CAMPOS: Semana cheia, com campanhas e mudanças no estatuto

O Sindicato dos Bancários de Campos teve uma semana agitada entre 09 e 13 de abril. Na segunda-feira aconteceu um mutirão junto aos empregados do BB para pedir votos para a Chapa 1, candidata à direção da Cassi. O esforço foi recompensado, já que chapa, apoiada pelo sindicato, saiu-se vencedora.

A terça-feira foi destinada à Assembleia para Alteração Estatutária. As modificações foram de várias naturezas e todas urgentes. Uma delas foi a redefinição da base de atuação do sindicato, acrescentando os municípios recém-criados através de emancipação. Foi também incluída a representação dos demais trabalhadores do ramo financeiro, já que a entidade já havia feito a modificação do nome. Foi também incluída no estatuto a exigência de que a direção respeite a cota mínima de 30 % de mulheres, o que já será exigido das chapas que concorrerem nas próximas eleições. “Demos o primeiro passo e espero que a categoria amadureça de forma a se chegar ao patamar de 50 % de participação feminina na direção do sindicato”, deseja RAfanele Pereira, presidente da entidade.

Os dias 11 e 12 foram dedicados à campanha de participação no plebiscito pelo fim do imposto sindical. A CUT nacional definiu uma Campanha Nacional por Liberdade e Autonomia Sindical para defender uma de suas principais bandeiras: o auto-financiamento das entidades sindicais. Os dirigentes do Sindicato dos Bancários de Campos foram à base explicar aos bancários por que é importante desvincular as entidades do governo e informar o endereço eletrônico para a participação no plebiscito.

Por fim, na sexta-feira, dia 13, os dirigentes concentraram esforços no Bradesco. A principal agência do banco no município-sede foi alvo de uma manifestação que acompanhou a distribuição de jornal especifico do banco. Com carro de som 3 muita conversa com os funcionários, os dirigentes ressaltaram a importância do banco reabrir negociações sobre temas como o Plano de Cargos e Salários e melhoria nos planos de saúde e odontológico. Os dirigentes também enfatizaram a urgência da criação do auxílio-educação, já que o Bradesco é o único dos grandes bancos brasileiros que não oferece este beneficio a seus empregados.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

TERESÓPOLIS: Bradesco reabre agência alagada em apenas quatro dias

A chuva que caiu em Teresópolis no feriadão da Semana Santa alagou a agência Feliciano Sodré do Bradesco, que ficou totalmente destruída. Todas as máquinas foram perdidas e foi preciso fazer obras na agência, a toque de caixa. A unidade ficou somente quatro dias fechada, reabrindo já na sexta-feira, dia 13. “Com o lucro que o Bradesco tem obtido nos últimos anos, isso fica fácil, dinheiro não falta”, comentou Ana Maria de Mello, diretora do Sindicato dos Bancários.

A destruição foi ampla e foi necessário trocar todo o carpete, as divisórias, os terminais dos guichês de caixa e de autoatendimento. No fim de semana do temporal, alguns bancários foram chamados para colaborar com a limpeza da agência, principalmente para recuperar documentos e avaliar a extensão dos danos aos equipamentos. O Sindicato dos Bancários ouviu do gerente geral a promessa de que as horas-extras destes funcionários – inclusive o gestor – serão pagas conforme exige a legislação. A lei trabalhista determina que o trabalho nos fins de semana seja antecipadamente acordado com o sindicato, mas, como a situação foi imprevista, a direção da entidade não fez nenhuma cobrança ao banco.

Durante os dias em que a unidade ficou fechada ao público, alguns bancários foram deslocados para outras agências do banco no município. Enquanto isso, os gerentes ficaram na agência que foi alagada, acompanhando as obras e orientando no que foi preciso. Neste período, o ponto foi anotado manualmente, mas, segundo apurado pela direção do sindicato, tudo foi feito de maneira correta.

Quanto à segurança bancária, todos os equipamentos que já existiam antes do alagamento foram reinstalados e seu funcionamento será cobrado pelos diretores do sindicato nos próximos dias. O Bradesco, que tem por política não instalar portas de segurança, manteve a entrada da agência com antes.


Embora tenha havido boa vontade por parte de todos, o serviço foi feito precariamente, já que nenhuma das agências está preparada para acomodar mais que o número de empregados lotados. “Houve boa vontade por parte de todos, mas a produtividade não foi a mesma. Mesmo assim, não haverá revisão da meta de vendas de produtos para o mês. “No ano passado, quando aquela tragédia aconteceu aqui, tivemos reunião com o banco, pedimos a redução das metas, mas o Bradesco não atendeu à nossa reivindicação. A intransigência do banco agora não nos surpreende, mas não deixa de nos indignar”, protestou Ana Maria de Mello.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Congresso da Anapar discute paridade na gestão


 


A Anapar – Associação Nacional dos Participantes dos Fundos de Pensão realizou no final de março o seu 13º Congresso Nacional em Goiânia. Houve debates sobre a política de investimentos, legislação, conflitos judiciais e o fomento ao sistema de previdência complementar. A Federação foi representada pelos diretores Sérgio Farias (BB) e Luiz Ricardo Maggi (Caixa) e o Sindicato do Rio de Janeiro, por Luciana Vieira (BB) e Fátima Guimarães (Real/Santander).

Durante o evento, foi realizada também a Assembleia Geral dos Associados, onde foram submetidos à aprovação dos presentes o Relatório Anual de Atividades, as contas da Diretoria Executiva e o Balanço da entidade para o exercício de 2011. Foram também apreciados e aprovados o orçamento e o plano anual de atividades e diretrizes para 2012. Houve ainda apresentação e debates das teses dos associados.


