitado e isso requer ainda mais pressão. “Todos os participantes do grupo que discutiu emprego saíram energizados para ampliar a mobilização dos bancários nas suas cidades, participando, em peso, das atividades propostas pelas centrais sindicais. Precisamos aproveitar a mobilização dos bancários na campanha para envolvermos todos nesta luta”, resalta Miguel Pereira, secretário de Organização da Contraf-CUT e coordenador do grupo de Emprego. O sindicalista lembrou, ainda, que Magnus Apostólico, que coordena as negociações pela Fenaban, é o principal articulador dos empresários e atua na campanha para aprovar o PL 4330.


Outro assunto importante foi a reestruturação produtiva do setor bancário. Com a automação e informatização dos bancos, nos anos 90, o trabalho no banco mudou, houve redução dos postos de trabalho e o número de bancários com LER/DORT disparou. Agora, outra mudança tecnológica assusta, ameaçando novamente o emprego: os pagamentos via celular (saiba mais aqui). Apesar do imenso impacto na sociedade, o tema está sendo debatido timidamente, e a principal regulamentação vem acontecendo através do Banco Central. “O Bacen é hoje o principal ‘sindicato’ dos banqueiros”, critica Marcelo Ribeiro, diretor do Sindicato do Rio de Janeiro.


Estes dois assuntos dizem respeito à questão do emprego, que já não é um tema simples, mesmo antes destas mudanças. Somente a Caixa teve aumento do número de postos de trabalho, ao passo que os demais bancos estão demitindo e enxugando cargos. Além da altíssima rotatividade, as instituições financeiras estão adotando uma política de redução no nível de emprego. O Itaú, que é o banco onde esta situação é mais grave, já cortou 14 mil postos de trabalho. Os bancários entendem que é urgente incluir na CCT uma cláusula sobre garantia no emprego.


Muita pressão


Os delegados chegaram à conclusão de que só com muita mobilização será possível resolver alguns dos problemas que os bancários enfrentam. E mobilização não só na sociedade, mas também no esforço junto aos parlamentares e ao Executivo, a exemplo do que já acontece com o PL 4330 e aconteceu na isenção do imposto de renda sobre a PLR.


Foi identificado que é preciso reforçar o debate sobre a regulamentação do artigo 192 da Constituição, que trata do sistema financeiro, para avançar na regulamentação do setor. Só assim será possível discutir o papel dos bancos no fomento à economia e na inclusão social, através da redução de juros e ampliação do crédito. Os bancários entenderam que é necessária a construção de uma Conferência Nacional do Sistema Financeiro para discutir o tema com a sociedade.


A minuta reflete a preocupação dos bancários com as mudanças no modelo de operação dos bancos, mantendo a cláusula, que já entrou no ano passado, que determina a negociação prévia com o movimento sindical no caso de reestruturação administrativa e uso de novos equipamentos e tecnologias.


Saúde, igualdade e segurança


Os bancários perceberam que é preciso incluir na CCT uma cláusula que garanta a qualidade do ambiente de trabalho no caso de obras nas agências. Não são raros os casos de bancários trabalhando em meio a poeira, fiação exposta, cheiros fortes, piso irregular e obstáculos quando uma agência precisa ser reformada. Os delegados que atuaram no grupo de Condições de Trabalho entenderam que é importante que a Convenção Coletiva garanta o remanejamento dos empregados para que ninguém trabalhe num ambiente nesta situação.


Outra proposta nova é a da criação de uma cota de 20 % para negros e negras nos bancos. Num segmento onde a presença de afrodescendentes é ínfima, sobretudo se comparada à proporção na população geral, incluir uma cota de raça é uma demanda importante.


Quanto à segurança bancária, as cláusulas da minuta do ano passado foram ratificadas. Os sindicalistas já haviam construído reivindicações tecnicamente avançadas e foi preciso somente repeti-las. O texto vai incluir, além da descrição dos equipamentos e medidas de segurança, um adicional de risco de morte de 30 % .


