Bancários da Argentina ganham quase o dobro dos brasileiros

O piso dos bancários brasileiros é mais baixo que o praticado pelos bancos da Argentina e Uruguai, segundo pesquisa feita pela Subseção do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos) da Contraf-CUT. O salário de ingresso nos bancos no Brasil é equivalente a US$ 735, inferior ao pago no Uruguai (US$ 1.039) e quase metade do recebido pelos argentinos (US$ 1.432).


 


A comparação do valor por hora trabalhada também é bastante desfavorável para os bancários do país. O piso dos brasileiros é equivalente a US$ 6,1 por hora de trabalho, enquanto os argentinos ganham US$ 9,8/hora, seguidos pelos uruguaios, que recebem US$ 8/hora. Segundo o levantamento, cerca de 140 mil bancários recebem o piso no Brasil, Ou seja, cerca de 30\ % \ ou quase um terço da categoria.


 


“É inaceitável o que os banqueiros fazem com a categoria no Brasil. A economia do país cresce, os bancos lucram cada vez mais, entretanto os salários pagos aos funcionários é bem inferior ao do resto do mundo, inclusive da América do Sul”, critica o presidente do Sindicato Almir Aguiar.


 


Custo de vida alto


 


Além de receber um piso inferior ao dos bancários argentinos e uruguaios, a categoria no Brasil sofre com o alto custo de vida, um dos maiores do continente. \”A Fenaban e o governo ainda vêm com a balela de que conceder aumento real de salários pode resultar em aumento da inflação. Poder de compra para o trabalhador não gera inflação, mas crescimento econômico\”, acrescenta Almir.


 


O Brasil possui o segundo maior custo de vida da América do Sul, atrás apenas do Chile e é o sexto colocado no ranking de consumo domiciliar por pessoa, sendo ultrapassado por Argentina, Chile, Uruguai, Venezuela e Peru. Argentina, Paraguai e Bolívia aparecem como as nações com menor custo de vida. A conclusão é do Programa de Comparação Internacional da América do Sul, pesquisa feita pelo Banco Mundial que comparou o nível de preços e o poder de compra em 10 países do continente. \”Estes números são mais uma prova de que os bancos podem e precisam atender as nossas reivindicações\”, conclui o sindicalista.


Os salários dos bancários na América do Sul:



















País Valor do PisoSalário/hora
Argentina US$ 1.432,21US$ 9,8
Uruguai US$ 1.039,00 US$ 8,0
Brasil US$735,29US$ 6,1
Fonte: Dieese (ago/2010)

Fonte: Seeb-Rio

Sem acordo sobre dias parados, trabalhadores dos correios mantém greve

Em reunião realizada no último dia 04 no TST, a Federação Nacional dos Ecetistas – FentECT negociou com os representantes da empresa uma proposta que previa o desconto de apenas seis dias de greve, parcelados em 12 vezes, e a compensação dos demais. Dos 35 sindicatos filiados, 33 rejeitaram a proposta. Com isso, a greve continua na maior parte do país.


 


Frustrada a tentativa de conciliação já no TST, está marcada para a próxima segunda-feira, dia 10, a instauração de Dissídio Coletivo. Mesmo diante desta situação, a greve permanece forte. “A adesão está normal e não temos registro de refluxo significativo”, informa Robson Luiz Pereira Neves, diretor da FentECT.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Nota de falecimento

Faleceu no último dia 04 Edith Xavier Menezes, de 88 anos, mãe de Sérgio Menezes, diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro. O corpo foi cremado em cerimônia realizada no Cemitério São Francisco dia 05, quarta-feira.


 


A Federação envia suas condolências à família do companheiro.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Subsidiárias de bancos europeus no País sentem crise

 


 


A crise na Europa não afetou as operações dos bancos somente na região. Algumas instituições europeias estão com baixa capitalização também nas subsidiárias brasileiras, o que as impede de crescer na oferta de crédito. O francês Société Generale, o português Banif, o italiano Fides e, em menor escala, o inglês HSBC estão com níveis de capital próximo ao mínimo exigido pelo Banco Central do Brasil.


