Darby Igayara faz balanço da gestão na CUT-RJ


Sindicalista bancário fez “show de bola” à frente da central


O bordão “show de bola” é uma marca de Darby Igayara, presidente da CUT-RJ. Tanto que, se uma de suas falas não for encerrada com ele, a audiência pede. E os discursos de Darby são ouvidos atentamente em todo o Rio de Janeiro, capital e interior. Nos últimos três anos, o sindicalista viajou por todo o estado, visitando sindicatos cutistas das mais diversas categorias, reaproximando a central de sua base.


Botar o pé na estrada surtiu efeito e a CUT se fortaleceu na gestão de Darby. A interiorização foi forte, com intensificação da presença junto a sindicatos de todo o estado. “Os sindicatos respondem a isso, estão recebendo mais atenção de nossa parte e dando retorno”, ressalta o presidente. Outra vitória foi a reaproximação com sindicatos que estavam distanciados, como o dos enfermeiros e dos auxiliares e técnicos de enfermagem, além da reafirmação da parceria com sindicatos já bastante próximos. “Não perdemos nenhuma eleição para chapas não cutistas em sindicatos como o dos radialistas, bancários, petroleiros do Rio, Norte Fluminense e Duque de Caxias, Sinttel, nos rurais, da construção civil de Angra, da construção pesada de São Gonçalo”, cita o sindicalista. Darby destaca ainda que houve filiação de sindicatos à CUT, como o dos Estivadores – hoje, quase todos os sindicatos de trabalhadores portuários são cutistas. Também houve ampliação do apoio a oposições em sindicatos como dos rodoviários da Baixada Fluminense e de São Gonçalo, nos Correios e na Comlurb. Darby ressalta, ainda, a proximidade com os trabalhadores informais organizados – os camelôs – e a presença forte junto aos trabalhadores domésticos de Nova Iguaçu, Volta Redonda e Rio de Janeiro, demonstrando que a CUT dá a devida importância às categorias “invisíveis” do mundo do trabalho.


O presidente da CUT-RJ considera que a marca de sua gestão foi a aproximação com os movimentos sociais e populares. O maior exemplo disso foi o apoio à organização dos trabalhadores ambulantes do município do Rio de Janeiro, que criaram dentro da CUT o Movimento Único dos Camelôs – MUCA. “Temos hoje um quadro importante, a Maria dos Camelôs, uma liderança dos trabalhadores ambulantes e dos moradores de ocupações e moradias populares, que se formou aqui com a gente, dentro da CUT”, destaca o sindicalista.


Regional e nacional


Desde o início da briga contra a redistribuição dos royalties do petróleo, a CUT tomou posição. “Estive em Brasília e questionei diretamente o deputado Ibsen Pinheiro, autor da emenda que muda a lei dos royalties. Disse a ele que esta é uma emenda oportunista”, relata Darby. Em sua gestão, a CUT se declarou publicamente a favor do Marco Regulatório do Petróleo, contra os leilões de áreas de exploração e a favor da destinação dos recursos do pré-sal de acordo com as determinações do Fundo Social do Pré-Sal. “Não estamos propondo que se mexa na política de royalties dos campos que já existem. Não se rasga contrato, não se mexe nos já licitados. Temos que discutir o futuro”, defende.


Darby faz questão de destacar, também, o apoio dado pela CUT-RJ à eleição de Dilma Roussef para a presidência. “Elegemos a primeira mulher presidenta do Brasil e a CUT-RJ participou ativamente. Montamos um comitê sindical que era o maior de todos os comitês do estado. Neste espaço, tivemos uma movimentação importante, com a presença de quadros destacados do PT, como José Dirceu, Graça Foster, Lindberg Farias, participando de debates excelente dentro do nosso comitê”, lembra o dirigente.


Mas o apoio à eleição não trouxe benesses à central. “O governo Dilma é mais técnico, mais fechado. Precisamos ampliar as discussões com o governo federal e estamos insistindo nisso, porque a CUT tem muito que contribuir”, avalia o dirigente.


Outra luta importante que a CUT vem travando é a da reforma sindical. “Se a reforma não acontecer, temos que impor algumas mudanças, como o fim do imposto e da unicidade sindical. Costumo dizer que ou o movimento sindical acaba com o imposto, ou o imposto acaba com o movimento”, defende Darby. O sindicalista ressalta que a taxa paga anualmente por todos os trabalhadores acaba estimulando a criação de entidades que não têm representação, os “sindicatos de cartório”, fundados apenas para receber seu quinhão do imposto. “Isso aconteceu muito na gestão Lupi à frente do Ministério do Trabalho, que deu reconhecimento a estes sindicatos. Esperamos que, agora, com Brizola Neto à frente da pasta, esta situação mude. Ele é um apoiador de primeira hora da candidatura de Dilma Roussef e pode vir para democratizar Ministério”, acredita Darby.