O que muda é que, este ano, a Contraf-CUT tem um número alarmante para pressionar os banqueiros a investirem em segurança: somente no primeiro semestre deste ano, 30 pessoas morreram em assaltos a bancos (veja aqui a pesquisa com estes resultados). “Foi um crescimento de 11 % em relação ao mesmo período do ano passado. A proteção da vida tem que ser colocada em primeiro lugar”, argumenta Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária.


No bolso


Com todos os problemas que os bancários enfrentam, a remuneração não chega a um patamar satisfatório. O piso salarial está bem abaixo do Salário Mínimo Necessário calculado pelo Dieese, que é de R$ 2.860,21. Este salário seria a remuneração que atende às determinações da Constituição.


O reajuste reivindicado é de 11,93 % , composto pela inflação projetada para 1º de setembro, mais um aumento real de 5 % . A PLR que os bancários querem é de três salários, mais uma parcela fixa de R$ 5.553,15. Para as demais verbas não salariais – vales refeição e alimentação, 13ª cesta e auxílio creche-babá – o valor reivindicado é de um salário mínimo nacional para cada uma.

Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES

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15ª Conferência dos Bancários aprova reivindicações da Campanha 2013

   Foto: Jailton Garcia – Contraf-CUT


Por Fábio Jammal e José Luiz Frare


 


A 15ª Conferência Nacional dos Bancários aprovou na plenária final, realizada neste domingo 21 em São Paulo, a estratégia, o calendário e a pauta de reivindicações da Campanha 2013, que terá como eixos centrais reajuste de 11,93 % (inflação projetada do período mais aumento real de 5 % ), valorização do piso salarial no valor do salário mínimo calculado pelo Diesse (R$ 2.860,21), defesa do emprego, fim da terceirização e combate às metas abusivas e ao assédio moral. A pauta de reivindicações será entregue à Fenaban no dia 30 de julho.


Participaram da Conferência, aberta na sexta-feira 19 no hotel Holiday Inn, 629 delegados de todo o país, dos quais 422 homens e 207 mulheres.


Para o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, a Campanha Nacional deste ano será muito forte. “Os bancários estão mais mobilizados que na greve do ano passado, inclusive pelo momento em que estamos vivendo. Esta Campanha não será apenas por questões corporativas, vamos lutar contra o PL 4330 da terceirização e por toda a pauta colocada pelas centrais sindicais. Também batalharemos pelas reformas que o país precisa, sobretudo a política e a tributária. E, claro, vamos continuar lutando pela realização da Conferência Nacional do Sistema Financeiro, pois temos de discutir que bancos queremos para o país. Agora, vamos à luta, pois todas as nossas conquistas só vieram com mobilização”, resumiu Carlão.


Ousadia, unidade e mobilização


O presidente da Contraf-CUT destacou que a Conferência Nacional dos Bancários foi marcada pela unidade e participação. “Todas as forças que compõem o movimento sindical bancário participaram da Conferência, que foi bastante plural e produziu um debate muito rico”, comentou.


Sobre as reivindicações dos bancários, Carlão destacou a valorização dos salários e do piso, a garantia de emprego e a importância de se melhorar as condições de trabalho. “Os bancários não aguentam mais as demissões e as péssimas condições de trabalho. Aliás, este ano, a luta contra o assédio moral e as metas abusivas terá um peso maior. Não podemos admitir que nossa categoria continue adoecendo física e psicologicamente por causa dos bancos”, disse.


Principais reivindicações



  • Reajuste salarial de 11,93 % : 5 % de aumento real, além da inflação projetada de 6,6 % ;
  • PLR: três salários mais R$ 5.553,15;
  • Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese);
  • Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional);
  • Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários;
  • Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que libera geral e precariza as condições de trabalho, além da aprovação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas;
  • Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários;
  • Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós;
  • Prevenção contra assaltos e sequestros, com fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários;
  • Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20 % de trabalhadores afro-descendentes;

Agenda política


Os 629 delegados que participaram da conferência também aprovaram uma agenda política, com temas importantes da conjuntura nacional que precisam ser discutidos com os bancários e com a população. São eles:



  • Combate sem tréguas ao PL 4330, que precariza as relações de trabalho;
  • Reforma política, para democratizar o Estado;
  • Reforma tributária, para corrigir injustiças;
  • Marco regulatório da mídia visando democratizar as comunicações;
  • Conferência Nacional do Sistema Financeiro;
  • Investir 10 % do PIB na educação;
  • Investir 10 % do orçamento em saúde;
  • Transporte público de qualidade.