 


A baixa capitalização decorre do crescimento das próprias operações dos bancos no País, principalmente da carteira de crédito, somada ao alto custo de captação no Brasil. Os bancos estrangeiros, quando precisavam de recursos, recorrerem às matrizes lá fora. O problema, desta vez, é que as próprias matrizes estão precisando de dinheiro.


 


Com baixa capitalização, esses bancos têm pouco ou nenhum espaço para expandir as operações de crédito no Brasil.


 


O BC brasileiro é mais conservador que seus pares internacionais e exige que os bancos que operam no mercado local tenham índice de Basileia mínimo de 11 % , bem acima dos 8 % exigido em outros países. O Basileia é um indicador de solvência que mede quanto o banco pode emprestar no crédito sem comprometer o capital próprio. A média dos dez maiores bancos brasileiros é de 17 % .


 


Entre os bancos estrangeiros operando no Brasil, o caso mais urgente de necessidade de capitalização é o do português Banif, que tem Basileia de apenas 10,4 % de acordo com dados de junho do BC. De Lisboa, o executivo responsável pela comunicação institucional do Banif, Nuno da Rocha Correia, falou à Agência Estado e informou que a situação será revertida.


 


O banco está fazendo um aumento de capital no Brasil de R$ 30 milhões e os dados referentes ao terceiro trimestre já vão mostrar um índice de Basileia maior, destaca o executivo.


 


Já o francês Société Generale, além de ter aqui um índice de Basileia apertado, de 11,1 % , teve prejuízo no Brasil de R$ 317 milhões no primeiro semestre e, na França, teve o rating rebaixado por agências de classificação de risco.


 


As ações estão caindo na Bolsa de Paris, acumulando perda de 55 % no ano, por conta da baixa capitalização do banco, que tem títulos do governo grego na carteira. No Brasil, o Société comprou em 2007 o banco Cacique, focado em crédito consignado e crédito pessoal. É um tipo de operação que, para crescer rápido, exige Basileia alto. Procurado pela Agência Estado, o banco preferiu não se pronunciar.


 


No Fides, que é controlado pela matriz da Fiat na Itália, o índice de Basileia no Brasil teve queda rápida nos últimos meses em razão da nova estratégia do banco. A unidade brasileira da montadora italiana vendeu a carteira de crédito ao varejo para o Itaú em 2003. Pelo acordo feito na época, não podia operar no financiamento de pessoa física em sua rede Fiat até 2013. Por isso, o Fides financiava apenas as operações das concessionárias.


 


Mais recentemente, passou a financiar as vendas da Iveco, que fabrica caminhões, e da marca Chrysler. A operação cresceu rápido e o Basileia passou da casa dos 14 % para 13 % nos últimos dois anos e no fechamento do balanço do segundo trimestre estava em 11 % . Procurado pela AE, o banco não se pronunciou.


 


Com um índice de Basileia um pouco mais folgado, de 12,8 % , o HSBC ainda está abaixo de seus concorrentes, como Santander, Itaú e Bradesco, e prevê uma nova capitalização. Na avaliação de João Augusto Salles, analista de bancos da consultoria Lopes Filho, com o nível atual de capitalização o HSBC não conseguiria manter suas altas taxas de expansão do crédito por muito tempo.


 


Por meio de nota, o HSBC informa que considera seu índice de Basileia adequado e que seu novo presidente mundial, Stuart Gulliver, veio ao Brasil na semana passada e anunciou ao comitê executivo que haverá uma capitalização da subsidiária no Brasil até o final do primeiro trimestre de 2012.