Para frente


As obras de grande porte que estão acontecendo no Rio de Janeiro e os conflitos trabalhistas decorrentes delas estão recebendo especial atenção da CUT-RJ. O maio exemplo disso foi o apoio dado à grave dos trabalhadores do Comperj, o Complexo Petroquímico da Petrobras, que está sendo construído em Itaboraí. “As empreiteiras se consorciam e se organizam para explorar os trabalhadores, pagando piso rebaixado. É por este tipo de situação que a CUT luta pelo piso nacional da construção civil”, destaca o sindicalista. As empreiteiras continuam tratando os trabalhadores como mão de obra de segunda categoria, mas o perfil dos profissionais da construção civil mudou. “O peão de hoje faz contas, sabe que está sendo explorado e isso acaba levando à greve, como aconteceu também nas obras do Maracanã”, cita Darby.


A reforma do principal estádio carioca leva também à discussão sobre os grandes eventos esportivos que vão acontecer no Rio de Janeiro. As obras e intervenções no espaço urbano estão levando transtornos a todas as partes da cidade. É o caso das comunidades que estão sendo removidas e dos imóveis residenciais – de todas as classes – e comerciais que são desapropriados para ceder espaço às vias de tráfego e equipamentos esportivos. “Estes problemas têm que ser discutidos não só com os trabalhadores que fazem as obras, mas com toda a sociedade, que está sendo afetada. Os eventos passam, mas o que eles deixam para trás?”, questiona Darby.


É também com os olhos voltados para o futuro que a CUT vai participar da Rio+20, sobretudo das atividades paralelas. Além da participação na Cúpula dos Povos – aí incluída a Marcha dos Movimentos Sociais, marcada para 20/06 – a central está se preparando para o Encontro Sindical, que acontece antes da conferência, e terá a participação de sindicalistas do mundo todo. A presença de representantes dos trabalhadores no evento que discute meio ambiente é óbvia para Darby: “Os seres humanos dependem da matéria-prima que retiram da natureza. E no processo de produção e transformação da matéria-prima, entram os trabalhadores. Daí vem a luta capital x trabalho, e temos que fortalecer a luta dos trabalhadores”, destaca. Para o sindicalista, a preocupação ambiental passa necessariamente pelo debate do trabalho e das condições de vida dos trabalhadores. “Temos, por exemplo, a questão da mobilidade urbana, que envolve saúde, moradia, transporte e geração de empregos dignos e adequadamente remunerados. Uma pessoa que mora numa comunidade sem estrutura de esgoto e coleta de lixo, que tem que pegar várias conduções para chegar ao local de trabalho, está sujeita a contrair doenças e degradar o meio ambiente. Isso se torna um problema ambiental e de saúde pública”, esclarece o presidente da CUT-RJ.


Congressos


Todas estas discussões vão passar pelo 14º CECUT, que acontece nos dias 1º, 02 e 03 de junho, no Rio de Janeiro. Além da eleição da nova diretoria – Darby é candidato à reeleição – e da definição dos delegados ao congresso da CUT Nacional, o evento terá muitos debates. As discussões passam por assuntos variados, obedecendo à orientação de manter a central sempre próxima da sociedade e destacando sua força política. “Queremos trazer o Zé Dirceu para o nosso congresso, não só pela contribuição que ele pode dar, como o quadro importante que é na esquerda brasileira. Mas também porque precisamos entrar pesado na discussão sobre as reformas no Judiciário, que criminaliza quadros históricos da política sem lhes dar o direito constitucional à ampla defesa. Este Judiciário está a serviço de interesses da elite que não aceita a ascensão dos trabalhadores, assim como a imprensa hegemônica, que se antecipa aos fatos e condena antecipadamente”, destaca o dirigente.


A briga contra o Judiciário e o chamado PIG – partido da imprensa golpista – é só um dos pontos em que fica clara a posição da CUT, que será reafirmada nos congressos regionais e no Concut. “Nós, trabalhadores, temos lado. É o lado da democracia, da garantia e da ampliação de direitos, da democratização da imprensa e do judiciário”, resume Darby.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

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A terceira crise do capitalismo

 


Frei Betto *

A atual crise econômica do capitalismo manifestou seus primeiros sinais nos EUA em 2007 e já faz despontar no Brasil sinais de incertezas. 

O sistema é um gato de sete fôlegos. No século passado, enfrentou duas grandes crises. A primeira, no início do século XX, nos primórdios do imperialismo, ao passar do laissez-faire (liberalismo econômico) à concentração do capital por parte dos monopólios. A guerra econômica por conquista de mercados ensejou a bélica: a Primeira Guerra Mundial. Resultou numa “saída” à esquerda: a Revolução Russa de 1917. 


 


Em 1929, nova crise, a Grande Depressão. Da noite para o dia milhares de pessoas perderam seus empregos, a Bolsa de Nova York quebrou, a recessão se estendeu por longo período, com reflexos em todo o mundo. Desta vez a “saída” veio pela direita: o nazismo. E, em consequência, a Segunda Guerra Mundial. 