Calendário de luta


A 15ª Conferência aprovou ainda um calendário de luta que mescla o engajamento da categoria tanto na Campanha Nacional dos Bancários quanto na pauta de reivindicações da CUT e demais centrais sindicais. Confira:

























Até 29/07 Realização de assembléias para aprovar a pauta definida na 15ª Conferência
30/07 Entrega da pauta de reivindicações à Fenaban
06/08 Dia Nacional de Luta contra o PL 4330
12 e 13/08 Mobilizações em Brasília para convencer os parlamentares a rejeitarem o PL 4330
22/08 Dia Nacional de Luta dos Bancários, com passeatas no final do dia
28/08 Dia do Bancário, com atos de comemoração e de mobilização
30/08 Greve de 24 horas, em defesa da pauta geral dos trabalhadores apresentada ao governo e ao Congresso Nacional apresentada pela CUT e demais centrais sindicais

Fonte: Rede de Comunicação dos Bancários

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Bancários combatem política de metas, assédio moral e insegurança

   Foto: Jailton Garcia – Contraf-CUT


Por Junior Barreto e Renata Silver


O combate à política de metas, assédio moral e insegurança foi o principal foco de discussão do grupo de trabalho sobre Condições de Trabalho, que debateu neste sábado 20 os temas saúde, igualdade de oportunidades e segurança bancária, durante a 15ª Conferência Nacional dos Bancários, que ocorre em São Paulo. As propostas serão submetidas à plenária final na manhã deste domingo 21.


A novidade é a proposta – vinda de uma conferência estadual – de incluir na minuta a regulamentação do processo de obras para reformas nas agências. Os participantes do grupo entenderam que a Convenção Coletiva deve tratar do assunto, definindo que os funcionários da agência a ser reformada sejam remanejados para outros locais de trabalho. Foi proposto também que os bancos fiquem obrigados a informar a realização da obra com 30 dias de antecedência ao sindicato dos bancários, ao CREA e ao Corpo de Bombeiros.


Ficou definido que a cláusula 43, que trata do programa de reabilitação, tenha nova redação para que fique assegurado o direito de os sindicatos acompanharem o processo de retorno do bancário. Os delegados e as delegadas também vão reivindicar a participação na avaliação do trabalho da equipe multiprofissional responsável pela reinserção do trabalhador.


Para o secretário de Saúde da Contraf-CUT, Walcir Previtale, apesar da complexidade das questões apresentadas, o grupo correspondeu com um debate bastante rico e com muito mais detalhes e informações sobre os temas discutidos.


“Isso demonstra que a saúde e condições de trabalho são um campo de forte atuação sindical. A discussão sobre as reais consequências desse tema está cada vez mais em nossas mãos. Para os bancos, está tudo muito bom. No entanto, precisamos estabelecer um processo negocial com seriedade junto aos bancos para reduzirmos o adoecimento, melhorarmos as condições de saúde e trabalho e a política de metas, entre outras questões”, destaca Walcir.


Igualdade de oportunidades


Na minuta, a novidade do tema é a inclusão de uma cláusula que garanta vagas de estacionamento para funcionários com deficiência. O texto prevê que, caso não seja possível oferecer o espaço na dependência, o banco deve arcar com a despesa de estacionamento em outro local.


Para as bancárias gestantes e adotantes, a novidade na minuta é a reivindicação de que a prorrogação da licença-maternidade seja automática, depois de cumpridos os 120 dias obrigatórios previstos na CLT.


Para Adma Gomes, secretária de Saúde da Fetec/SP e dirigente do Sindicato dos Bancários do ABC, a tarde foi produtiva: “Realizamos um rico debate sobre o tema da igualdade, que é transversal em todas as discussões. É o caso do tema do emprego, já que as demissões e a redução dos postos de trabalho geram sobrecarga, o que leva o trabalhador ao adoecimento”, diz a sindicalista.


“Um dos maiores problemas que identificamos atualmente é a gestão e a violência organizacional, que preocupam o movimento sindical como um todo”, ressalta Adma.