Fonte: Estado de São Paulo – IG

Nota do Comando Nacional: Silêncio dos bancos amplia greve nacional dos bancários

Os bancos estão agindo de forma irresponsável ao permanecerem em silêncio e ignorarem a disposição dos bancários para retomar o processo de negociações. Essa postura das instituições financeiras irá ampliar ainda mais a greve nacional da categoria, que completa nesta terça-feira (4) oito dias de paralisações em bancos públicos e privados em todos os 26 estados e no Distrito Federal.

Desde segunda-feira (3), o Comando Nacional dos Bancários esteve reunido em São Paulo avaliando a paralisação, o que foi amplamente divulgado pela imprensa. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) também enviou uma carta à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), comunicando que os integrantes do Comando Nacional estavam de plantão, na capital paulista, aguardando a retomada das negociações.

No documento, foi cobrado o compromisso público assumido pela Fenaban em pronunciamento divulgado na última quinta-feira, dia 29 de setembro, onde promete “disposição em dar continuidade às negociações com as representações dos bancários”. Entretanto, nenhuma negociação foi marcada até agora, contradizendo o discurso dos bancos para os bancários, os clientes e a sociedade brasileira.

A intransigência dos bancos aumenta ainda mais a insatisfação da categoria e incentiva o crescimento da greve em todo Brasil. Os bancários rejeitaram o reajuste de 8 % , que representa apenas 0,56 % de aumento real, e reivindicam 12,8 % (5 % de aumento real mais inflação do período), valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, fim da rotatividade, combate ao assédio moral, fim das metas abusivas, mais segurança, igualdade de oportunidades, melhoria do atendimento aos clientes e inclusão bancária sem precarização, dentre outros itens.

As reivindicações são justas, principalmente em face dos lucros estrondosos dos bancos nos últimos anos. Somente nos primeiros seis meses de 2011, as maiores instituições acumularam R$ 27,4 bilhões. É um dos setores mais rentáveis de economia e tem a obrigação de valorizar seus funcionários, gerar empregos, distribuir renda e contribuir para o desenvolvimento do país.

Os bancários reiteram que permanecem abertos ao diálogo e manifestam a disposição para a retomada imediata das negociações com a apresentação pelos bancos de uma proposta decente que venha a atender as reivindicações da categoria.

A culpa da greve é dos bancos. Os bancários querem respeito, dignidade e compromisso com o Brasil e os brasileiros.

São Paulo, 4 de outubro de 2011.

Comando Nacional dos Bancários Contraf-CUT, Sindicatos e Federações de Bancários

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Seeb – SP apresenta denúncia de contingenciamento ao MTE

São Paulo – As diversas denúncias de contingenciamento e de outras práticas adotadas pelas instituições financeiras para tentar desmobilizar a categoria durante a paralisação nacional estão sendo levadas pelo Sindicato à Superintendência Regional do Trabalho de São Paulo, do Ministério do Trabalho e Emprego. A entidade está exigindo que sejam tomadas medidas contra as empresas que estão desrespeitando o direito de greve. As informações de abusos cometidos pelo Banco do Brasil e pelo Itaú Unibanco foram protocoladas na quarta 28.


 


No conteúdo do documento é relatado que a direção do BB criou o Local Alternativo de Continuidade (LAC), para onde os funcionários são pressionados a se deslocar e a trabalhar nos dias de greve. Além disso, é anexado comunicado interno da empresa com orientações do banco de como proceder antes, durante e após a greve. Entre as determinações da direção da empresa – e que constrangem os empregados – está que os gestores confeccionem listas de endereços e telefones dos funcionários e avaliem a tendência de aderirem ao movimento.


 


No caso do Itaú Unibanco, reivindicam-se providências em relação às alterações na jornada de trabalho dos bancários e no que se refere à transferência unilateral de trabalhadores da capital para a contingência montada na Rua Londrina, em Rudge Ramos, em São Bernardo.