 


E agora, José?


 


Essa terceira crise difere das anteriores. E surpreende em alguns aspectos: os países que antes compunham a periferia do sistema (Brasil, China, Índia, Indonésia), por enquanto estão melhor que os metropolitanos. Neste ano, o crescimento dos países latino-americanos deve superar o dos EUA e da Europa. Deste lado do mundo são melhores as condições para o crescimento da economia: salários em elevação, desemprego em queda, crédito farto e redução das taxas de juros. 


 


Nos países ricos se acentuam o déficit fiscal, o desemprego (24,3 milhões de desempregados na União Europeia), o endividamento dos Estados. E, na Europa, parece que a história – para quem já viu este filme na América Latina – está sendo rebobinada: o FMI passa a administrar as finanças dos países, intervém na Grécia e na Itália e, em breve, em Portugal, e a Alemanha consegue, como credora, o que Hitler tentou pelas armas – impor aos países da zona do euro as regras do jogo.


 


Até agora não há saída para esta terceira crise. Todas as medidas tomadas pelos EUA são paliativas e a Europa não vê luz no fim do túnel. E tudo pode se agravar com a já anunciada desaceleração do crescimento de China e consequente redução de suas importações. Para a economia brasileira será drástico.


 


O comércio mundial já despencou 20 % . Há progressiva desindustrialização da economia, que já afeta o Brasil. O que sustenta, por enquanto, o lucro das empresas é que elas operam, hoje, tanto na produção quanto na especulação. E, via bancos, promovem a financeirização do consumo. Haja crédito! Até que a bolha estoure e a inadimplência se propague como peste.


 


A “saída” dessa terceira crise será pela esquerda ou pela direita? Temo que a humanidade esteja sob dois graves riscos. O primeiro, já é óbvio: as mudanças climáticas. Produzidas inclusive pela perda do valor de uso dos alimentos, agora sujeitos ao valor de compra estabelecido pelo mercado financeiro.


 


Há uma crescente reprimarização das economias dos chamados emergentes. Países, como o Brasil, regridem no tempo e voltam a depender das exportações de commodities (produtos agrícolas, petróleo e minério de ferro, cujos preços são determinados pelas transnacionais e pelo mercado financeiro). 


 


Neste esquema global, diante do poder das gigantescas corporações transnacionais, que controlam das sementes transgênicas aos venenos agrícolas, o latifúndio brasileiro passa a ser o elo mais fraco.


 


O segundo risco é a guerra nuclear. As duas crises anteriores tiveram nas grandes guerras suas válvulas de escape. Diante do desemprego massivo, nada como a indústria bélica para empregar trabalhadores desocupados. Hoje, milhares de artefatos nucleares estão estocados mundo afora. E há inclusive minibombas nucleares, com precisão para destruições localizadas, como em Hiroshima e Nagasaki.


 


É hora de rejeitar a antecipação do apocalipse e reagir. Buscar uma saída ao sistema capitalista, intrinsecamente perverso, a ponto de destinar trilhões para salvar o mercado financeiro e dar as costas aos bilhões de serem humanos que padecem entre a pobreza e a miséria. 


 


Resta, pois, organizar a esperança e criar, a partir de ampla mobilização, alternativas viáveis que conduzam a humanidade, como se reza na celebração eucarística, “a repartir os bens da Terra e os frutos do trabalho humano”.
 
 


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* Frei Betto é escritor, autor, em parceria com Marcelo Gleiser, de “Conversa sobre a fé e a ciência” (Agir), entre outros livros.
 

Fonte: Frei Betto

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Casa da sogra

 
Frei Betto *


 


Sábado, 28 de abril, comemora-se, no Brasil, o Dia da Sogra. O calendário de efemérides está repleto de dias consagrados a quase todos os galhos da árvore genealógica. Predomina, por razões óbvias, o Dia das Mães. Mãe todos temos, com certeza.

O Dia da Sogra deve ter sido incluído por proposta de algum político corrupto que, tendo escutado ofensas óbvias à sua progenitora, decidiu homenagear a mãe de sua mulher. Ou de suas mulheres, embora o calendário singularize (sogra) o que pluraliza na efeméride de maio (mães).

Sogras padecem no anedotário. “Feliz foi Adão que não teve sogra nem caminhão”, li no para-choque de uma jamanta na Via Dutra. Cinco coisas que ninguém jamais viu: cabeça de bacalhau; mendigo careca; ex-corrupto; santo de óculos; e retrato de sogra na sala.

Faz-se de um lugar ou ambiente “casa da sogra” quando alguém se julga no direito de abusar da hospitalidade de parentes ou amigos. Na casa da sogra tudo é permitido, até a má educação e a falta de higiene.

A cascata de escândalos do caso Carlinhos Cachoeira, com perdão da redundância, projeta o Brasil como a própria casa da sogra. Muitos políticos – há exceções, felizmente – adotam três discursos: o eleitoral, da captação de votos; o partidário, das articulações de bastidores; e o salafrário, para amealhar dinheiro e poder.