Segurança bancária


Os bancários também discutiram medidas e equipamentos para garantir prevenção contra assaltos e sequestros, bem como assistência às vítimas e adicional de 30 % de risco de morte, dentre outras demandas.


Para o secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr, “o grupo de trabalho reforçou sobretudo as propostas de segurança que já integram a minuta de reivindicações”.


“Precisamos mais investimentos dos bancos em segurança, especialmente depois da nova pesquisa da Contraf-CUT e CNTV, com apoio do Dieese, que apontou 30 mortes em assaltos envolvendo bancos no primeiro semestre deste ano, um crescimento de 11 % em relação ao mesmo período do ano passado. A proteção da vida tem que ser colocada em primeiro lugar”, conclui.

Fonte: Rede de Comunicação dos Bancários

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Bancários querem bancos socialmente responsáveis e discutir inovações

   Foto: Jailton Garcia – Contraf-CUT


Por Lucimar Cruz Beraldo


Nesta Campanha Nacional 2013, os bancários vão intensificar a luta por um sistema financeiro socialmente responsável, com atuação voltada para o desenvolvimento do país.


Essa é a síntese dos trabalhos realizados pelo Grupo sobre Reestruturação Produtiva no Sistema Financeiro, na tarde deste sábado 20, durante a 15ª Conferência Nacional dos Bancários, em São Paulo.


Os debates apontam para a luta em defesa da universalização do atendimento bancário. O objetivo é assegurar a inclusão bancária com atendimento em agências e PABs prestados exclusivamente por trabalhadores bancários, visando garantir a qualidade na prestação dos serviços, proteção do sigilo bancário e da vida dos trabalhadores e consumidores.


Para os delegados desta 15ª Conferência, essa é uma reivindicação que fortalece a luta contra a figura do correspondente bancário, amplamente utilizada pelos bancos como forma de diminuir despesas e cuja consequência é a precarização do emprego e o enfraquecimento da categoria bancária.


Os bancários também ratificaram as propostas que já constam da minuta de reivindicações da categoria do ano passado no que diz respeito à instituição de comissão para negociar com os representantes dos bancos todos os casos de reestruturação administrativa e de introdução de novos equipamentos e tecnologias que possam afetar o emprego no setor.


Além disso, os delegados entendem ser fundamental avançar no debate sobre a regulamentação do Artigo 192 da Constituição Federal, sobre o sistema financeiro, de forma a reduzir as taxas de juros e de fomentar investimentos dos bancos em obras e estruturas que contribuam com o desenvolvimento e inclusão social no Brasil.


Nesse sentido, um dos caminhos apontados pelos delegados é a construção da Conferência Nacional do Sistema Financeiro, com realização de conferências regionais, garantindo assim a socialização do debate com a sociedade.


Importância da unidade


Como estratégia para se obter avanço nessa Campanha Nacional 2013, os presentes nesta 15ª Conferência destacam a importância de se intensificar as denúncias sobre os descasos dos bancos para com trabalhadores, clientes e usuários, valendo-se de atividades de mobilização e de campanhas de mídia.


E, sobretudo, os delegados desta 15ª Conferência reforçam a importância da unidade da categoria, sob a organização do Comando Nacional dos Bancários, tendo as assembleias de base como instância máxima de decisão.

Fonte: Rede de Comunicação dos Bancários

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Bancários intensificarão mobilização por emprego e contra terceirização

   Foto: Jailton Garcia – Contraf-CUT


Por Carlos Vasconcellos, Alessandra Mota e Fábio Jammal


As reivindicações sobre emprego deverão estar entre as questões centrais da Campanha Nacional 2013. Com destaque para a luta contra o Projeto de Lei 4330, que, a pretexto de regulamentar a terceirização no Brasil, praticamente acaba com o emprego formal e os direitos trabalhistas. Esse foi o principal debate feito pelos delegados sindicais que, neste sábado 20, participaram do Grupo de Trabalho sobre Emprego, durante a 15ª Conferência Nacional dos Bancários.