 


“É a partir dos relatos feitos pelos funcionários, que o Sindicato tem condição de agir. Além das denúncias que estamos fazendo no Ministério do Trabalho, graças à unidade nacional da categoria estamos aumentando a pressão nos bancos. O Sindicato dos Bancários do ABC, por exemplo, protestou no contingenciamento do Itaú em Rudge Ramos, assegurando a adesão dos bancários ao movimento”, afirma o diretor executivo do Sindicato, Daniel Reis.


 


Jair Rosa – 03/10/2011

Fonte: Seeb-SP

Zé Raymundo? Presente!

Bancário do Banco do Brasil, José Raymundo da Silva era casado com a professora Terezinha do Menino de Jesus Pessoa da Silva há 63 anos, mãe de seus seis filhos: Frederico, Alexandre, Ana Célia, Ricardo, Agliberto e Carmem Lúcia. Nasceu no dia 30 de dezembro de 1924 em São José do Egito, agreste pernambucano.

Em 1950 ingressou na Juventude Comunista e a seguir no Partido Comunista Brasileiro ao qual dedicou o melhor de sua vida como militante e dirigente. Militante e dirigente sindical bancário a partir de 1955 fundou e foi o primeiro presidente da Federação dos Bancários do Norte e Nordeste que à época reunia os sindicatos da categoria da Bahia ao Amazonas. Junto com sindicalistas bancários de todo o Brasil fundou a Confederação dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito – CONTEC, em 1958.

No mesmo ano integrou a Frente do Recife que reunia partidos e personalidades democráticas que possibilitaram as vitórias de Cid Sampaio e Miguel Arraes de Alencar governadores de Pernambuco. Frente igualmente patrocinadora das vitórias de Miguel Arraes, Pelópidas da Silveira e Artur Lima Cavalcante para a Prefeitura de Recife.

Junto com Clodomir Moraes e outros militantes foi brutalmente espancado, torturado e preso em 1954 no Comício do Zumbi, organizado pelo PCB. Em 1961 foi preso (junto com David Capistrano da Costa, Gilberto Azevedo, João Barbosa de Vasconcelos e Cícero Targino Dantas) e enviado para o Presídio de Fernando de Noronha por ordem dos militares golpistas que tentavam impedir a posse do presidente João Goulart.

O golpe militar de 1964 o encontrou na Secretaria Geral do Conselho Sindical dos Trabalhadores – CONSINTRA, a intersindical pernambucana. Perseguido e condenado a 19 anos de prisão José Raymundo mergulhou na clandestinidade para, inicialmente, reorganizar o PCB em Pernambuco e, em 1965, integrar a Seção Sindical do Comitê Central do PCB.

Membro da Executiva do Comitê Estadual do PCB na Guanabara foi preso em outubro de 1970 pelo DOI-CODI/RJ quando outra vez foi submetido a bárbaras torturas, recusando-se a prestar qualquer depoimento. Transferido para Recife (onde deveria cumprir a Sentença dos 19 anos) foi absolvido pelo STM e retornou ao Presídio Militar da Ilha das Flores (mantido pela Marinha) onde permaneceu até 1973.

De volta à vida legal dedicou-se à reorganização do PCB no antigo Estado da Guanabara até o final dos anos 80 quando foi eleito para o Comitê Central do PCB em seu VII Congresso. Desde então integrou o Secretariado Nacional do PCB, ao mesmo tempo que desenvolvia intensa militância entre os bancários do Rio de Janeiro.

Aposentado, nos últimos anos atuava no Departamento dos Aposentados do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro e na Associação dos Funcionários Aposentados do Banco do Brasil.

*  *  *

José Raymundo faleceu na noite de sexta-feira, dia 30, após passar uma semana internado no hospital Quinta D´Or, em coma induzido. Ele sofreu uma grave arritmia, seguida de parada cárdio-respiratória na manhã do dia 23 quando ia começar sua caminhada matinal diária.