Inúmeros empresários e comerciantes se queixam de que, no Brasil, não se vence licitações nem se obtém recurso público sem “molhar” a mão de políticos e funcionários do governo. A prática já está incorporada às negociações entre empresas privadas ou pessoas e agentes públicos. Amigo meu, ao ver sua moto recuperada pela polícia, se espantou com a lisura do investigador, que não lhe pediu nem um centavo.

Raros os políticos brasileiros que vieram de berço esplêndido. E todos sabem quão cara é uma campanha eleitoral. Essa vulnerabilidade é a porta de entrada dos corruptores, em geral travestidos de lobistas. Aproximam-se do político e se tornam facilitadores de suas vontades e necessidades: empregos aos parentes; viagens em jatinhos; férias em locais paradisíacos; presentes caros etc.

Na primeira fase, o corruptor nada pede, apenas oferece. Demonstra um desprendimento e dedicação ao político de fazer inveja a madre Teresa de Calcutá. Essa aproximação, que socialmente faz o político passar da classe econômica à executiva, introduzido aos prazeres privativos do mundo dos ricos, cria vínculos de amizade.

A segunda fase se inicia quando o político se sente na obrigação de ser grato ao amigo. Em que posso ajudá-lo? Ora, o amigo tem seus amigos: as empresas que o abastecem de recursos para abrir caminhos na intrincada burocracia da floresta governamental. Começam então as facilitações obtidas pelo político: licitações fajutas; informações privilegiadas; nomeações convenientes; tráfico de influência etc.

A terceira fase da transformação do exercício de um mandato popular em casa da sogra é o caixa de campanha. O político não pode perder eleição. E para ganhá-la precisa de visibilidade (poucos a alcançam) e dinheiro (imprescindível). Criam-se o caixa um, legal, declarado à Justiça Eleitoral, e o caixa dois, por baixo dos panos, abastecido pelo amigo lobista e outras vias escusas.

É possível acabar com a corrupção? No coração humano, anabolizado por ambições desmedidas, jamais. Há, contudo, antídotos objetivos: financiamento público das campanhas eleitorais; controle da administração pública pela sociedade civil; ficha limpa também quanto ao patrimônio familiar acumulado; apurações rápidas e punições rigorosas aos corruptos.

Isso depende de reforma política, que o governo e o Congresso tanto protelam. Enquanto perdurar o atual sistema político, contaminado por 21 anos de ditadura militar, como a isonomia de representações estaduais no Senado, os ratos da corrupção haverão de trafegar à vontade pelos buracos do queijo suíço das maracutaias.

O Brasil deixará de ser a casa da sogra quando nossa indignação se converter em mobilização e proposta.


 


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* Frei Betto é escritor, autor do romance “Minas do Ouro” (Rocco), entre outros livros. www.freibetto.org <http://www.freibetto.org> Twitter:@freibetto.



 

Fonte: Frei Betto

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Vende-se a natureza

 


Frei Betto*

Às vésperas da Rio+20 é imprescindível denunciar a nova ofensiva do capitalismo neoliberal: a mercantilização da natureza. Já existe o mercado de carbono, estabelecido pelo Protocolo de Kyoto (1997). Ele determina que países desenvolvidos, principais poluidores, reduzam as emissões de gases de efeito estufa em 5,2 % .

Reduzir o volume de veneno vomitado por aqueles países na atmosfera implica subtrair lucros. Assim, inventou-se o crédito de carbono. Uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) equivale a um crédito de carbono. O país rico ou suas empresas, ao ultrapassar o limite de poluição permitida, compra o crédito do país pobre ou de suas empresas que ainda não atingiram seus respectivos limites de emissão de CO2 e, assim, fica autorizado a emitir gases de efeito estufa. O valor dessa permissão deve ser inferior à multa que o país ricos pagaria, caso ultrapassasse seu limite de emissão de CO2.

Surge agora nova proposta: a venda de serviços ambientais. Leia-se: apropriação e mercantilização das florestas tropicais, florestas plantadas (semeadas pelo ser humano) e ecossistemas. Devido à crise financeira que afeta os países desenvolvidos, o capital busca novas fontes de lucro. Ao capital industrial (produção) e ao capital financeiro (especulação), soma-se agora o capital natural (apropriação da natureza), também conhecido por economia verde.

A diferença dos serviços ambientais é que não são prestados por uma pessoa ou empresa; são ofertados, gratuitamente, pela natureza: água, alimentos, plantas medicinais, carbono (sua absorção e armazenamento), minérios, madeira etc. A proposta é dar um basta a essa gratuidade. Na lógica capitalista, o valor de troca de um bem está acima de seu valor de uso. Portanto, tais bens naturais devem ter preços.