Os participantes do debate também destacaram duas questões prioritárias: o combate à rotatividade nos bancos privados e à eliminação de empregos. Segundo o secretário de Organização da Contraf-CUT, Miguel Pereira, que coordenou os debates, a luta contra o PL 4330 deve ser ampliada pelos bancários durante a campanha.


“Todos os participantes do grupo que discutiu emprego saíram energizados para ampliar a mobilização dos bancários nas suas cidades, participando, em peso, das atividades propostas pelas centrais sindicais. Precisamos aproveitar a mobilização dos bancários na campanha para envolvermos todos nesta luta”, disse Miguel.


Os participantes do grupo defenderam como prioridades fortalecer as estratégias de luta em defesa da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que inibe as demissões imotivadas, e o combate às terceirizações. As propostas que conseguiram mais de 20 % dos votos no grupo vão à plenária final neste domingo 21.


Os debatedores citaram como exemplo da estratégia de mobilização as campanhas contra o Projeto de Lei 4330, que escancara as terceirizações. No dia 6 de agosto será realizado pelas centrais sindicais o Dia Nacional de Luta contra o projeto, que está na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados.


Atualmente não há nenhuma cláusula na Convenção Coletiva de Trabalho da categoria que trata da garantia no emprego, em função da postura histórica dos bancos contrária a essa reivindicação dos trabalhadores.


“Todos os bancos nesse momento, exceto a Caixa Econômica Federal, têm adotado uma política de eliminação de postos de trabalho. Não é por acaso que Magnus Apostólico, diretor de Relações do Trabalho da Fenaban, está coordenando a campanha dos empresários para aprovar o PL 4330”, alerta Miguel.


Combate às terceirizações


Os sindicalistas querem suspender quaisquer projetos de terceirização e fazer com que os bancos assumam a chamada responsabilidade solidária. Outra estratégia defendida no debate é a garantia de todos os direitos da categoria para os trabalhadores terceirizados.


Outro item lembrado está relacionado aos riscos ao emprego representado pela resolução do Banco Central que permite operações bancárias via celular. “O Banco Central é hoje o principal ‘sindicato’ dos banqueiros”, criticou o diretor do Sindicato do Rio de Janeiro, Marcelo Ribeiro.


Alta rotatividade


Os participantes do Grupo de Trabalho sobre emprego criticaram também a alta rotatividade nos setor. Miguel Pereira lembra que a presidenta Dilma encaminhou a Convenção 158 ao Congresso Nacional e está tramitando na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara de Deputados.


“Tomamos mais uma paulada no Congresso Nacional, mas é importante tentarmos novamente, aumentando a mobilização e entregando ao governo a proposta para coibir as dispensas não motivadas”, destaca.


O sindicalista disse que há problemas graves nos bancos que envolvem a questão do emprego. “Gerentes que trabalham em quatro ou cinco agências, ampliação do horário de atendimento sem qualquer comunicação aos sindicatos, como fez o Itaú, das 9h às 20h, são situações que precisam ser enfrentadas nessa campanha salarial”, afirma.


Outro item importante discutido trata da contratação de mais funcionários para evitar a sobrecarga de trabalho nas agências e melhorar o atendimento à população, reduzindo o tempo de espera dos clientes nas filas. O problema tem se agravado com a política de demissões impostas pelos bancos privados. Nos bancos públicos há também número insuficiente de bancários para atender às demandas das unidades, apesar do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal não estarem, neste momento, reduzindo postos de trabalho, resultando em saldo positivo na geração de emprego dessas empresas.


Os participantes defenderam ainda a estabilidade provisória no emprego nos casos de gestantes, alistados para serviço militar e trabalhadores vítimas de acidente do trabalho ou doença.


Redução da jornada


Em relação à jornada de trabalho, a proposta do grupo é a mesma aprovada na campanha nacional dos bancários do ano passado: redução da jornada para cinco horas diárias com a criação de dois turnos. A ideia é ampliar o horário de atendimento à população com uma jornada de trabalho menor e sem redução de salários.

Fonte: Rede de Comunicação dos Bacários

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Consulta: bancário quer ganho real e fim das metas abusivas e das demissões

   Foto: Jailton Garcia – Contraf-CUT


Por José Luiz Frare


Aumento real de salário, combate ao assédio moral e às metas abusivas e fim das demissões com mais contratações. Essas são as principais expectativas manifestadas pelos 37.097 bancários que responderam à consulta nacional coordenada pela Contraf-CUT e realizada pelos sindicatos em todo o país.