 


Entre as discussões políticas que aconteceram no evento, uma das mais importantes foi a da democratização dos fundos de pensão. A Anapar defende que a representação dos participantes nas diretorias e conselhos deliberativo e fiscal deve ser equilibrada com a das empresas patrocinadoras, para que o controle seja compatilhado. “É preciso que os fundos de pensão sejam blindados para que fiquem imunes a tentativas governamentais de se apropriar dos superávits. Hoje, temos um governo democrático e popular, mas não sabemos o que pode vir pela frente. É bom lembrar que em 2001 o governo FHC tentou abocanhar R$ 1,5 bilhão do superávit da Previ e só foi impedido por uma ação judicial ajuizada pelo Seeb-Brasília”, destaca Sérgio Farias.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Santander burocratiza pagamento e bancários ficam sem benefícios

As mudanças no sistema de pagamento de benefícios estão deixando bancários do Santander sem os reembolsos garantidos pela Convenção Coletiva de Trabalho. Uma bancária relatou a nossa reportagem que, depois das modificações, ficou sem receber o auxílio-creche por dois meses consecutivos, mesmo tendo cadastrado as solicitações e enviado os comprovantes de pagamento das mensalidades. Tudo por causa da nova exigência de que o superior imediato do funcionário faça a validação do pedido no Portal RH.


A mudança foi informada, mas um detalhe ficou de fora: para onde enviar os comprovantes de pagamento. A instrução que consta do formulário de solicitação é de que as cópias dos boletos devem ser enviadas por malote para o arquivo central, em São Paulo. A bancária não teve seus pedidos de reembolso aprovados por dois meses porque seu superior não recebeu os comprovantes. Só que ninguém informou que ela precisaria apresentar os boletos ao chefe, nem quem seria encarregado de enviá-los à sede. Quando a mudança foi anunciada, através de e-mail, foi informado apenas que as solicitações teriam que ser validadas pelo superior, não que haveria mudanças no envio do comprovante.


O problema não é meramente de informação, já que o não pagamento constitui descumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho. “Se a bancária comprovar que tem direito e apresentar os documentos previstos na CCT, tem que receber. Os procedimentos internos do banco não podem impedir o pagamento do benefício”, esclarece Sayonara Grillo, assessora jurídica da Federação.


Desde a fusão do Real com o Santander, os procedimentos estão sendo modificados e têm trazido transtornos ao cotidiano da empresa. “O banco está burocratizando cada vez mais os processos. Além de dificultar o pagamento dos benefícios aos empregados, ainda gera novas obrigações para os gestores. Não tem cabimento o gestor de agência ou um superintendente assumir tarefas de RH”, critica Luiza Mendes, representante da Federação na COE do Santander.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

RIO: Chapa 1 é eleita para dirigir sindicato até 2015

Com 86,5 % dos votos válidos a Chapa 1, apoiada pela CUT, foi eleita para dirigir o Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro pelos próximos três anos. Almir Aguiar permanece na presidência da entidade, com Adriana Nalesso como vice. O percentual de votos brancos e nulos foi de 2 % .

Resultado Final:


 































Total de Votos
Chapa 1 10.471
Chapa 2 1.631
Brancos

81

Nulos 168
TOTAL 12.351
    















Votos
válidos
% de votos
válidos
Chapa 1 10.471 86,52 %
Chapa 2 1.631 13,47 %




Pleito tranquilo e democrático

José Ferreira Pinto é vice-presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro na gestão que está se encerrando e presidiu a Comissão Eleitoral encarregada de organizar e realizar as eleições. Ele relatou que o processo se deu em clima de tranquilidade, sem qualquer incidente que pudesse comprometer a lisura do pleito. “Não tivemos nenhuma urna impugnada nem no processo de votação, nem durante o escrutínio”, relatou o sindicalista. José Ferreira destaca, ainda, que a tensão entre as chapas foi restrita a algumas urnas do BB nos prédios do Sedan e do Andaraí, mas que tudo se resolveu sem maiores problemas.

José Ferreira destaca que a participação foi expressiva, com 12.351 votos colhidos. “O último voto foi o de uma bancária que foi demitida recentemente do Itaú”, informa. “Este foi um verdadeiro voto de confiança e demonstra que a categoria reconhece o empenho do sindicato”, avalia.



O significativo número de votos em separado não deixou de ser notado. Alguns destes votos são de bancários que estão em férias, mas nem todas as situações são amenas, Temos um alarmante número de licenciados e muitos bancários que estavam trabalhando fora das agências, em visitas a clientes, no momento em que as urnas passaram por seus locais de trabalho. Esta situação, do trabalho externo, surgiu na década de 90 e vem se intensificando nos últimos anos”, relata o dirigente.

Com urnas que percorreram todos os locais de trabalho e outras fixas no sindicato, num total de 80, o pleito exigiu uma estrutura custosa. “Este custo exige uma reflexão sobre, para que possamos reduzir os gastos sem perder em eficiência. Devemos, no futuro, avaliar a possibilidade do voto eletrônico, com mecanismos para tornar todo o processo mais ágil, mas mantendo a lisura do pleito”, espera José Ferreira.

Amplo apoio

Colaboraram com a realização das eleições representantes da CUT Nacional, CUT-RJ, CUT-ES, Contraf-CUT, Afubesp, Fetraf-MG, Sindicatos de Belo Horizonte, Brasília, Ceará, Curitiba, Extremo Sul da Bahia, Londrina, São Paulo e Zona da Mata (Juiz de Fora). Da base da Federação, participaram do pleito dirigentes dos sindicatos da Baixada Fluminense, Campos, Itaperuna, Niterói, Nova Friburgo, Petrópolis e Sul Fluminense.