Os consumidores dos bens da natureza passariam a pagar, não apenas pela administração da “manufatura” do produto (como pagamos pela água que sai da torneira em casa), mas pelo próprio bem. Ocorre que a natureza não tem conta bancária para receber o dinheiro pago pelos serviços que presta. Os defensores dessa proposta afirmam que, portanto, alguém ou alguma instituição deve receber o pagamento – o dono da floresta ou do ecossistema.

A proposta não leva em conta as comunidades que vivem nas florestas. Uma moradora da comunidade de Katobo, floresta da República Democrática do Congo, relata:

“Na floresta, coletamos lenha, cultivamos alimentos e comemos. A floresta fornece tudo, legumes, todo tipo de animal, e isso nos permite viver bem. Por isso que somos muito felizes com nossa floresta, porque nos permite conseguir tudo que precisamos. Quando ouvimos que a floresta poderia estar em perigo, isso nos preocupa, porque nunca poderíamos viver fora da floresta. E se alguém nos dissesse para abandonar a floresta, ficaríamos com muita raiva, porque não podemos imaginar uma vida que não seja dentro ou perto da floresta. Quando plantamos alimentos, temos comida, temos agricultura e também caça, e as mulheres pegam siri e peixe nos rios. Temos diferentes tipos de legumes, e também plantas comestíveis da floresta, e frutas, e todo de tipo de coisa que comemos, que nos dá força e energia, proteínas, e tudo mais que precisamos.”

O comércio de serviços ambientais ignora essa visão dos povos da floresta. Trata-se de um novo mecanismo de mercado, pelo qual a natureza é quantificada em unidades comercializáveis.

Essa ideia, que soa como absurda, surgiu nos países industrializados do hemisfério Norte na década de 1970, quando houve a crise ambiental. Europa e EUA tomaram consciência de que os recursos naturais são limitados. A Terra não tem como ser ampliada. E está doente, contaminada e degradada.

Frente a isso, os ideólogos do capitalismo propuseram valorizar os recursos naturais para salvá-los. Calcularam o valor dos serviços ambientais entre US$ 16 e 54 trilhões (o PIB mundial, a soma de bens e serviços, totaliza atualmente US$ 62 trilhões). “Está na hora de reconhecer que a natureza é a maior empresa do mundo, trabalhando para beneficiar 100 % da humanidade – e faz isso de graça”, afirmou Jean-Cristophe Vié, diretor do Programa de Espécies da IUCN, principal rede global pela conservação da natureza, financiada por governos, agências multilaterais e empresas multinacionais.

Em 1969, Garret Hardin publicou o artigo “A tragédia dos comuns” para justificar a necessidade de cercar a natureza, privatizá-la, e assim garantir sua preservação. Segundo o autor, o uso local e gratuito da natureza, como o faz uma tribo indígena, resulta em destruição (o que não corresponde à verdade). A única forma de preservá-la para o bem comum é torná-la administrável por quem possui competência – as grandes corporações empresariais. Eis a tese da economia verde.

Ora, sabemos como elas encaram a natureza: como mera produtora de ‘commodities’. Por isso, empresas estrangeiras compram, no Brasil, cada vez mais terras, o que significa uma desapropriação mercantil de nosso território.


 



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* Frei Betto é escritor, autor, em parceria com Marcelo Barros, de “O amor fecunda o Universo – ecologia e espiritualidade” (Agir), entre outros livros.
www.freibetto.org <http://www.freibetto.org> Twitter:@freibetto.

Fonte: Frei Betto

Coletivo LGBT da CUT-RJ realiza seminário sobre visibilidade

As dificuldades enfrentadas por trabalhadores e trabalhadoras homossexuais e transgêneros são tema do seminário “Visibilidade LGBT e o mundo do trabalho”, promovido pelo Coletivo LGBT da CUT-RJ em parceria com a Secretaria de Formação da entidade. O evento acontece nos dias 08, 09 e 10 de maio no auditório do Sindicato dos Bancários, sempre às 18h. A organização é do Seeb-Rio e do Sindicato dos Servidores das Justiças Federais – Sisejufe-RJ.

O seminário foi uma resposta à necessidade identificada pelo Coletivo LGBT de mostrar que há muita discriminação, mesmo que velada, o que vem preocupando os integrantes do grupo. “Discutir visibilidade também é adotar ações afirmativas que concretizem as ideias”, defende Adilson Barros, do Seeb-Rio, membro do Coletivo. O dirigente vai além e aponta que esta postura tem que ser adotada pelo próprio movimento sindical cutista. “A CUT abraça a luta, mas pouco tem sido feito. Não vamos para a rua, nem participamos do movimento LGBT”, destaca Adilson.