O resultado da consulta foi apresentado pela Confederação neste sábado 20, no segundo dia da 15ª Conferência Nacional dos Bancários, que está sendo realizada em São Paulo.


Veja aqui o resultado completo da consulta. E lei abaixo os principais indicadores:


Remuneração


Dos bancários que responderam ao questionário, 74,7 % querem aumento real de salário, 71,1 % defenderam cesta-alimentação maior e 83,3 % esperam um incremento da PLR.


Em relação ao índice de reajuste que deve ser reivindicado dos bancos, 38,6 % querem reajuste de 5 % a 10 % , incluída a inflação, e 33,1 % preferem reajuste de 10 % a 15 % .


Emprego


Com relação ao emprego, em uma pergunta em que o bancário podia apontar até três opções, 44,9 % defendem como prioridade o combate às demissões imotivadas (Convenção 158 da OIT), 43,5 % querem mais contratações, 38,7 % pediram jornada de 6 horas para todos, 35,5 % reivindicam igualdade de oportunidades e 24,9 % exigem o fim das terceirizações.


Saúde e condições de trabalho


Em questionamento onde também se podia marcar até três temas, 66,4 % querem o fim das metas abusivas, 58,2 % pedem o combate ao assédio moral e 27,4 % assinalaram segurança contra assaltos e seqüestros.


Além disso, a consulta mostrou um índice alarmante de problemas relacionados a saúde do trabalhador. Nos últimos doze meses, 18 % dos que responderam à consulta declaram ter se afastado do trabalho por motivos de doença e 19 % declararam o uso de medicação controlada.


Formas de participação na campanha


Perguntados sobre que tipo de atividade estão dispostos a se engajar para conquistar essas reivindicações, 44,7 % disseram que participarão de assembléias, 37,6 % farão greve e 25,2 % marcarão presença em protestos.


Regulamentação do sistema financeiro


Dos que responderam à consulta, 72 % dos bancários disseram que é “muito importante” o país regulamentar o SFN e outros 21 % julgam a regulamentação “importante”.


Redução dos juros


Mais de dois terços dos bancários (67 % ) consideram a redução dos juros “muito importante” e outros 25 % acham isso “importante”.


Democratização da mídia


68 % dos bancários que responderam ao questionário consideram a mídia brasileira parcial e 76 % são favoráveis ao debate sobre a adoção de um marco regulatório para as comunicações baseado no interesse público e na democratização da mídia.

Fonte: Rede de Comunicação dos Bancários

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Notícias da Federação

‘Esse é momento de ousar e ir pra luta buscar novas conquistas’, diz Contraf

   Foto: Jailton Garcia – Contraf-CUT


Por Ademir Wiederkehr, Alessandra Mota, Andrea Ponte Souza, José Luiz Frare, Júnior Barreto, Renata Silver e Rodolfo Wrolli


“Esse é o momento de ousar e ir pra luta, de mobilizar, de fazer a disputa na sociedade em defesa dos interesses da classe trabalhadora, que passa pela defesa do emprego, pelo enterro do PL 4330 da terceirização, pela melhoria das condições de trabalho, pelo desenvolvimento econômico e social, por distribuição de renda e pela transformação do Brasil em um país mais justo, democrático e solidário.”


Essa é a avaliação do presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, feita na abertura solene da 15ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada nesta sexta-feira 19 no Hotel Holiday Inn, em São Paulo, encerrando o primeiro dia do encontro.


Neste sábado 20, na parte da manhã haverá uma mesa para discutir a conjuntura política, econômica e social do país. Depois, os 630 delegados e 44 observadores presentes se dividirão em quatro grupos para aprofundar a discussão sobre os temas Emprego, Remuneração, Condições de Trabalho e Terceirização e Reestruturação Produtiva do Sistema Financeiro Nacional.


As propostas aprovadas nos grupos serão submetidas à deliberação da plenária final da 15ª Conferência, no domingo 21, que definirá a pauta de reivindicações da Campanha Nacional dos Bancários de 2013.