 


Zé Raymundo trabalhou na quinta-feira à noite numa fala que apresentaria na reunião do Grupo de Reflexão Socialista. Na manhã de sexta-feira, preparou a o café da manhã para a esposa e a filha, mediu pressão arterial e temperatura – que apresentaram resultados normais – e deixou o apartamento. No elevador, sentiu-se mal e perdeu os sentidos.
O velório e o sepultamento foram realizados no sábado, dia 1º, no cemitério São João Baptista, em Botafogo, Rio de Janeiro.


 


A Federação envia suas condolências à família, amigos e companheiros de militância de Zé Raymundo.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Sindicalistas flagram bancários da Caixa nas agências, sem atender o público

Um grupo de diretores da Federação e do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro percorreu agências no bairro da Tijuca, na Zona Norte, e constatou a realização de contingência em algumas unidades. Numa delas, dos 22 funcionários lotados, somente quatro aderiram à greve. Em outra, havia trabalhadores que são lotados em prédio administrativo. Nas agências visitadas, os bancários estavam fazendo apenas trabalho interno, embora houvesse clientes e usuários nos salões de autoatendimento.

Diante desta situação, a postura dos sindicalistas foi a de defender que as unidades fossem abertas ao público. “O trabalhador pode aderir à greve ou não, é uma escolha de cada um. Mas, se entrou, tem que atender. Vimos clientes sendo atendidos, mas somente para alguns serviços. A Caixa presta serviços à população menos favorecida, pagando seguro-desemprego, FGTS, PIS e outros benefícios, e tem uma função social a cumprir. Não podemos admitir que haja discriminação de clientes e usuários”, ressalta Ricardo Maggi, diretor e representante da Federação na mesa de negociação.

Numa das unidades visitadas os sindicalistas fizeram uma reunião com os trabalhadores e esclareceram detalhes sobre a greve e a importância da adesão maciça do funcionalismo. “Se pouca gente adere, perdemos força. E se isso acontecer, vamos precisar ficar parados por mais tempo, já que, sem greve, não temos como pressionar a direção da Caixa para nos conceder o que reivindicamos” argumentou Maggi com os colegas. O dirigente ressaltou, ainda, que a próxima semana será crítica, com os pagamentos de benefícios do INSS. “Na segunda-feira, vamos voltar aqui. Se houver bancários nas agências, vamos pressionar para que a população seja atendida”, adianta o sindicalista.

À mesa

Após visitar as agências, os dirigentes sindicais estiveram com o superintendente regional para a área da Zona Norte, Tarcísio Dalvi, para tentar buscar uma solução. “Eu não tenho como impedir que o funcionário entre para trabalhar num local diferente daquele em que está lotado”, defendeu-se o executivo. Mas um dos sindicalistas, que também é cipeiro, ressaltou que até a questão da segurança do trabalho fica comprometida, já que o trabalhador estaria desamparado por estar fora de seu local de lotação. Também foi cobrado do superintendente que verifique a possibilidade de haver fraude no ponto eletrônico, com revezamento de bancários ao longo da semana, marcando ponto para os colegas. Tarcísio negou esta última situação, não apresentou nenhuma solução para os problemas relatados e se limitou a informar que a situação não é de sua competência. Mas os sindicalistas não aceitaram os argumentos do superintendente, que já foi informado da ação que será realizada na próxima semana, para pagamento dos aposentados e pensionistas.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Seeb-Rio derruba interdito do Banco do Brasil

Atendendo à ação movida pelo Sindicato, o juiz Marcelo Moura, da 19ª Vara do Trabalho, cassou o interdito proibitório que havia sido concedido por uma juíza de plantão na última terça-feira a pedido do Banco do Brasil. A derrubada deste artifício judicial truculento usado pelo BB fortalece a paralisação geral dos bancários, ao garantir que a categoria faça uso do direito de greve, previsto pela Constituição Federal.