A questão da visibilidade é sensível até mesmo entre os bancários, uma das categorias que primeiro buscaram revelar o perfil de seus integrantes. A pesquisa “O Rosto dos Bancários”, realizada pelo Dieese para a CNB em 2001, foi pioneira e serviu de base para o “Mapa da Diversidade”, pesquisa realizada pela Febraban em resposta à demanda do movimento sindical. Mas a abordagem da orientação sexual nestas pesquisas é tímida e o medo da discriminação continua impedindo muitos trabalhadores e trabalhadoras LGBT de revelarem publicamente nos questionários e no dia-a-dia nos locais de trabalho. “Não temos nenhuma garantia de que, se tornarmos pública nossa orientação sexual, não haverá discriminação. Hoje temos gays assumidos em algumas profissões em que o homossexualismo é aceito, como telemarketing e na indústria da moda e da beleza. Mas sabemos que, por exemplo, uma trabalhadora lésbica que não costuma usar muitos acessórios, maquiagem e enfeites, vai usá-los num primeiro emprego, para evitar ser discriminada”, destaca Adilson Barros.

Em perigo

Além da inclusão no mercado de trabalho, foco principal do seminário, a questão da homofobia certamente será abordada, já que a criminalização do preconceito e da violência contra os homossexuais é uma das principais bandeiras do movimento LGBT.

Neste campo, o Rio de Janeiro tem uma situação atípica. A violência homofóbica no estado é menos frequente, apesar de alguns casos como o do adolescente Alexandre Ivo, torturado e morto por skinheads em São Gonçalo em junho de 2010, e do jovem baleado no Arpoador em novembro do mesmo ano por um PM. “O Rio nem entra na pesquisa, porque os casos são poucos em comparação com o resto do país. Mas, como a homofobia é constatada no registro da ocorrência na delegacia, pode ser que os homossexuais do estado não estejam fazendo registro”, especula o dirigente bancário.


 


Outra hipótese é de que o índice baixo seja resultado do empenho do governo estadual na implantação do programa Brasil sem Homofobia. “Pode ser que o trabalho da secretaria [de Assistência Social e Direitos Humanos] esteja tão bom que está surtindo efeito. O programa é federal, vem desde o governo Lula, mas aqui no Rio o trabalho tem sido muito eficiente. Inclusive, a ação que motivou o reconhecimento do casamento gay pelo STF foi ajuizada pelo governo do estado”, lembra Adilson.


 


Veja abaixo a programação:


 


Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Avisos fúnebres

Falecimento

A Federação comunica o falecimento de Waldina Alves Pereira, mãe de Rafanele Alves Pereira, presidente do Sindicato dos Bancários de Campos. D. Waldina faleceu na terça-feira, 1º de Maio, e o sepultamento ocorreu no início da tarde de quarta-feira.


 


A diretoria e os funcionários da Federação enviam suas condolências à família do companheiro.

7º dia


 


Antônio Esperança, pai do vice-presidente da Federação Nilton Damião Esperança, faleceu no último sábado, dia 28, após uma longa internação. A missa de 7º dia está marcada para o próximo dia 05, às 19h, na igreja de S. Pedro e S. Paulo em Paraíba do Sul.


 


A diretoria e os funcionários da Federação enviam suas condolências à família do companheiro.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

CAIXA: Encontro Estadual debate estratégias para a campanha salarial

Os empregados da Caixa Econômica Federal realizaram, no sábado, dia 27, no auditório do Sindicato dos Bancários do Rio, o seu Encontro Estadual. O coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/CEF), Jair Pedro abriu os debates dando um informe sobre as negociações dos trabalhadores com a direção do banco e destacou a importância da mobilização dos funcionários na defesa do papel social da Caixa enquanto empresa pública e dos direitos e reivindicações dos funcionários por melhores condições de saúde e de trabalho.


“Os bancos públicos têm tido um papel importante no enfrentamento das crises econômicas, mas é preciso também garantir aos bancários melhores condições de saúde e de trabalho. Tem sido positiva a criação de mais agências e a contratação de novos funcionários, em função do crescimento da economia do país, mas precisamos preservar também a qualidade das condições de trabalho”, disse.


Jair criticou o problema da terceirização e da expansão do correspondente bancário, que resultam num processo de precarização do trabalho. “Os projetos de Lei que regulamentam o correspondente bancário e escancaram a terceirização colocam em risco a própria existência da categoria”, acrescenta.


O sindicalista destacou que há empregados que sofrem com a falta de condições mínimas de trabalho. “Há setores em que os bancários trabalham em locais em condições precárias, geralmente nos subsolos das unidades, em meio à sujeira, umidade e até a presença de ratos”, critica.


Em relação à Fundação dos Economiários Federais (Funcef), Jair defendeu o fim do voto minerva no conselho dos participantes do fundo de pensão dos empregados da Caixa. “Para avançar nas questões da Funcef é preciso por fim ao voto minerva que faz com que os interesses da empresa acabem se sobrepondo aos dos trabalhadores. Outro desafio nosso é aumentar o número de sócios, especialmente os novos funcionários. Hoje cerca de 3.600 bancários não são associados à entidade”, afirma.