Carlos Cordeiro manifestou a convicção de que a campanha deste ano será vitoriosa. “Acredito em cada sindicato, em cada dirigente sindical e na força da categoria, para aumentarmos a mobilização que tivemos no ano passado, a fim de ampliar as conquistas dos bancários. E tenho certeza de que este ano vamos conquistar novos avanços nos direitos dos bancários.”


‘Cuidado com as arapucas da mídia’


O presidente da CUT, Vagner Freitas, ironizou os banqueiros com um recado dirigido à base da categoria. “Os bancários devem ter percebido que a arapuca já está armada. Leiam os editoriais econômicos dos últimos dias. Por conta da conjuntura econômica que eles estão vivendo, por causa da alta da inflação e no descontrole dos gastos públicos, a política de reajuste salarial dos últimos dez anos não poderia mais ser praticada, pois aumento de salário gera mais inflação. Essa é a teoria que eles vão tentar emplacar.”


O dirigente se referiu às manifestações de junho. “Nós, que estamos lutando há 30 anos, damos as boas vindas a vocês que começaram a lutar agora. Agora não venha a mídia tentar manipular esses manifestantes contra a pauta dos trabalhadores”.


Vagner acrescentou que no dia 6 de agosto haverá novo dia nacional de luta contra o PL 4330, e no dia 30 de agosto paralisação de 24 horas, caso o governo não atenda as reivindicações dos trabalhadores apresentadas pelas centrais sindicais.


‘Bancários são referência para os trabalhadores’


Presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo e anfitriã da 15ª Conferência, Juvandia Moreira afirmou que a luta dos bancários é uma referência para todos os trabalhadores. “Juntar bancários de todos os estados para discutir uma pauta de reivindicações, estratégias, conjuntura… isso é uma referência. Aqui vamos divergir e debater, mas vamos sair com uma pauta construída. E que começa a ser construída bem antes, a partir do diálogo que mantemos com o trabalhador na base.”


Emanoel de Souza, presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe e representante da CTB, declarou que “o papel da juventude é a rebeldia. O desafio das centrais e movimentos sociais é construir a unidade na luta e elevar o nível de consciência dos trabalhadores e da população em geral. Só assim poderemos impedir que as vigorosas manifestações das últimas semanas sejam manipuladas pela direita e pela mídia.”


Dirceu Travassos (Didi), da Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas), destacou a importância do momento histórico que o país atravessa com a força das mobilizações nas ruas, ressaltando que a Campanha Nacional dos Bancários de 2013 precisa incorporar esses novos elementos. “Devemos repensar nossa concepção de organização e estratégia, principalmente porque trabalhamos no setor que é o maior responsável pela crise econômica mundial, que é o sistema financeiro”, afirmou Didi.


O diretor financeiro da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul, Aparecido Roveroni, o Cidão, destacou que é hora de unidade da categoria de “todas as tendências”. O importante neste ano, nesta Campanha Nacional, é o emprego. E mais: “temos que ousar e inserir a luta contra o PL 4330 em nossa pauta”.


‘Temos de apontar para a mobilização’


Para o presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e representante da Intersindical, Ricardo Luiz Lima Saraiva, o Big, os estudantes apontaram para o movimento sindical que o momento é de unidade e criticou o governo, “que tem de começar a defender o direito dos trabalhadores e deixar de andar de mãos dadas com banqueiros”.


Ele disse que a CUT foi fundamental para barrar a votação do PL 4330 até agora e propôs: “Temos de apontar para a mobilização e no dia 6 ir para Brasília e deflagrar greve geral para impedir a aprovação do projeto da terceirização”.


O vice-presidente da Federação dos Bancários do Rio de Janeiro e Espírito Santo, Nilton Damião Esperança, o Niltinho, também destacou as manifestações recentes. “Estamos vivendo um momento ímpar no nosso país, em que a população está indo às ruas para demonstrar sua insatisfação. E eu entendo que é hora de convencer os bancários a irem para essa luta, principalmente contra os banqueiros, que sugam os recursos do nosso país.”

Fonte: Rede de Comunicação dos Bancários