O presidente do Sidicato, Almir Aguiar, comemorou a vitória obtida pela Secretaria de Assuntos Jurídicos do Sindicato. Condenou a postura do BB, um banco público, que se utilizou, pela primeira vez na história, de um artifício como este para atacar a greve bancária. O diretor do Sindicato Carlos de Souza criticou, também, o governo federal. “Ele é acionista majoritário do BB e tem responsabilidade, tanto na imposição de políticas antissindicais, como o interdito, quanto no endurecimento das negociações”, afirmou. Sérgio Farias, representante da Federação na Comissão de Empresa do BB, lamenta a atitude do banco. “É uma vergonha um banco paraestatal, de economia mista, neste governo, adotar uma postura de coação ao funcionalismo igual ou pior que a das direções dos bancos privados”, critica Sérgio.


A diretora do Jurídico do Sindicato Cleyde Magno disse que o banco será oficialmente comunicado hoje sobre a decisão judicial. Lembrou que o interdido proibitório é um instrumento jurídico utilizado em casos de reintegração de posse de propriedades ocupadas, sendo uma artimanha dos bancos pedir a sua aplicação em casos de greve em que a posse da agência não está ameaçada.

Fonte: Seeb-Rio com FEEB-RJ/ES

Negociação não avança e bancários deflagram greve a partir de terça

A Fenaban frustrou o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, na quinta rodada de negociação ocorrida nesta sexta-feira, dia 23, em São Paulo. Os bancos apresentaram nova proposta de índice de reajuste de 8 % em todas as verbas, uma elevação de apenas 0,2 % em relação à proposta de 7,8 % , rejeitada pelos trabalhadores em assembleias realizadas pelos sindicatos na quinta-feira, dia 22, em todo o país.

Dessa forma, os bancários mantém a decisão de deflagrar greve nacional por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira, dia 27. Novas assembleias estão agendadas para segunda-feira, dia 26, para organizar a paralisação em todo país.

“O índice de 8 % significa um aumento real de apenas 0,56 % , muito abaixo da reivindicação de 12,8 % (5 % de ganho real mais a inflação). A proposta também não contempla valorização do piso da categoria e não aumenta a Participação nos Lucros e Resultados (PLR)”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. “É uma proposta muito baixa, especialmente se comparada aos elevados lucros alcançados pelos bancos no primeiro semestre, que chegaram a mais de R$ 27 bilhões no primeiro semestre”, salienta Cordeiro.

Além disso, a nova proposta também não traz avanços em relação às reivindicações de emprego e melhoria das condições de trabalho. “Queremos mais contratações, fim da rotatividade, combate ao assédio moral, fim das metas abusivas, mais segurança e melhoria do atendimento aos clientes, dentre outros pontos”, destaca o dirigente sindical.

“Desde o início apostamos no processo de negociação, mas, com essa nova proposta, vamos intensificar a mobilização da categoria em todo o país para realizar uma greve ainda mais forte, a fim de arrancar dos bancos uma proposta decente”, defende. “É uma vergonha dizer que conceder um reajuste melhor aos trabalhadores é um custo alto para os bancos. E os lucros? E a valorização dos trabalhadores? É um desrespeito convocar uma negociação para apresentar isso”, revolta-se Nilton Damião Esperança, representante da Federação no Comando Nacional.

Mais vezes

A única sinalização positiva foi a concordância dos banqueiros em aumentar a freqüência das reuniões da mesa temática de segurança bancária. Na rodada anterior, realizada no último dia 20, a Fenaban propôs que as mesas de igualdade de oportunidades, terceirização e saúde do trabalhador tivessem reuniões trimestrais, mas a de segurança bancária só se reuniria a cada seis meses. O Comando Nacional deixou claro que os encontros para discutir um tema desta importância deveria acontecer com intervalos menores. Na sexta-feira, os banqueiros sinalizaram que podem concordar em realizar estas reuniões com a mesma frequência das demais, mas este ponto ainda não está definitivamente fechado.

Fonte: ContrafCUT com FEEB-RJ/ES