Para Jair, o direito dos empregados de eleger um conselheiro na Funcef, conquistado no governo Lula em 2010, foi um avanço importante, mas o estatuto da Caixa faz uma série de exigências, como a do conselheiro ter ocupado um cargo de direção em uma empresa do mesmo porte do banco ou cargo gerencial na empresa, o que limita a participação e dificulta escolha dos trabalhadores. “O estatuto precisa ser mudado, pois elimina a possibilidade de participação de quase 90 % dos empregados no conselho da Funcef”, ressalta.


Outra preocupação dos empregados é a chamada reestruturação da empresa. “Não há um processo de redução de mão de obra, mas na hora de transferir um funcionário de setor o banco precisa respeitar as pessoas, que muitas vezes já têm sua vida estabelecida nas cidades e bairros em que moram e as mudanças podem representar um transtornos para as famílias dos bancários”, afirma.


Jair considera que a estratégia de mobilização das campanhas salariais tem sido vitoriosa, através da consolidação da mesa única junto com toda a categoria sem abrir mão das negociações específicas. “Com esta estratégia conquistamos nos últimos anos aumento real de salários, a PLR em substituição a antiga PRX, que vinculava a participação dos lucros às metas, além da PLR Social, da cesta alimentação e da criação da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP)”, destaca.


O diretor da Contraf-CUT Sérgio Amorim destacou a importância do movimento sindical intensificar a mobilização para pressionar também as negociações permanentes.


“A direção da Caixa tem sido intransigente nas mesas permanentes, o que frustra o bancário e acaba enfraquecendo a participação dos empregados nas atividades de mobilização. Precisamos atrair os empregados durante todo o ano para a mobilização e não somente no período de campanha salarial”, disse.


Amorim criticou ainda os critérios de descomissionamento e defendeu mais transparência e objetividade na Promoção Por Mérito implementada pela empresa. Em relação aos itens debatidos pelo Grupo de Trabalho sobre Saúde, o sindicalista criticou a postura da direção do banco nas negociações. “A Caixa precisa cumprir sua parte e garantir melhorias no sistema de saúde de seus funcionários. A categoria precisa pressionar o banco a debater com os bancários e não apenas informar suas decisões. Só assim vamos melhorar nosso plano de saúde e avançar em questões como a ampliação da rede credenciada e  a melhora nas condições de atendimento”, conclui.


O diretor da Federação dos Bancários RJ/ES Ricardo Maggi, defendeu a inclusão de um número maior de empregados no processo de Promoção Por Mérito. “Muitos companheiros não têm sido promovidos porque a Caixa não garante condições e tempo para que o funcionário cumpra o mínimo de 70 horas no curso do Universidade Caixa”, critica. Maggi criticou os critérios de promoção da empresa. “O banco hoje impõe um clima de terror, inclusive com a prática de assédio moral e ameaças de perda de função caso as metas abusivas da empresa não sejam atendidas. Queremos um critério transparente e justo. Já apresentamos ao banco uma proposta baseada em um estudo do Dieese e que atende às reivindicações dos bancários”, acrescenta.


O sindicalista destacou ainda a participação dos empregados e dos sindicatos nas Semanas Internas de Prevenção de Acidentes de Trabalho (Sipats) e nos cursos dos cipeiros como avanços importantes nas luta por melhores condições de saúde e de trabalho.


Representantes para o Conecef


Os empregados da Caixa elegeram no Encontro Estadual os delegados para o 29º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef), que será realizado de 17 a 19 de Maio, em São Paulo. A escolha dos representantes leva em consideração a proporção de votos das chapas concorrentes e a participação das forças políticas para garantir um congresso nacional mais democrático e participativo.

Fonte: Seeb-Rio

Federação apoia Chapa 1 na eleição para conselhos da Funcef

Entre os dias 07 e 11 de maio acontecem as eleições para representantes dos participantes e assistidos nos conselhos Deliberativo e Fiscal da Funcef. Cinco chapas se inscreveram, cada uma com um candidato a titular e suplente nas duas instâncias do fundo. O estatuto da entidade prevê que a cada dois anos pelo menos um terço de cada conselho seja renovado, para um mandato de quatro anos. Na última eleição, um conselheiro fiscal e dois deliberativos, mais os respectivos suplentes, foram eleitos para representar o funcionalismo da Caixa.

Estão aptos a votar os funcionários da ativa, os aposentados, pensionistas, autopatrocinados e empregados da Fundação. Todos os empregados, inclusive os licenciados e os que estiverem em férias, votam nas máquinas de autoatendimento, usando a opçõa 4.1 do SISRH. Já os aposentados, pensionistas, afastados, cedidos e o corpo funcional da Funcef podem votar no site do fundo (www.funcef.com.br) ou pelo telefone 0800 722 0158. Nestes casos, será necessário usar a senha que foi previamente enviada pelo correio.