Dois projetos em disputa


 


Enquanto os últimos votos eram colhidos, no fim da tarde de sexta-feira, 13, Almir Aguiar e Patrícia Vale apresentaram suas chapas e suas propostas:


 












CHAPA 1:
Presidente: Almir Aguiar


A cara da chapa 1:


É a cara da diversidade. Temos um conjunto heterogêneo composto por mulheres, homens, afrodescendentes e homoafetivos. Ainda não atingimos a representatividade ideal, mas temos empregados de todos os bancos que atuam em nossa base, entre privados e públicos, e a chapa tem 25 % de mulheres em sua composição.

Também é importante destacar que a chapa reúne todos os campos políticos que integraram a gestão anterior. Somos uma chapa plural.

As propostas da Chapa 1:

Nos propomos intensificar as lutas da categoria e preservar a unidade nacional, que tem proporcionado grandes conquistas, como os oito anos consecutivos de aumento real, a melhoria nos pisos salariais, avanços em cláusulas sociais como a ampliação da licença maternidade e a inclusão do parceiro homoafetivo no plano de saúde, garantidas na Convenção Coletiva. Também destacamos o acordo aditivo de combate ao assédio moral.

Pretendemos intensificar a luta contra as terceirizações e os correspondentes bancários, trazendo os tercerizados para a categoria com todos os direitos dos bancários. Isso é o que chamamos de construção do Ramo Financeiro, uma proposta perseguida pela organização nacional e que nós consideramos acertada.

Também precisamos lutar pela geração de empregos e a redução drástica da rotatividade. No BB e na Caixa conquistamos em dois anos consecutivos a inclusão de cláusulas nos Acordos Aditivos que garantiram a contratação de bancários. Esta necessidade acontece não só por causa da redução da terceirização, mas também porque há muitos bancários afastados, muitos por doenças que são conseqüências das metas abusivas e do assédio moral.

Pretendemos aprofundar a discussão sobre igualdade de oportunidades. Temos mais de 50 % da categoria composta por mulheres e precisamos também lutar para que seja ampliado o acesso de negros e negras à categoria. Mas não adianta somente termos mulheres e negros nos bancos, é preciso que estas pessoas tenham remuneração igual e as mesmas oportunidades de ascensão.

Vamos continuar lutando para que os bancos levem a sério a segurança bancária e invistam em medidas que garantam a segurança de funcionários e clientes. Em 2011, os cinco maiores bancos lucraram mais de R$ 50 bilhões, mas a parcela do lucro investida em segurança foi ínfima. Os bancos priorizam a segurança de seu patrimônio em detrimento da vida das pessoas. A prova disso é que tivemos no ano passado 49 mortes em decorrência de assaltos, sendo 32 somente em saidinhas de banco. Vamos pressionar para que a Febraban e o conjunto dos bancos adotem medidas para mudar este quadro, com instalação de mais dispositivos de segurança e também com aumento do efetivo e treinamento adequado dos vigilantes, entre outras.

Também pretendemos modernizar ainda mais o sindicato, ampliando as formas de comunicação com os bancários e oferecendo mais conforto para receber a categoria e mais eficiência para resolver os problemas que surgirem.

  
CHAPA 2:
Presidenta: Patricia Vale


A cara da Chapa 2:


Somos uma chapa formada por delegados sindicais e ativistas da Oposição Bancária, que define um sindicalismo diferente, independente de governos e patrões, e que reflita as necessidades e expectativas da categoria.

Temos bancários com mais de trinta anos de banco e outros com pouco tempo de casa. Os três principais cargos – presidência, vice-presidência e secretaria geral – são ocupados por mulheres. Também temos diversidade racial, a nossa vice-presidente é negra e temos outros negros na chapa.

A chapa 2 é formada por pessoas que têm participado das lutas da categoria e não concordam com a forma como as campanhas salariais e as principais lutas têm sido conduzidas.

As propostas da Chapa 2:

Defendemos a total independência de governos e dos banqueiros.

As nossas propostas estão no nosso blog, mas podemos destacar as que buscam democratizar o sindicato e devolver o controle para a base. Entre estas, temos a eleição para integrantes da mesa de negociação em assembleia de base; o rodízio de dirigentes liberados, já que achamos errado o sindicalista passar anos liberado sem voltar para a base, ficando afastado das necessidades da categoria; a possibilidade de revogação do mandato de dirigentes que tiverem atitudes incompatíveis com o cargo, em assembleia, garantido o direito de defesa; o jornal BancáRio deve refletir opiniões divergentes dentro da categoria e estar aberto à participação de grupos diferentes, já que o jornal é pago por todos os sindicalizados; defendemos também a criação da secretaria de negros e de uma secretaria de mulheres e LGBT; somos contrários à concessão de quaisquer benefícios e privilégios aos dirigentes sindicais que não atinjam os demais bancários.

Propomos também:

Priorizar a luta pela estabilidade no emprego para todos os bancários, exigindo do governo federal que pressione o Congresso ratificar a Convenção 158 da OIT;

A luta imediata pela jornada de seis horas para todos os bancários, sem redução de salário;

O combate a todas as campanhas e planos de metas de vendas de produtos;

A realização de uma campanha efetiva de combate ao assédio moral nos locais de trabalho. O sindicato não pode confiar que os bancos vão combater o assédio moral. No BB, por exemplo, temos um comitê de ética que não dá conta do problema. Também defendemos que o sindicato use seus meios de comunicação para denunciar os assediadores;

A reposição de todas as perdas salariais acumuladas desde o Plano Real deve entrar na pauta de reivindicações dos bancários;

A luta pelo fim da terceirização e dos correspondentes bancários.
Blog da chapa 1:
http://www.chapa1bancariosrio.blogspot.com.br

Blog da Chapa 2:
oposicaobancaria.blogspot.com



Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Torturador incita violência contra manifestantes

Os nomes, fotos e dados pessoais de cinco rapazes que participaram da manifestação em frente ao Clube Militar no último dia 29 estão sendo divulgados amplamente em blogs, sites e nas redes sociais por simpatizantes da ditadura militar. Tudo começou no blog A verdade Sufocada, que listou informações sobre rapazes, incitando simpatizantes da ditadura a retaliarem os atos dos cinco. O blog é mantido por Maria Joseita Brilhante Ustra, esposa de Carlos Alberto Brilhante Ustra, coronel reformado do Exército, comandante do Doi-Codi de São Paulo entre 1970 e 1974 e reconhecido pela Justiça como torturador.


 


Um dos rapazes, Felipe Garcez, foi identificado por uma foto em que aparece cuspindo num senhor idoso. O que a legenda da foto, publicada pelo jornal Estado de São Paulo, não informa é que o octogenário é presidente do grupo Terrorismo Nunca Mais – Ternuma. A entidade se propõe a fazer contraponto ao grupo Tortura Nunca Mais, um dos mais aguerridos grupos de crítica às práticas de interrogatório empregadas durante a ditadura. Ou seja: apesar da aparência frágil, o idoso não é o que se possa considerar inocente. Assim sendo, a fúria dos jovens é compreensível.


 


Por escarrar num ex-torturador, Garcez teve sua foto e seus dados de contato divulgados no blog do casal Ustra. Outros quatro ativistas também foram expostos — Adil Giovanni Lepri, Eduardo Victor Viga Beniacar, Rodrigo Mondego e Gustavo Santana. O último sofreu ferimentos no cotovelo que exigiram uma cirurgia, fato que foi noticiado até mesmo no site A Verdade Sufocada.


 


O problema agora são as ameaças que os rapazes vêm recebendo. Felipe teve todos os seus dados de contato revelados. Também foram levantadas outras informações pessoais e foi montado um breve dossiê a seu respeito, indicando onde estudou e trabalhou. “Mas eles omitiram que eu trabalhei no gabinete do vereador Leonardo Giordano, do PT de Niterói. Minha nomeação foi publicada em Diário Oficial, como ninguém viu isso?”, questiona Garcez. A noiva de Felipe sofreu ameaças de caráter sexual e teve sua moral questionada pelos ameaçantes. Chegaram até ameaçar a filha do ativista, de pouco mais de um ano. “Estamos ignorando a maioria das ameaças, mas algumas são sérias. Só não vamos deixar de militar, não vamos nos acovardar. Já estamos buscando os meios legais de processar estas pessoas por incitação ao ódio.”, informa o ativista.


 


O blog do casal Ustra não aceita comentários, mas o texto foi amplamente reproduzido em blogs e sites de simpatizantes da ditadura. Nestes, os comentários revelam o ódio profundo não de militares reformados que viveram a ditadura, mas de jovens civis e militares da ativa. A divulgação dos nomes, fotografias e dados de contato dos rapazes pode, sim, se tornar um perigo. “Não nos preocupamos tanto com os militares, mas há muitos grupos violentos, nazi-fascistas, skinheads que podem nos atacar. Este é o maior perigo”, analisa Felipe.


 


Durante a manifestação, alguns jovens ficaram feridos. O já citado Gustavo Santana, que se recupera da cirurgia, foi atingido pelas costas. “Eu vi quando o policial chegou por trás e deu com o cassetete no cotovelo do Gustavo. Foi para machucar, não para dispersar. Nem em guerras se atinge o inimigo pelas costas”, relata Felipe Garcez. Mira Caetano é outra ativista que foi ferida. Ela foi atingida por uma bomba de gás lacrimogênio na barriga e chegou a perder os sentidos. A foto de Mira sendo carregada foi amplamente divulgada e a ajudou a identificar o jovem que a resgatou. “Esse rapaz que me tirou do meio da confusão pode ter salvo minha vida, nunca o vi, mas serei eternamente grata”, declarou a ativista em depoimento no seu perfil do Facebook. O texto, compartilhado e visualizado por muitas pessoas na rede social, acabou servindo para que Mira soubesse o nome do rapaz de camisa azul que teve a presença de espírito de afastá-la do perigo.


 


A forma como os policiais agiram chamou a atenção dos jovens ativistas. “Acho que estamos marcados, já conhecíamos, de outros protestos, os policiais que estavam no ato do Clube Militar. Nós os conhecemos, e eles nos conhecem também”, informa o ativista. Garcez acredita que policiais tenham se infiltrado entre os manifestantes e apontado aos colegas quem deveria ser preso ou agredido.


 


Truculência policial


 


O uso de armas não letais durante a manifestação foi mais do que exagerado. Os sprays de pimenta foram amplamente usados para dispersar os manifestantes quando alguns resolveram sentar-se na faixa de pedestres do cruzamento entre Av. Rio Branco e Rua Santa Luzia. Mesmo depois dos manifestantes começarem a se dispersar, foi lançada a primeira bomba de gás lacrimongêneo. Daí, a situação ficou difícil e quase todo o quarteirão entre as ruas México, Santa Luzia, Pedro Lessa e Av. Rio Branco se tornou uma praça de guerra. Foram disparos de pistolas taser, numerosos esguichos de gás de pimenta, várias bombas de gás lacrimogêneo e muita violência policial. Os homens do batalhão de choque, já prevenidos de que haveria confronto, usavam máscaras para se protegerem do gás.


 


Depois do ato, apoiadores do golpe de 64 reagiram à manifestação aplaudindo a ação da polícia e justificando-a através da atitude dos ativistas. Mas nem mesmo os mastros das bandeiras e cartazes foram usados para agredir os militares ou os policiais. Houve denúncias de que um rapaz teria atirado uma garrafa de água mineral – de plástico – sobre um PM e que alguns jovens tenham jogado ovos nos policiais. A desproporção entre o aparato usado pela polícia e a vulnerabilidade dos manifestantes é gritante. Aos jovens que estavam na linha de frente, só restava correr. Os ativistas veteranos, talvez tendo percebido quando a temperatura começou a subir, se mantiveram na retaguarda, tanto é que poucos aparecem nas imagens da manifestação.


 


A atitude dos policiais era hostil desde o início. Na maioria das passeatas e atos políticos realizados no centro da cidade os PMs pouco fazem além de orientar o trânsito. Mas, no dia 29 de março a postura e o aparato sugeriam uma atuação mais agressiva, o que se confirmou ao longo do protesto. “Acho que desde os protestos contra a venda da Vale que eu não tomava bomba de gás lacrimogêneo”, comentou o cineasta Paulo Halm em seu perfil no Facebook. Felipe Garcez acredita era mesmo esta a intenção: “Os policiais não usaram as armas não letais para dispersar os manifestantes, mas para machucar”, avalia o ativista.


 


Não letais?


 


A atuação das forças de segurança pública na manifestação levanta o debate sobre o uso das armas ditas não-letais. Depois da morte de um brasileiro causada pelo disparo da pistola taser de um policial australiano, a discussão ganhou a mídia. No Brasil, o uso das armas de eletrochoque foi inaugurado em 2009, como parte do aparato policial destinado a fazer a segurança em Belém – PA durante o Fórum Social Mundial. Os casos de óbito provocado por estas armas se multiplicam pelo mundo todo, inclusive em nosso país – o último caso relatado aconteceu no final de março, em Santa Catarina. A Anistia Internacional, organização que promove os direitos humanos e combate a tortura, enviou mensagem a governos de vários países reivindicando a suspensão do uso destas armas pelas forças policiais. Só nos EUA, segundo estimativa da AI, foram 334 mortes em sete anos. No Canadá, um caso emblemático ocorrido em 2007 levou à produção de um dossiê com o mapeamento dos casos de morte causados pelas tasers.


 


Além da letalidade destas armas, a discussão também passa pelo seu uso. Na manifestação em frente ao Clube Militar os policiais usaram indiscriminadamente para sprays de pimenta, bombas de gás e até para a pistola taser. Os cassetetes, velhos conhecidos dos militantes políticos, também tiveram seu lugar. Pelo menos duas pessoas foram atingidas por disparos de taser. As imagens da violência policial foram amplamente divulgadas pela Internet e mostram a arbitrariedade dos policiais no uso destas armas. No vídeo produzido pelo cartunista Latuff (veja abaixo), vê-se claramente a pistola, amarela, na mão do PM e ouve-se o som do disparo contra a vítima, uma mulher. A impressão que se tem é de que a orientação dada aos policiais é de que, já que as armas são não-letais, podem ser usadas livremente.


 


Quando a violência policial ficou mais intensa, muitos dos convidados do evento no Clube Militar correram para a janela do quinto andar para assistir. Um dos presentes era o general da reserva Newton Cerqueira, chefe da operação que perseguiu e executou o guerrilheiro Carlos Lamarca. Cerqueira era o comandante da PMRJ na ocasião do atentado ao Riocentro e foi secretário de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro no governo de Marcello Alencar. Com estas conexões, não é de admirar que a PM tenha exagerado no uso da força.



 


Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

NOTA DE FALECIMENTO

Faleceu na noite do último sábado, dia 07, Manuel Martins da Costa, pai do secretário-geral do Sindicato dos Bancários de Niterói, Luís Cláudio de Souza Costa. Manoel estava internado desde 15 de fevereiro e foi submetido a uma cirurgia para remover um edema de coluna. Houve complicações, Manoel sofreu três paradas cardíacas e veio a falecer. O sepultamento ocorreu na tarde de domingo. A diretoria e os funcionários da Federação enviam suas condolências ao companheiro Luís Cláudio e sua família.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

CRT SANTANDER: apenas avanços tímidos

A reunião da Comissão de Relações Trabalhistas do Santander que aconteceu no último dia 03 não foi das mais produtivas. De oito itens da pauta, somente um deles teve avanço objetivo, com a promessa do banco de permitir acesso dos trabalhadores afastados ao Portal RH, mas não houve ainda a concretização. As questões sobre condições de trabalho nas agências e os problemas relativos às pessoas com deficiência serão discutidas em reuniões especificas. Mas temas como a assistência médica para aposentados e o monitoramento do atingimento de metas ainda não tiveram resposta objetiva.

A questão do acesso às informações no Portal RH é complexa. Os dirigentes sindicais que se cadastraram conseguem acessar seus dados, mas somente de um terminal localizado nas dependências do banco, pois a rede é interna. Já o trabalhador afastado não tem como acessar o portal, já que sua senha de funcionário fica bloqueada durante o afastamento. O banco já está viabilizando o acesso às informações de RH pela Internet, para que todos os empregados, independente da situação, possam conferir suas informações. Segundo o banco, até o final do ano este sistema já estará em plano funcionamento.

O primeiro item da pauta foi a contratação de Pessoas Com Deficiência. O banco alega que o número de trabalhadores com algum tipo de deficiência está acima da cota especificada legalmente, mas não informou dados sobre estes funcionários. Os sindicalistas reivindicam um mapeamento detalhado de quem são, onde estão e que tipo de deficiência apresentam os trabalhadores contratados pela cota. Além disso, os problemas que já haviam sido denunciados pelos representantes dos empregados permanecem: “Os problemas de adequação de equipamentos para adaptação continuam, nada de significativo foi feito para oferecer condições de trabalho aos funcionários com deficiência. Além disso, constatamos que o treinamento não deve ser oferecido somente aos PCD, mas a todo o corpo funcional. Os outros trabalhadores precisam de treinamento para receber os PCDs, aprender a trabalhar com eles. A inclusão tem que ser total e não é isso que vem acontecendo”, relata Luiza Mendes, representante da Federação na COE do Santander. Ficou acordado que as questões relativas a este tema serão discutidas numa reunião específica.

Os problemas relatados a respeito de condições de trabalho nas agências serão tratadas com maior aprofundamento no GT específico, mas algumas respostas já foram apresentadas. Uma delas foi que há intenção do banco de renovar o acordo sobre assédio moral. Mas a segunda não foi tão satisfatória: o banco informou que já enviou orientação para que os caixas não tivessem meta de vendas de produtos, mas esta prática ainda permanece. O movimento sindical reivindicou em reunião anterior que este documento seja apresentado, mas o banco ainda não enviou a cópia.

Um assunto difícil foi a questão do monitoramento de resultados. Ficou proibido pela Convenção Coletiva de 2011/2012 a publicação de ranking de atingimento de metas, mas várias denúncias têm chegado aos sindicatos de que a cláusula está sendo descumprida. “Mesmo nas agências onde não há a tabela de desempenho, nas reuniões há um momento em que o primeiro colocado da unidade é aplaudido pelos colegas. É só uma maneira diferente, mas também é publicação de resultados”, pondera Luiza Mendes.

O fim das restrições de distribuição do auxílio-academia, foi negado pelo banco. O movimento sindical alega que o banco impôs esta limitação para economizar, já que poucos bancários continuarão recebendo. “Quem ganha até R$ 3 mil são os estagiários e caixas, e estes não têm tempo para ir à academia, porque a maioria está cursando faculdade. O banco deve ter feito uma pesquisa para estabelecer o critério antes de colocar a restrição, com objetivo de reduzir o número de bancários que continuariam recebendo”, pondera Luiza Mendes. A diretora lembra que o benefício era concedido pelo extinto banco Real e foi estendido a todos os trabalhadores do grupo no momento da fusão, mas o valor não era atualizado há muitos anos. A sindicalista destaca, ainda, que o auxílio podia cobrir até 50 % do valor da mensalidade da academia, com teto de R$ 60 nas capitais do Rio de Janeiro e São Paulo e de R$ 50 nos demais municípios.

Também foram discutidas ou apresentadas as seguintes reivindicações:

Acesso dos dirigentes a informações sobre o quadro de pessoal em dezembro de 2011, com número de funcionários com discriminação de gênero e remuneração; número de demissões em 2011, especificando se foram a pedido, sem justa causa ou com justa causa; número de trabalhadores que estarão aptos a se aposentar dentro dos próximos dois anos. O banco informou que os dados serão apresentados no Balanço Social de 2011;

Informações sobre a concessão de bolsas auxílio estudo com total de solicitações, número de vagas preenchidas, número de recusas e justificativas. O banco informou que, atualmente, 1.500 empregados recebem o benefício e que no último período, 300 pedidos apresentaram alguma irregularidade e não foram atendidos;

Informações sobre as realocações de funcionários da Compensação Morumbi (São Paulo). Foi informado que alguns empregados foram realocados na rede e que, quanto aos demais, o banco ainda está buscando uma solução;

Manutenção do plano de saúde para aposentados e dependentes com no mínimo 5 anos de vínculo empregatício com o banco, nas mesmas condições e valores descontados dos empregados da ativa. O banco ficou de avaliar, mas já adiantou que está seguindo a legislação, que determina a cobrança do valor integral. O movimento sindical insiste na reivindicação, argumentando que a contribuição do empregado foi prolongada, justificando a manutenção do benefício nos mesmos moldes após a aposentadoria;

Redução das taxas de juros e das tarifas bancárias para empregados da ativa e aposentados. O banco ficou de avaliar;

Acesso dos dirigentes aos locais de trabalho, inclusive os call centers, conforme cláusula do Acordo Aditivo 2011/2012. A direção do banco é inflexível no caso dos call centers, alegando que não pode permitir o acesso à área das baias de atendimento em razão da natureza da atividade;

Distribuição de cartilhas detalhando os programas de PLR e programas específicos de remuneração, bem como o Programa Próprio de Gestão e as regras da Avaliação de Qualidade Operacional, conforme consta do Acordo Coletivo. As cartilhas foram entregues à coordenadora da COE, Rosana Alaby.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

3º Congresso da Contraf-CUT elege direção equilibrada

Antigos e novos dirigentes  compõem a Executiva. Cota de 30 % de mulheres é alcançada pela primeira vez


A eleição da nova diretoria foi o ponto alto do 3º Congresso da Contraf-CUT, realizado entre os dias 30 de março e 1º de abril em Guarulhos-SP. Carlos Cordeiro continua presidindo a entidade, para mais um mandato de três anos, até 2015. A nova diretoria foi eleita por unanimidade, demonstrando a unidade e o consenso entre os dirigentes sindicais bancários de todo o país.


Este 3º Congresso inovou na sua forma de construção, com a realização de pré-congressos em todas as federações. “Este formato favoreceu os debates, as polêmicas que vieram dos eventos regionais foram abordadas e debatidas. Não tivemos somente apresentação de propostas, tudo foi construído nas discussões”, relata Miguel Pereira, secretário de Organização.


A composição da nova diretoria equilibra nomes da gestão antiga e novos. “Tivemos espaço para a renovação, que vai oxigenar a diretoria, mas é o mesmo projeto, vamos dar continuidade ao trabalho e aprimorá-lo”, acredita Miguel.


Para Miguel Pereira, que se mantém na pasta de Organização, houve um equilíbrio que será vantajoso: “Fizemos um esforço para que a Executiva seja um espelho da organização e da representação que os bancários têm em todo o país”, explica. A base da Federação é representada, na Diretoria Executiva, por três nomes: Carlos Souza, do Seeb-Rio, que ocupa a vice-presidência; Miguel, que é oriundo do Seeb Sul Fluminense e que continua na Secretaria de Organização; e Adilson Barros, também do Seeb-Rio, que assume a recém-criada Secretaria de Relações do Trabalho. A nova composição da diretoria também reúne dirigentes de vários pontos do país, como a nova titular da Secretaria de Políticas Sociais, Andrea Freitas Vasconcelos, que vem de Roraima, e o novo secretário de Assuntos Jurídicos, Alan Patrício, de Pernambuco.


Outra novidade é a criação de uma secretaria da Mulher, desmembrada da pasta de Políticas Sociais – adotando o modelo da CUT nacional – que ficou sob o comando de Deise Recoaro. “Se a pauta da igualdade de oportunidades já é importante para todos os trabalhadores, para os bancários é mais ainda, porque as mulheres já são mais da metade da categoria. Outro destaque da nova composição é que, pela primeira vez, foi cumprida a cota de gênero de 30 % , antiga bandeira do movimento sindical cutista.


Os trabalhos no 3º Congresso renderam frutos que vão orientar o trabalho dos próximos três anos. Os participantes aprovaram por unanimidade o texto-base, que foi elaborado pela direção anterior e modificado de acordo com as demandas surgidas nos pré-congressos. A estratégia de ação sindical que a Contraf vai adotar até 2015 tem sete eixos principais. “Quando há continuidade de um projeto que dá certo a expectativa é que seja sempre melhor. Isso aumenta a responsabilidade, mas também o comprometimento das pessoas que vão tocar o trabalho”, acredita Miguel Pereira.


Composição da Diretoria Executiva:
Carlos Cordeiro (São Paulo) – Presidente
Carlos Souza (Rio de Janeiro) – Vice-presidente
Ivone Silva (São Paulo) – Secretária-Geral
Roberto Von Der Osten (Paraná) – Secretário de Finanças
Ademir Wiederkehr (Rio Grande do Sul) – Secretário de Imprensa
William Mendes (São Paulo) – Secretário de Formação
Andrea Freitas Vasconcelos (Roraima) – Secretária de Políticas Sociais
Carlindo Abelha (Minas Gerais) – Secretário de Política Sindical
Miguel Pereira (Rio de Janeiro) – Secretário de Organização
Antonio Piroti (Rio Grande do Sul) – Secretário de Estudos Sócio-econômicos
Walcir Previtale (São Paulo) – Secretário de Saúde
Mario Raia (São Paulo) – Secretário de Relações Internacionais
Alan Patrício (Pernambuco) – Secretário de Assuntos Jurídicos
Deise Recoaro (São Paulo) – Secretária da Mulher
Adilson Barros (Rio de Janeiro) – Secretário de Relações do Trabalho


Diretores executivos:
Plinio Pavão (São Paulo)
Simoni Nascimento (Santa Catarina)
Mauri Sergio Souza (Campinas)
Marcos Saraiva (Ceará)
Fabiana Uehara (Brasília)
Manoel Elidio Rosa (São Paulo)
Rosalina Amorim (Pará)
Barbara Peixoto de Oliveira (Brasilia)

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Eleições da CASSI: Contraf-CUT apoia Chapa 1 – Cuidando da Cassi nas eleições de abril

Entre os dias 2 e 13 de abril, os associados da Cassi participarão da eleição de novos diretores e conselheiros do plano de saúde dos funcionários do Banco do Brasil. A Contraf-CUT apoia a Chapa 1 – Cuidando da Cassi, encabeçada por Mirian Fochi, candidata a Diretora de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes e hoje secretária de Assuntos Jurídicos da confederação.

“A Chapa 1 é a mais representativa, reunindo funcionários da ativa e aposentados de todas as regiões do país. São pessoas com um histórico de luta em defesa dos interesses dos associados, em conjunto com o movimento sindical”, afirma Marcel Barros, secretário geral da Contraf-CUT e funcionário do Banco do Brasil. “Hoje, diversos interesses procuram desviar a Cassi de seus objetivos, defendendo a associação com empresas do mercado e outras medidas que podem por a perder tudo que os bancários conquistaram no plano. Os membros da Chapa 1 são as pessoas mais indicadas para defender os bancários nesse momento complexo”, avalia.

Sérgio Farias, representante titular da Feeb RJ/ES na Comissão de empresa do BB, destaca que os integrantes da Chapa 1 são comprometidos com a preservação da função original da instituição, que é atender aos funcionários do BB e seus dependentes. “A chapa 1 representa um olhar para o futuro no sentido da ampliação da assistência e na continuidade e preservação da Cassi”, analisa o dirigente.

Conheça os membros da Chapa 1 – Cuidando da Cassi:

Mirian Fochi – Diretora de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes


É Conselheira Deliberativa eleita da Previ, com mandato até maio de 2012. Tem MBA em Gestão Empresarial pela FGV. Graduada em Turismo. Conselheira certificada pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC); tem certificação da OIT (Organização Internacional do Trabalho) no Programa Institucional para Igualdade de Gênero e Raça; certificada como Conselheira em Direitos Humanos com ênfase nos Direitos da Mulher pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos. Foi diretora do Sindicato de Brasília, integrou a Comissão de Empresa dos Funcionários do BB. Atualmente é Secretária de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT.

Conselho Deliberativo:


Antonio Cladir Tremarin – Titular


José Adriano Soares – Titular

Milton dos Santos (Miltinho) – Suplente


Mário Fernando Engelke – Suplente

Conselho Fiscal:


Carmelina P. dos Santos (Carminha) – Titular


João Antônio Maia Filho – Titular

Cláudio Gerstner – Suplente


José Eduardo Marinho – Suplente

Conheça as principais propostas da Chapa 1:

Exigir compromisso permanente do banco com a Cassi


Vamos cuidar da Cassi para que ela não acabe, garantindo e ampliando os direitos para todos: ativos, aposentados e funcionários incorporados. A Agência Nacional de Saúde editou a ANS 254, exigindo a cobertura de novos procedimentos. O plano que não cumprir a norma até agosto de 2012 será fechado a novas adesões. Lutaremos incansavelmente para que o banco e a Cassi façam adesão à norma e garantam o plano para todos.

Além do exame periódico, promover a saúde no local de trabalho


A Cassi, como cuidadora de saúde, precisa atuar de forma mais incisiva e realizar campanhas de prevenção à saúde nos locais de trabalho. A parceria com o banco precisa ir além do exame anual e das vacinações. Precisa incluir a prevenção às doenças do trabalho e programas de promoção à saúde, como combate à hipertensão, diabetes, obesidade, má alimentação, estresse e outras enfermidades ligadas à tensão no trabalho.

Agilizar a liberação de guias


A liberação de guias de internação, exames e procedimentos cirúrgicos na Cassi é muito burocratizada e demorada. Faltam interlocutores com capacidade de decisão para os associados recorrerem regionalmente. Vamos estabelecer um conjunto de procedimentos que não necessitarão deste tipo de autorização, que serão controlados por auditoria médica.

Fazer o Plano Odontológico funcionar e atender os aposentados


Conquista da greve de 2008, o plano está funcionando mal. Querem limitar e baratear o programa sem avaliar que a Cassi, que fornece 400 mil pacientes, não tem poder de interferir para a melhoria do atendimento. Queremos o Plano para todos os associados, inclusive aposentados, com atendimento eficiente, prestativo e de qualidade.

Aumentar e melhorar a rede credenciada


Vamos fazer parcerias com gerentes de agências, representantes dos funcionários e conselhos de usuários para credenciar profissionais e agilizar seu credenciamento em todos municípios com agências do BB.

Melhorar o relacionamento com prestadores de serviço


Muitos profissionais se descredenciaram da Cassi por causa da morosidade e burocratização do pagamento. Vamos expandir o pagamento/faturamento eletrônico, para agilizar e melhorar o relacionamento com os prestadores, além de reduzir o risco de fraudes.

Melhorar e ampliar as equipes de Saúde da Família


Os serviços próprios da Cassi são essenciais para o modelo que se baseia na prevenção e promoção da saúde. Vamos fortalecer essa estratégia e promover a adesão espontânea aos serviços próprios, oferecendo como contrapartida o fim da coparticipação.

Acelerar expansão da rede referenciada


Vincular os associados, por adesão espontânea, a um médico referenciado do Programa Mais Cassi, oferecendo atendimento personalizado e integral. Esse médico acompanhará melhor a saúde do associado, encaminhando-o ao especialista quando necessário. Vamos agilizar a implantação do Mais Cassi, que ainda funciona como piloto, dispensando a coparticipação para quem aderir espontaneamente.

Ampliar e melhorar programas de prevenção e o PAC


Acelerar a expansão dos programas de atenção domiciliar, saúde mental, plena idade, saúde cardiovascular e bem viver, nos quais hoje estão inscritos pouco mais de 10 % dos usuários da Cassi. Vamos estender a todo o país o Programa de Atenção aos Crônicos que visa evitar a progressão das enfermidades e de suas complicações.

Fortalecer os Conselhos de Usuários


Reforçaremos o papel dos Conselhos de Usuários, fóruns democráticos de fiscalização e acompanhamento da Cassi. Defendemos os conselhos como facilitadores de convênios com médicos, hospitais e clínicas. Vamos negociar com o BB a liberação dos conselheiros para as reuniões.

Aprimorar o Programa de Assistência Farmacêutica (PAF)


Melhorar o PAF, adequando-o às orientações da OMS, de forma a garantir que o programa seja benéfico para a saúde e o bolso de todos. Aumentar o número de farmácias credenciadas, negociando bons descontos.

Fonte: Contraf-CUT, com FEEB-RJ/ES