Apoio

A Chapa 1 recebeu formalmente o apoio da Federação. “Conheço pessoalmente a maior parte dos companheiros que compõem a Chapa 1: Fermino, diretor do Seeb-Curitiba e ex-conselheiro da Funcef e ex-integrante da Comissão de Empresa; Marco Moita, colega do Rio de Janeiro e conselheiro da Funcef; e Regina, aguerrida companheira que atua na defesa dos aposentados. Acredito ser a chapa 1 a mais comprometida e capacitada a representar não só os participantes, mas também os assistidos”, avalia Ricardo Maggi, representante da Federação na CEE. O sindicalista destaca também que a chapa 1 é a que está mais próxima do movimento sindical, tendo recebido apoio da Contraf e de diversos sindicatos, como de São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Pernambuco, Curitiba, entre outros. A chapa também é a que mais afinidade tem com as diversas entidades representativas do funcionalismo, como Fenacef, Fenag e a maioria das Apcefs.

Mas é importante que os funcionários façam um esforço para comparecer às urnas. “A escolha dos representantes dos participantes na gestão dos fundos é garantida por lei, mas precisa ser exercida de fato, com a eleição de conselheiros comprometidos com o funcionalismo”, ressalta Maggi.


 


Saiba mais sobre a chapa, seus integrantes e suas propostas no site http://movimentopelafuncef.org.br/

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Diretor do DOI-CODI/SP e delegado que torturou Palhano serão processados por sequestro

O coronel reformado do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-comandante do DOI-CODI de São Paulo, e o delegado da Polícia Civil Dirceu Gravina, notório torturador, serão denunciados pelo Ministério Público Federal pelo sequestro de Aluísio Palhano. Segundo depoimentos de presos políticos, Palhano foi torturado por Gravina, com a concordância de Ustra.


 


Ex-presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Palhano presidiu também a Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito e o Comando Geral dos Trabalhadores. Esteve exilado em Cuba, mas retornou ao Brasil clandestinamente em 1970 e foi capturado numa rua de São Paulo no dia 05 de maio de 1971. Relatos de outros presos dão conta de que morreu sob tortura na madrugada do dia 21 de maio, em São Paulo, depois de uma passagem pela Casa da Morte, em Petrópolis.


 


A novidade da denúncia é alegar que houve sequestro qualificado, e, já que a vítima nunca foi encontrada, o crime seria permanente – ainda em execução – e, portanto, não prescreveu. A pena é leve – dois a oito anos – mas já é um passo em direção à punição dos envolvidos em torturas e “desaparecimentos” de presos políticos. A estratégia já foi usada antes, em março, quando o coronel reformado do Exército Sebastião Rodrigues de Moura – o famoso e temido Major Curió – foi denunciado pelo MPF do Paraná pelo sequestro de cinco participantes da Guerrilha do Araguaia. Mas o juiz encarregado de avaliar a denúncia contra Curió negou a abertura do processo, alegando que a Lei de Anistia deve ser aplicada. (saiba mais sobre a denúncia contra Curió aqui e aqui).


 


A defesa de Ustra e Gravina alega que não há comprovação da morte do sindicalista, já que seu corpo nunca foi encontrado. “No período da revolução [regime militar], um político influente no cenário nacional adotou outra identidade e se casou de novo. O cidaddão aí [Palhano] também pode ter adotado outra família. Eu não sei”, disse à Folha de São Paulo o advogado Paulo Esteves, que defende os dois acusados, referindo-se a José Dirceu. Mas o nome de Palhano foi encontrado no arquivo do DOPS do Paraná em 1991, numa gaveta com a identificação “falecidos”. Na mesma gaveta estavam os nomes de outros 17 desaparecidos cujos ossos foram localizados no cemitério de Perus, em São Paulo, na década de 90. Suspeita-se que os restos mortais de Palhano tenham ido para o mesmo local, mas ainda não há confirmação do paradeiro de sua ossada.


 


O MPF anunciou a abertura do processo no dia 24 de abril, exatos 41 anos depois do último contato que Palhano, então na clandestinidade, fez com sua família.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Letreiro do Bradesco cai e fere pedestre no Centro do Rio

A placa com o nome do Bradesco que ficava na fachada da agência Edifício São Borja, na Avenida Rio Branco, centro do Rio, despencou na manhã desta quarta-feira, dia 24. Reginaldo F. da Silva, de 38 anos, que passava pelo local, ficou preso sob a pesada estrutura, que tem o comprimento maior que de um ônibus. Ele sofreu uma lesão na coluna cervical e pode precisar ser submetido a uma cirurgia.

Pessoas que estavam no local apoiaram o letreiro sobre uma cadeira para aliviar a pressão sobre a vítima. Quem estava dentro da agência no momento da queda não pôde sair até que os bombeiros chegassem para retirar o letreiro e resgatar Reginaldo.

Em nota enviada à imprensa, o Bradesco apenas informou que “lamenta o ocorrido e informa que a vitima está recebendo toda a assistência. O banco esclarece que uma equipe técnica está apurando o ocorrido.”

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES